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Classificação das cirurgia Profª. Ms Enf Celia Cristina Santos Introdução Cirurgia Consiste no conjunto de gestos manuais ou instrumentais, executado pelo cirurgião, que abrange a abertura ou não do corpo com a finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética. Classificação Segundo a urgência cirúrgica (Tempo entre a indicação e o ato cirúrgico) Cirurgia eletiva: tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar, podendo ser programada. Ex: mamoplastia. Cirurgia de urgência: tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48 horas. Ex: apendicectomia sem supuração. Cirurgia de emergência: tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma situação crítica (salvar a vida). Ex:Ferimento por arma de fogo. Eletiva / necessária Programada pelo paciente e há alteração funcional. Ex: prostatectomia por hiperplasia Opcional A decisão é do paciente e não há alteração funcional. Ex: cirurgia estética Urgência Realizada em 24 a 48 horas com preparo cirúrgico. Ex: Apendicectomia sem supuração. Emergência Realizada a qualquer momento sem preparo quando há risco de vida. Ex: Apendicectomia supurada Grau de urgência (Aguiar, 2015) Cirurgia de grande porte : grande probabilidade de perda de fluido e sangue. Ex: aneurisma Cirurgia de médio porte: média probabilidade de perda de fluido e sangue. Ex: ortopedia, urologia etc. Cirurgia de pequeno porte: pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Ex: Timpanoplastia Segundo o risco cardiológico (perda de fluidos e sangue na sua realização) Classificação (Aguiar, 2015) Grande porte •Grande probabilidade de perda de fluidos e sangue. • Ex: Aneurismectomia Médio porte •Média probabilidade de perda de fluidos e sangue. • Ex: Ortopedia, urologia. Pequeno porte • Pequena probabilidade de perda de fluidos e sangue. • Ex: Timpanoplastia, amigdalectomia. Risco cardíaco Segundo o tempo de duração do ato cirúrgico Cirurgia de porte I: Com o tempo de duração de 2 horas. Ex: rinoplastia. Cirurgia de porte II: Com o tempo de duração de 2 a 4 horas. Ex: gastrectomia. Cirurgia de porte III: Com o tempo de duração de 4 a 6 horas.Ex: craniotomia. Cirurgia de porte IV: Com tempo de duração acima de 6 horas. Ex: hepatectomia. Classificação Duração da cirurgia Cirurgia de Porte I – até 2h Ex: Rinoplastia, blefaroplastia, amigdalectomia, colecistectomia Cirurgia de Porte II – 2 a 4h Ex: Laparotomia exploradora, gastrectomia Cirurgia de Porte III – 4 a 6h Ex: Craniotomia, revascularização do miocárdio. Cirurgia de Porte IV > 6h Ex: Transplante, cirurgia neurológica. Segundo o potencial de contaminação da cirurgia Cirurgia Limpa: São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem penetração nos tratos digestivos, respiratório ou urinário. Ex: artroplastia de quadril, mamoplastia. (relacionado à microbiota do tecido e às falhas técnicas) Classificação (Aguiar, 2015) Cirurgia Limpa Tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação Na ausência de processo infeccioso ou inflamatório Ausência de falhas técnicas Cirurgia eletiva, atraumática com cicatrização de 1ª intenção Cirurgia potencialmente contaminada: São aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no trans- operatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivos, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Ex: gastrectomia, colecistectomia com colangiografia Classificação Segundo o potencial de contaminação da cirurgia (relacionado à microbiota do tecido e às falhas técnicas) (Aguiar, 2015) Cirurgia Potencialmente contaminada Tecidos colonizados com flora pouco numerosa ou área de difícil descontaminação Ausência de processo infeccioso ou inflamatório Cirurgia limpas com drenagem Penetração nos tratos digestivos, respiratório, reprodutor e urinário sem contaminação significativa Falhas técnicas discretas no transoperatório Cirurgia contaminada: São aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se incluem nesta categoria. Ex: hemicolectomia, anastomose bileodigestiva. (relacionado à microbiota do tecido e às falhas técnicas) Classificação Segundo o potencial de contaminação da cirurgia (Aguiar, 2015) Cirurgia Contaminada Tecidos colonizados por flora abundante com descontaminação impossível Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de 2ª intenção Grande contaminação a partir do tubo digestivo Obstrução biliar ou urinária Cirurgias com falhas técnicas grosseiras sem supuração local Cirurgia infectada: São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. Ex: nefrectomia com abcesso, cirurgia do reto e ânus com secreção purulenta. (relacionado à microbiota do tecido e às falhas técnicas) Classificação Segundo o potencial de contaminação da cirurgia (Aguiar, 2015) Cirurgia Infectada Tecidos necróticos, corpos estranhos e feridas de origem suja Qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local) Segundo a finalidade do tratamento cirúrgico Tratamento paliativo: utilizado para compensar os distúrbios, melhorar as condições e aliviar a dor. Ex: vagotomia. Tratamento radical: empregado para remoção parcial ou total do órgão. Ex nefrectomia. Tratamento plástico: tem a finalidade estática ou corretiva. Ex: rinoplastia, mamoplastia. Classificação Tratamento reconstrutivo: tem a finalidade de reconstruir o tecido lesado e restabelecer sua capacidade funcional. Ex: cirurgia reconstrutiva pélvica. Tratamento diagnóstico: é a exploração de um determinado órgão para diagnóstico a ser confirmado Ex biópsia de próstata, nódulo de mama. Tratamento transplante: tem a finalidade de substituir órgão não funcionante. Ex: transplante de córnea, medula. Classificação Segundo a finalidade do tratamento cirúrgico Finalidade da cirurgia Curativa – objetiva debelar a doença. Ex:apendicectomia, colicisstectomia Diagnóstica – objetiva confirmação diagnóstica. Ex: Laparotomia expl. e biopsia. Paliativa – atenua ou alivia o mal, mas não cura a doença. Ex: Gastrostomia Transplante – substitui órgãos ou estruturas não funcionantes.Plástica reconstrutiva – objetivo estético ou reparador. Ex: enxerto de pele, mamoplastia pós câncer Plástica construtiva – reestabelece a funcionalidade alterada em consequência de má formação. Ex: fissura palatina. Referência Aguiar, Valéria. Enfermagem Cirúrgica. Enfconcursos. 2015. Disponível em: < https://www.enfconcursos.com/uploads/cursos/2015/05/c ursos_1431056376554c2ff883c87.pdf>. Acessado em: 07 ago 2017. Obrigada!
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