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AULA 1-Direito Tributário e Financeiro

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Direito Tributário e Financeiro
Direito Tributário 
É o ramo do direito público que rege as relações entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere à obtenção de receitas. (tributos)
É a relação jurídica entre sujeito ativo (fisco) e um sujeito passivo (contribuinte ou responsável), envolvendo uma prestação (tributo).
Direito Financeiro
Regula toda a atividade financeira do Estado, menos a que se refere à tributação e fiscalização. É o ramo do Direito público que estuda o ordenamento jurídico das finanças do Estado e as relações jurídicas, que se estabelecem entre o Estado e o particular.
Abrange o estudo da despesa pública, da receita pública, do orçamento público e do crédito público.
As finanças públicas são atividades financeiras impostas de forma coerciva do Estado para com a sociedade.
Orçamento
É o ato complexo dos poderes executivo e legislativo que prevê e fixa despesas e receitas para um determinado período, instrumentalizando assim, o poder executivo de recursos monetários - a receita pública - para atendimento das necessidades públicas, satisfazendo-as através das despesas públicas.
Por princípio constitucional, o orçamento é estabelecido anualmente.
A principal matéria-prima utilizada para a elaboração da proposta de orçamento é buscada em elementos integrantes do sistema de planejamento.
O Poder Executivo é o responsável pela elaboração da proposta orçamentária. O orçamento, sendo um só, deve atender também aos Poderes Legislativo e Judiciário.
Artigo 165
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
§ 9º - Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
Conteúdo que deverá estar na proposta orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo:
PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA
• Mensagem com exposição circunstanciada da situação econômico-financeira
• Projeto de Lei do Orçamento
• Tabelas explicativas 
• Especificação dos programas especiais custeados por dotações globais
• Descrição sucinta das principais finalidades de cada unidade administrativa com a respectiva legislação.
O Artigo 163 e incisos da Constituição Federal atual, determina que a lei complementar deverá possuir um conteúdo normativo mínimo para abranger normas de orçamento, receitas, despesas públicas e crédito público.
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I
NORMAS GERAIS
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
Crédito
Crédito nada mais é que a captação de recursos pecuniários, na figura de empréstimos, para pagá-los no prazo e nas condições acordadas a curto, médio e longo prazo. O Estado documenta-o em papéis de crédito público de vários tipos, tais como Bônus do Tesouro, Letras do Tesouro, Apólices da Dívida Pública, Títulos da Dívida Agrária etc.
O planejamento orçamentário deverá corresponder não só à obtenção de receitas, mas também à administração das despesas e créditos. Todo procedimento realizado pelo Poder Público em relação à atividade financeira está determinado em lei.
Como a principal finalidade do Estado é promover o bem comum, satisfazendo as necessidades públicas, exerce então funções para cujo custeio é preciso de recurso financeiro ou receita.
Receita: É a quantia recolhida aos cofres públicos não sujeita à restituição, ou a importância que integra o patrimônio do Estado em caráter definitivo.
Para obter os recursos necessários, o Estado utiliza do seu poder soberano, ou seja, o  direito de tributar pelo qual pode fazer derivar para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas a sua administração, originando as receitas derivadas.
Receitas originárias, provenientes do patrimônio do Estado, através de aluguéis, vendas, leilões etc.
A Receita Pública é composta pelos ingressos financeiros que, em tese, têm o objetivo de satisfazer as despesas públicas. (Receita Pública: É a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo).
As receitas originárias são provenientes do patrimônio do Estado, cujo regime jurídico predominante é de Direito Privado, e tem como característica principal o Estado explorando seu próprio patrimônio. São exemplos, os resultados positivos de empresas como Petrobras, Embratel, Banco Do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bancos Estaduais e Companhias de Energia, Água e Esgotos, além de outras instituições tanto no plano Federal como no Estadual e Municipal.
As receitas derivadas originam-se do patrimônio do particular, cujo regime jurídico é de Direito Público, com características de um Estado que usa o seu poder e obriga o particular a contribuir em dinheiro através dos tributos, multas, penalidade etc.
O Ingresso Público significa todo dinheiro recolhido aos cofres públicos, mesmo sujeito à restituição e compreende as importâncias e valores realizados a qualquer título:
• os tributos, que são impostos, taxas e contribuição de melhoria; e
• as rendas da atividade econômica do estado (preços), que são ingressos ou entradas (não restituíveis) e as fianças, cauções, empréstimos públicos (restituíveis).
A destinação de Receita Pública, para fins de aplicação, é dividida da seguinte forma:
Processo de vinculação de fonte na aplicação de recursos em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela legislação vigente.
 
Receita Pública
Processo de alocação livre de fonte parcial ou totalmente não vinculada à aplicação de recursos para atender às finalidades gerais do ente.
Destinação Ordinária
Destinação Vinculada
A despesa pública é a utilização de dinheiro público (erário ou tesouro público) para objetivos públicos.
O Princípio da Legalidade: "ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser em virtude de lei", também é denominado Reserva Legal ou de Lei.
Uma vez que a receita, antes de consignada no orçamento, é objeto de lei. De igual forma, há que se ter legislação que determine ou autorize a despesa pública.
É com base na lei, por exemplo, que um tributo poderá ser aumentado, excluído ou até mesmo extinto.
Segundo a categoria econômica, Artigo 12, Lei n.º 4320/64, as despesas serão classificadas:
* Despesas Correntes: são usadas para manter serviços anteriormente instituídos. Inclui:
- despesas de custeio, em que considera as dotações destinadas à manutenção de serviços já existentes, inclusive as que devam atender à conservação e adaptação de imóveis. Ex: despesas com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e outros encargos, não incluídas em despesas específicas.
- despesas ou transferências correntes, as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
* Despesas de capital são as despesas públicas de investimentos para execução de obras, inversões financeiras para aquisição de imóveis etc. Ex: Investimentos, Inversões financeiras e Transferências de Capital.
Os investimentos são as dotações para o planejamento e a execução de obras, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e também a constituição e aumento de capital de empresas não comerciais e/ou financeiras.
O Poder Público controla a execução orçamentária, ou seja, controla as despesas através de: Controle Interno e Controle externo.
O Poder Executivo deve avaliar a execução orçamentária dos diversos órgãos através de supervisão permanente, diligenciar que os administradores sejam capacitados, impedindo interferências ou pressões ilegítimas, acompanhando os custos globais dos programas do governo, a fim de alcançar uma prestação econômica de serviço.
Cabe ao Poder Legislativo o Controle Externo da execução orçamentária. O òrgão do Poder Legislativo que o auxilia no Controle Externo do orçamento é o Tribunal de Contas. A fiscalização é total e esta é feita pela auditoria financeira e da auditoria orçamentária.