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PCC II (Resenha) Letras Português - 2° Semestre

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Universidade Paulista – UNIP INTERATIVA
Prática como Componente Curricular – PCC (2° Semestre)
Licenciatura em Letras Português
Eurismar Lopes Cardoso RA: 1709705
A GRAMÁTICA NOS LIVROS DIDÁTICOS E NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
1.Livro Didático: Contexto Histórico.
Uma nova realidade começava a surgir no contexto da escola pública no Brasil. Nos anos 60, a educação era considerada um instrumento de mobilidade social, além da função de socializar e formar, a educação deveria da “status” ao indivíduo, representando assim, uma possibilidade de ascensão social. 
Em decorrência do aumento dessas chances de igualdade, surgiu então uma nova necessidade: as escolas não dispunham de professores suficientes para atender a toda essa demanda de alunos. Para atender a essa nova exigência, o que se viu foi a formação de professores em cursos rápidos, com pouco embasamento teórico. Assim, “[...] a solução para o despreparo do professor, em dado momento, pareceu simples: bastaria oferecer-lhe um livro que, sozinho, ensinasse aos alunos tudo o que fosse preciso.” (MOLINA, GERALDI 1997, p. 125). Esses livros seriam de dois tipos: livros de textos direcionados para os alunos e livros-roteiros para os professores. 
Essa nova configuração introduz na atividade de ensino uma nova realidade: é colocada à disposição do trabalho de transmissão do professor em sala de aula toda uma produção de material didático, a respeito do qual Geraldi (1997, p. 93) chama de “[...] uma ‘parafernália didática’ que vai do livro didático (para o professor, com respostas dadas) até recursos de informática, com vídeos destinados ao ensino de determinados tópicos ou disquetes com textos e exercícios”. 
Desse modo, o livro didático (LD) tornou-se um aliado constante no processo de ensino e aprendizagem de línguas, instituindo-se como instrumento básico do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, dentro e fora da sala de aula, quando não, a única fonte de que o professor dispõe para pesquisa. Atualmente, o responsável pela entrada desse material na sala de aula é o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) que atua desde 1997 e tem por objetivo oferecer aos alunos e aos professores de escolas públicas livros didáticos e dicionários de Língua Portuguesa de qualidade para apoio ao processo de ensino e de aprendizagem em sala de aula.
2. Livro Didático e os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), são diretrizes elaboradas pelo governo federal com o objetivo principal de orientar os educadores por meio de normatização de alguns fatores fundamentais concernentes a cada disciplina (WIKIPÉDIA). Foi aprovado pela Constituição Federal de 1988, e de acordo com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), sancionada em 20/12/1996. Ambos os documentos destacam a necessidade de a União, junto aos estados e municípios, estabelecer diretrizes que assegurem, através de conteúdo/procedimentos mínimos exigidos por cada disciplina escolar, uma formação básica comum aos alunos em todo o país.
No tocante ao ensino de gramática, a antiga LDB 5.692/71 abordava o ensino da gramática prescritiva/normativa: conjunto de regras que devem ser seguidas. Já a nova LDB 9.394/96 toma uma direção completamente diferente, com foco na gramática internalizada: conjunto de regras que o falante domina, que se constitui por meio de atividades linguísticas desenvolvidas nas circunstâncias cotidianas de comunicação entre os indivíduos, que aprendem a falar, desde crianças, ouvindo.
Ainda de acordo com a LDB, de 1996, fica garantido, como dever do Estado com a educação escolar pública, o atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar. O PNLD situa-se nesse contexto. Criado em 1985 e aperfeiçoado em 1995, adquiriu um novo componente: a análise e a avaliação prévia de conteúdo pedagógico, criando o Guia do LD, no qual o professor pode avaliar o livro mais adequado a sua região.
Os PCNs, mencionam a importância do uso do LD em sala de aula e alertam quanto a uma melhor escolha do material didático:
O livro didático é um material de forte influência na prática de ensino brasileira. É preciso que os professores estejam atentos à qualidade, à coerência e a eventuais restrições que apresentem em relação aos objetivos educacionais propostos. Além disso, é importante considerar que o livro didático não deve ser o único material a ser utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá para o aluno ter uma visão ampla do conhecimento. (BRASIL, 1998, p. 67)
Ainda segundo os PCNs, o estudo da gramática deve ser contextualizado, tendo o texto como forma básica de ensino, visto que ele é, de fato, a manifestação viva da linguagem. O professor deve levar o aluno a refletir sobre os recursos da língua que lhe oferece, uma reflexão sobre as escolhas que o falante faz ao construir um texto e sobre os resultados de sentido que cada escolha causa nesse texto. A língua não deve ser abordada como algo fechado em si, impondo regras sobre o aluno, mas, prepará-lo para situações reais de uso da linguagem.
3. Conclusão.
Conclui-se que, na escolha do Livro Didático de Língua Portuguesa (LDP) deve-se atentar as propostas dos PCNs, priorizando os conhecimentos linguísticos-gramaticais no uso da linguagem. Sendo que, um bom LDP deve organizar o ensino da língua a partir das noções de texto e gênero/tipo e apresentar definições e atividades de acordo com as necessidades e possibilidades de aprendizagem dos alunos, conforme também sugere os PCNs.
Referências:
GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2016. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Par%C3%A2metros_curriculares_nacionais&oldid=45167904>. Acesso em: 25 mar. 2016.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCNs). Língua Portuguesa. Ensino Fundamental II. Brasília: MEC/SEF, 1998.

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