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04 RECURSOS HÍDRICOS 11

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PLANEJAMENTO E OCUPAÇÃO
TERRITORIAL
RECURSOS HÍDRICOS E OCUPAÇÃO TERRITORIAL
RECURSOS HÍDRICOS
A água como substância está em toda parte, mas o recurso hídrico,
entendido como um bem econômico, é mais escasso.
Apenas 1% da água doce (que representam 2,8% do total no mundo -
Calotas polares, aquíferos, lagos e reservatórios - é aproveitável (0,007%
do total).
Total de água no mundo – 1,37 bilhão de km3
Século XX – Demanda de água aumentou seis vezes, superando em duas 
vezes o crescimento populacional.
Década de 90 – Oitenta países (40% da população mundial) tinham
problemas relacionados à carência de água, sendo em muitos casos isto
era um fator limitante para o desenvolvimento econômico e social.
ESTUDO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS
- Subsídios para a identificação e análise da qualidade ambiental de uma
bacia hidrográfica.
- Importante ferramenta na tomada de decisões sobre o planejamento
ambiental.
As diversas intervenções antrópicas podem provocar alterações na
dinâmica hidrológica e sedimentológica dos mananciais, contribuindo no
assoreamento e provocando alterações na fauna e flora aquáticas, entre
outros impactos.
Atividades humanas podem gerar resíduos e efluentes, que atingindo os
cursos de água provocam sua degradação e poluição
Dependo do tipo de solo e geologia local, contaminantes podem atingir as
águas subterrâneos, provocando sua poluição e inutilizando este precioso
recurso.
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
As águas que se infiltram no solo provocam o surgimento de duas zonas:
1 - Zona de aeração (movimento da água para baixo)
- água gravitacional (zona não saturada) ação principal da gravidade
- água capilar (zona intermediária) ação de forças capilares
2 - Zona saturada (movimento da água lateral)
- águas freáticas ou subterrâneas propriamente ditas (gravitativa)- águas freáticas ou subterrâneas propriamente ditas (gravitativa)
A espessura da zona saturada depende principalmente do clima, mas
também da topografia, podendo ter centenas de metros em áreas
montanhosas.
A espessura da zona de capilaridade depende do tipo de solo ou rocha,
podendo atingir a superfície.
Lençol Freático - É o nível que a água se encontra no subsolo,
tendendo a ser aproximadamente paralelo à superfície topográfica, mais
distante nas elevações e mais próximo nos vales.
Quando o lençol freático intercepta a superfície do terreno, formam-se
fontes e/ou cursos superficiais (córregos e rios).
A direção do fluxo de água subterrânea em profundidade não é paralelaA direção do fluxo de água subterrânea em profundidade não é paralela
à superfície freática, mas curva, convergindo a um ponto de descarga.
No litoral, a superfície freática mergulha em direção ao mar e o limite
entre a água subterrânea doce e a salgada mergulha em direção ao
continente a partir da costa, formando uma cunha de água salgada
chamada de intrusão salina.
Aquífero - Terrenos que armazenam água em quantidade e regularidade.
Livres - Sob pressão atmosférica. O lençol freático é a zona de saturação.
Confinados – Submetidos a pressões maiores que a atmosférica. São
separados da superfície do terreno por uma camada impermeável. A
pressão pode ser suficiente para a água num poço chegar à superfície
sem bombeamento (poço artesiano).
Nível piezométrico – Altura em que as águas artesianas chegam num
poço. Superfície onde a água estaria caso não houvesse a barreira
impermeável.
As águas subterrâneas representam 98% da água doce disponível do
planeta e desempenham um papel fundamental no abastecimento público
e privado em todo mundo.
Tipos de aquíferos: porosos, fraturados, cársticos
Um importante papel exercido pelas águas subterrâneas é a descarga em
cursos superficiais (fluxo de base), permitindo manutenção destes em
épocas de seca.
A excelente qualidade natural, aliada ao baixo custo tem justificado o
crescente uso deste recurso mesmo em áreas com excedente hídrico.
INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES HUMANASINFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES HUMANAS
Extração intensiva – Bombeamentos em poços causam a descida do nível
freático, caso não haja um equilíbrio entre a extração e a recarga
(capacidade de reposição de água).
As principais consequências deste desequilíbrio são a redução da
capacidade produtiva, indução de fluxos laterais de águas salinas (litoral)
ou de pior qualidade, drenagem corpos de água e subsidências.
Superexploração (Lima, Peru)
Extração desmedida e contaminação
Extração desmedida e subsidência (Cidade do México)
1910 1995
Intrusão salina
CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA SUBTERÂNEA
A excelente qualidade física e química das águas subterrâneas as tornam
aptas para o consumo humano mesmo sem tratamento.
A contaminação ocorre quando alguma alteração nas características da
água colocam em risco a saúde e o bem estar do ser humano.
Nitratos – Grande mobilidade (fossas, fertilizantes nitrogenados)
Metais pesados – Toxidade (baixa mobilidade)Metais pesados – Toxidade (baixa mobilidade)
Compostos orgânicos sintéticos – Alta toxidade (indústrias)
Halogenados – Alta toxidade (mais densos que a água, solventes)
Hidrocarbonetos – Alta toxidade e persistência (menos densos)
Pequenas quantidades destes líquidos podem gerar grandes volumes de 
aquíferos contaminados (plumas contaminantes).
Microorganismos patogênicos – Coliformes, bactérias, vírus.
Mecanismo naturais - Interação água-rocha (Fe, Mn, F e metais
pesados). Ocorre quando estes elementos estão em concentração
elevada nas rochas e as condições ambientais propiciam sua
solubilização.
O solo participa ativamente da atenuação de muitos, mas não todosO solo participa ativamente da atenuação de muitos, mas não todos
contaminantes da água subterrânea.
A atenuação dos contaminantes não é a mesma para todos aquíferos,
devido às características litológicas e hidráulicas da zona não saturada.
Vulnerabilidade à poluição de um aqüífero é característica intrínseca que
determina a sensibilidade do aqüífero em ser contaminado.
CAUSAS ANTRÓPICAS DA POLUIÇÃO DE AQUÍFEROS
Áreas urbanas sem rede de esgoto – Efluentes domésticos possuem
elevadas concentrações de carbono orgânico, cloretos, nitrogênio
sódio, magnésio, sulfatos e alguns metais.
Compostos nitrogenados nos dejetos humanos podem provocar uma
persistente e extensa contaminação em aquíferos em zonas urbanas
e peri-urbanas. Água negra e água cinza.e peri-urbanas. Água negra e água cinza.
Atividades industriais – Quando ao efluentes líquidos, sólidos e
gasosos são depositados ou estocados incorretamente, estes podem
contaminar o solo e a água subterrânea.
A utilização de lagoas de estocagem com base impermeabilizada por
compactação pode ser adotada, mas este procedimento pode não ser
capaz de evitar a infiltração.
Metrópoles – Grande demanda e geração de efluentes
Atividades industriais
Resíduos sólidos – Quando a deposição de resíduos é feita sem controle
ou técnicas adequadas, a água subterrânea será contaminada.
Os aterros sanitários devem ser bem localizados em relação aos
aquíferos e corpos de água superficial e ser bem impermeabilizados de
forma a evitar a contaminação pelo chorume gerado nos resíduos
domésticos.
Atividades agrícolas – O uso de fertilizantes inorgânicos pode gerar
excesso de sais, compostos nitrogenados e outros produtos que,
mobilizados pela água, se infiltram e atingem as águas freáticas.
Os agrotóxicos (herbicidas, inseticidas, fungicidas, etc.) ainda têm
comportamento pouco conhecido, mas também apresentam riscos de
contaminação. Organoclorados e organofosforados.
Atividades agrícolas 
Extrativismo mineral – Minerais metálicos, petróleo/gás e não metálicos
solúveis, pelas características de solubilidade e toxidade ou por estarem
associados a processos de beneficiamentoque geram ou substâncias
perigosas.
A mineração, ao alterar as características topográficas e o regime
hidrogeológico (rebaixamento de aquíferos), aumenta a vulnerabilidade
das águas subterrâneas.das águas subterrâneas.
Acidentes ambientais – Vazamento em tanques de combustível
enterrados são frequentes em áreas urbanas e podem originar plumas de
contaminação.
Acidentes com veículos que transportam substâncias tóxicas ou perigosas
tembém podem gerar contaminação de águas superficiais e subterrâneas.
Ciclo Hidrológico Natural
O Ciclo Hidrológico Urbano 
PROTEÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
- Assegurando a quantidade
Estabelecer o volume explotável de um aqüífero sem que isto esgote o
recurso, considerando reservas permanente, reguladora e explotável.
- Assegurando a qualidade
Restrições a partir de cartas de vulnerabilidade de aqüíferos.
Estabelecimento de zonas ao redor dos pontos de extração, com diferentes
graus de restrição (PPP).
VULNERABILIDADE DE AQUÍFEROS
- Definição do risco de poluição das águas subterrâneas,
- Identificação da carga poluente que é, será ou poderá ser aplicada no solo
como resultado da atividade humana.
Índice Drastic - Sistema padronizado de avaliação da vulnerabilidade
natural de aqüíferos em relação à poluição, auxiliando na alocação de
recursos e na priorização das diversas atividades relacionadas às águas
subterrâneas.
Considera sete componentes hidrogeológicas aos quais são atribuídos
números (r) de 1 a 10:
D - Profundidade do nível freático; R - Recarga ao aqüífero; A - Litologia do
aqüífero; S - Tipo de solo; T - Topografia do local; I - Textura da zona
vadosa; C - Condutividade hidráulica do aqüífero
Índice God - A vulnerabilidade do aqüífero é função da inacessibilidade
hidráulica para penetração de contaminantes e da capacidade de
atenuação dos estratos acima da zona saturada do aqüífero, como
resultado de sua retenção física e reações químicas com o contaminante.
ÁGUAS SUPERFICIAIS
Formas lineares (rios) e pontuais (fontes, poços)
Fluxo dos rios - A água dos rios provem não apenas do escoamento
superficial, das precipitações e das nascentes, mas também do fluxo
subterrâneo (de base), que chega aos rios movendo-se através dos
solos.
A descarga fluvial (vazão) é o volume de água em um rio que flui por umA descarga fluvial (vazão) é o volume de água em um rio que flui por um
determinado ponto durante um certo tempo.
Rios perenes em zonas úmidas
Contribuição dos aquíferos
Rios intermitentes em zonas secas
Alimentam os aquíferos
Balanço Hídrico – É o resultado da quantidade de água que entra e sai de
uma certa bacia hidrográfica ou região.
P = E + Q + R + U
P = precipitação;
E = evaporação;
Q = descarga, escoamento;
R = reserva, armazenamento;R = reserva, armazenamento;
U = uso, consumo.
P + I – ET – R ± D ±∆A = 0
Sendo P a precipitação, I a irrigação, ET a evapotranspiração, R o 
escoamento superficial da água, D a drenagem profunda e ∆A a variação 
da água armazenada no solo. (Balanço Hídrico de Thornthwaite e Mather)
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
- Características morfológicas do curso (cabeceira, alto curso, curso médio,
foz, etc.).
- Características hidrológicas do curso (vazão, velocidade de corrente,
deflúvios).
- Características químicas das águas (classes de qualidade das águas).
- Elementos zoológicos ou botânicos presentes.
Em estudos ambientais as bacias hidrográficas são a unidade de análise
fundamental.
A cartografia de águas superficiais é feita a partir de mapas topográficos,
fotos aéreas e trabalhos de campo.
No âmbito do desenvolvimento sustentável, o manejo sustentável dos
recursos hídricos compreende as ações que visam garantir os padrões
de qualidade e quantidade da água dentro da sua unidade de
conservação, a bacia hidrográfica.
No entanto, abastecimento de grandes áreas metropolitanas exige que a
água seja trazida de regiões cada vez mais distantes, onerando e
comprometendo os recursos hídricos.comprometendo os recursos hídricos.
Ao mesmo tempo, os rios têm servido de receptores de esgoto urbano,
lixo e de efluentes agro-industriais, não tendo capacidade para depurar
estes contaminantes e restituir seu equilíbrio natural.
Soma-se a estes aspectos a redução da vazão dos rios pela extração e
derivação de grandes volume de água.
Rios – receptores de lançamento de esgotos, lixo e efluentes
Diminuição da vazão dos rios – aumento da contaminação por queda da
capacidade depurativa
PADRÃO DE POTABILIDADE
Definido por legislações federal e estadual.
Indica limites máximos físicos, químicos e biológicos permitidos (homem).
Critérios de saúde (toxidade, carcinogenicidade e mutagenicidade) e
estéticos (organolépticas - características dos objetos que podem ser
percebidas pelos sentidos humanos).
Portaria 1469/2001 do Ministério da Saúde - Rege as normas sobre a
qualidade da água para o consumo humano.
Resolução CONAMA nº 20/86 - Estabelece a classificação das águas
segundo os níveis de qualidade.
A quantidade de produtos químicos comercializados atualmente supera
em muito as substâncias analisadas quanto ao risco à saúde e ambiente.
No Brasil, os corpos d’água são classificados em cinco classes, segundo
sua qualidade bio-físico-química, limitadas pela concentração de
contaminantes presentes, sendo uma classe especial (águas
subterrâneas).
IQA - Índice de qualidade das águas
A partir de um estudo realizado em 1970 pela "National Sanitation
Foundation" dos Estados Unidos, a CETESB adaptou e desenvolveu o
IQA - Índice de Qualidade das Águas, que incorpora 9 parâmetros
considerados relevantes para a avaliação da qualidade das águas, tendo
como determinante principal a utilização das mesmas para
abastecimento público.abastecimento público.
- turbidez 
- pH 
- coliformes fecais
- oxigênio dissolvido (OD)
- demanda bioquímica de oxigênio (DBO)
- nitrogênio total 
- fósforo total 
- sólidos totais 
- temperatura
O IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades de água
correspondentes aos parâmetros
IQA : Índice de Qualidade das Águas, um número entre 0 e 100;
qi : qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100, obtido da
que:
respectiva "curva média de variação de qualidade", em função de sua
concentração ou medida;
wi : peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1,
atribuído em função da sua importância para a conformação global de qualidade
n : número de parâmetros que entram no cálculo do IQA 
IQA - Curvas Padrão
Categoria Ponderação
Ótima 79 < IQA ≤ 100
A partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas
brutas, que é indicada pelo IQA, variando numa escala de 0 a 100,
conforme tabela a seguir.
Boa 51 < IQA ≤ 79
Regular 36 < IQA ≤ 51
Ruim 19 < IQA ≤ 36
Péssima IQA ≤ 19
Mapas indicando recursos hídricos ou parâmetros relacionados podem
ser elaborados de várias formas, desde os mais simples, indicando
alguns parâmetros de qualidade de águas superficiais e de uso mais
generalizado, a mapas mais complexos, indicando potencial de aqüíferos
e diversos parâmetros de qualidade ou indicadores de quantidade, de
uso por especialistas.
Os mapas de recursos hídricos podem retratar as condições hidrológicas
superficiais, tais como vazão e qualidade dos cursos de água, esta
tomando como base índices estabelecidos por parâmetros físico-
químicos e bacteriológicos, ou podem enfocar as condições
hidrogeológicas (características físicas e geométricas dos aqüíferos) e
das águas subterrâneas (características físico-químicas das águas).
O ESBOÇO DOS RECURSOS HÍDRICOS DAREGIÃO METROPOLITANADE FORTALEZA (BRANDÃO, 1995).
MAPA DAS UNIDADES HIDROGEOLÓGICAS DA REGIÃO 
METROPOLITANA DE CAMPINAS (YOSHINAGAPEREIRA, 1997)
LEGISLAÇÃO SOBRE AS ÁGUAS
Decreto n.°24.643 (10 /07/1934) - Decreta o Código de Águas;
Resolução CONAMA n.° 20 (18/03/1986) - Estabelece Classificação das
Águas Doces, Salobras e Salinas do Território Nacional;
Lei 9.433/Lei das Águas (08 /01/1997) - Institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos e Cria o Sistema Nacional de Gerenciamento deRecursos Hídricos e Cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos;
Decreto nº 2.612 (03/06/1998) - Regulamenta o Conselho Nacional de
Recursos Hídricos.
Lei 9.984 (17 /07/2000) - Cria a Agência Nacional de Águas - ANA, para
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e coordenação
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
A Lei das Águas estabelece os seguintes fundamentos:
I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o
consumo humano e a dessedentação de animais;
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso
múltiplo das águas;
V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da
Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional
de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar
com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
LEI 9.433, Art. 4 - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar
e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela
utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
O uso gratuito dos recursos naturais representa um enriquecimento
ilegítimo do usuário e o poluidor que usa gratuitamente o meio ambiente
para nele lançar os poluentes invade a propriedade pessoal de todos os
outros.
O objetivo de cobrança pelo uso da água é um instrumento de gestão e
planejamento dos recursos hídricos. Tendo que se pagar pela uso da
água, imediatamente gasta-se menos e adotam-se medidas que
busquem a redução do consumo.
Usos sujeitos à cobrança em nível federal:
- Derivação ou captação;
- Extração de água de aqüífero subterrâneo;
- Lançamento de efluentes em corpo de água;
- Para fins hidrelétricos;
- Outros usos que alterem a água em quantidade e qualidade.
Outorga de direito de uso da águaOutorga de direito de uso da água
A outorga de direito de uso dos recursos hídricos é um instrumento pelo
qual o usuário recebe autorização ou concessão, para fazer uso da
água.
Dependerá da outorga do uso da água qualquer empreendimento ou
atividade que altere as condições quantitativas e qualitativas, ou ambas,
das águas superficiais ou subterrâneas.
Conforme as disposições da ANA, a partir da remessa do pedido de
outorga de direito de uso da água, o procedimento técnico de análise
segue as seguintes etapas:
1 - Avaliação da compatibilidade entre a demanda apresentada pelo
usuário e os usos para os quais se destinam;
2 - Avaliação da disponibilidade hídrica em termos quantitativos e2 - Avaliação da disponibilidade hídrica em termos quantitativos e
qualitativos no local do empreendimento;
3 - Avaliação do impacto do novo uso no recurso hídrico;
4 - Elaboração de recomendações para o uso a serem expressas na
outorga.
A Lei das Águas, instituiu também o Sistema Nacional de Gerenciamento 
dos Recursos Hídricos.
ESTADO - INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS - IGAM
Autarquia estadual responsável por planejar e promover ações
direcionadas à preservação da quantidade e da qualidade das águas de
Minas Gerais.
O gerenciamento é feito por meio da concessão de outorga de direito de
uso da água, do monitoramento da qualidade das águas superficiais e
subterrâneas do Estado, dos planos de recursos hídricos, bem como dasubterrâneas do Estado, dos planos de recursos hídricos, bem como da
consolidação de Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs) e Agências de
Bacia.
O IGAM é vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (SEMAD). No âmbito federal, o órgão
integra o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos
(SINGREH).
COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Os Comitês de Bacia constituem-se na base do Sistema de
Gerenciamento. Nestes fóruns são promovidos os debates sobre as
questões relacionadas à gestão dos recursos hídricos tendo atribuições
normativas, consultivas e deliberativas.
Os Comitês são constituídos por representantes dos poderes públicos,Os Comitês são constituídos por representantes dos poderes públicos,
dos usuários das águas e das organizações civis com ações
desenvolvidas para a recuperação e conservação do meio ambiente e dos
recursos hídricos em uma determinada bacia hidrográfica.
Sua criação formal depende de autorização do Conselho Nacional de
Recursos Hídricos.
Em Minas Gerais, os comitês são instituídos por ato do Governador do
Estado. Existem 34 comitês instituídos e duas comissões pró-comitês.
Dentre as principais competências dos comitês destacam-se:
- Arbitrar os conflitos relacionados aos recursos hídricos naquela bacia
hidrográfica.
- Aprovar o Plano de Recursos Hídricos.
- Acompanhar a execução do Plano e sugerir as providências
necessárias ao cumprimento de suas metas.necessárias ao cumprimento de suas metas.
- Estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos
e sugerir os valores a serem cobrados.
- Definir os investimentos a serem implementados com a aplicação dos
recursos da cobrança.
AGÊNCIAS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
As agências de bacia hidrográfica são entidades jurídicas de direito
privado, com autonomia financeira e administrativa, que atuam como
unidades executivas descentralizadas de apoio a um ou mais comitês de
bacia hidrográfica e respondem pelo seu suporte administrativo, técnico
e financeiro.
É a arrecadação feita por meio da cobrança que suportará as despesas
de implantação, custeio para manutenção técnica e administrativa das
agências, a médio e longo prazo.
No Estado de Minas Gerais, há duas entidades que desempenham a
função de agência de bacia: a Agência PCJ e a Associação Pró-Gestão
das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul - AGEVAP.
BIBLIOGRAFIA
Crósta, A. (Tradução e adaptação) Os recursos físicos da Terra Bloco 4 
Recursos hídricos. Editora da UNICAMP, Campinas, 2000. 
MOPT Guia para elaboración de estudios del medio físico. Ministério de 
Obras Públicas y Transporte. Espanha, 1992.
Teixeira et al (Organizadores) Decifrando a Terra. Cia Editora Nacional, 
São Paulo, 2008.São Paulo, 2008.
http://www.igam.mg.gov.br

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