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ESMALTE (HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA BUCODENTAL)

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ESMALTE
GENERALIDADES
-Cobre a dentina em sua porção coronária.
-Oferece proteção ao tecido conjuntivo subjacente.
- Constituído por milhões de prismas mineralizados que lhe conferem dureza.
- Os cristais de hidroxiapatita constituídos por cálcio representam o componente inorgânico no esmalte.
-Embriologicamente, deriva-se do órgão do esmalte, de natureza ectodérmica.
- Em sua composição química não há participação de colágeno.
- Os cristais de hidroxiapatita são solúveis à ação dos ácidos, constituindo esta característica o substrato químico para a origem das cáries. 
- Os ameloblastos (células secretoras do esmalte), depois de completar a formação do esmalte, involuem e desaparecem durante a erupção dentária por apoptose.
- O esmalte não contém células, por isso não é considerado um tecido.
- É uma estrutura acelular, avascular e sem inervação.
- O esmalte não tem poder regenerativo.
- Nos dentes erupcionados é revestido por uma película primária (último produto da secreção ameloblástica) que exerce função protetora, porém, desaparece quando o dente entra em oclusão. Posteriormente se cobre com a película secundária de origem salivar e por fora desta, forma-se a placa dental.
- Se relaciona com a dentina por meio da JAD (Junção amelodentinária).
- Se relaciona com a gengiva por meio da junção dentogengival.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DUREZA: resistência superficial de uma substância às deformações de qualquer natureza,motivada por pressões. A dureza adamantina decresce desde a superfície livre até a junção amelodentinária, ou seja, está em relação direta com o grau de mineralização. As variações na microdureza do esmalte seriam devidas às diferentes orientação e quantidade de cristais nas distintas regiões do prisma.
ELASTICIDADE: muito escassa, pois depende da quantidade de água e substância orgânica que possui. Por isso, é um tecido frágil, com tendência a macro e micro fraturas quando não tem o apoio dentinário elástico. A elasticidade é maior na região de colo e bainha dos prismas pelo maior conteúdo de substância orgânica.
COR E TRANSPARÊNCIA: nas regiões de maior espessura: acinzentado (cúspides). Regiões onde é mais delgado (cervical): branco-amarelado.
A transparência pode ser atribuída às variações no grau de calcificação e homogeneidade de esmalte. Quanto mais mineralizado, mais translúcido.
PERMEABILIDADE: Extremamente escassa. O esmalte pode atuar como uma membrana semipermeável, permitindo a difusão de água e de alguns íons presentes no meio bucal.
- Os íons de flúor substituem os grupamentos de hidroxila do cristal de apatita e o tornam menos solúvel aos ácidos,o que torna a superfície externa do esmalte mais resistente ao ataque de cáries.
-Remineralização: propriedade de captar continuamente íons ou moléculas existentes na saliva.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
MATRIZ ORGÂNICA
O componente orgânico mais importante é de natureza proteica. As proteínas presentes em maior ou menos quantidade na matriz orgânica do esmalte são:
- Amelogeninas: Proteínas do esmalte imaturo e se localizam entre os cristais de sais minerais, sem estar ligadas a eles. São as mais abundantes e diminuem progressivamente à medida que aumenta a maturação do esmalte.
- Enamelinas: Localizam-se na periferia dos cristais formando as proteínas de superfície. Admite-se que não são secretadas pelos ameloblastos e foi sugerido que resultam da degradação das amelogeninas.
- Ameloblastinas ou amelinas: localizadas nas camadas mais superficiais do esmalte e na periferia dos cristais.
- Tufelina: Localizada na região de junção amelodentinária no começo de formação.
- Parvalbumina: Função associada ao transporte de cálcio do meio intracelular ao extracelular.
MATRIZ INORGÂNICA
Constituída por sais minerai cálcicos, basicamente de fosfato e carbonato. Esses sais se depositam da matriz do esmalte e rapidamente um processo de cristalização transforma a massa mineral em cristais de hidroxiapatita. Os íons flúor podem substituir os grupamentos de hidroxiapatita. O conteúdo de flúor no esmalte é variável e depende de diferentes fatores: biológicos e clínicos (aplicações tópicas, géis e pastas de dente fluoretadas).
Os cristais de sais minerais no esmalte são mais volumosos que os existentes na dentina e tecido ósseo.
Os cristais de apatita são constituídos por agregados das chamadas células ou nichos unitários (unidades básicas de associação iônica dos sais minerais no interior dos cristais).
No esmalte superficial existem dois componentes: Flúor – incorporado aos cristais aumenta sua resistência à cárie – e Carbonatos – torna mais suscetível ao inicio das cáries.
ÁGUA
Terceiro componente da composição química, localiza-se na periferia do cristal constituindo a capa de hidratação. A porcentagem de água no esmalte diminui progressivamente com a idade.
ESTRUTURA HISTOLÓGICA DO ESMALTE
Unidade estrutural básica: prisma do esmalte.
Unidades estruturais secundárias: se originam a partir da anterior.
UNIDADE ESTRUTURAL BÁSICA
Constituída pelos Prismas (cristais de hidroxiapatita). O conjunto de prismas forma o esmalte prismático. Na periferia da coroa e na JAD existe o esmalte aprismático, que não constitui nem configura prismas.
Esmalte Prismático
-Morfologia dos Prismas: são estruturas longitudinais que se estendem da junção amelodentinária até a superfície do esmalte. É maior que a própria estrutura do esmalte, pois seu curso é sinuoso.
Nos cortes longitudinais são observados como bastões irregularmente paralelos e nos cortes transversais com uma morfologia de buraco de fechadura de uma chave antiga. Isso permite distinguir nos prismas duas regiões:
Cabeça – região mais larga, em forma de cúpula esférica;
Cauda – região mais delgada, situada abaixo da cabeça.
Os prismas estão associados uns aos outros, e nesse sentido, a cabeça de um prisma está localizada entre as caudas dos prismas subjacentes. Esse sistema confere maior resistência ao esmalte, pois as cabeças suportam choques das forças mastigatórias e as caudas as distribuem e as dissipam.
O material orgânico é muito escasso e distribui-se basicamente na periferia dos prismas. Esse material é insolúvel e corresponde à denominada bainha dos prismas. A diferença entre prisma e bainha do prisma é quantitativa (a bainha tem menor grau de mineralização devido ao maior número de proteínas).
-Composição dos Prismas: constituídos pelo conjunto de cristais de hidroxiapatita. Esses cristais apresentam uma orientação muito definida no interior dos mesmos.
- Orientação dos Prismas: é complexa pois os mesmos não seguem uma trajetória retilínea através do esmalte.
Esmalte Aprismático
É o material calcificado sem prismas. Localiza-se na superfície externa do esmalte prismático. Está presente em todos os dentes decíduos e em 70% dos permanentes.
UNIDADES ESTRUTURAIS SECUNDÁRIAS DO ESMALTE
Estruturas que se originam a partir das unidades estruturais primárias como resultado de vários mecanismos: 
1 diferente grau de mineralização (estrias de Retzius e tufos de Linderer)
2 mudança no percurso dos prismas (bandas de Hunter-Schreger e esmalte nodoso)
3 inter-relação entre o esmalte e a dentina subjacente ou na periferia com o meio externo (junção amelodentinária, fusos do esmalte, periquimácias, linhas de imbricação de pickerill e fissuras ou sulcos do dente)
-Estrias de Retzius: São sempre observadas sendo mais frequentes na zona cervical da coroa. As estrias marcam a sucessiva aposição de camadas de tecido durante a formação da coroa, por isso também recebem o nome de linhas incrementais. Elas se relacionam com períodos de repouso e de mineralização e, portanto, indica regiões menos mineralizadas.
-Tufos do esmalte ou de Linderer: Estendem-se no terço interno do esmalte desde o limite amelodentinário em forma de arbusto. Os Tufos se formam durante o desenvolvimento devido a mudanças bruscas na direção de grupos de prismas.
-Bandas de Hunter-Schreger: São bandas claras e escuras denominadas respectivamente parazonas e diazonas, de largura variávele limites imprecisos.
-Esmalte nodoso: zona especial do esmalte prismático que se localiza nas regiões de cúspides dentárias, sendo formado por uma complexa inter-relação de primas ou bastões do esmalte. O entrecruzamento dos prismas é um fator que aumenta a resistência do esmalte.
-Junção Amelodentinária: Região onde o esmalte se relaciona com a dentina. O limite não é retilíneo, sendo constituído por cavidades ou fossas pequenas. A origem da JAD se estabelece nos primeiros estágios da morfogênese dentária e ocorre no local onde existe a lâmina dentária entre odontoblástos e ameloblastos antes de começarem os respectivos mecanismos de mineralização.
-Fusos do Esmalte: estruturas irregulares ao nível da JAD. São formações tubulares com fundo cego que alojam em seu interior os prolongamentos dos odontoblastos que percorrem os túbulos dentinários. 
-Periquimáceas e linhas de imbricação de Pickerill: São formações relacionadas com as estrias de Retzius e com a periferia. São sulcos profundos existentes na superfície do esmalte (são as estrias de Retzius observadas na superfície do esmalte).
-Fissuras ou sulcos do Esmalte: São invaginações observadas na superfície do esmalte de pré-molares e molares. Três tipos morfológicos de fissuras: tipo V, tipo I, e tipo Y. O conteúdo de cálcio das paredes da fissura é menor que o restante do esmalte.
-Lamelas ou microfissuras do esmalte: se estendem de forma retilínea da superfície do esmalte até a dentina. Existem dois tipos de microfissuras: 
microfissuras primárias – produzidas no dente antes da erupção. São constituídas por matriz do esmalte não-mineralizada ou por células originadas do órgão do esmalte.
microfissuras secundárias – originadas após a erupção (lamelas pós eruptivas). Estão relacionadas com planos de tensão e são geradas por traumas e mudanças bruscas de temperatura no local correspondente.
As lamelas podem ser classificadas em três tipos: 
Tipo A – zonas hipomineralizadas, determinadas por segmentos de prismas pouco mineralizados. Se formam antes da erupção.
Tipo B – também se formam antes da erupção, porém são áreas sem esmalte ocupadas por células degeneradas.
Tipo C – formam-se após a erupção, podendo atravessar a dentina. São regiões sem esmalte ocupadas por restos orgânicos da saliva.
SUPERFÍCIE DO ESMALTE
Cutícula do esmalte: Delicada membrana que cobre toda a coroa do dente recém-erupcionado e que corresponde à última secreção dos ameloblastos. Fortemente aderida à superfície do esmalte, que possivelmente tem a função de protegê-lo durante o período de erupção dentária.
Película secundária, exógena ou adquirida: Formada por um precipitado de proteínas salivares e elementos inorgânicos provenientes do meio bucal. Sobre ela se forma a placa dentária ou bacteriana.
AMELOGÊNESE
Generalidades:
-É o mecanismo de formação do esmalte.
Esse mecanismo compreende duas grandes etapas: elaboração de uma matriz orgânica extracelular e mineralização quase imediata da mesma que envolve: formação, nucleação e maturação dos cristais e remoção da matriz orgânica e maturação do cristal.
Ciclo Vital dos Ameloblástos:
Etapa morfogenética (pré ameloblasto): as células do epitélio interno do órgão do esmalte interagem com as células do ectomesênquima da papila determinando a forma da JAD da coroa.
Etapa de organização (ameloblasto jovem): coincide com o período de campânula. Os ameloblástos mudam de aspecto. Até o final do período de organização, começa a secreção de dentina por parte dos odontoblastos. Quando isso ocorre, desenvolve-se uma inversão da fonte de nutrição, ao ficarem separados os ameloblastos da papila dentaria, sua fonte primitiva de nutrição.
Etapa de formação ou secreção: o ameloblasto secretor é uma célula diferenciada, muito especializada, que perde a capacidade de se dividir por mitose. A população de pré-ameloblastos constitui, por isso, uma fonte constante de formação de ameloblastos.
Etapa de maturação: a maturação se produz após ter sido formada a maior parte da espessura da matriz doesmalte na região oclusal ou incisal. Nessa fase, as células possuem capacidade absortiva, o que permite eliminar água e matriz orgânica do esmalte. Além disso, o ameloblasto nessa fase inervém na regulação do transporte de cálcio e outros íons.
Período de proteção: quando o esmalte se mineraliza totalmente o ameloblasto entra em estado de regressão. Os ameloblastos deixam de se organizar emuma camada definida e não podem ser distinguidos das cúluas do estrato intermediário. Esses estratos celulares não distinguíveis constituem o epitélio reduzido do esmalte, cuja função é proteger o esmalte maduro. O ultimo produto de secreção dos ameloblastos é chamada cutícula primária.
Etapa desmolítica: o epitélio reduzido do esmalte prolifera e induz a atrofia do tecido conjuntivo que o separa do epitélio bucal. Se ocorrer a degeneração prematura do epitélio reduzido, a erupção pode não ocorrer.
Formação e maturação da matriz
Secreção da matriz orgânica:
Pode ser esquematizado da seguinte maneira: 
Síntese de substancia de baixo peso molecular no RER
Concentração dessas substâncias no complexo de Golgi
Formação de grânulos de secreção ou corpos adamantinos
Fusão dos corpos adamantinos e formação de vesículas apicais
Secreção por exocitose dos corpos adamantinos ou ameloblásticos.
Após os ameloblastos produzirem a quantidade adequada de esmalte para formação definitiva da coroa, elaboram uma delicada membrana orgânica não mineralizada chamada cutícula primária.
Componentes da matriz orgânica:
Em primeiro lugar, é depositada a tufelina ou proteína dos tufos e a sialofosfoproteína na junção amelodentinária. Em segundo lugar, são secretadas as amelogeninas que constituem 90% da matéria orgânica e cuja presença vai diminuindo à medida que o esmalte imaturo vai se transformando em esmalte maduro.
Mineralização da matriz orgânica:
A disposição inicial de mineral se produz na junção amelodentinária, e os cristais crescem mais tarde, seguindo seu longitudinal, pela adição progressiva de íons à sua extremidade terminal.
Esta fase é a mais importante, pois as alterações do esmalte estão vinculadas diretamente às mudanças que ocorrem na etapa pós-secretora ou de maturação, denominada por alguns autores como períoso crítico de passagem entre o esmalte imaturo e o esmalte maduro.
O processo de mineralização avança com a substituição progressiva de água e matéria orgânica até que o esmalte alcance um conteúdo de 95% de matéria inorgânica.
Na última fase do processo de mineralização há a participação da ameloblastina, secretada pela vertente lisa dos ameloblastos com atuação fundamental na configuração dos limites dos prismas e na constituição da bainha do prisma.
O fornecimento de cálcio e fósforo para formação e crescimento dos cristais é proveniente dos ameloblastos. O cálcio e o fosfato para formação e crescimento dos cristais são provenientes dos capilares do saco invaginados no órgão do esmalte.
BIOPATOLOGIA E CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
Defeitos da amelogênese: alterações que afetam a formação do esmalte. As duas alterações mais características que constituem defeitos da amelogênese são: a hipoplasia (alteração na deposição de matriz orgânica) e a hipocalcificação (deficiência do mecanismo de mineração). 
Podem-se distinguir três grupos na amelogênese imperfeita: o tipo hipoplásico, no qual consiste em uma redução quantitativa de esmalte, porém com boa mineralização, o tipo hipocalcificado, no qual existe uma mineralização defeituosa, porém o volume adamantino é praticamente normal, e o tipo hipomaturado, no qual se desenvolvem alterações distintas da configuração dos prismas durante as útimas etapas do processo de mineralização.
Neoplasia: os ameloblástos e outras células doórgão do esmalte são células que podem proliferar neoplasicamente. O tumor por elas formado se denomina ameloblastoma. É formado por massas celulares sólidas e por cistos que invadem localmente, porém não fazem metástase.
Cárie dental: doença multifatorial quese caracteriza por um processo que afeta primeiro o esmalte, destruindo-o por um mecanismo de desmineralização ácida, produzida por microrganismos da placa que solubilizam progressivamente os cristais de apatita.
Há três tipos distintos de cáries:
1. Caries de fossas, sulcos e fissuras que se localizam nas faces oclusais de pré molares e molares.
2. Cáries de superfícies proximais e livres: originam-se nas áreas de difícil limpeza e por macro e micro defeitos.
3. Cáries da junção amelocementária: afetam o cemento exposto. O esmalte é menos espesso e mais poroso neste local.
Ação do Flúor: o íon flúor é incorporado pelos cristais de hidroxiapatita, recombinando-se com os íons hidroxila e fomando fluoridroxiapatita, mais resistente a dissolução dos ácidos.
Reparação do Esmalte: Quando se produz perda de esmalte, só pode ser reparado mediante procedimentos operatórios. A reparação se realiza preparando uma cavidade que em seguida é preenchida com material restaurador, como amálgama, resinas compostas, plásticos etc. A restauração depende da localização das cáries.

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