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Doenças transmitidas por via aérea Universidade Federal do Rio de Janeiro Disciplina: Saúde Coletiva Hanseníase Tuberculose Gripe 1) Agente etiológico: bactéria Mycobacterium leprae, conhecido como “ bacilo de Hansen”. Ataca nervos periféricos. 2) Transmissão: vias aéreas (respiração, espirro, tosse, fala) ou através do contato com feridas abertas do doente. Incubação: 2 a 7 anos 3) Sintomas: Neurite, manchas esbranquiçadas e avermelhadas em qualquer parte do corpo, com diminuição e/ou perda da sensação de calor; dormência e perda da força muscular das mãos e dos pés; caroços e inchaços no rosto e nas orelhas Classificação segundo a manifestação HAN Tuberculóide: Manchas vermelhas, Ocorre dormência e queda de pêlos sobre as manchas. HAN Indeterminada: Manchas brancas, dormência, desaparecimento de pêlos no local Paucibacilares (PB): com até 5 lesões de pele Multibacilares (MB) Com mais de 5 lesões de pele HAN Dimorfa: Manchas avermelhadas ou castanhas, espalhadas pelo corpo. Dormência HAN Virchowiana: Caroços nas orelhas e no corpo. Perda de pelos (cílios e sobrancelhas). Mãos e os pés inchados e o nariz com congestão e secreção Sobre a doença Hanseníase 4) Diagnóstico: exame clínico com teste de sensibilidade; baciloscopia; Histopatologia. Exclusão: 5) Tratamento: Poliquimioterapia – PQT: Rifampicina, Clofazimina e Dapsona Tratamento sintomático do paciente com deformidade e incapacidade Manchas na pele: ...aquelas que apresentam sensibilidade normal; ...as que existem no corpo desde o nascimento; ...as pruriginosas (com coceira); ...as escamosas; ...as que aparecem ou desaparecem de repente e se espalham rapidamente. Situações especiais: Gestação e hanseníase: o tratamento pode ser realizado durante a gestação e a lactação; Tuberculose e hanseníase : é comum a associação e o tratamento deve usar as doses de rifampicina preconizadas para a tuberculose – 300 mg/dia; Aids e hanseníase: o tratamento PQT não interfere no tratamento da AIDS. Prevenção e tratamento das incapacidades: • Deve iniciar precocemente e em conjunto com as outras etapas do tratamento; • Utilização de técnicas diversas, simples e/ou complexas, envolvendo fisioterapia, educação em saúde, auto-cuidado, etc. • Deve envolver toda a equipe de saúde. • É uma doença com seqüelas importantes, causando incapacidades e deformidades, que são responsáveis pelo medo, pelo preconceito e pelos tabus que envolvem doença. • Conhecida popularmente como lepra, teve seu nome mudado através de uma Portaria do governo, com intenção de diminuir o preconceito. • Hoje, se considera que a hanseníase seja como a tuberculose e a poliomielite, isto é, muitas pessoas se infectam, mas poucas adoecem. HAN: Situando o Problema Comprometimento nervo periférico Deformidades e Incapacidades físicas Redução trabalho e vida social Problemas psicológicos Tuberculose 1) Agente Etiológico: Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), afeta principalmente os pulmões 2) Fisiopatologia: bacilo atingem a periferia do pulmão e multiplica - inicia um processo inflamatório - foco pulmonar durante 15 dias - por via linfática - ducto torácico - circulação sangüínea e disseminam pelo organismo 3) Sintomas: tosse crônica ( a mais de 3 semanas), pode ter grande produções de escarro, que pode ter sangue, febre com suor noturno ( que chega a molhar o lençol), perda de peso lenta e progressiva, palidez. 4) Transmissão: direta de pessoa a pessoa (tossir, falar e espirrar), potencializada por: aglomeração, má alimentação, falta de higiene, tabagismo. 5) Fatores que facilitam a infecção e ou surgimento da doença: • Morar em região de grande prevalência da doença. • Ser profissional da área de saúde. • Confinamento em asilos, presídios, manicômios ou quartéis. • Predisposição genética. • Idade avançada. • Desnutrição. • Alcoolismo. • Uso de drogas. • Doenças como AIDS Sobre a doença 6) Diagnóstico: • Clínico: Tosse há mais de 3 semanas, febre e perda de peso • Laboratorial: cultura isolamento da M. tuberculosis 7) Tratamento: Associação de: rifampicina, isoniazida e pirazinamida, sem interrupção O tratamento dura em torno de seis meses. Tratamento correto: chances de cura chegam a 95% Sobre a Doença O Brasil ocupa o 15º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Aspectos epidemiológicos: Proporção de mortes induzidas por TB entre as DIPs em países em desenvolvimento Problema Recente AIDS/TB no Brasil Brasil - 80.000 casos de TB e 32.000 casos de Aids por ano Cerca de 600 000 infectados pelo HIV, cerca de 185 000 pessoas em TARV Cobertura de testagem HIV em pacientes com TB - 53% (2006) Prevalência do HIV nos pacientes com TB - 20% Taxa de óbito na co-infecção: 20% (2004) Alerta Articulação entre os programas de Aids e TB Acesso ao diagnóstico do HIV em pacientes com TB Profilaxia da TB em pessoas infectadas pelo HIV Tratamento da co-infecção Gripe • Agente etiológico: doença contagiosa resultante da infecção pelo vírus influenza • Incubação: 3 dias (1-5) • Sintomas: início súbito – febre, calafrios, cefaléias, mialgias, tosse, dor de garganta,corrimento nasal, falta de ar. Normalmente recupera em 1 semana. Pode complicar para pneumonia. • Aspectos epidemiológicos: Anualmente 5 a 15% da população mundial contrai a doença Óbitos ocorrem nos idosos e em caso de patologia crônica concomitante. • Prevenção: Vacinação Medidas de “etiqueta respiratória” e distanciamento social Prestação de cuidados tratamento sintomático Sobre a doença Pandemia ? Os vírus da influenza descendem todos de aves. Os vírus aviários teriam evoluído para 5 grandes linhagens. As linhagens suína e humana seriam geneticamente semelhantes, sugerindo uma origem comum. Os ancestrais dos vírus da gripe espanhola (1918), da gripe asiática (1957) e da gripe Hong Kong (1968) ainda circulam em aves, com poucas mutações. Aves podem ser acometidas por vírus influenza de todos os tipos (H1 a H15). A influenza aviária de alta patogenicidade é causada pelo vírus H5. É uma doença dos tratos respiratório e digestivo de aves de criação, podendo haver comprometimento sistêmico. Até o recente surto pelo H5N1, aves selvagens não adoeciam de influenza. Plano de contingência • Vigilância de âmbito mundial para detectar o mais rapidamente possível o surgimento de variantes novas com diferenças antigênicas significativas. • Informação • Obtenção de vacinas adequadas e passíveis de serem produzidas em grandes quantidades. • Estabelecimento e manutenção de estoques estratégicos de medicamentos antivirais • Planos de vacinação emergencial. • Planos de assistência médico-hospitalar de urgência. • Planos de contingência para isolamento
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