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Fundamentos de Física Gestão Ambiental 2017/2 Prof. Jacinto da S. Esteves 2 Bibliografia [1] Tipler, Paul A. Física – Volumes 1 e 2. Rio de Janeiro: LTC, 1999. [2] Resnick, R.; Halliday, D.;Krane, K.; Física – Volume 1 , 2 e 3. Rio de Janeiro: LTC, 2003. [3] Okumo, Emico; Caldas, I. L. e Chow, Cecil. Física para Ciências Biológicas e Biomédicas. São Paulo: Harbra, 1982. [4] Durán, José Enrique Rodas. Biofísica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. [5] Hewitt, P. G. Física Conceitual. Porto Alegre: Bookman, 2002. [6] Tipler, Paul A. ; Llewellyn, Ralph A. Física Moderna. Rio de Janeiro: LTC, 2006. [7] Serway, Raymond A. e Jewett John W. Jr. Princípios de Física – Volume 1 , 2 , 3 e 4. São Paulo: Cengage Learning, 2012. [8] Keller, F. Getty, S.W.; Skove, M. Física – Volume 1 e 2. São Paulo: Makron Books, 1997. [9] Mourão Júnior, C. A. e Abramov, D. M. Curso de Biofísica. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2009. [10] Gaspar, Alberto. Física. São Paulo: Editora Ática, 2002. [11] Nussenzveig, H. Moysés, Curso de Física Básica - Mecânica. São Paulo: Edgard Blücher, 2002. 3 1 Sistemas de Medidas 1-1 Grandezas Físicas - È tudo o que pode ser mensurado. As grandezas físicas podem ter características de “natureza” Escalar ou Vetorial. Escalares - São definidas apenas pelos seus respectivos módulos e geralmente acompanhados de uma unidade adequada. Vetoriais - Necessitam, além de seus respetivos módulos e das unidades, de direção e sentido. 1-2 Sistema Internacional de Unidades (SI) Com o objetivo de eliminar multiplicidade de padrões de unidades, criou-se o SI, estabelecido em 1971 pela 14ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM). Tais unidades foram definidas para medir grandezas físicas. As grandezas foram classificadas como Fundamentais e Derivadas. 4 Grandezas Fundamentais - São as tidas como a base do SI, ou seja, as que dão origem a todas as outras grandezas. 5 Quilograma padrão, constituído de uma liga de platina e irídio, guardado no “Bureal” Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), Paris França. 6 Grandezas Derivadas - São as demais grandezas, obtidas das fundamentais. 7 1-3 Algarismos significativos e incertezas Supondo que para definir o diâmetro de uma moeda, oito alunos resolvem “tirar” a média dos valores obtidos por cada um: 20+20+19+20+20+19+20+19 8 =19,625 mm . O valor final do diâmetro deve ser expresso como: - É adotado como significativo aqueles algarismos de que se tem certeza, acrecidos de mais um. Este último é o duvidoso. (19,5±0,5)mm . 8 Operações levando em conta o número de Algarismos Significativos Multiplicar ou dividir dois números Arredondar a resposta com tantos algarismos significativos quantos forem os do número menos precisos. Exemplo de conta: (2,54 m) · (3,6 m) · (1,135 m) = 10,37844 m3. Mas o resultado deve ser apresentado como 10 m3. Somar ou subtrair dois números Arredondar a resposta na casa decimar que corresponde à última casa decimal, ocupada pelos algarismos significativos do número menos precisos. Exemplo de conta: (2,54 m) + (3,6 m) + (1,135 m) = 7,275 m. Mas o resultado deve ser apresentado como 7,3 m. 9 - Um número expresso na forma N·10n, com n inteiro e 1≤N<10. Ex. Diâmetro de um vírus que mede 0,000000010 m, se escreve 1,0·10-8 m. Operações em Notação Científica Multiplicar dois números Escreve os números em notação científica de potencia de 10, multiplica- se as mantissas e soma-se os expoentes. Ex: 2,5·102 · 1,0·103 = 2,5·105 Dividir dois números Escreve os números em notação cientifica de potencia 10, divide-se as mantissas e subtrai-se os expoentes. Ex: (2,5·102) : (1,0·103) = 2,5·10-1 1-4 Notação Científica 10 Somar ou subtrair dois números Escreve os números de modo que as potências de 10 de todos, tenham o mesmo valor. Exemplo de conta: 1,2·102 + 8,0 ·10-1 = 1200,0 ·10-1 + 8,0·10-1 = 1208,0·10-1. Na prática, o resultado deve ser apresentado como: 1,2 ·102. 1-5 Ordem de Grandeza - Um número arrendondado à potência de 10 mais próximo. Ex: A ordem de grandeza do número 850 é 103 e do 2,7·108 é 108. 1-6 Conversão de Unidades - Basta tratar todas as unidades como grandezas algébricas. Ex: 120 km/h = 120·1000 m / 3600 s = 33,3 m/s. 11 Cinemática 2 Movimento Retilíneo Uniformemente Variado 21 Aceleração A aceleração mede a “velocidade da variação da velocidade”[10]. Em física a aceleração indica o “quão rápido” a velocidade de um móvel varia (aumenta ou diminui). Para uma trajetória retilínea, em que a velocidade de um móvel varia, a aceleração média é por definição: a¯= Δ v Δ t (21). Quando a velocidade de um móvel varia a uma proporção constante, ou seja, a aceleração entre duas posições não muda, significa que a aceleração em qualquer instante (instantânea) será igual a aceleração média. a=am= Δ v Δ t (22). De uma forma genérica, quando se tem o registro da velocidade em função do tempo, a aceleração é dada por: a= dv dt (23). 12 2.2 – Função da Velocidade em Relação ao Tempo x0 x v0 v⃗1 v⃗2 a=constante a= v t = v−v0 t−t 0 ⇒ v−v0=a t−t0 ⇒ v=v0a t−t 0 “Zerando” o cronometro na posição x0 temos: v=v0+a t (24) 13 2.3 – Gráfico da Velocidade em Função do Tempo para MRUV tempo P(t0 , v0) P(t , v) v(t) v(t) O t0 t v v0 O coeficiente angular da reta no gráfico v x t é a aceleração do móvel. a= v−v0 t−t 0 (25) O t v O t v Se 90 < ⁰ < 180 a aceleração é α ⁰ negativa. Se 0 < ⁰ < 90 a aceleração é α ⁰ positiva. 14 2.4 – Função da Posição em Relação ao Tempo tempoO O módulo do deslocamento, assim como no MRU, no MRUV também pode ser obtido através do calculo da “área sob a curva”. Δ x=t v0+ t (v−v0) 2 =v0 t+ t v−t v0 2 = (2v0+v−v0)t 2 Δ x=( v0+v2 )t . (26) Lembrando da equação (24), v = v0 + a t e substituindo a na equação (26) temos: Δ x= (v0+v0+a t) t 2 = (2v0+a t) t 2 Δ x=v0 t+ a t 2 2 =x−x0 ⇒ x=x0+v0 t+ 1 2 a t2 (27) Esta representa a função da posição em relação ao tempo. Fazendo x0 = o x=v0 t+ 1 2 a t 2 (28) velocidade v(t) S=Δ x v v0 15 2.5 – Relação entre velocidade e posição Da equação (23) temos: v=v0+a t ⇒ t= v−v0 a (29) Substituindo a equação (29) na equação (28) temos: x=v0 t+ 1 2 a t2=v0( v−v0a )+12 a( v−v0a ) 2 x= v0 v−v0 2 a + 12 a a2 (v2−2v v0+v0 2) x= 2v0 v−2 v0 2+v2−2 v v0+v0 2 2a = v2−v0 2 2a ⇒ v2=v0 2+2a x (210) Esta é a relação entre Velocidade e posição, também chamada de Equação de Torricelli. Resumo v=v0a t x=v0 t 1 2 a t 2 v2=v0 22a x (2-11) 16 Exemplo 2.2 Um gato precisa se deslocar 100 m para alcançar um ratinho morto. Quando o gato começa a correr, com aceleração uniforme de 1 m/s², uma coruja, que está 20 m acima do gato, tem velocidade de 5 m/s (veja a figura). Se a coruja seguir uma trajetória retilínea, qual será sua aceleração para alcançar o ratinho juntamente com o gato? R: a = 0,31 m/s² Exemplo 2.1 Um corpo é solto do repouso em queda livre. Determine a posição e a velocidade após decorrido 1,0, 2,0, 3,0 e 4,0 s. 17 Exemplo 2.3 Uma partícula alfa (do núcleo de um átomo de Hélio) move-se no interior de um tubo de vácuo, reto, de 2,0 m de comprimento, que é parte de um acelerador de partículas. A partícula alfa entra no tubo (em t = 0) movendo-se com uma velocidade de 9,5 ·10⁵ m/s e sai, na outra extremidade do tubo, em t = 8,0·10⁻⁷ s. (a) Qual a aceleração da partícula admitindo que ela é constante? (b) Qual suavelocidade quando ela deixa o tubo? Ra: a = +3,9·10¹² m/s² Rb: v = +4,1·10⁶ m/s Exemplo 2.4 Você freia sua Lamborghini com uma aceleração constante desde a velocidade de 23,6 m/s (aproximadamente 53 mph ou 85 km/h) para 12,5 m/s em uma distância de 105 m. (a) Qual a aceleração? (b) Quanto tempo transcorre neste intervalo ? (c) Se você continuar freando com a mesma aceleração constante, quanto tempo leva até que o carro pare e qual a distancia percorrida? a = -1,91 m/s² t = 5,81 s t = 12,4 s x = 146 m 18 2.6 – Movimento dos Projéteis Uma partícula que se move em duas dimensões, onde apenas na vertical está sujeita a uma aceleração, considerada constante (da gravidade) e na horizontal sua velocidade não é alterada, desenvolve uma trajetória parabólica. Conforme Figura abaixo, as equação desse movimento são ax=0 vx=v0x x=x0v0x t na direção do eixo x: na direção do eixo y: ay=−g v y=v0y−g t y=y0v0y t− 1 2 g t2 . Note que para alturas equivalentes, na subida e na decida, os módulos das velocidades são iguais. A velocidade do projétil terá uma componente vertical e outra horizontal ao longo de sua trajetória. (2-12) (2-13) θ 19 Considerando o instante do lançamento em x0 = 0 e y0 = 0, neste instante as componentes da velocidade serão: v0x=v0 cos0=constante e v0y=v0sen 0 . Quando projétil atinge a máxima altura, a componente y de sua velocidade será nula, vy = 0, e: v y=v0y−g t ⇒ v0y=gT Onde T é o tempo que o projétil levará para atingir tal altura. Logo: v 0 y=v0 senθ0=g T ⇒ T= v 0 g senθ0 (2-14) Neste instante a altura será: y=v0 y t− 1 2 g t 2 h=v0 T sen θ0− 1 2 g T 2 (215) No instante 2T a trajetória atinge um afastamento máximo (alcance): x=v0 x t R=v0 x 2T R=v0 · cos(θ0)· 2 · v0 g · sen(θ0) R= v0 2 g sen(2θ0) (216) 20 Ra: t = 3,0 s Rb: x = 58 m Exemplo 2.5 Um estudante arremessa uma bola com velocidade inicial de 24,5 m/s, fazendo um ângulo de 36,9⁰ com a horizontal. (a) Calcular o tempo que a bola fica no ar e (b) a distancia horizontal coberta pela bola. 21 Exemplo 2.6 Um helicóptero descarrega suprimentos para uma tropa acampada na clareira de uma floresta. A carga cai do helicóptero, a 100 m de altura, voando a 25 m/s num ângulo de 36,9° com a horizontal. (a) Em que ponto a carga atinge o solo? (b) Se a velocidade do helicóptero for constante, onde estará quando a carga atingir o solo? Ra: x = 126 m do centro da clareira Rb: xh = 126 m do centro da clareira yh = 195 m de altura
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