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Classificação das Cirurgias ago 2017

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Classificação das cirurgia 
Profª. Ms Enf Celia Cristina Santos 
Introdução 
 Cirurgia 
 
 Consiste no conjunto de gestos manuais 
ou instrumentais, executado pelo cirurgião, 
que abrange a abertura ou não do corpo com 
a finalidade diagnóstica, terapêutica ou 
estética. 
Classificação 
 
Segundo a urgência cirúrgica 
(Tempo entre a indicação e o ato cirúrgico) 
 
 Cirurgia eletiva: tratamento cirúrgico proposto, mas cuja 
realização pode aguardar, podendo ser programada. Ex: 
mamoplastia. 
 
 Cirurgia de urgência: tratamento cirúrgico que requer 
pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48 
horas. Ex: apendicectomia sem supuração. 
 
 Cirurgia de emergência: tratamento cirúrgico que requer 
atenção imediata por se tratar de uma situação crítica 
(salvar a vida). Ex:Ferimento por arma de fogo. 
Eletiva / necessária 
Programada pelo paciente e 
há alteração funcional. 
Ex: prostatectomia por 
hiperplasia 
Opcional 
A decisão é do paciente e 
não há alteração funcional. 
Ex: cirurgia estética 
Urgência 
Realizada em 24 a 48 horas 
com preparo cirúrgico. 
Ex: Apendicectomia sem 
supuração. 
Emergência 
Realizada a qualquer 
momento sem preparo 
quando há risco de vida. 
Ex: Apendicectomia 
supurada 
Grau de 
urgência 
(Aguiar, 2015) 
 Cirurgia de grande porte : grande probabilidade de 
perda de fluido e sangue. Ex: aneurisma 
 
 Cirurgia de médio porte: média probabilidade de perda 
de fluido e sangue. Ex: ortopedia, urologia etc. 
 
 Cirurgia de pequeno porte: pequena probabilidade de 
perda de fluido e sangue. Ex: Timpanoplastia 
 
 
 Segundo o risco cardiológico 
(perda de fluidos e sangue na sua realização) 
Classificação 
(Aguiar, 2015) 
Grande porte 
 
•Grande 
probabilidade de 
perda de fluidos e 
sangue. 
• Ex: 
Aneurismectomia 
Médio porte 
 
•Média 
probabilidade de 
perda de fluidos e 
sangue. 
• Ex: 
Ortopedia, 
urologia. 
Pequeno porte 
 
• Pequena 
probabilidade de 
perda de fluidos e 
sangue. 
• Ex: 
Timpanoplastia, 
amigdalectomia. 
Risco cardíaco 
Segundo o tempo de duração do ato cirúrgico 
 Cirurgia de porte I: Com o tempo de duração de 2 horas. 
Ex: rinoplastia. 
 
 Cirurgia de porte II: Com o tempo de duração de 2 a 4 
horas. Ex: gastrectomia. 
 
 Cirurgia de porte III: Com o tempo de duração de 4 a 6 
horas.Ex: craniotomia. 
 
 Cirurgia de porte IV: Com tempo de duração acima de 6 
horas. Ex: hepatectomia. 
Classificação 
Duração da 
cirurgia 
Cirurgia de Porte I – até 2h 
Ex: Rinoplastia, blefaroplastia, 
amigdalectomia, colecistectomia 
Cirurgia de Porte II – 2 a 4h 
Ex: Laparotomia exploradora, 
gastrectomia 
Cirurgia de Porte III – 4 a 6h 
Ex: Craniotomia, revascularização 
do miocárdio. 
Cirurgia de Porte IV > 6h 
Ex: Transplante, cirurgia 
neurológica. 
Segundo o potencial de contaminação da cirurgia 
 Cirurgia Limpa: 
 
 São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de 
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e 
inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias 
eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem 
drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem 
penetração nos tratos digestivos, respiratório ou urinário. 
 
 Ex: artroplastia de quadril, mamoplastia. 
(relacionado à microbiota do tecido e às falhas técnicas) 
Classificação 
(Aguiar, 2015) 
Cirurgia 
Limpa 
Tecidos estéreis ou 
passíveis de 
descontaminação 
Na ausência de 
processo 
infeccioso ou 
inflamatório 
Ausência de 
falhas técnicas 
Cirurgia eletiva, 
atraumática 
com 
cicatrização de 
1ª intenção 
 Cirurgia potencialmente contaminada: 
 
 São aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora 
microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil 
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e 
inflamatório e com falhas técnicas discretas no trans-
operatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se 
nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivos, 
respiratório ou urinário sem contaminação significativa. 
 
 Ex: gastrectomia, colecistectomia com colangiografia 
Classificação 
Segundo o potencial de contaminação da cirurgia 
(relacionado à microbiota do tecido e às falhas técnicas) 
(Aguiar, 2015) 
Cirurgia 
Potencialmente 
contaminada 
Tecidos colonizados 
com flora pouco 
numerosa ou área 
de difícil 
descontaminação 
Ausência de 
processo 
infeccioso ou 
inflamatório 
Cirurgia limpas com 
drenagem 
Penetração nos 
tratos digestivos, 
respiratório, 
reprodutor e 
urinário sem 
contaminação 
significativa 
Falhas técnicas 
discretas no 
transoperatório 
 Cirurgia contaminada: 
 
 São aquelas realizadas em tecidos recentemente 
traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana 
abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, 
bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas 
técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Na 
presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de 
segunda intenção, ou grande contaminação a partir do tubo 
digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se incluem 
nesta categoria. 
 
 Ex: hemicolectomia, anastomose bileodigestiva. 
(relacionado à microbiota do tecido e às falhas técnicas) 
Classificação 
Segundo o potencial de contaminação da cirurgia 
(Aguiar, 2015) 
Cirurgia 
Contaminada 
Tecidos colonizados 
por flora abundante 
com descontaminação 
impossível 
Presença de 
inflamação aguda 
na incisão e 
cicatrização de 2ª 
intenção 
Grande 
contaminação a 
partir do tubo 
digestivo 
Obstrução 
biliar ou 
urinária 
Cirurgias com 
falhas técnicas 
grosseiras sem 
supuração local 
 Cirurgia infectada: 
 
 São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em 
qualquer tecido ou órgão, em presença de processo 
infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. 
 
 Ex: nefrectomia com abcesso, cirurgia do reto e ânus 
com secreção purulenta. 
(relacionado à microbiota do tecido e às falhas técnicas) 
Classificação 
Segundo o potencial de contaminação da cirurgia 
(Aguiar, 2015) 
Cirurgia 
Infectada 
Tecidos 
necróticos, corpos 
estranhos e 
feridas de origem 
suja 
Qualquer tecido 
ou órgão em 
presença de 
processo 
infeccioso 
(supuração local) 
Segundo a finalidade do tratamento cirúrgico 
 Tratamento paliativo: utilizado para compensar os 
distúrbios, melhorar as condições e aliviar a dor. 
 Ex: vagotomia. 
 
 Tratamento radical: empregado para remoção parcial 
ou total do órgão. 
 Ex nefrectomia. 
 
 Tratamento plástico: tem a finalidade estática ou 
corretiva. 
 Ex: rinoplastia, mamoplastia. 
Classificação 
 Tratamento reconstrutivo: tem a finalidade de 
reconstruir o tecido lesado e restabelecer sua capacidade 
funcional. 
 Ex: cirurgia reconstrutiva pélvica. 
 
 Tratamento diagnóstico: é a exploração de um 
determinado órgão para diagnóstico a ser confirmado 
 Ex biópsia de próstata, nódulo de mama. 
 
 Tratamento transplante: tem a finalidade de substituir 
órgão não funcionante. 
 Ex: transplante de córnea, medula. 
Classificação 
Segundo a finalidade do tratamento cirúrgico 
Finalidade 
da cirurgia 
Curativa – objetiva debelar a doença. 
Ex:apendicectomia, colicisstectomia 
Diagnóstica – objetiva confirmação 
diagnóstica. Ex: Laparotomia expl. e biopsia. 
Paliativa – atenua ou alivia o mal, mas 
não cura a doença. Ex: Gastrostomia 
Transplante – substitui órgãos ou 
estruturas não funcionantes.Plástica reconstrutiva – objetivo estético ou reparador. 
Ex: enxerto de pele, mamoplastia pós câncer 
Plástica construtiva – reestabelece a funcionalidade alterada em 
consequência de má formação. Ex: fissura palatina. 
Referência 
 Aguiar, Valéria. Enfermagem Cirúrgica. Enfconcursos. 
2015. Disponível em: < 
https://www.enfconcursos.com/uploads/cursos/2015/05/c
ursos_1431056376554c2ff883c87.pdf>. Acessado em: 07 
ago 2017. 
Obrigada!

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