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Análise microeconômica III Bens Públicos Bens públicos • Ineficiências de mercado – Poder de mercado – Informações incompletas – Externalidades – Bens públicos • O mercado não consegue ofertar certos produtos e/ou serviços valorizados pelos consumidores • Regulamentação governamental – Prover o bem diretamente ou conceder estímulos para a produção privada do bem Bens públicos • Definição – É uma mercadoria que pode ser disponibilizada a baixo custo para muitos consumidores, mas, assim que ela é ofertada para alguns, torna-se muito difícil evitar que outros também a consumam. • Bem não exclusivo e não concorrente (não rival) que pode ser disponibilizado por um custo menor para muitos consumidores; mas, uma vez disponibilizado, torna-se difícil evitar que outras pessoas o consumam Bens públicos • Definição – É um bem que tem que ser fornecido na mesma quantidade para todos os consumidores – São bens não exclusivos e não rivais • O custo marginal de provê-los para um consumidor adicional é zero – As pessoas não podem ser excluídas do seu consumo Bens públicos • Características – Não exclusividade • É uma atenuação dos direitos de propriedade e resulta em ineficiência – O consumo de um bem é excludente quando é pouco custoso impedir que alguém que não tenha pago por ele tenha acesso ao seu consumo • São bens nos quais as pessoas não podem ser impedidas de consumir – É difícil ou impossível cobrar por sua utilização Bens públicos • Características – Não rivalidade • Para qualquer nível específico de produção, o custo marginal de produção é zero para um consumidor adicional • É um bem que está disponível para todos os consumidores, sem rivalidade. – O consumo de um indivíduo não reduz a quantidade total disponível para outros consumidores Bens públicos • Características – Não rivalidade • Diz que há rivalidade no consumo de um bem se o consumo desse bem por parte de uma pessoa reduzir a disponibilidade do mesmo para outras – É um atributo físico – Diferença com o bem rival – Um bem não rival m j RR j ZZ 1 NNN NN ZZZ ZZ j j Quando prover um bem público? • A compra de uma TV para uma república • Função utilidade cgg wgx wgx 21 222 111 ),( ),( 22 11 GxU GxU televisãocom ,1 televisãosem ,0 G Quando prover um bem público? • Preço de reserva – É a quantia máxima que o consumidor estará disposto (propenso) a pagar pelo bem • É o preço ao qual o consumidor é indiferente entre comprar o bem ou não. comprar) (não (comprar) 11 111 wx rwx Quando prover um bem público? • Função utilidade se o estudante for indiferente • Alocação de interesse – Aquisição ou não do bem público )0,()1,( 11111 wUrwU 222 111 21 222 111 21 )1,,( 0, 0, )0,,( gwx gwx xx gwx gwx ww Quando prover um bem público? • Sob que condições a TV deve ser adquirida? • Rearranjando (preço de reserva e R.O.) )1,,( 21 xx )1,()0,( )1,()0,( 2222 1111 xUwU xUwU )1,()1,()0,()1,( )1,()1,()0,()1,( 2222222222 1111111111 gwUxUwUrwU gwUxUwUrwU Quando prover um bem público? • O aumento do consumo privado aumenta a utilidade • A contribuição individual tem que ser menor do que o preço de reserva pelo produto – Condição para haver melhoria de Pareto (condição necessária) 2222 1111 gwrw gwrw 22 11 gr gr Quando prover um bem público? • Condição suficiente – Se a propensão a pagar (de cada um) exceder a participação no custo da TV, a soma da propensão a pagar terá que ser maior do que o custo da TV – Plano de pagamento crr cggrr 21 2121 cgggrgr gg 212211 21 ;, ),( Quando prover um bem público? • Características – A condição que descreve quando a provisão do bem público será uma melhoria de Pareto depende apenas da propensão a pagar de cada agente e do custo total • Se a soma dos preços de reserva exceder o custo da TV, haverá sempre um esquema de pagamento que fará com que as pessoas melhorem por ter o bem público – A condição de que a provisão do bem público seja eficiente de Pareto (ou não) dependerá da distribuição inicial de riqueza Provisão privada de um bem público • Eficiência de Pareto – Soma das disposições a pagar exceder o custo • Isso não quer dizer que a TV será comprada • Método de compra – Cooperação – Sem cooperação » Carona • Consumidor ou produtor que não paga por um bem não exclusivo na expectativa de que outros o façam cr cr 2 1 Quando prover um bem público? • Construção de uma barragem – Funções utilidade • A função utilidade de cada indivíduo não é afetada pelo número de pessoas beneficiadas pela barragem – Isso caracteriza a barragem como um bem público barragem da construção da binária variável 1 imorador do riqueza , e , b nim bmUbmU i jjii Quando prover um bem público? • Construção da barragem – Custo de construção • Rateado entre os moradores 0,1, construção pela i indivíduo do reserva de preço construção da antes imorador do riqueza 00 0 iiiii i i mUDmU D m n i i Cs 1 Quando prover um bem público? • Cada morador ficará melhor se a cota for inferior ao preço de reserva – Melhoria paretiana • Ganho de eficiência se nenhum morador tiver que pagar um valor superior ao seu preço de reserva e se, pelo menos, um morador tiver que pagar um valor inferior ao seu preço de reserva n i i ii ii CD niisD niisD 1 1 um menos pelo para e 1 , Quanto prover de um bem público? • Quanto gastar para adquirir a televisão? – Qualidade da TV • Consumo privado • Contribuições para a aquisição do bem público • 𝐺, é a qualidade da TV (bem público) – 𝑐 𝐺 é a função custo da qualidade da TV – Restrição • Gasto com o consumo público e privado seja igual à riqueza 2121 wwGcxx Quanto prover de um bem público? • Problema de maximização – Utilidade do consumidor 2 constante 2121 222 11 ,, , . , 21 wwGcxx UGxU sj GxUmáx Gxx Quanto prover de um bem público? • Problema de maximização – A condição ótima para o problema é que a soma dos valores absolutos das taxas marginais de substituição entre o bem privado e o bem público dos dois consumidores se iguala ao custo marginal de prover uma unidade extra do bem público GCMg xUMg GUMg xUMg GUMg G x G x GCMgTMSTMS 21 21 21 Quanto prover de um bem público? • Qual o significado da condição da eficiência de Pareto? – A 𝑇𝑀𝑆 é como a propensão marginal a pagar por uma unidade adicional do bem público • A condição de eficiência nos diz que a soma da propensão marginal a pagar tem que ser igual ao custo marginal de prover uma unidade extra do bem público Bem privado x Bem público • Bem privado – A 𝑇𝑀𝑆 de cada pessoa tem quese igualar ao custo marginal • Bem público – A soma das 𝑇𝑀𝑆 tem de se igualar ao custo marginal Bem privado x Bem público • Graficamente Quanto prover de um bem público? • Barragem – 2 opções • Constrói ou não • Alguns bens públicos – A questão não se resume a fornecer ou não o bem, mas também da quantidade que será fornecido • Quantos policiais devem compor a polícia local? Quanto deve ser investido na prevenção de epidemias? – Condição básica a ser atendida » A utilidade de cada indivíduo envolvido é uma função da quantidade disponível do bem público e da quantidade de dinheiro que ele tem para outros bens privados Quanto prover de um bem público? • A utilidade do consumidor – Quanto cada consumidor está disposto a pagar para que uma unidade adicional do bem público seja oferecida? • Taxa marginal de substituição ii mbU , i ii ii m mbU b mbU TMS , , Quanto prover de um bem público? • Taxa marginal de substituição – Revela quantas unidades de dinheiro o consumidor “i” está disposto a abrir mão para ter o acesso ao consumo de uma unidade adicional do bem público – Caso fosse um bem privado, supondo que o preço do dinheiro é 1, a condição de fornecimento ótimo imporia que a 𝑇𝑀𝑆 deveria igualar-se ao custo marginal de provisão do bem » Tratando-se de um bem público, a condição passa a ser para “n” consumidores » Enquanto a soma das 𝑇𝑀𝑆 for superior ao 𝐶𝑀𝑔 de provisão do bem público, será sempre possível realizar melhorias paretianas aumentando a quantidade disponível do bem público em uma unidade b n i i CMgTMS 1 Provisão sem cooperação • Graficamente Provisão sem cooperação • Falta de cooperação – Pode resultar no não fornecimento de um bem público desejado – Escolha da quantidade • A falta de cooperação pode levar a um suprimento inadequado do bem público – O consumidor isolado está interessado na compra de unidades adicionais do bem público enquanto sua 𝑇𝑀𝑆 for superior ao 𝐶𝑀𝑔 de fornecimento dessas unidades – A aquisição de novas unidades do bem público deve cessar assim que o 𝐶𝑀𝑔 de provisão do bem igualar à maior das 𝑇𝑀𝑆 » A maior 𝑇𝑀𝑆 é inferior à soma das 𝑇𝑀𝑆, significando que o bem público deve ser provido em quantidade inferior à quantidade ótima Provisão sem cooperação • 2 consumidores com funções utilidade quase- lineares • As 𝑇𝑀𝑆 de cada indivíduo dependerão apenas da quantidade disponível do bem público “b” bgmmbU bgmmbU 2222 1111 , , bgTMS bgTMS 22 11 Bens privados, bens públicos e outros bens Consumo Excludente Não excludente Rival Bens privados Ex: alimentos, vestuário, serviços pessoais Bens comuns Ex: recursos pesqueiros, vias públicas congestionadas sem sistema de pedágio Não rival Bens não rivais excludentes Ex: vias públicas não congestionadas com sistema de pedágio, software, sinal de TV por assinatura etc Bens públicos puros Ex: combate a epidemias, segurança pública, segurança nacional, controle de enchentes, redução da poluição atmosférica Eficiência e bens públicos • Benefício marginal x Custo marginal • Valoração contingente – Qual o valor que cada pessoa atribui a cada unidade adicional produzida – Nível eficiente da oferta do bem público • Soma dos benefícios marginais de todos os usuários e iguala ao custo marginal de produção Eficiência e bens públicos O nível eficiente de provisão de uma mercadoria privada é determinado fazendo- se uma comparação entre o benefício marginal de uma unidade adicional com o custo marginal de produção da mesma unidade. Eficiência e bens públicos • Benefício marginal > Custo marginal – Menor quantidade do bem vai ser ofertada • Benefício marginal < Custo marginal – Quantidade excessiva do bem público vai ser ofertada Bens públicos e falhas de mercado • Empreendimento de grande valor – Custo $50.000,00 – Oferta privada? • Preço $5,00/família, 10.000 famílias (break even point) • Bem não exclusivo – Estímulo a pagar pelo serviço? • Comportamento oportunista (carona, “free riders”) – Subestimam o empreendimento para usufruir sem pagar • Bens públicos – Caroneiros tornam difícil (impossível) que o mercado oferte o produto eficientemente – O bem tem que ser subsidiado ou fornecido pelo governo
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