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Modelo de Denúncia Espontânea - Direito Administrativo

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CORONEL VIVIDA - PR
À Secretaria de Tributos Municipais
	 	 	 	 JONIVALDO CABEÇA DE GELO, brasileiro, casado, 
comerciante, inscrito no RG sob o nº 8.864.234-9 e CPF nº 012.312.312.09, residente e 
domiciliado à rua Da Liberdade, nº 12, centro de Coronel Vivida - PR, através de seu advogado 
que esta subscreve, procuração inclusa, vem respeitosamente, com fundamento no art. 138 do 
CTN, apresentar 
	 	 	 	 	 DENÚNCIA ESPONTÂNEA 
	 	 	 	 	 conforme o exposto a seguir.
	 	 	 	 	 O Autor é proprietário de imóvel localizado ao centro do 
município, endereço acima indicado, consoante da Matrícula Imobiliária de nº X, desde o ano de 
2010, conforme documento anexo.
	 	 	 	 	 O proprietário reconhece que não pagou o IPTU (cadastrado 
sob o nº X) do presente ano, o qual encontrava-se atrasado, incidindo em juros e multa. Tal fato 
deve-se à perda do carnê que lhe fora fornecido, não podendo assim realizar os pagamentos 
mensais como sempre fez. 
	 	 	 	 	 O valo total, por ano, do IPTU deste imóvel é de R$ X, 
divididos mensalmente em parcelas iguais de R$ X. Todas as pendências deste tributo foram 
quitadas, inclusive com juros e multa, estando os comprovantes de pagamento em anexo. Ainda, 
salienta que não há qualquer processo administrativo contra o Autor, que vem por livre vontade 
apresentar essa medida.
	 	 	 	 	 Conforme o art. 138 do CTN apresenta:
	 Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da 
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos 
juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade 
administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. 
	 Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada 
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, 
relacionados com a infração. (Destacou-se). 
	 	 	 	 	 
	 	 	 	 	 Comenta Roberto Caparroz, tratando de Responsabilidade 
Fiscal, em sua obra Direito Tributário Esquematizado, que:
	 A denúncia espontânea caracteriza-se pelo arrependimento do sujeito 
passivo, que reconhece a existência do débito e promove a sua reparação de 
forma voluntária, sem qualquer coerção estatal. Trata-se de norma indutora de 
conduta, que busca incentivar o contribuinte a adimplir as obrigações tributárias 
sem a necessidade de acionar o aparato estatal, com evidente economia e 
benefício para as duas partes. (Destacou-se). 1
	 	 	 	 	 No mesmo sentido, a jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça, sobre a denúncia espontânea:
	 Declaração parcial e retificação posterior, com quitação. Cabimento. 1. A denúncia espontânea 
resta configurada na hipótese em que o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário 
(sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retifica-a (antes 
de qualquer procedimento da Administração Tributária), noticiando a existência de diferença a maior, cuja 
quitação se dá concomitantemente. 2. Deveras, a denúncia espontânea não resta caracterizada, com a 
consequente exclusão da multa moratória, nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação 
declarados pelo contribuinte e recolhidos fora do prazo de vencimento, à vista ou parceladamente, ainda 
que anteriormente a qualquer procedimento do Fisco (Súmula 360/STJ). 3. É que “a declaração do 
contribuinte elide a necessidade da constituição formal do crédito, podendo este ser imediatamente inscrito 
em dívida ativa, tornando-se exigível, independentemente de qualquer procedimento administrativo ou de 
notificação ao contribuinte”. 4. Destarte, quando o contribuinte procede à retificação do valor declarado a 
menor (integralmente recolhido), elide a necessidade de o Fisco constituir o crédito tributário atinente à 
parte não declarada (e quitada à época da retificação), razão pela qual aplicável o benefício previsto no 
artigo 138, do CTN. (Destacou-se). 2
	 	 	 	 	 Desta forma, preenchidos os requisitos do art. 138 do CTN, 
pugna que a presente seja apreciada a julgada, excluindo o nome do Autor das pendências 
tributárias do Município, assim como as possíveis multas.
	 	 	 	 	 Nestes termos,
	 	 	 	 	 Pede deferimento.
	 	 	 	 	 Coronel Vivida - PR, em X de X de 2017.
	 	 	 	 	 Advogado
	 	 	 	 	 OAB/PR
 CAPARROZ, Roberto. Direito Tributário Esquematizado. Online: Editora Saraiva, 2017.1
 REsp 1.149.022/SP.2

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