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Cestoides: Características e Ciclo Biológico

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Cestoides
Características
× Alimentação por difusão, não tendo aparelho digestiva.. 
× Ciclo indireto – digenéticos
× Cada proglote possui um conjunto completo de órgãos reprodutivos
× Os adultos parasitam tubo digestivo normalmente no intestino delgado, dutos biliares e pancreáticos de vertebrados
× As larvas parasitam tecidos de vertebrados e invertebrados 
× Cistos de diferentes tipos: Cisticerco, Cisto hidático, Cenuro, etc.. 
× Corpo muito alongado com um comprimento de centenas de vezes maior do que a largura. A parte anterior chamada de escólex com 4 ventosas com ou sem ganchos. O colo ou pescoço origina as proglotes e o Estróbilo que é a cadeia de segmentos (proglotes). O rostelo é um conjunto de ganchos que penetram e ajudam na fixação do verme
Ciclo Biológico
Os adultos parasitam o intestino delgado de vertebrados e após a fertilização liberam os ovos peo rompimento da proglote dentro do hospedeiro ou por sua desintegração no meio ambiente. Os ovos contém no seu interior um embrião hexacanto (possuem 6 ganchos) ou oncosfera que está protegido por uma casca estriada escura e espessa denominada embrióforo. Os ovos são ingeridos por hospedeiros intermediários e em seu tubo digestivo a casca é digerida liberando o embrião hexacanto. Em seguida ocorre a formação das larvas, ingeridas pelo hospedeiro definitivo e que variam em função da espécie do cestódeo e essas larvas podem invadir a mucosa intestinal, atingir a circulação linfática ou venosa e migrar para outros órgãos.
Existem diferentes estágios larvais, entre eles:
×Cisticerco que é uma vesícula cheia de líquido contendo um único escólex invaginado e fixado, às vezes denominado proto-escólex.É a forma larvar encontrada no gênero Taenia e ocorre apenas em hospedeiros vertebrados. (1)
×Cenuro que é semelhante a um cisticerco, mas com numerosos escólices invaginados. Ex. Taenia multiceps.
× Cisto hidático que é grande cisto cheio de líquido, revestido por epitélio germinativo, a partir do qual são produzidos escólices invaginados que ficam livres ou em cachos, cercados de vesículas prolígeras, o que é denominado “areia hidática”. O cisto é coberto por uma cápsula
fibrosa. Ele ocorre em hospedeiros vertebrados, é a larva característica do Echinococcus granulosus.
× Cisticercóide é uma vesícula quase sem líquido com um único escólex invaginado. Ocorre em hospedeiros invertebrados, é a forma larval de Moniezia e Anoplocephala.
»»Taenia Solium ««
× Morfologia: Adultos medem 2 a 3 metros em média, podendo chegar a 8 metros. Apresentam um escólex globoso, com rostelo e 4 ventosas arredondadas. O escólex possui um rostelo com duas fileiras concêntricas de ganchos. O colo é curto e delgado, o estróbilo possui 700 a 1.000 proglotes, as papilas genitais dispõem-se de forma alternada, o útero do segmento grávido possui 7 a 12 ramos laterais e cada proglote tem cerca de 30.000 a 40.000 ovos.
× Hospedeiro definitivo: homem.
× Hospedeiro intermediário: suíno, raramente o cão, o gato, os ruminantes, os eqüinos e o próprio homem.
× Localização: nos adultos fica no intestino delgado do homem e as larvas (cisticercos) Cysticercus celullosae observado no tecido conjuntivo interfascicular dos músculos sublinguais, mastigadores, diafragma, músculo cardíaco e no cérebro.
× Particularidades do ciclo biológico: O homem pode apresentar a teníase (parasitismo com vermes adultos) ou a cisticercose (presença de formas larvais formando cisticercos). O homem pode desenvolver a cisticercose pela ingestão acidental de ovos de T. solium ou por retroperistaltismo até o estômago (auto-infecção) de oncosferas liberadas após a digestão de
proglote grávida. Após três meses da infecção: proglotes grávidas eliminadas nas fezes, geralmente em número de 3 a 6 por vez. Os ovos podem permanecer viáveis no ambiente por até 12 meses. O cisticerco demora 3 meses para se formar a partir da infecção do suíno. No caso de uma infecção crônica (após 8 meses) o cisticerco pode sofrer calcificação.
× Hospedeiro definitivo: tênias adultas podem causar anorexia ou apetite exagerado, náuseas, vômitos, diarréias alternadas com constipação, dores abdominais, perda de peso, manifestações alérgicas e neurológicas. Muitas destas perturbações digestivas podem ser decorrentes de irritações nas terminações nervosas do plexo nervoso simpático
provocadas pela movimentação do rostro.
× Hospedeiro intermediário: Suínos infectados com cisticerco os sinais clínicos são inaparentes. A cisticercose em humanos quando em forma larvar pode ficar nos olhos, cérebro e tecido subcutâneo podendo levar a alterações patológicas como cegueira, nódulos no olho, transtornos neurológicos. 
× Epidemiologia: Suínos podem se infectar com água, alimentos contaminados com ovos.
» Tipos de infecção no homem:
- Teníase – pela ingestão de carne crua ou mal passada contendo cisticercos
- Cisticercose – pela ingestão de ovos presentes em alimentos contaminados com ovos, ou por re-infecção com a oncosfera por retroperistaltismo.
× Diagnóstico:
» Exame de fezes: pesquisa de proglotes (hospedeiro definitivo)
» Verificação de cisticerco na carcaça (hospedeiro intermediário).
» Detecção de cisticerco no homem (tomografia, pesquisa de anticorpos).
×Tratamento:
» Suíno: não há tratamento eficaz que elimine os cisticercos.
» Homem: cirúrgico, praziquantel e o metrifonato podem ser empregados.
× Controle: “Profilaxia do Complexo Teníase-Cisticercose”, que baseia-se nos seguintes procedimentos:
» Inspeção das carcaças com a localização dos cisticercos
» Carcaças parasitadas devem ser tratadas ou um destino adequado, levando-se em consideração o grau de infecção.
» Tratamento pelo frio.
» Tratamento pelo calor (carne industrial)
» Salga
»Destruição da carcaça quando são encontrados mais de 25 cisticercos
» Educação sanitária para orientar a população para o consumo de carne inspecionada, diminuir consumo de carne crua ou mal passada, esclarecer sobre a importância do destino adequado das excretas.
»»Taenia saginata««
× Hospedeiro definitivo: Homem
× Hospedeiro intermediário: Bovino, raramente ovinos e caprinos e excepcionalmente o homem. Não há cisticercose no homem.
× Localização: nos adulto o intestino delgado do homem, as Larvas (cisticercos) Cysticercus bovis ficam musculatura esquelética e cardíaca, pulmões e fígado do hospedeiro intermediário.
× Importância na Medicina Veterinária: Cisticerco na musculatura do animal causa a condenação parcial ou total da carcaça, dando um grande prejuízo econômico.
× Morfologia: Adultos medem entre 5 a 15 m, o escólex é cubóide, sem rostelo nem
ganchos, o colo é longo e delgado. O estróbilo é composto por 1.200 a 2.000 proglotes onde o primeiro terço, onde as proglotes são mais largas que longas, no terço médio as proglotes são quadradas e o terço posterior as proglotes são mais longas que largas. As papilas genitais irregularmente alternadas e o útero da proglote grávida tem 15 a 30 ramos laterais de cada lado. Cada proglote grávida contém 80.000 a 250.000 ovos, que podem resistir por vários meses nas pastagens. A forma larvar, o Cysticercus bovis, é branco-acinzentado de aproximadamente 1 cm de diâmetro, cheio de líquido, no qual pode-se encontrar o escólex. Geralmente observado no coração, língua e músculos masseter e intercostais, em infecções maciças pode acometer demais músculos esqueléticos.
× Ciclo biológico: É semelhante aos demais ciclos dos cestoides, mas com algumas particularidades. As proglotes grávidas destacam-se do estróbilo individualmente,
possuem movimentos próprios, podem atingir o ânus e o exterior independentemente do ato da defecação. O cisticerco somente é infectante ao homem após 12 semanas de seu desenvolvimento, quando atinge aproximadamente 1 cm de diâmetro. O cisticerco pode continuar infectivo por semanas a anos no hospedeiro intermediário. Após a infecção, o período de patência no homem inicia-se dentro de 2 a 3 meses.
× Sintomas: Semelhantes ao causados pela T. solium.
× Diagnóstico:» Hospedeiro definitivo: exame visual (presença de proglotes nas fezes, cama, roupas íntimas) e exame parasitológico de fezes.
» Hospedeiro intermediário: não é feito na prática in vivo e Necroscópico para inspeção rotineira das carcaças.
×Tratamento: não há tratamento efetivo através das drogas contra os cisticercos.
× Controle: Semelhante ao da Taenia solium. Deve-se evitar que bovinos tenham acesso à água contaminada com esgoto de origem humana. Não ingerir carne bovina mal passada que não passou na inspeção sanitária em abatedouros. 
»» Taenia Hydatigena««
× Hospedeiro definitivo: cão e canídeos silvestres
× Hospedeiro intermediário: ruminantes, suínos
× Morfologia:
» Forma larvar: Cysticercus tenuicollis, vulgarmente conhecido como "bolha d'água".
» Forma adulta: Com até 5 m de comprimento e com o Escólex com duas fileiras de acúleos e com o colo com a largura do escólex.
× Local de infecção: Quando adulto é no intestino delgado do cão e a forma larvar nas serosas, fígado, cavidade peritoneal e mais raramente na pleura e no pericárdio do hospedeiro intermediário..
× Importância na Medicina Veterinária: perdas econômicas pelo descarte
das vísceras contendo cistos em abatedouros
× Ciclo biológico: Típico de cestóides, mas as Oncosferas migram pelo fígado por aproximadamente 4 semanas antes de emergirem e se fixarem no peritôneo. Após a fixação, cada oncosfera se desenvolve em um cisticerco. Migração das oncosferas pode causar “hepatite cisticercosa”, que pode ser fatal. A resposta imune do hospedeiro é capaz de destruir os cisticercos em desenvolvimento com a formação de nódulos esverdeados de aproximadamente 1 cm de diâmetro na superfície do órgão.
× Diagnostico
»Clínico: sintomatologia, presença de proglotes nas fezes, às vezes se observa um emaranhado de tênias pendentes no ânus.
» Laboratorial: pesquisa de ovos nas fezes pelo método de sedimentação espontânea (Hoffmann). ELISA e imunofluorescência indireta também podem ser usado.
×Tratamento: praziquantel
× Controle: não alimentar cães com vísceras
»»Echinococcus granulosus««
× Tipos: Echinococcus granulosus granulosus e Echinococcus granulosus equinus
× Hospedeiro definitivo: 
» E. g. granulosus: cão e canídeos silvestres (menos a raposa vermelha)
» E. g. equinus: cão e raposa vermelha
× Hospedeiro intermediário:
» E g. granulosus: ruminantes domésticos e silvestres, homem, primatas, suínos, coelhos.
» E. g. equinus: eqüinos e asinino
× Ciclo biológico E. g. granulosus: 
Hospedeiro Definitivo: cão doméstico 
Hospedeiro Intermediario: Ovino
O homem pode adquirir a infecção pela ingestão de oncosferas da pelagem dos cães ou de alimentos contaminados com fezes de cães, causando a hidatidose (zoonose). Os cistos hidáticos tem crescimento lento e só são percebidos alguns anos após a infecção. Há citações de cistos de até 50 litros de líquido em humanos. A ruptura pode causar choque anafilático e morte.No ciclo silvestre ocorre entre canídeos e ruminantes selvagens e se baseia na predação ou ingestão de cadáveres.
× Importância econômica: condenação nos abatedouros.
× Local de infecção: Os adultos ficam no intestino delgado do cão e as larvas (cistos hidáticos) ficam fígado e principalmente nos pulmões dos hospedeiros intermediários. 
× Distribuição:
» E. g. granulosus: mundial
» E. g. equinus: Europa, principalmente.
× Morfologia do E. g. Granulosus
»Adulto: É menores espécies de tenídeos conhecidas, quase invisível a olho nú. O escólex é típico de tenídeo , com rostro e dupla coroa de acúleos, colo curto, estróbilo constituído por 3 ou 4 segmentos, sendo que o último é grávido e ocupa cerca de metade do seu comprimento, cada segmento possui uma única abertura genital. O Cisto hidático ou hidátide está presente no fígado e pulmões ou cavidade abdominal, é formado por membrana externa e epitélio germinativo interno, do qual se originam vesículas-filhas. As vesículas-filhas ou cistos secundários podem se formar por brotamento externo podendo atingir outras partes do organismo do hospedeiro.
× Ciclo biológico: O hospedeiro definitivo se infecta ao ingerir vísceras do hospedeiro intermediário com cisto hidático (larvas), assim quando elas viram adultos no tubo digestivo do cão, as proglotes grávidas se destacam e vão ao meio ambiente com as fezes. Os ovos se disseminam no hospedeiro intermediario se infecta ingerindo ovos nas pastagens ou em alimentos contaminados com larvas hexacanto que migram pelo sistema porta hepatico ou pela circulação vão ao pulmão e cérebro. As oncosferas (embrião hexacanto) são resistentes e podem sobreviver no ambiente por cerca de 2 anos. O cisto hidático ou hidátide atinge a maturidade em seis a doze meses e em ovinos a maior parte das hidátides se formam nos pulmões, mas também se formam no fígado. Nos eqüinos e bovinos a maioria se forma no fígado.
× Patogenia:
O hospedeiro definitivo égeralmente é assintomático, mas em infecções maciça pode ocorrer episódios de diarréia catarral hemorrágica. Nos hospedeiro intermediário os sintomas são relacionados ao local e ao tamanho da hidátide, pode ocorrer compressões de outros órgãos ocorrendo em caso de hidatidose hepática uma ruminação alterada, diarréia, emagrecimento progressivo e hepatomegalia e no caso da hidatidose pulmonar uma tosse sibilante e também pode ocorrer taquipnéia e dispnéia. Contudo, pode ocorrer degeneração da hidátide com calcificação ou se um cisto hidático se romper pode ocorrer choque anafilático e desenvolvimento de cistos secundários em outras regiões do corpo.
× Diagnóstico
» Clínico: pouco elucidativo, sintomatologia pouco evidente. 
» Laboratorial: pesquisa de proglotes nas fezes dos cães (difícil, proglotes pequenas e escassas).
» ELISA – coproantígenos em fezes de canídeos
» Outros testes sorológicos – reatividade cruzada com Taenia
» Necroscópico: encontro dos pequenos cestóides no intestino delgado do hospedeiro definitivo e a presença do cisto hidático no hospedeiro intermediário. 
»Humanos - diagnóstico por imagem (cisto hidático), ELISA
× Tratamento
» Cães: praziquantel ou arecolina (aumenta a eliminação dos parasitas adultos).
» Animais hospedeiros intermediários - desenecessário
» Homem: excisão cirúrgica dos cistos hidáticos e albendazol.
× Controle:
» Canídeos silvestres – controle pouco viável
» Cães: tratamento preventivo, impedir acesso às vísceras, destruição das vísceras parasitadas.
» Humanos - educação sanitária e medidas de higiene
 
»» Dipylidium Caninum ««
× Hospedeiro Definitivo: cão, gato e raramente o homem. 
× Hospedeiro Intermediário: pulgas e piolho
× Forma larvar: Cisticercoides nas pulgas
× Localização: Duodeno durante a fase adulta e em pulgas e piolhos na fase larvar. Eles possuem uma distribuição mundial. 
×Adulto: com até 50cm de comprimento, escólex com rostelo retrátil contendo 4 a 5 fileiras de ganhos, próglote no formato de grão de arroz e aparelho genital duplo, com um poro se abrindo em cada borda. As próglotes podem sair ativamente pelo anus . 
× Morfologia: A cabeça e o pescoço não são segmentados e deles se originam os próglotes, que quanto mais distais, maiores e gravídicos. Os ovos ficam envolvidos por uma capsula ovígera contendo grupos de cerca de 20 oncosferas. Adulto com de até 50 cm de comprimento, escólex com rostelo retrátil contendo 4 ou 5 fileiras de ganchos; proglote em formato de grão de arroz com aparelho genital duplo, com um poro se abrindo em cada
borda. As proglotes podem sair ativamente pelo ânus.
× Diagnóstico:
» Clínico: sintomas e avaliação da presença de proglotes na região perineal ou nas fezes.
» Laboratorial: Através de exame parasitológico com a identificação das proglotes e cápsulas
ovígeras (quando há rompimento da proglote eliminada).
× Tratamento e controle:
» Anti-helmínticos (nitroscanato, niclosamida, bunamidina, praziquantel) associados à inseticidas (para eliminação dos ectoparasitas).
» Controle de pulgas e piolhos
»» Davainea proglottina ««
× Hospedeiro definitivo: galináceos× Hospedeiro intermediário: lesmas e caramujos terrestres
× Local de infecção: a forma adulta no duodeno e a forma larvar no cisticercóide.
× Distribuição: Mundial.
× Morfologia:
»Forma adulta: Estróbilo com poucas proglotes, cujas ventosas possuem ganchos no escólex. O aparelho genital é simples com um poro genital alternado lateralmente e a cápsula ovígera possui 1 ovo no seu interior
× Ciclo biológico:
Os adultos povoam o intestino delgado da ave e as proglotes grávidas são eliminadas com as fezes. As proglotes são ativas, se movimentando e liberando as cápsulas ovígeras quando ingeridas pelo hospedeiro intermediário (molusco terrestre). O desenvolvimento da larva cisticercóide no hospedeiro intermediário leva em torno de 3 semanas, até que o moluco é ingerido pelo hospedeiro definitivo onde a larva vira um adulto.
× Importância Médica Veterinária: Os cestoides são mais patogênico em aves, já que os cestóides adultos penetram profundamente na mucosa e submucosa intestinal.
× Sintomas: enterite hemorrágica grave, diarréia sanguinolenta, emagrecimento, aves ficam com asas caídas, penas arrepiadas, prostração, caquexia intensa e podem vir à óbito cauando queda na produção e prejuízos econômicos.
»» Raillietina spp ««
× Hospedeiro definitivo: galináceos
× Hospedeiro intermediário: Moluscos terrestres, formigas e moscas
× Local de infecção: a forma adulta no duodeno e a forma larvar no cisticercóide.
× Distribuição: Mundial.
× Morfologia:
» Forma adulta: Podem atingir até 5 cm de comprimento. Proglotes em formato de trapézio, contém cápsulas ovígeras contendo de 6 a 18 ovos, dependendo da espécie pode ou não apresentar rostelo.
× Sintomas: penetra profundamente na mucosa e submucosa intestinal e provoca a formação de nódulos caseosos que podem ser confundidos com os de origem tuberculosa.
× Importância Médica Veterinária: Há menor produtividade do plantel, menor ganho de peso e por consequência perdas econômicos. Ocorre mais em criações
industriais pela dificuldade de controlar moscas.
×Diagnóstico:
» Clínico: sintomas, verificação de proglotes nas fezes
» Laboratorial: pesquisa de ovos pelo exame parasitológico.
× Tratamento e controle:
» Anti-helmínticos (niclosamida, butinorato).
» Combate aos hospedeiros intermediários
»»Anoplocephala e Paranoplocephala««
× Hospedeiro definitivo: Eqüinos e asininos. Acomete em animais de qualquer idade, mas é mais comum em animais mais jovens (até 3 a 4 anos de idade).
× Hospedeiro intermediário: Ácaros de vida livre da família Oribatidae.
× Morfologia:
» Forma do Ovo: 
- A.: Irregularmente esféricos ou triangulares e contém embrião hexacanto cercado por um aparato quitinoso piriforme (semelhante a uma pêra).
» Forma larvar:
- Estágio cisticercóide: 2 a 4 meses 
- Período pré-patente nos eqüinos geralmente é de 1 a 2.
» Forma Adulta:
- A. Perfoliata: Podem chegar a 20cm de comprimento, possuindo um colo é muito curto, onde o estróbilo se alarga rapidamente e as proglotes são espessas, mais largas que longas em toda a extensão do estróbilo. Escólex musculoso, desprovido de rostelo e acúleos, de forma quase
cúbica, apresenta 4 apêndices (ventrais e dorsais) abaixo de cada uma das 4 ventosas.
- A. Magna: Parecida com a A. Perfoliata, mas mais longa podendo atingir 80 cm e não possui apêndices no escólex.
- P. Mamillana: Pequenas com escólex com as 4 ventosas com aberturas em fenda longitudinal. Os Proglotes se tornam mais largas que o escólex gradativamente, conservando-se largas até o final do estróbilo.
×Localização:
» Forma adulta no intestino
- A. perfoliata: intestino delgado e grosso (íleo e ceco).
- A. magna e Paranoplocephala mamillana: intestino delgado e eventualmente estômago.
» Forma larvar: hemocele do ácaros
× Patogenidade:
» A. Perfoliata: Adultos geralmente ficam próximos da junção ileo-cecal causando ulceração
da mucosa e intussuscepção. As ventosas causam uma intensa congestão local e estrias de sangue nas fezes. Em parasitoses maciças ocorre a obstrução intestinal e perfuração da parede
intestinal.
» Anoplocephala magna: Semelhante à A.perfoliata, mais comumente encontrado no jejuno, causando enterite catarral ou hemorrágica, além de obstrução e perfuração intestinal.
» Paranoplocephala mamillana: Inaparente
× Sintomas:
- Anoplocephala perfoliata: Geralmente as infecções são assintomáticas, mas em casos de infecção maciça pode haver enterite e cólica, além de anemia, emagrecimento, apesar de normorexia, caquexia e óbito. Pode ocorrer também a perfuração da parede intestinal e consequentemente peritonite séptica e fatal.
- Anoplocephala magna 1. Semelhante a de A.perfoliata, porém é mais patogênica, pode
também ocorrer enterites graves.
- Paranoplocephala mamillana é inaparentes
× Diagnóstico:
» Clínico: sintomas, presença de proglotes nas fezes.
» Laboratorial: exame parasitológico (presença de proglotes e ovos)
× Tratamento e controle:
» Anti-helmínticos: niclosamida, pirantel, mebendazol.
» Diminuir a população de ácaros na vegetação por aragem e replantio, já que é difícil o controle dos hospedeiros intermediários.
»» Moniezia ««
Na forma de Cestóide é mais comum em ruminantes, sendo geralmente associada com outros helmintos, servindo portanto de indicador do status sanitário da criação.
× Tipos: Moniezia expansa e Moniezia benedeni
× Hospedeiro definitivo:
» M. expansa: ovinos, caprinos e, ocasionalmente bovinos.
» M. benedeni: bovinos (bastante freqüentes), eventualmente ovinos
× Hospedeiro intermediário: oribatídeos (ácaros cryptostigmata)
× Local de infecção: forma adulta no intestino delgado.
× Morfologia:
» Forma dos Ovos: 
- M. Expansa: forma irregularmente triangular, contendo o embrião, há aparelho piriforme definido. 
- M. Benedeni: formato quadrangular , contém o embrião no interior do aparelho piriforme.
» Forma larvar: cisticercóide
»Adultos: O escólex não possui rostelo e nem acúleos, possui ventosas.
- M. Expansa: Estróbilo possui proglotes mais largas do que longas e contêm dois conjuntos de órgãos genitais visíveis ao longo da borda lateral de cada segmento. Apresenta uma fileira de glândulas interproglotidianas na borda posterior de cada segmento que se estendem ao longo de toda a largura da proglote.
- M. Benedeni: Muito semelhante à M.expansa, mas é mais larga que M. expansa e tem glândulas interproglotidianas se limitam a uma fileira curta próxima à parte central de segmento.
× Ciclo Biológico:
- Larvas cisticercóides se desenvolvem no hospedeiro intermediario entre 2 a 6 meses dependendo das condições climáticas. No hospedeiros os cestóides vivem de 2 a 6 semanas quando são eliminados pelas fezes.
× Sintomas: Quando ocorrem infecções maciças, ocorre a inflamação da mucosa intestinal e
degeneração das vilosidades, anemia, diarreia e esteatose hepática. Os animais apresentam constipação alternada com diarréia, proglotes nas fezes e pode ocorrer obstrução intestinal.
Nos ovinos a lã torna-se falha e até escassa. Quando em quadro final ocorre caquexia, diarréia persistente, dificuldades de locomoção, anemia intensa e óbito.
× Epidemiologia: mais comum em animais durante o primeiro ano de vida do animal, maior ocorrência quando há aumento da população de ácaros.
× Diagnóstico: mesmos procedimentos utilizados para o gênero Anoplocephala.
× Tratamento e controle:
» Anti-helmínticos: niclosamida, praziquantel, bunamidina e benzimidazóis.
» Diminuir a população de ácaros na vegetação: aragem e replantio
» Evitar o uso de mesmo pasto utilizado para animais jovens em anos consecutivos.
» Difícil o controle dos hospedeiros intermediários
»»Thysanosoma actinoides««
×Hospedeiro definitivo: Ruminantes
× Hospedeiro intermediário: Insetos da ordem Psocoptera e ácaros.
× Local de Infecção: forma adulta no duto biliar e pancreático e intestino delgado
× Morfologia:
»Forma larvar: cisticercóide
» Forma Adulta: Escólex esférico com as 4 ventosas globulosas, estróbilo com proglotes mais largas do que longas iguais em toda a extensão,apresentando bordas posteriores franjeadas (aspecto devido às grandes papilas em fileira de cada segmento). Possuem órgãos genitais duplos e poros genitais bilaterais.
» Forma dos Ovos: desprovidos de aparelho piriforme; permanecem nos órgãos para-uterinos (bolsas de parede densa ou dilatações do útero).
× Importância Médica Veterinária: A obstrução dos canais biliar e pancreático, levando à estase biliar e do suco pancreático, normalmente só se verifica emagrecimento acentuado. Pode ocorrer obstrução do ducto biliar e consequentemente a icterícia e até colangite. No abatedouro acontece a condenação do fígado (inspeção)
×Ciclo biológico: Semelhante ao do gênero Anoplocephala. A larva cisticercóide pode sobreviver no hospedeiro intermediario por cerca de 2 anos. O hospedeiro definitivo se contamina ingerindo acidentalmente os ácaros nas pastagens. As formas adultas vão via sangue ao ducto biliar e pancreático, onde ocorre maturação e fecundação das proglotes.
× Diagnóstico:
» Clínico: sintomas e verificação de proglotes nas fezes.
» Laboratorial: pesquisa de ovos desprovidos de aparelho piriforme por métodos de flutuação.
× Tratamento e controle: semelhante ao empregado para o gênero Moniezia.