Buscar

relatorio de organica cravo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Introdução
O cravo-da-índia é uma especiaria muito conhecida e é utilizada principalmente nos alimentos como doces, biscoitos, bolos, mas também é utilizado na indústria de medicamentos. Seu nome científico é Syzygium Aromaticum, mas também é comumente conhecido por: cravoária, rosa-da-índia, craveiro-de-cabecinha ou ainda de cravinho-de-túnis (FONSECA, 2010).
Segundo Oliveira apud Gobbo-Neto & Lopes, (2007) possui diversas propriedades tais como: antioxidante, antibacteriano, anestésico, anti-séptico, alelopático e repelente, por isso ele possui uma diversidade de aplicações como, por exemplo, na conservação de alimentos.
Para a obtenção do óleo essencial presente no cravo-da-índia é comumente utilizado a destilação por araste de vapor, que nada mais é do que a destilação de misturas imiscíveis de compostos orgânicos com água. Este tipo de técnica de extração baseia-se na destilação com arraste à vapor sob baixa pressão. Ao ser extraído, a água vaporizada e óleo, condensam-se em condensador resfriado com água e a mistura é separada com funil de decantação, pois o líquido extraído é uma mistura de composto polar e apolar, constituindo assim uma mistura de líquidos imiscíveis (LIMA & OLIVEIRA, 2009).
A técnica é possível por que a pressão total de uma mistura de líquidos imiscíveis é igual à soma da pressão de vapor dos componentes puros individuais, isso permite que a mistura ferva numa temperatura inferior ao ponto de ebulição de qualquer um dos componentes da mistura, por exemplo o da água que corresponde a 100ºC (BATISTELA, 2009).
Existe uma grande quantidade de componentes químicos presentes nos óleos essenciais, no caso do cravo-da-índia o eugenol está presente em maior quantidade, cerca de aproximadamente mais de 85% (OLIVEIRA, 2009). 
O Eugenol é um composto aromático que está presente nos cravos, canela, sassafrás e mirra. A nomenclatura IUPAC para o eugenol é 4-Alil-2-Metoxifenol. Possui um marcante efeito anestésico, sendo usado no tratamento de dores de dente. É também empregado na indústria de cosméticos. A adição de amina ao metileugenol leva ao 3,4 dimetoxianfetamina, ou 3,4-DMA, uma anfetamina alucinogênica largamente consumida nas raves dos EUA e Europa (MARQUES, 2012).
Durante o processo de extração são utilizados solventes para a chamada “lavagem”, ou melhor dizendo para separação e isolamento de substâncias, geralmente é utilizado o diclorometano, mas existem outros como o hexano. No processo de lavagem é escolhido um solvente onde um dos componentes da mistura seja bastante solúvel nele e o outro seja insolúvel ou pouco solúvel. Como no caso da extração por arraste de vapor é utilizado água ela não se mistura ao diclorometano, ou outros solventes orgânicos, permitindo dessa forma a separação das fases aquosa e orgânica (SILVA ,2010).
2 Objetivo
Os principais objetivos da prática é a obtenção dos óleos essenciais a partir do cravo da índia, o eugenol e o acetileugenol, bem como conhecer a técnica de arraste a vapor.
3 Procedimento Experimental
Parte I - Preparação para extração do óleo essencial
Estando montada a aparelhagem para destilação por arraste de vapor, foi posto 15g de cravo-da-índia triturado em um balão de fundo redondo e adicionado 100mL de água destilada ao mesmo. Colocou-se para aquecer com auxílio da manta aquecedora e deixado destilar até obter cerca de 110mL de destilado. Durante a destilação o volume de água do balão foi controlado, de maneira a deixar o volume próximo ao inicial.
Parte II – Extração dos óleos essenciais
O destilado foi transferido para uma funil de separação de capacidade adequada, ao qual foi extraído com três porções de 10mL de diclorometano, isto é, foi agitado, deixado separar as fases, recolhido a fase orgânica, acrescentado novamente diclorometano a fase aquosa e repetido. Os extratos orgânicos obtidos foram submetidos a extração ácido base a qual visava separar dois componentes do cravo da índia, o eugenol e o acetileugenol.
Para isso, o óleo de cravo com diclorometano foi submetido a quatro extrações de 10mL de solução diluída de NaOH (10%), resultando em duas porções, uma em fase orgânica e outra de fase aquosa a qual foi reservada. A parte orgânica desta extração continha acetileugenol + clorofórmio, a qual foi secada com Na2SO4, filtrada e colocada no rotaevaporador para obtenção do acetileugenol. 
Já a fase aquosa continha eugenolato de sódio, esta foi acidificada com HCl concentrado, voltando ao eugenol em agua, foram então feitas mais duas extrações de 25mL com clorofórmio onde a fase aquosa foi descartada e a orgânica foi secada com Na2SO4, filtrada e colocada no rotaevaporador para obtenção do eugenol. 
Parte III – Teste de complexação com FeCl3 e teste de Millon
Para teste de complexação foram dissolvidas 5 gotas de cada amostra em 0,5mL de agua e adicionado à solução de FeCl3 2,5%.
Para o teste de Millon 5 gotas da amostra foram colocadas em um tubo de ensaio com 1mL do reagente de Millon e levadas a ebulição no bico de Bunsen.
4 Resultados e Discussões
Com os valores das pesagens do balão, antes e depois da extração, podemos calcular a quantidade de óleo obtida e, realizar o cálculo do rendimento percentual. 
5 Conclusão
A técnica descrita neste trabalho possibilitou a extração do óleo essencial do cravo da índia. Notou-se a eficiência que a extração por arraste de vapor apresenta para este tipo de experiência, observando a importância de realizar as extrações adequadas, para conseguir separar as os componentes. O valor encontrado do rendimento percentual encontrado aponta um resultado satisfatório, e acordo com outros trabalhos encontrados na literatura. 
6 Referencias
BATISTELA, Eduarda. Destilação por arraste de vapor. 2009. Disponível em <www.ebah.com.br/eduarada-batistela-u348630.html>, acessado em: 28 de outubro de 2017.
FONSECA, Zulmiro Alves da. Cravo-da-índia. 2010. Disponível em <www.plantamed.com.br>, acessado em: 28 de outubro de 2017.
LIMA, Israel Luiz de; OLIVEIRA, Cássio Luís Fernandes de. Obtenção de óleos essenciais de eucalipto. 2009. 
MARQUES, Guilherme. Extração do óleo de Cravo. 2012. Disponível em <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAnJ8AL/relatorio-extracao-oleo-cravo>, acessado em: 28 de outubro de 2017.
OLIVEIRA, Rosilene Aparecida de et al. Constituintes químicos voláteis de especiarias ricas em eugenol. Rev. bras. farmacogn. [online]. 2009, vol.19, n.3, pp. 771-775. ISSN 0102-695x. 2007. 
SILVA, Tânia N. de Jesus. Destilação por arraste de vapor. 2010. Disponível em < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA3hkAD/destilacao-por-arraste-vapor>, acessado em: 28 de outubro de 2017.

Outros materiais