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Durkheim Religião Trabalho final Sociologia

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As formas elementares da vida religiosa – Durkheim (acabou ainda não?!)
Durkheim elege o sistema religioso mais primitivo baseado em dois critérios: 
Primeiramente, tal religião deve ser a mais simples possível
Para explica-la não deve ser utilizada nenhum elemento tomado de alguma religião anterior. 
Essa escolha metodológica é defendida pelo autor, pois, segundo ele, quando se propõe a entender algo, é necessário remontar gradativamente até sua forma mais primitiva e “procurar perceber os caracteres pelos quais ela se define nesse período da sua existência, depois fazer ver como, pouco a pouco, ela se desenvolveu e se tornou complexa, como veio a ser o que é no momento considerado”. 
Segundo Durkheim “na base de todos os sistemas de crenças e de todos os cultos deve, necessariamente, haver certo número de representações fundamentais e de atitudes rituais que apesar da diversidade das formas que umas e outras puderam assumir, apresentem, por toda parte, o mesmo, significado objetivo e também, por toda parte, exerçam as mesmas funções”. Com isso, Durkheim defende que existem certos elementos fundamentais que podem ser encontrados em todas as religiões, e que isso constitui o que há de humano na religião. (Sobrenatural)
No livro, mais especificamente na conclusão, Durkheim entende que a religião é algo puramente social. Os ritos, as crenças que se manifestam, são feitas pelas representações coletivas, pois não há o que se conhece por religião sem uma sociedade. Muito do que a sociedade é hoje foi constituído nas suas bases fundamentais pela religião. As manifestações, o casamento, divorcio, assembleias, por exemplo, são de origem religiosa, permitem o que há de mais humano na sociedade.
O autor acredita que os fenômenos religiosos se ordenam sob duas categorias fundamentais: as crenças e os ritos. “As primeiras são estados da opinião, consistem em representações; os segundos são modos de ação determinados”.
Outro aspecto importante, citado por Durkheim, é que todas as religiões conhecidas até então fazem uma classificação a partir da dualidade entre “sagrado” e “profano” (sendo esse um dos pontos principais que há para na definição durkheimiana do que é religião). O culto ao sagrado, tendo em vista que na concepção de Durkheim, qualquer coisa pode ser sagrada. “Mas o aspecto característico do fenômeno religioso é o fato de que ele pressupõe uma divisão bipartida do universo conhecido e conhecível em dos gêneros que compreendem tudo o que existe, mas que se excluem”. Os ritos assumem um caráter de intermediários na relação do fiel com o sagrado.
Porém, ainda assim, para o autor essa definição por si só não é completa. Para ele ainda se faz necessário distinguir o fenômeno religioso da magia. A principal diferença entre esses dois fenômenos é que um é individual (a magia) e o outro e eminentemente coletivo (a religião). Na religião há encontros regulares que tem como função a renovação dos laços entre os membros da “igreja”. Na magia pode ser possível haver tais encontros, mas o mágico não possui fiéis, mais sim clientes que podem não compartilhar das mesmas crenças. Isto, assim como a noção de igreja, está ligado à religião, apontando para o aspecto coletivo deste fenômeno.
Partindo desses pressupostos, chega-se à definição durkheimiana do fenômeno religioso: “Um sistema solidário de crenças seguintes e de práticas relativas a coisas sagradas, ou seja, separadas, proibidas; crenças e práticas que unem a mesma comunidade moral, chamada igreja, todos os que a ela aderem”.

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