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Soberania Estatal • A soberania é entendida como caráter supremo de um poder, no sentido de que dito poder não admite nenhum outro, nem acima, nem concorrendo com ele; • O conceito de soberania foi forjado historicamente tendo como referência a independência do poder do Estado; • A soberania ao exprimir o mais alto poder do Estado se apresenta de duas formas distintas: a interna e a externa; • A soberania interna significa o imperium que o Estado exerce sobre o território e a população, bem como a superioridade do poder político frente aos demais poderes sociais; • A soberania externa é a manifestação independente do poder do Estado perante outros Estados; • Surge historicamente como afirmação da independência do poder do rei diante das três esferas de poder (a Igreja, o Império e os nobres feudais) • O conceito de soberania responde, pois à necessidade de colocar em destaque que o Estado, como forma de sociedade política, é uma realidade que descansa em si mesma; dotado de poder originário, irresistível, independente, absoluto e perpétuo; • Basicamente há três ideias implícitas no conceito de soberania: Supremacia jurídica, Autonomia do poder e Fonte originária de poder (ver páginas 113 e 114) Jean Bodin • Para Bodin, soberania é de natureza pessoal e subjetiva; • Segundo ele, República é um governo de várias famílias e do que lhes é comum, com poder soberano; • O soberano é quem decide qual é a ideia de direito válida na coletividade. E este pode ser um indivíduo, uma classe da nação ou pode ser a nação inteira; • “Em se tratando de mandar, um somente o fará melhor”. Os atributos dessa soberania são: 1) Dar leis a todos em geral e em particular; 2) Declarar guerra ou negociar a paz; 3) Instituir as magistraturas; 4) O direito de constituir-se em última instância; 5) Conceder graça aos condenados acima das sentenças e contra o rigor das leis; 6) Cunhar moedas; 7) Dispor sobre as medidas e os pesos; 8) Direito de onerar com impostos e contribuições ou de eximi-los. • Bodin acreditava que a restauração da paz e da ordem surgiria através do fim das disputas religiosas, das lutas políticas e do estabelecimento de uma monarquia forte e poderosa; • Defende a tolerância religiosa e a supremacia do rei na organização política; • Seu conceito de soberania se revelou como meio mais adequado para justificar a submissão dos súditos ao monarca e a integração dos diferentes centros de poder feudal em um só; Hugo Grocio (1583-1645) • Sua principal contribuição à doutrina da soberania se deu no plano das relações entre os Estados; • Busca transformar o conceito de regras comuns aos povos em consideração jurídica de normas que regem a comunicação entre as nações; • Estuda todas as questões que integram o campo do direito internacional, entre outras: • 1) os problemas referentes à natureza e as causas da guerra justa; 2) os procedimentos para romper as hostilidades; 3) os efeitos da guerra na propriedade e nas pessoas; 4) o direito de expansão territorial; 5) a posição dos povos civilizados em relação aos povos incultos; 6) a escravidão e outros problemas do mesmo tipo; • Para Grocio, a soberania é o supremo poder político que é exercido por uma pessoa determinada, cujos atos são indiscutivelmente legais diante de qualquer vontade humana; • A forma como se afirma o poder do Estado exige a não interferência de outros poderes, independentes e soberanos; • Dentro de um Estado determinado, a centralização e o monopólio do poder são condições indispensáveis de sua existência; • O território constitui o âmbito da atuação do Estado no que tange a execução de suas funções, pois constitui um fator essencial para o exercício de sua atividade social.
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