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Metodologia em Economia Unesp 2017

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Indutivismo e 
Dedutivismo
11 DE AGOSTO DE 2017
• Presentes em todas as escolas
• Partes construtivas da filosofia:
• Metafísica – predominou na IM a partir dos filósofos católicos
• Ontologia – estuda o ser enquanto ser social; suas relações
• Epistemologia – estuda a natureza do conhecimento humano  dialoga com a Metodologia Econômica
• Questões de epistemologia:
• De onde vem o conhecimento? Apriorismo X Experiência
• Qual conhecimento nos é dado conhecer? A essência do ser? A verdade?
• Como alcançar conhecimento científico? Indução X Dedução X Abdução
• O que é Ciência? Ciência X Senso Comum; Ciência X Não-Ciência
• A Dedução
• Forma de argumento que utiliza o silogismo (premissa maior + premissa menor + conclusão)
• Ela move-se de afirmações gerais para afirmações particulares.
• Exemplo: 
• Premissa maior = todos os homens são mortais
• Premissa menor = Keynes é um homem
• Conclusão = logo, Keynes é mortal
• Propriedade fundamental: se a premissa maior for verdadeiras e não houver erros de construção no enunciado, significa 
que as conclusões verdadeiras.
• A Indução
• Forma de raciocínio que parte do particular para o geral
• Exemplo:
• O cisne número 1000 é branco
• O cisne de número 1001 também é branco
• Logo, todos os cisnes são brancos
• Mesmo quando a premissa inicial é verdadeira, as conclusões podem não ser
• Um dos traços do raciocínio é indutivo é que ele é ampliativo, as conclusões retiradas desse argumento vão muito além 
das premissas iniciadas
• Enfatiza a obsessão e o trabalho empírico sistemático como as fonte principais de conhecimento.
• Bacon identificava que sujeito é diferente de objeto de conhecimento, levantando a questão: se sujeito é diferente de 
objeto, como o sujeito sabe que está conhecendo o objeto que se propõe a conhecer sem preconceitos ou interpretações 
prévias?
• Resp: seria possível mesmo com objetos muito subjetivos desde que destruíssemos os ídolos:
• Da tribo: busca por ordem e regularidade
• Do covil: refere-se às características pessoais que interferem na investigação, como frustrações, neuroses e inclinações)
• Ídolo do mercado: refere-se à necessidade social de uma língua comum, que ao ditar a moda e a forma de expressar, pode 
induzir a imprecisões e a equívocos à ciência
• Ídolo do teatro: informações e análises desorientadoras associadas aos dogmas que diferentes escolas de pensamento 
defendem
• Após eliminar os ídolos, é preciso realizar:
• 1) coleta e organização a partir do que se usca a história de todos os fenômenos a serem explicados. Essa tarefa tem de 
ser realizada cuidadosamente, com verificação minuciosa dos dados.
• 2) Depois disso, passa-se à etapa seguinte, que consiste me descobrir a “forma” dos fenômenos em investigação, com uso 
de enumeração ou eliminação dos dados.
• Críticas ao indutivismo
• 1) Dúvidas quanto à real possibilidade de se obter a objetividade pretendida, pois nossa visão de um objeto é influenciada 
por conhecimentos e expectativas prévios
• 2) É impossível recolher todos os fatos relacionados a um objeto de investigação e, se fosse possível, como saber com 
exatidão quais são relevantes?
• 3) Quando selecionamos o que observar, é necessária um teoria pressuposto. Extirpar os ídolos seria o mesmo que 
extirpar nossa consciência e inconsciência. O divórcio entre fato e teoria é inalcançável.
• O problema da indução
• A objeção de Hume à indução deriva de questionamento sobre se evidências disponíveis hoje são terreno seguro para se 
fazer previsões quanto ao futuro.
• Problema de 2 tipos, segundo Hume:
• 1) não se pode apoiar no princípio da uniformidade da natureza
• 2) a confiança que qualquer uma de nossas induções pode ter
• Assim, é impossível identificar uma lei pela observação ou por meio de experiências, uma vez que ela transcende sempre a 
experiência
• O Dedutivismo
• É o argumento que privilegia o raciocínio baseado em axiomas de instropecção
• Ponto de partida: Reneé Descartes
• O ponto de partida é descuidar de tudo, inclusive da existência da realidade externa e de Deus. Feito isso, a única coisa 
que tinha existência certa era a consciência
• Críticas ao dedutivismo
• 1) a verdade obtida de minha própria consciência não pode ser estendida aos outros, a não ser como recurso de 
convencimento
• 2) ambiguidade das noções de clareza e distinção
• Em economia:
• Tradição clássica
• Iniciada por David Ricardo
• Afirmação da separação entre economia positiva e normativa
• Escola austríaca
• Formulação do “homem econômico” (os contrapontos de Malthus e Smith)
• O método em Economia: corpo de análise dedutivo, baseado em premissas psicológicas específicas, das quais se 
abstraem todos os aspectos não econômicos
• Heranças
• Contribuiu para separar a Economia em micro (dedutivismo) e macro (indutivismo)
Metodologia Econômica 
no século XIX
24 DE AGOSTO DE 2017
• Apriorismo e o método da Economia Política Clássica
• Metodologia em Economia antes de 1827:
• Ausência de preocupações explícitas com a questão do método
• Adam Smith: estática comparativa + método histórico escocês
• David Ricardo: adesão ao método dedutivo (ausência do histórico, institucional, empírico), ´”Vício Ricardiano”, de acordo 
com Schumpeter
• A contribuição de Nassau Senior
•  Contexto: discussão acerca da validade do sistema ricardiano
•  Contribuição de Senior
• 1) Distribuição entre ciência (positiva) e arte (normativa)
• 2) Proposições gerais (introspecção, observação ou consciência) reconhecidas por todos, das quais se extraem (deduzem) 
conclusões que permanecem verdadeiras na ausência de “causas modificadoras específicas”.
•  As 4 proposições gerais (axiomas)
• 1) Toda pessoa deseja maximizar sua riqueza com o mínimo de esforço possível
• 2) A população tende a crescer mais rapidamente que os meios de subsistência  Malthus
• 3) O trabalho feito com máquinas produz um resultado líquidos positivo  Ricardo
• 4) A agricultura é sujeita a retornos decrescentes
• A contribuição de John Stuart Mill (1836)
• 1) Reafirmação da separação entre economia positiva e normativa
• 2) Economia como uma “ciência moral”, interessada nas motivações humanas e modos de conduta na vida econômica
• 3) Formulação do “Homem Econômico” (os contrapontos de Malthus e Smith)
• 4) O método em Economia: corpo de análise dedutivo, baseado em premissas psicológicas específicas, das quais se 
abstraem todos os aspectos não econômicos
• 5) Discrepância entre hipóteses/intuições e os fatos reais “causas perturbadoras” insuficiência, e não invalidez 
do enunciado.
• 6) Hipóteses/fatos reais  verificar a aplicação da Ciência Econômica, e não testar sua validade.
• A cláusula Ceteris Paribus condições iniciais relevantes e relações causais relevantes além das que estão sendo testadas 
sejam consideradas ausentes.
• Leis de tendência  tendência que aponta para um resultado, uma energia que age com uma certa intensidade nessa 
direção.
• A lógica de Mill
• Dualidade de proposta:
• A método indutivo para as ciências da natureza e método dedutivo para as ciências morais.
• B  razões: pluralidade de causas em questão; impossibilidade de se conduzir experimentos controlados.
• Defesa do monismo metodológico
• Defesa do individualismo metodológico
• Defesa da importância maior da economia positiva em relação à normativa
• Aula de 25 de agosto de 2017
• A economia de Mill na prática
• Continuidade do modelo ricardiano
• Preço crescente dos cereais; renda/aluguéis em elevação; nível constante de salário real; e a taxa de lucro declinante
• Dificuldade de harmonizar os supostos da teoria e os fatps/ evidências reais
• Testamos na teoria sua aplicação e não sua validade
• John Elliot Cairnes (1875)
•Reafirmação mais incisiva das conclusões de mil e adesão plena do “modelo” ricardiano (as teorias econômicas não 
podem ser refutadas por uma simples comparação entre suas implicações e os fatos)
• A refutação de uma teoria é possível desde que se prove que as suposições são irrealistas ou se demonstre uma 
inconsistência lógica, mas nunca por discrepância em relação a uma previsão
• Ciência Econômica: faz previsões condicionais sobre eventos que estão sempre sujeitos a uma cláusula ceteris paribus
• John Neville Keynes (1891)
• Tem por objetivo reconciliar a tradição Senior-Mill-Cairnes com as colocações das escola histórica
• A tradição:
• 1) distinção entre ciência positiva e normativa
• 2) os fenômenos econômicos podem ser isolados, até certo ponto, dos demais fenômenos sociais
• 3) a indução direta de fatos concretos não é o ponto de partida correto para a economia
• 4) o método adequado é o dedutivo, construído a partir de alguns poucos e indispensáveis fatos sobre a natureza humana
• 5) a ciência econômica é uma ciência de tendência e não de realidades
• A escola histórica (segundo Schumpeter)
• Indistinção entre ciência positiva e normativa
• Indissolubilidade do fato social
• Indução como método
• Impossibilidade de se estabelecer leis econômicas gerais e universais
• Papel positivo de Estado na economia
• Lionell Robbins
• Contexto: retorno dos conflitos envolvendo o método  ascensão da economia institucional nos EUA (Veblen, Mitchell e 
Commons)
• Objetivo: reafirmar a validade da tradição clássica
• Definição da economia como uma ciência que estuda o comportamento humano como uma relação entre fins e meios 
que possuem usos alternativos
• Postulados da teoria do valor
• 1) Os indivíduos podem arranjar suas preferências em ordem
• 2) Princípio da produtividade marginal decrescente
• A validade de uma teoria é uma questão de sua derivação lógica a partir de suposições gerais
• O extremismo dos austríacos modernos
• Reafirmação extremada (Ludwig von Mises e Friedrich Hayek) dos princípios metodológicos clássicos
• Individualismo metodológico
• Suspeita profunda de todos os agregados econômicos
• Desaprovação do teste quantitativo de previsões econômicas
O positivismo lógico
31 DE AGOSTO DE 2017
• A partir dos anos 30, o dedutivismo e apriorismo é colocado em cheque pelo positivismo lógico
• O primeiro positivismo relação com republicanos franceses e brasileiros
• Auguste Comte
• Oposição ao dedutivismo e ao idealismo
• O único conhecimento verdadeiro é aquele derivado da ciência (culto à ciência)
• A investigação científica pela promoção da experiência sensível (visão, audição, olfato...os sentidos são ponto de 
partida da ciência), única capaz de produzir dados concretos, positivos
• Impossibilidade de investigar a causa dos fenômenos, mas apenas a de estabelecer as relações estáveis entre 
variáveis
• A tarefa da ciência não é buscar a causa dos fenômenos, porque isso é metafísico. Estipulo que dado A, acontece B, 
e isso é recorrente
• O círculo de Viena
• Origem: 1929, por ocasião do Congresso para a Epistemologia das Ciências Exatas, sob a presidência de Moritz Schlick
• Problema: demarcar ciência (compromisso com a verdade) de não-ciência (sem compromisso com a verdade, mas 
ainda válido)
• Influência: David Hume, na medida em que este “procurou eliminar todos os raciocínios abstratos relativos à 
quantidade e número ou raciocínios experimentais relativo a fatos ou à experiência” ou seja, raciocínios metafísicos
• Hume representou um ideal para os membros do círculo por sua eliminação de todas as proposições que não 
pertencessem ou à lógica ou às ciências experimentais.
• Foi importante no desenvolvimento histórico do Círculo de Viena o orgulho que tinham seus membros de pertencerem 
a um “círculo cultural” diferente do círculo cultural propriamente alemão; era o círculo cultural que abarcava os países 
que compunham o antigo império austro-húngaro e possivelmente partes da Polônia. Dentro deste “círculo cultural” se 
haviam desenvolvido correntes filosóficas antiidealistas e antiespeculativas.
• Deve-se ainda acrescentar a influência exercida pelos novos conhecimentos da física, especialmente a partir de 
Einstein.
• Principais autores: Moritz Schlick, Carnap, Neurath Hahn
• Principais características
• 1) Oposição resoluta a toda especulação e a toda metafísica e, portanto, a grande parte da filosofia, especificamente a 
filosofia alemã da época.
• 2) Aspiraram a constituir uma “filosofia científica”, ou seja, a constituição de uma linguagem científica que, evitando 
qualquer pseudo-problema, permitirá enunciar prognoses e formular as condições de seu controle por meio de 
enunciados de observação
• Obs: a linguagem científica seria a lógica matemática do positivismo lógico
• Positivismo lógico = lógica matemática (analítico) + Empiricismo (sintético)
• O labor filosófico tinha de ser um trabalho coletivo, análogo ao que ocorria nas ciências positivas
• O Princípio da Verificabilidade
• Princípio da verificabilidade do significado = todos os enunciados são analíticos (coerentes e lógicos em seus próprios 
termos) ou sintéticos (verdadeiros em termos da experiência prática), e todos os enunciados sintéticos são significativos 
se forem empiricamente verificados 
• Recusa das pretensões metafísicas nas ciências e na não-ciência
• O Positivismo lógico em Economia
• Terence Hutchinson (1938)
• Ataque ao apriorismo da metodologia ortodoxa em economia
• As proposições econômicas que aspiram ao “status” de “ciência” deveriam ser capazes de ser colocadas sob teste 
empírico
• Proposições analítico-tautológicas X sintético-empíricas
• Proposições analítico-tautológicas  não excluem qualquer estado no mundo. Ex: “O sistema de preços age para 
harmonizar o interesse de todos os agentes econômicos”  a ~mão invisível de Smith
• Proposições sintético-empíricas  exclui pelo menos algumas ocorrências daqueles estados. Ex: um imposto sobre o 
consumo de cigarros, ceteris paribus, reduzirá a demanda de cigarros.
O Falseacionismo de 
Popper
01 DE SETEMBRO DE 2017
• Popper
• Nasceu em Viena, filho de um próspero advogado. Seus pais converteram-se do judaísmo ao cristianismo, de modo que 
Popper recebeu educação luterana.
• Na adolescência e juventude foi marxista e, já adulto, colaborador de Alfred Adler.
• 1937-45: estadia na Nova Zelândia
• 1945-94: professor na London School of Economics
• Ciência antes de Popper
• Após a revolução newtoniana a ciência foi considerada como conhecimento certo, verdade sólida, completa e 
definitivamente confiável.
• Uma vez descoberto, um novo fato ou lei científica não estava aberto a mudança (verdade não sujeita a correção).
• O crescimento da ciência consistia na adição de certezas recém-descobertas a um corpo de certezas existentes em 
eterna expansão
• Corroboração: os ganhos materiais do progresso e da tecnologia
• O contexto intelectual de Popper
• Publicação em 1905 da teoria especial da relatividade e, em 1915, da Teoria Geral da Relatividade, de Einstein
• Subversão da física newtoniana e das certezas nas ciências (em especial, nas da natureza)
• O método como foi testada a teoria: confirmação da previsão de Einstein pelo Eddington em 1919. Hipótese de que a 
luz é atraída, assim como a matéria, pelos corpos pesados. Supôs-se que uma luz vinda de um corpo próximo ao Sol 
atingiria a Terra em uma direção na qual aquele corpo pareceria estar ligeiramente deslocado para longe do Sol. Em 
outras palavras, as estrelas próximas ao Sol pareceriam ter se afastado um pouco dele e entre si. O eclipse solar 
permitiu que Eddington fotografasse as estrelas de dia e à noite e verificasse a distância entre ambas.
• O problema de Popper
• Quandouma teoria pode ser classificada como científica?
• Demarcar ciência de pseudo-ciência
• “A ciência frequentemente comete erros e a pseudociência pode acidentalmente encontra a verdade.”
• A resposta padrão
• Ciência como método empírico, essencialmente indutiva que decorre da observação e da experimentação.
• A desconfiança em teorias “científicas”
• Teoria da história de Marx: 1) sentido teleológico, 2) luta de classes
• Psicanálise de Freud
• Psicologia individual de Adler
• Insatisfação com essas teorias
• O que as diferenciava da teoria de Newton e das ciências naturais não é o problema da veracidade, exatidão ou 
mensurabilidade
• Capacidade de explicação – poderiam explicar tudo em seu campo de investigação
• Capacidade de verificação
• Exemplo 1: Um marxista encontra toda vez que abre o jornal evidências a confirmar sua interpretação da história
• Exemplo 2: o homem que afoga a criança e o homem que salva, com sacrifício da própria vida, uma criança
• O exemplo 1 remete a Freud (repressão e sublimação) e o 2 remete a Adler (complexo de inferioridade)
• Afirmações:
• 1) É fácil obter confirmação ou verificações para quase toda teoria, desde que as procuremos
• 2) As confirmações só devem ser consideradas se resultarem de predições arriscadas
• 3) Toda teoria “boa” é uma proibição: ela proíbe certas coisas de acontecer. Quanto mais ela proíbe, melhor ela é
• 4) A teoria que não for refutada por qualquer acontecimento concebível não é científica. A irrefutabilidade não é uma 
virtude, mas um vício. 
• Obs: O conhecimento não é cumulativo segundo Popper, pois qualquer descoberta da ciência pode ser falseada
• Indução X Dedução
• Não se podem estabelecer verdades científicas universais a partir de afirmações singulares. No entanto, pode-se 
contradizer legalmente ou refutar qualquer enunciado universal com a ajuda da lógica dedutiva mediante apenas um 
enunciado.
• Observei apenas cisnes brancos; não posso inferir que todos os cisnes são brancos; a existência de um único cisne negro é 
suficiente para rejeitar minha afirmação
• A tese de Duhem-Quine
• Nenhuma hipótese científica era exclusivamente falsificável porque sempre testamos toda a explicação com hipóteses 
específicas em conjunção com enunciados auxiliares e por isso não podemos ter certeza de que confirmamos ou 
rejeitamos a própria hipótese
• As 10 regras falseacionistas segundo Pheby
• 1) A natureza científica de uma teoria é determinada pela sua credibilidade a ser falseada  o que não pode ser 
falseado não é ciência
• 2) Se uma falsificação ameaça uma teoria nós não devemos salvá-la, tornando-a mais resistente à refutação
• 3) Uma nova teoria deve ter maior conteúdo empírico do que a anterior
• 4) A nova teoria deve ser capaz de explicar todos os eventos da teoria anterior
• 5) As teorias devem ser testadas tão severamente quanto possível
• 6) Uma teoria falseada deve ser abandonada
• 7) Uma teoria falseada não deve ser revivida em estágios posteriores
• 8) Uma teoria inconsistente é inaceitável
• 9) Devemos minimizar o número de axiomas que empregamos
• 10) Qualquer nova teoria deve ser independentemente testável
Paradigmas e 
revoluções científicas –
Thomas Kuhn
14 DE SETEMBRO DE 2017
• Thomas Kuhn: dados biográficos e referências intelectuais
• Nasceu em Cincinatti, Ohio, em 1922. Formou-se em Física em 1943 pela Universidade de Harvard, pela qual doutorou-se 
em 1949. Foi professor em Harvard, Princeton e MIT. Faleceu em 1996.
• Recusa do argumento de que a teoria da ciência seja basicamente uma reconstrução lógica de teorias científicas.
• Kuhn considerou que o estudo histórico da ciência – estudo que requer a um só tempo a habilidade de historiador e o 
conhecimento do cientista – é indispensável ao conhecimento não só de como se desenvolveram as teorias científicas 
como também de porque, em certos momentos, determinadas teorias foram aceitas em vez de outras, e por conseguinte, 
justificadas e validadas.
• A rota para a ciência normal
• Discussão feita para as ciências naturais
• Entre os primórdios da ciência e o advento da ciência moderna não havia ciência estruturada como paradigma.
• No início havia várias teorias e grupos que trabalhavam sem um corpo qualquer de crenças comuns. Cada autor sentia-
se forçado a construir seu campo de estudo desde os fundamentos.
• A escolha das observações e experiências que sustentam tal construção era relativamente livre. Não havia qualquer 
conjunto padrão de métodos ou de fenômenos que todos os estudiosos se sentissem forçados a empregar e explicar.
• O diálogo dos livros resultantes era frequentemente dirigido aos membros das outras escolas tanto como à natureza.
• Exemplos: óptica física antes de Newton, pesquisa em eletricidade antes de Franklin, etc.
• Antes de paradigma:
• 1) Muitas teorias conflitantes investigando um mesmo grupo de fenômenos
• 2)Padrões de seleção, investigação, procedimentos e conceituais diferentes
• 3) Todas as teorias têm probabilidade de parecerem relevantes
• O que vem antes? Observação ou teoria?
• Resp: Teoria. “Nenhuma história natural pode ser interpretada na ausência de pelo menos algum corpo implícito de 
crenças metodológicas e teóricas interligadas que permita a seleção, avaliação e a crítica. Se esse corpo de crenças já não 
está implícito na coleção de fatos – quando então temos à disposição mais do que “meros fatos” - precisa ser suprido 
externamente, talvez por uma metafísica em voga, por outra ciência ou por acidente pessoal e histórico.”
• Em direção ao paradigma
• A diversidade dá lugar a uma teoria dominante
• Esta, prá-paradigmática, a partir de suas crenças e preconceitos característicos enfatizava apenas alguma parte especial 
do conjunto de informações demasiado numeroso e não-coativo
• A teoria dominante produz uma síntese capaz de atrair a maior parte dos praticantes e a geração seguinte. As escoas 
antigas começam a desaparecer, devido a:
• 1) conversão de seus adeptos ao novo paradigma
• 2) exclusão (da profissão e ignorados dos demais cientistas)
• O paradigma científico
• Visão de mundo, métodos, técnicas e problemas científicos estabelecidos e praticados por uma comunidade de 
cientistas
• Definem:
• A) o conjunto de problemas relevantes e que exigem solução
• B) os princípios científicos e os métodos tidos como legítimos para resolver os problemas
• C) os resultados esperados de uma investigação científica
• O que se encontra fora do paradigma é tido como metafísica ou não científico (critério de demarcação?)
• Paradigmas definem, em um senso acordado e profundamente assentado, uma forma de ver o mundo e como este 
deveria ser estudado, e que este ponto de vista é compartilhado por grupo de cientistas que vivem em uma comunidade 
marcada por uma linguagem conceitual comum, que buscam fundar um edifício conceitual comum, e que são possuídos 
por uma postura política muito defensiva em relação aos de fora.
• A aparição de anomalias dentro do paradigma não obriga, nos primeiros momentos a descarta-lo; os conceitos e teorias se 
reajustam, mas o paradigma se mantém. Quando as anomalias, contudo, são excessivas, começa-se a pôr em dúvida a 
própria validade do paradigma (inconscientemente) adotado.
• Ciência Normal
• É a ciência elaborada por uma comunidade científica (baseada em 1 ou + realizações científicas passadas) e que serve de 
base para os desenvolvimentos subsequentes
• Os manuais (ou livros-textos) expõem o corpo da teoria aceita, ilustram muitas das suas aplicações bem-sucedidas e 
comparam essas aplicações com observações e experiências exemplares.
• Ciência normal – uma razão científica circunscrita aos limites definidos pelo paradigma.
• As evidências no âmbito das ciências físicas não se ajustam às visões indutivista ou falseacionistada ciência
• A ciência não evoluiu por fatos se revelando a pensadores inteligentes, ou por cientistas tentando falsificar suas próprias 
hipótese em cada experimento.
• A pesquisa é vista como a busca de solução para “quebra-cabeças”; solução que já preexiste no âmbito do paradigma
• A ciência se desenvolve por meio de tensões políticas, que são resolvidas na comunidade científica com um ciclo que 
começa com o desafio dos mais jovens e consequentemente resistência dos poderosos, sua substituição pelos mais 
jovens que, então, passam a dominar e, finalmente, o desafio de outros novos jovens, novamente.
• Os ciclos de vida e os caminhos do progresso científico estão fortemente interligados. A morte do velho é necessária para 
que o novo venha a frutificar.
• Existe uma relação cíclica entre ciência normal e ciência revolucionária, com uma dando passagem para a outra, 
respectivamente.
• Periodicamente paradigmas entram em crise e observam-se períodos de transição revolucionários para novos 
paradigmas.
• A ciência não é uma trilha linear de hipóteses falsificáveis, é uma ciência de descontinuidades entre ciência normal e 
mudança revolucionária.
• As mudanças são tão ampla que as antigas maneiras de pensar são totalmente incompatíveis com as novas.
• A aceitação de uma nova ciência exige uma experiência de conversão. Ocorre um “deslocamento” semelhante ao que se 
observa no campo da percepção quando, de acordo com a gestalpsychologie, se vê de repente uma figura distinta da até 
então observada. Os mesmos fatos são vistos de uma perspectiva diferente, isto é, no âmbito de um novo paradigma.
• Há paradigmas em Economia?
• Clássico e Keynesiano
• Teoria Evolucionária
• As críticas ao paradigma
• 1) Definição “frouxa” e ambígua de paradigma. Shapere encontrou 22 definições na “Estrutura das revoluções científicas”
• 2) A teoria determina o paradigma ou vice-versa?
• 3) A rigidez do paradigma é incompatível com a resposta a anomalias
• 4) A incomensurabilidade entre teorias no contexto das revoluções científicas inroduz elementos “irracionais” na escolha 
de teorias
• 5) Riscos de dogmatismo (Popper)
O Programa de Pesquisa 
Científica - Lakatos
15 DE SETEMBRO DE 2017
• Dados biográficos
• Nasceu na Hungria em 1922 e faleceu em Londres em 1974. Na Hungria foi ativo opositor do nazismo, aderindo à 
resistência húngara e filiando-se ao Partido Comunista. De origem judia, sua mãe e avó morreram em Auschwitz. Após a 
guerra tornou-se, em 1947, funcionário do Ministério da Educação húngaro. Em 1950 foi detido por suas opiniões 
“heterodoxas e revisionistas”, permanecendo três anos no cárcere. Após a Revolução húngara de 1956 exilou-se em 
Viena e em seguida na Inglaterra, onde lecionou de 1960 a 1974 na London School of Economics.
• Biografia e Metodologia
• Segundo Pheby, buscou mais intensamente que Popper um critério de demarcação entre Ciência e pseudo-ciência. Para 
Lakatos esta era uma questão de relevância política e social vital que tinha graves indicações éticas e políticas.
• Aderiu a um compromisso mais tolerante e liberal em relação à metodologia
• Limitações que viu em outras metodologias
• Contexto
• Posição intermediária entre a metodologia agressiva de Popper (parte da ciência pode ser descartada por falta de 
solidez metodológica) e a metodologia defensiva de Kuhn (toda ciência encontra justificativa na prática cientifica real).
• Diferenças
• Em realação a Popper:
• 1) Falseacionismo “ingênuo” (interessado em eliminar uma única hipótese)
• 2) Severidade das regras prescritivas, que impedia a emergência de teorias novas que precisavam de maior tempo de 
maturação.
• 3) A verificação pode ter uma papel positivo no desenvolvimento das teorias
• Em relação a Kuhn:
• 1) Irracionalismo  a “conversão religiosa” nos episódios revolucionários
• 2) Dificuldade em comparar e contrastar diferentes paradigmas (impossibilidade de uma comparação racional)
• 3)Preocupação com os conceitos de paradigma e ciência normal, que significavam monopólios metodológicos 
(dogmatismo)
• Os Programas de Pesquisa Científica (PPC)
• As teorias individuais não são unidades apropriadas para se fazer avaliações científicas
• Um PPC contêm um núcleo rígido (que é fixo para Lakatos) e uma parte variável (passível de refutação) governado por 
regras metodológicas, algumas das quais indicam que caminhos é preciso evitar (heurística negativa) e outras, que 
caminhos devem ser seguidos (heurística positiva)
• PPC:
Núcleo 
fixo
Cinturão 
protetor 
flexível
• Lakatos: o estudo da ciência mostra de que maneiras se estabeleceram, desenvolveram-se e, segundo o caso, 
prosperaram ou degeneraram os programas de pesquisa.
• PPC Progressivo
• Quando a formulação de programa posterior contiver “excesso de conteúdo empírico” com relação àquela que a precede, 
ou seja, se faz a previsão de algum fato novo, até então inesperado” que é corroborado empiricamente.
• Edição ininterrupta de ajustes ad hoc que meramente acomodam quaisquer fatos que se tornam disponíveis
• Histórica interna e externa da ciência
• A história da ciência é “racionalmente reconstruível”
• História interna – procedimento de escolha racional de cientistas por PPC progressivos e não-degenerativos (o ganho 
excede a perda)
• História externa – são as pressões do ambiente sociopolítico, bem como qualquer deficiência dos cientistas conforme a 
MPPC (por preferir um PPC degenerativo a um progressivo por sua suposta simplicidade)
• Lakatos: “a filosofia da ciência sem a história da filosofia é vazia; a história da ciência sem a filosofia da ciência é cega”
• As críticas feitas ao PPC
• 1) Tensão entre rigor no critério de demarcação e a atitude liberal com o PPC
• 2) Imprecisão conceitual (o que caracteriza o núcleo duro de qualquer PPC?)
• 3)Fixidez do núcleo duro – os cientistas frequentemente ajustam e articulam seus núcleos duros
• 4) Que tipo de proposições pertencem ao núcleo duro e quai ao cinto protetor?
• 5) Problemas vinculados à heurística positiva: como lidamos com a heurística positiva quando esta se mostra incapaz 
de lidar com anomalias?
• 6) O PPC não oferece razões lógicas para preferir um ao outro.
O Instrumentalismo e o 
Formalismo como 
métodos para a Economia
21 DE SETEMBRO DE 2017
• Instrumentalismo: o que é?
• A doutrina segundo a qual a teoria deve ser interpretada como um instrumento (nada mais do que isto) para a dedução 
de previsões de eventos futuros (especialmente mensuráveis) e para outras aplicações práticas. Mais especificamente, 
ele afirma que uma teoria científica não deve ser interpretada como uma tentativa genuína para descrever certos 
aspecto do nosso mundo.
• Implicações
• A doutrina do instrumentalismo implica que as teorias cientificas podem ser mais ou menos eficientes, mas negam que 
elas possam ser, como afirmação descritiva, verdadeira ou falsa.
• Supostas vantagens
• 1) Sobre a hipótese da possibilidade de separação entre teoria e observação pode-se evitar muita discussão sobre 
questões conceituais. Isso significa que comparações sobre diferentes posições podem ser feitas utilizando observações 
ou previsões da teoria.
• 2) A afirmação de que a verdade não é mais o objetivo central de nossas investigações soa menos herética.
• 3) Uma vez que se observam melhorias tecnológicas e de aparelhos de precisão, as previsões se tornam mais acuradas, 
permitindo aos instrumentalistas afirmar que ao nos concentrarmos sobre as previsões é possível mostrar que a ciência 
faz progressos.
• 4) Ao ignorar questões tais como as da verdade, falsidade ou validade das teorias, os instrumentalistas circunscrevem o 
problema da indução com dificuldades concernentes à natureza e especificação das relações causais.
• Verificacionismo X Instrumentalismo
• Hipóteses verdadeirasX Hipóteses úteis
• Argumentos abstratos X Material empírico
• Compreensão X Previsão
• Críticas ao Instrumentalismo
• As principais críticas ao instrumentalismo vieram de Popper, a partir da diferenciação entre a abordagem dos teóricos 
(interessados em desenvolver mais teorias gerias) e dos instrumentalistas (interessados nos propósitos práticos das 
ciências)
• 1) Popper sugere que os instrumentalistas são mais conservadores. Sempre que confrontados com duas teorias que 
produzem previsões similares, os instrumentalistas as avaliarão como igualmente úteis. Por suas vez, os teóricos vão 
explorar outras situações e possibilidades para verificar onde podem ser aplicadas com benefícios;
• 2) Para Popper os instrumentalistas erram ao não distinguir dois tipos de previsão. De um tipo é a previsão que envolve 
a previsão de evento antecipados, tais como o aparecimento do cometa Halley. De outro tipo é a previsão que diz 
respeito a eventos ou possibilidades que não foram antecipadas previamente por uma teoria particular. Tais previsões 
muitas vezes, para a surpresa de seus praticantes, desenterram novos fatos sobre o mundo. Nesse caso, os 
instrumentalistas não podem esperar realização significativa com o seu tipo de previsão.
• 3) Ao desconsiderar o problema da verdade e da falsidade, o instrumentalismo não busca o compromisso com a 
falsificação das teorias
• 4) Popper acredita que a ciência está interessada antes de tudo em explicar o que está acontecendo no mundo. As 
teorias não podem explicar dentro de uma perspectiva instrumentalista. De fato, é pouco provável que encontrar uma 
narrativa causal que acompanhe as previsões instrumentalistas.
• 5) O instrumentalismo tenta separar teoria e observações, apoiando-se fortemente no empiricismo.
• Aplicado às ciências sociais, o instrumentalismo é ineficiente porque previsões de eventos singulares (qual será a taxa 
de desemprego em Ontario daqui a 5 anos) não é possível nas Ciências Sociais
• Instrumentalismo e Econometria
• O divórcio entre a teoria e sua aplicação/mensuração produz:
• 1) Quando se constroem modelos macroeconométricos tende-se a concentrar mais sobre questões técnicas do modelo 
em detrimento de sua considerações teóricas. Consequentemente, observa-se uma tendência crescente de construir 
modelos que são estatisticamente tratáveis, ainda que eles ignorem questões conceituais importantes tais como a 
incerteza, as expectativas e a dinâmica econômica.
• 2) O problema da causalidade em econometria: o apelo instrumentalista em recusar explicações causais encoraja os 
econometrista a focarem sobre correlações mais do que sobre relações causais. O resultado é que a econometria tem 
se tornado um exercício puramente técnico com limitado valor para explicar o que de fato ocorre no interior da 
economia.
• 3) Problemas e dificuldades na previsão de eventos. Constatação da pequena realização preditiva dos modelos 
econométricos
• Formalismo: o que é
• Abordagem para a teorização que objetiva tornar explícita a estrutura lógica de qualquer teoria proposta.
• A formulação de Friedman (1953)
• Contexto: crítica da escola histórica e da escola institucionalista ao irrealismo das hipóteses em economia.
• Distinção entre proposição positiva e normativa
• Unidade metodológica de todas as ciências físicas e sociais, em sua parte positiva  “existe apenas 1 método para se 
fazer ciência, seja ela qual for”.
• Economia Positiva
• 1) O objetivo de uma ciência positiva é o desenvolvimento de uma teoria ou hipótese capaz de produzir previsões válidas 
e significativas acerca de fenômenos ainda não observados.
• 2) Uma teoria é: linguagem e hipóteses substantivas.
• Como linguagem ela não contém substância, servindo apenas como sistema de arquivamento para organizar material 
empírico e simplificar a compreensão desse material
• O sistema de armazenamento deve ser lógico, coerente e útil para uma dada classe de problemas concretos.
• Conceito de oferta e demanda, por ex. Adequado para “mercado final para um bem de consumo” mas apenas 
parcialmente adequado para “mercado primacialmente especulativo”
• A hipótese substantiva:
• São relativamente arbitrárias porque o número de evidências sobre um fenômeno é finito, ao passo que o número de 
hipóteses sobre ele é infinito.
• Devem ter “simplicidade” (quanto menor o número de conhecimentos iniciais que requer para permitir previsões) e 
“fecundidade” (se as previsões resultantes são mais precisas, se a área em que a teoria permite as previsões é mais 
ampla e se o número de linhas de investigação sugeridas é maior.
• Friedman (cont.)
• Uma teoria deve ser testada por meio do seu poder previsivo com relação à classe de fenômenos que pretende explicar.
• O teste fatual definirá sua validade ou rejeição
• A evidência fatual nunca poderá “provar” uma hipótese  pode apenas rejeitá-la (caso as previsões entrem em 
contradição com a realidade) ou aceita-la (caso esteja conforme a realidade).
• A conformidade das hipóteses de uma teoria com a realidade é desnecessária.
• Hipóteses “realistas”
• Recusa da afirmação clássica de hipóteses compreensíveis das motivações dos agentes econômicos.
• Sugestão de Friedman: criação de hipóteses “como-se” acerca do comportamento econômico que os agentes não 
assumiriam conscientemente, mas que têm valor de previsão.
• Não é necessário que os agentes maximizem, mas no resultado do jogo econômico somente aqueles que maximizam 
sobreviverão.
• “Os indivíduos se comportam como se estivessem buscando racionalmente maximizar seus rendimentos esperados e 
tivessem conhecimento total dos dados necessários para se obter sucesso nessa tentativa”
• Convergência como instrumentalismo metodológico: as teorias são apenas instrumentos para fazer previsão
• Inaplicabilidade de testes de hipóteses
• Formulação de Friedman
• Ruptura com: metodologia econômica do século XIX (verificacionismo); positivismo tradicional; falseacionismo
• Friedman foi um instrumentalista?
• Lawson (1992) – combinação de uma ontologia transcendental gerativa de estruturas implícita e um compromisso com a 
regulação das leis em sistemas fechados
• Maki – identificação em Friedman de múltiplas metodologias em economia
• Caldwell; Fox; Pheby – Friedman como instrumentalista
• Friedman (cont)
• Houve coerência entre o método proposto e a obra de Friedman
• “O monetarismo de Friedman abandona a metodologia dos instrumentalismo, aparentemente não porque ela é 
inerentemente imperfeita e sim porque não é persuasiva”.
Metodologia econômica 
antes de 1970
05 DE OUTUBRO DE 2017
• 1) Quantidade relativamente pequena de textos e discussão circunscrita a poucos interessados
• 2) Alienamento relativo das discussões acontecidas no âmbito da filosofia da ciência
• 3) Questões relativa ao stats da ciência, suas possibilidades de obtenção de um conhecimento objetivo, os testes, a 
estrutura lógica das teorias, etc.
• Causas
• 1) Resposta às modificações na filosofia da Ciência
• 2)Crise na teoria econômica colapso da síntese keynesiana-clássica
• Importância da contribuição de Blaug (1980)
• 1) Incorporar às questões tradicionais as questões novas levantadas por Popper, Kuhn e Lakatos
• 2) Estabelecer na agenda de discussão o tema do falseacionismo
• Avaliando a tradição Popperiana, as 5 categorias de avaliação
• 1) críticas filosoficamente embasadas à metodologia popperiana
• 2) tentativas de aplicar a metodologia falsificacionista à análise econômica
• 3) tentativas de “salvar” alguma coisa da tradição popperiana
• 4) defesa do falsificacionismo
• 5) argumentos “pós modernistas” contra o projeto da metodologia em geral
• Críticas filosoficamente embasadas
• Hausman:
• 1) a noção de falsificacionismo como uma relação puramente lógica entre as teorias eas proposições básicas é irrelevante 
porque, uma vez que se aceita, como o faz Popper, que são as predições derivadas dos sistemas de teorias que têm de ser 
falseáveis, a falseabilidade lógica deixa de ter qualquer papel importante na avaliação de teorias individuais
• 2) Há boas razões para os economistas atribuírem mais pesos a algumas de suas teorias do que à evidência empírica. Seria 
prejudicial à ciência econômica se os economistas adotassem as regras metodológicas popperianas que requerem que 
sempre se rejeitem teorias que não passam nos testes empíricos
• Rosenberg
• 1) O argumento popperiano é frágil porque a realização de testes sempre requer hipóteses auxiliares a respeito das 
condições iniciais ou imitadoras, assim, quando um teste falha, nunca se pode estar seguro se foi a hipótese principal ou 
alguma das auxiliares que foi rejeitada.
• 2) Se a ênfase é na predição, a economia apresenta um histórico bastante ruim.
• Tentativas de aplicar a metodologia falsificacionista à análise econômica
• Weintraub
• Popper + Lakatos o equilíbrio geral embora seja um corpo de hipóteses não falseáveis (não trata de nenhuma economia 
concebível) ela faz parte de um programa de pesquisa que prediz fatos novos com sucesso (é empiricamente progressista)
• Tentativas de “salvar” algo
• Caldwell
• 1) importância de começar a ciência com problemas
• 2) focar na lógica situacional mais do que na lógica falsificacionista
• Hands
• 1) tratar a tradição popperiana como uma “tradição filosófica geral”, melhor do que outras existentes
• Defesas do falseacionismo
• Hutchison e Blaug
• 1) A predição é vital porque a Economia é uma ciência que propõe políticas, oferecendo conselhos aos tomadores de 
decisões
• 2) Os economistas são falseacionistas sem o saberem, pois estão preocupados com a predição de fatos novos.
• O ponto de vista da sociologia do conhecimento
• A abordagem é possível porque o conhecimento científico é produzido em comunidades de cientistas
• Nesse caso, deve-se explorar o modo como operam as redes de cientistas e como eles interagem; como as ideias 
científicas são comunicadas e negociadas; como as reputações são criadas e sustentadas; como é regulada a entrada na 
comunidade; como são tomadas as decisões de financiamento
• A ênfase não está no status epistemológico ou cognitivo das ideias científicas, mas nos processos sociais pelos quais os 
significados são negociados
• Duas direções
• 1) o estudo do modo pelo qual as afirmações de conhecimento científico são definidas: o que se passa dentro do 
laboratórios científicos e como as controvérsias entre os cientistas são resolvidas
• 2) o estudo e análise do discurso científico, cuja ênfase está na necessidade de que o conhecimento científico seja 
expresso numa linguagem, e na natureza e implicações da linguagem utilizada nos artigos científicos, nos projetos 
científicos, etc.
• O pós-modernismo: preliminare
• A metodologia não pode oferecer qualquer base para a aceitação ou rejeição de teorias científicas
• Legitimidade das teorias científicas como resultado de técnicas de persuasão
• Estudo da linguagem e das técnicas de retórica
A contribuição de 
McCloskey
06 DE OUTUBRO DE 2017
• O contexto da retórica
• “Crise da modernidade”
• Ressurgimento de preocupações metodológicas no contexto da “crise” da síntese keynesiana na segund metade dos anos 
1970 (estagflação)
• Insatisfação geral com as abordagens metodológicas em economia baseadas no falseacionismo e no instrumentalismo
• Razão é instrumento uniforme e coeso capaz de discernir as coisas (no século XIX, isso é desmentido) material/cultural
• Retórica: o que é e porque utilizá-la
• O que é
• 1) Prestar atenção ao próprio público
• 2) Adequação dos meios ao desejo da conversação
• 3) persuadir por meio de argumentos
• “O erudito não fala no vazio para si mesmo. Fala para uma comunidade de vozes. Deseja que o tenham em conta, que lhe 
ouçam, que se publique seu trabalho, que lhe imite que lhe rendam homenagem que lhe concedam o Prêmio Nobel. 
Todos estes são seus desejos. OS meios são os recursos da linguagem”. – pág. 48
• Por que utilizar?
• Para ajudar a pensar sobre como conversam os economistas e ajudar a amadurecer o campo da Economia
• O Modernismo em Economia
Antes de 1930 Depois de 1930
Criação de um tipo de conversação
totalmente distinto das demais Ciências 
Sociais
Consolidação e aprofundamento da 
distinção
Baixa formalização e matematização dos 
argumentos
Elevada formalização e matematização
Incapacidade de falar de forma clara Discurso claro, mas de difícil acesso
Adoção da crença na metodologia
científica
• Caracterização do Modernismo
• Os dez mandamentos
• 1) A previsão e o controle são o fins da ciência
• 2) Somente as implicações observáveis (ou previsões) de uma teoria importam para afirmar que é verdadeira
• 3) A comprovação inclui experimentos objetivos e reproduzíveis, os simples questionários que interrogam as pessoas são 
inúteis, já que as pessoas podem mentir
• 4) Se a aplicação experimental de uma teoria demonstrar ser falsa, a teoria também o é
• 5) Há que valorizar a objetividade. A instrospecção não é um conhecimento científico, porque a objetividade e a 
subjetividade não podem se unir
• 6) A máxima de Kelvin: “quando não podes expressá-lo com números, teu conhecimento é pobre e insatisfatório”
• 7) A introspecção, a crença metafísica, a estética, etc, podem ter importância na descoberta de uma hipótese, mas não 
em sua justificativa; as justificativas não estão condicionadas pelo tempo e a comunidade de ciências que as rodeiam é 
irrelevante para sua verdade. 
• 8) É a metodologia que tem de separar o pensamento científico do não-científico, o positivo do normativo
• 9) Uma explicação científica de um fato a ampara como uma lei protetora
• 10) Os cientistas não devem ter nada que dizer como cientistas sobre o valor moral ou artístico
• A crítica de McCloskey
• 1) A camisa de força metodológica não é vestida nos afazeres diários da ciência econômica (a revolução keynesiana, por 
exemplo, não se utilizou de nenhum dos “protocolos” metodológicos previstos, como verificações, falseamentos, etc.)
• 2) Trata-se de um cânone ultrapassado, tanto filosoficamente quanto na prática de outras ciências
• 3) A previsão é impossível na ciência econômica (limites cognitivos; preferência abordagem adaptativa e aberta para as 
ações humanas adaptativas)
• 4) O modernismo é impossível (implicaria em deter todo o progresso na ciência) e não-liberal (reduz o campo de 
conhecimento econômico ao estabelecer o que é ou não digno de conhecer e conversar (os critérios de demarcação), 
limitando a conversação; a metodologia em economia funciona como uma barreira à entrada de novos e diferentes, 
matendo protegida a conversação do que já estão no campo demarcado, ele fomenta a especialização., mas não a troca 
de conhecimento.
• O que é a Retórica
• É uma metodologia com m-minúsculo (anti-metodologia) cuja tarefa é articular as normas comunais da boa conversação 
e usar essas normas para iluminar o processo de argumentação dentro de uma comunidade de estudiosos para mostrar o 
que seus membros realmente fazem, o que parece persuadi-los e por que, além de resistir a toda rigidez e pretensão das 
regras
• Epistemologicamente – a verdade como conhecimento conjectivo (e não absoluto), ou seja, aquele que sabemos juntos, 
em virtude do discurso social, do argumento científico e da linguagem compartilhada
• Metodologicamente – é uma dissertação (narrativa) sobre o processo social da boa economia, ou seja, como devemos 
nos governar a nós mesmos como uma comunidade de intelectuais.
• A boa conversa
• 1) ajudaria a entender melhor a conversa em andamento entre os economistas e melhoraria muito essaconversação
• 2) “ a arte de descobrir as crenças justificáveis e de melhorá-las em um discurso compartido”
Pluralismo 
Metodológico
20 DE OUTUBRO DE 2017
• Neville Keynes contra o método exclusivo
• Antecedentes: Violenta polêmica entre 2 correntes de pensamento econômico
• Economia Clássica Inglesa
• Preconizava o método abstrato-dedutivo
• Princípios a priori se articulavam de forma lógica, permitindo a ded~ção de leis possíveis de aplicação à realidade 
empírica
• Escola Histórica Alemã
• Preconizava o método indutivo, bastante influenciado pela história e assentado no raciocínio interdisciplinar
• Compromisso com uma ciência ética (indissociabilidade entre o que é e o que deve ser)
• Ênfase do Estado na Economia
• Os argumento de Neville Keynes
• A origem da discórdia está na postura metodológica de cda uma das escolas. Abordagens metodológicas diferentes 
produzem enfoques teóricos distintos
• Defesa de uma combinação não preconceituosa de ambos os métodos
• Evidências corroboradas disso na história da Ciência  Adam Smith
• O método apropriado em Economia pode ser vários, cada um deles tem seus méritos e limitações, cabendo ao 
economista a sabedoria para utilizá-los com eficiência
• Pluralismo: Contexto
• Ressurgimento de disputas metodológicas entre os economistas
• Crítica do falseacionismo em Economia
1) Número excessivo de condições iniciais no teste de teorias;
2) Impossibilidade de algumas destas condições iniciais serem testadas isoladamente
3) Ausência de leis gerais falseáveis
4) Impossibilidade de um ajuste perfeito entre os dados empíricos e as construções teóricas
• Os significados de Pluralismo (que são também princípios do liberalismo)
• Filosofia – oposição ao monismo (toda a realidade material ou espiritual pode ser reduzida a um único princípio final)
• Direito – nem o Estado, nem qualquer outra instituição possuem o poder absoluto, este se reparte por vários grupos da 
sociedade.
• Política – liberdade de expressão, direito de discordar/divergir
• Doutrina que é avessa ao totalitarismo dos modelos únicos
• Sugestão de Caldwell
• Os economistas devem escolher uma estrutura teórica para trabalhar e ter consciência da opção feita, sem ficarem 
obcecados pela definição de sua metodologia
• Vantagens do Pluralismo segundo Caldwell
1) Promover a novidade na ciência
- promover a proliferação de teorias novas, fundadas em visões metodológicas eventualmente antagônicas
- ampliar o número e o tipo de métodos de investigação
2) Estimular a crítica não dogmática 
- a crítica é crucial ao trabalho científico e embora não ponha fim às disputas teóricas, ela aumenta a capacidade de 
comunicação dentro da comunidade científica
- a crítica interna é preferível à externa
- permite que teorias não sejam sumariamente descartadas à primeira evidência negativa
3) Diminuir a incomensurabilidade entre teorias
- entre teorias opostas, o pluralismo permite que certos aspectos delas possam ser objeto de debate embora ao final dele 
se possa conservar a posição inicial. Debater com o outro o ajuda e a seu contendor a fundamentarem melhor suas teorias.
• Pluralismo e transição
1) É suficientemente modesta para respeitar a prática efetiva dos cientistas
2) É suficientemente ambiciosa para permitir o desenvolvimento de novas teorias
3) É suficientemente esperta para possibilitar que a disputa sucessória ocorra sem maiores desperdícios de esforços
• Pluralismo numa frase
• “Buscar a novidade e procurar permanentemente reduzi-la pela crítica”
• Referências Bibliográficas
• Bianchi, A.M. (1992) – Muitos métodos é o método: a respeito do pluralismo. Revista de Economia Política, v.12, n.2 
(46), p.135-142
• Caldwell, B. (1982) – Beyond positivismo: economic methodology in untwentieth century. London: George Allen and
unwin, p.173-186
• Salanti, A – Screpanti (Org) (1977) – Pluralism in economics: new perspective in history and methodology Cheltenham: 
Edward Elgar
O Realismo Crítico
26 DE OUTUBRO DE 2017
• É a única que se opõe ao positivismo e ao modernismo ao mesmo tempo
• A primeira que muda da epistemologia para a ontologia
• Existe uma realidade não empírica/observável que regula o mundo empírico, são as leis que regulam o mundo natural.
• A abdução (formulação de hipóteses) é intermediária entre a dedução e a indução
• Contexto
• Alternativa às vertentes modernistas e pós-modernista em metodologia
• Modernismo: positivismo/falseacionismo
Pós-modernismo
1) Niilismo metodológico (Feyerabend)
2) Pluralismo metodológico (Caldwell)
3) Retórica (McCloskey)
• Os limites do positivismo
• A crítica à escola de Viena (positivismo lógico)
• As várias faces do falseacionismo /popperiano (dogmático, ingênuo e sofisticado), segundo Lakatos
• O paradigma de Kuhn e os modelos não prescritivos de se fazer ciência
• A tentatia de síntese de Lakatos: PPC
• O realismo transcendental
• Insatisfação com o positivismo e com as vertentes do pós-modernismo
• Deslocamento da ênfase da epistemologia e mudanças na ciência para a ontologia da ciência (objetos possíveis de 
investigação científica
• Década de 1970, a partir das contribuições de Ron Harré e Roy Bhaskar, que articulam contribuições da filosofia 
kantiana, hegeliana e marxista
• A reflexão de ambos dirigiu-se, inicialmente, para as ciências da natureza, cabendo posteriormente a Tony Lawson e 
outros sua adaptação às ciências sociais.
• Segundo Bhaskar, nas ciências naturais os experimentos que identificam regularidades em eventos (do tipo “se x, então 
Y”) só puderam ser obtidos por meio de experimentos controlados, obtidos em laboratórios (i.e., sistemas fechados). O 
fato de que eles são válidos na natureza (sistema aberto) aponta “condições de possibilidade” para esses eventos, 
presentes na natureza, e isolados pelo experimentos.
• Proposições
• O conhecimento científico está acessível para além da experiência e observações empíricas. O empiricismo é insuficiente.
• Há vários níveis/camadas da realidade, cujos acessos mais profundos aumentam nossa inteligibilidade dos fenômenos.
• Existem estruturas subjacentes não empíricas que delimitam e possibilitam os estados de coisas e os fenômenos.
• O positivismo reconhece que existe uma verdade objetiva independente do sujeito, mas nega a existência de estruturas e 
ordens não empíricas subjacentes aos fenômenos estudados.
• Para o realismo crítico apenas a primeira metade da afirmação positivista é verdadeira. De resto, é preciso transcender 
aos fatos e buscar as estruturas imanentes.
• As correlações observadas entre os eventos não são suficientes devendo o cientista avançar na busca dos 
determinantes causais últimos dos eventos.
• Movimento do fenômeno para as estruturas subjacentes aos fatos
• Indução ou dedução? 
• Resposta: Abdução
• A realidade do mundo
• A realidade do mundo (em termos de conhecimento e prática) pode ser dividida em:
1) Dimensão intransitiva: os objetos passíveis de investigação são mais duradouros e não se alteram com o desenrolar do 
processo científico, existindo e atuando independentemente do conhecimento que se tem dele.
2) Dimensão transitiva: o objetos de investigação são construídos com a própria prática científica, não existindo de forma 
totalmente à parte desta e nem desapegados dos contextos históricos.
• As 3 camadas da realidade
• A realidade observada
- estágio inicial em que se encontram a natureza e os fatos e eventos apreensíveis sem a interação com o cientista
• Realidade visível
- ela já produz no cientista impressões e experiências, a partir daquelas já acumuladas por ele. Inicia a formulação teórica.
• Realidade profunda
- nela, o pesquisador precisa identificar, compreender e buscar apresentar conceitualmente as estruturas, as forças e os 
mecanismosgerativos e as tendências subjacentes aos fenômenos estudados.
• Forças, mecanismo e tendências
• Mecanismo gerativos são os poderes causais presentes nas estruturas subjacentes e que produzem os eventos ou estados 
de coisas observadas em nível empírico.
• Os mecanismos gerativos apenas realizarão suas potencialidades, e as potencialidades imanentes das estrutura 
subjacente, desde que outros mecanismos ou estruturas não se contraponham a ele.
• Os experimentos científicos procuram isolar as leis causais das estruturas/mecanismos contrários, de modo que as 
leis atuam como tendência.
• Resultado
• O realismo crítico recusa o empirismo identificado com a simetria entre explicação e predição.
• O realismo crítico recusa também o falseamento, uma vez que as estruturas imanentes não podem ser falseadas.
• Bibliografia
• Fucidji, J.R. (2012) – Realismo crítico e teoria econômica: quatro ensaios sobre metodologia econômica. Tese 
(doutorado). Unicamp, 219 p
• Lawson, T (1992) – Realism, closed systems, and Friedman. History of economic thought and methodology, v.10, pag
149-169
• Lawson, T (1995) – A realist perspective on contemporary “economic theory”. Journal os economic issues, n.1, p 1-33
• Vasconcelos, M; Strachman,E; Fucidji, R (1999). O realismo crítico e as conversas metodológicas contemporâneas em 
economia. Estudos Econômicos, v.29, p 415-445

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