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ATIVIDADES LÚDICAS COMO RECURSO METODOLOGICO FRENTE AO PROCESSO DE ENSINO DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor: CAMARGO, Jamir dos Santos. [1: Graduando em Licenciatura em Matemática do Centro Universitário Internacional UNINTER- 2017.]
RU: 1169931
Orientação: KUHLKAM, Moacir Cesar.[2: Professor e Orientador do Centro Universitário Internacional UNINTER.]
RESUMO
O processo de Aprendizagem da criança segundo Vygotsky é de fundamental importância em seu desenvolvimento, e no que tange a aprendizagem é importante que a mesma seja considerada um sujeito ativo nesse processo cognitivo que a envolve. Pensando nisso os métodos e manejos utilizados no ambiente escolar para esse desenvolvimento é considerado um fator preponderante para a eficácia do trabalho realizado. Com isso buscou-se identificar por meio de uma análise bibliográfica, as principais características dos jogos lúdicos, como, recurso metodológico no ensino da matemática da educação fundamental. De modo a buscar uma maior compreensão, quanto os benefícios das atividades lúdicas para o processo de aprendizagem e eficaz do trabalho dos educadores dessa área. Este trabalho surge como proposta da disciplina de produção cientifica de Conclusão de Curso, aplicada pela Instituição UNINTER – Campus Paranavaí. Dividiu-se a investigação literária em três momentos: i) busca por conceitos relativos à Educação e aprendizagem; ii) construção sobre o jogos, o brincar e brincadeiras; iii) análise quanto a leitura realizada e considerações finais quanto às discussões encontradas na pesquisa bibliográfica. O trabalho foi baseado em artigos e livros sobre o tema; Com isso chegamos a conclusão que, a utilização dos jogos tem sido discreta por parte dos professores, e esse recurso pode beneficiar a fixação de conteúdos e o limiar de atenção dos alunos, a fim de criar junto ao corpo escolar a percepção da necessidade do brincar, como forma de estimulação e proximidade entre os estudantes e o aprender. 
PALAVRAS‐CHAVE: Aprender matemático, Jogos Lúdico, Eficácia Metodológica. 
1.INTRODUÇÃO
Durante o planejamento familiar, muitos brinquedos são acrescidos a enxovais e moveis como parte da organização e desenvolvimento da rotina da criança. Após o nascimento do bebê todos os anos do seu desenvolvimento são guiados por formas sonoras e manuais de comunicação, bem como, de atividades lúdicas estimuladoras para o seu desenvolvimento.
Bonecas de pano, brinquedos com sons de animais, livros sensoriais são introduzidos na rotina da criança e muitas vezes até objetos do dia a dia da família, como panelas e colheres que produzem sons diferenciados e servem de estímulos. Esse processo de brincadeiras e brinquedos como forma de desenvolvimento se estende por toda a infância.
Entretanto quando se pensa na criança no campo acadêmico, por vezes o aprender somente é percebido a partir das atividades pedagógicas e metodológicas do processo ensino/ aprendizagem. No que tange o ensino da matemática, tais questionamentos são ainda mais insidiosos desde os anos iniciais, aos finais do ensino fundamental e até mesmo os anos de ensino médio, trazem na maioria das vezes a justificativa metodológica metódica, pela inflexibilidade de fórmulas matemáticas e nos resultados objetivos do ensino, por conta disso, percebe-se, a dificuldade dos educadores matemáticos em prender a atenção dos alunos em sala de aula e como se esforção para proporcionar uma diversificação metodológica para que os alunos consigam aprender matemática.
 Desse modo, este projeto teve como questionamento após a observação da dinâmica escolar durante o estágio supervisionado no ensino fundamental: como os jogos lúdicos, estão sendo utilizados para estimular o aprendizado da disciplina de matemática no Ensino Fundamental?
	Essa pesquisa bibliográfica permitiu um aprofundamento nos conteúdos referentes à aprendizagem da matemática, tendo como justificativa, a importância de promover estudos que permita perceber o quão rico pode ser o aprendizado de conceitos matemáticos, à partir da utilização de jogos lúdicos, bem como, demonstrar como a educação matemática pode ser humanizada e facilmente relacionada com conteúdos do dia a dia da criança, proporcionando a compreensão não só de conhecimentos matemáticos, como de valores, práticas sociais e desenvolvimento como cidadão. 
	Além disso, está pesquisa também tem como justificativa o desenvolvimento da prática de produção da escrita científica aos alunos do Curso de Licenciatura em Matemática. Esta, com a intensão de proporcionar aos futuros profissionais da área de educação, em especial aos educadores matemáticos, mais recursos de pesquisa e entendimento da prática e produção de conhecimento científico, no intuito de enriquecer o seu desenvolvimento educacional.
	 O objetivo deste projeto foi analisar como os jogos lúdicos estão sendo utilizados na metodologia e aprendizado da matemática no ensino fundamental. Para reforçar o objetivo acima, fez-se necessário apontar detalhes sobre a educação fundamental, compreender a definição de jogos nas produções científica sobre o tema e descrever como a prática de jogos lúdicos pode ser comum no meio educacional.
Com isso, no primeiro capítulo foi descrito características da educação fundamental, o capítulo seguinte apresenta as características dos jogos lúdicos, têm-se também, a metodologia cientifica, analise de dados e por fim as considerações finais e referências.
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CARACTERISTICAS DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL 
A partir da pesquisa bibliográfica, percebeu-se que a concepção de infância foi ganhando significado ao longo do tempo, com isso a importância da educação e aprendizado dessa criança também. 
Ao longo da história, a família foi considerada a matriz educativa da criança. Cartaxo (2012, p 31), “descreve que na década de 20, a família era a única responsável pelos cuidados com a criança, a fim de que ela crescesse e assumisse seu papel social no mundo”. Dado a importância da evolução histórica da sociedade, os cuidados com a criança, ou, os cuidadores das mesmas evoluíram com ela.
Com a entrada da mulher no mercado de trabalho durante o processo de industrialização, a criança passou a ser cuidada por terceiros e os pais ficaram apenas com o papel de sustentar as necessidades básicas da família, mais tarde com a revolução industrial, as indústrias passaram a necessitar ainda mais de mão de obra, e os pais passaram a ficar mais tempo no trabalho e com isso a princípio, as crianças eram cuidadas por entidades religiosas, mas gradativamente as instituições formais foram sendo inseridas na sociedade (CARTAXO, 2012).
Para Cartaxo apud Faria (2012, p. 35) “inicialmente os atendimentos das crianças, visavam à diminuição da pobreza e a mortalidade infantil”, tendo em vista que o público principal das instituições eram filhos dos trabalhadores. As instituições surgem como substitutas das relações domésticas, essa percepção assistencialista das mesmas, perdurou por muitos anos, porém atualmente, busca ser superada pelas novas políticas de atendimento na educação infantil, tendo em vista que hoje a mesma é uma alternativa a todas as classes que dela precisar.
 No Brasil com a lei nº 5.692/71, ao fixar as leis de diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, o governo militar reformou o ensino primário e secundário. Essa lei criava a nomenclatura do ensino como 1º grau, com duração de oito anos, criado a partir da junção do antigo curso primário e do ciclo ginasial do ensino médio, essa união eliminou dos pontos do antigo sistema, o qual mediava à evolução do aluno, a partir da passagem do mesmo do primário ao ginasial. A lei de diretrizes transformou ainda o ensino de 2º grau, dividindo o mesmo em caráter profissionalizante e técnico (ROMANELLI, 1992).
Atualmente segundo a Secretaria de Educação Básica (2004), percebe-se que, das crianças em idade escolar, 3,6% ainda não estão matriculadas. Entre aquelas que estão na escola, 21,7% estão repetindoa mesma série e apenas 51% concluirão o Ensino Fundamental, fazendo-o em 10,2 anos em média.
Com isso, se faz importante evidenciar que, a Lei nº 5.692 estendeu a obrigatoriedade para oito anos. Já em 1996, a LDB sinalizou para um ensino obrigatório de nove anos, a iniciar-se aos seis anos de idade. Este se tornou meta da educação nacional pela Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001.
Com a introdução da educação de 9 anos, o ensino fundamental, ganhou visibilidade e espaço entre os comentários e cuidados da sociedade brasileira, esse cuidado teve um olhar especial para a didática e espaço ofertado aos alunos. 	Seguindo esse conceito vale ser ressaltada que, para Martins apud Veiga (2012 p. 42), faz-se necessário um olhar mais atento a intencionalidade educativa, presente no ensino, pois a mesma é indicadora de concepções, isso porque para o autor, intencionalidade “é definida como o método a ser percorrido e os veículos através dos quais se produz conhecimento”. 
Assim, o autor supracitado descreve que, o método a partir de então, se tornou um elemento sistematizador do processo de ensino, sendo este determinante quando diz respeito ao tipo de interação a ser estabelecida entre o professor e o aluno. Pensando nessa descrição, é significativo ser ressaltado, que, um dos métodos hoje sugeridos para o ensino da matemática no ensino fundamental, é a partir de jogos e brincadeiras, as quais permitam a interação direta entre aluno-professor- conteúdo.
Além das ideais sobre os espaços educacionais, é importante o conhecimento de uma teoria de aprendizagem que busque nortear os trabalhos dos educadores, e uma das teorias significativas na história da educação foi a criada por Vygotsky, este, segundo Oliveira (2011, p.42) “teve uma preocupação com o contexto sociocultural da criança, que para ele é fundamental para o seu desenvolvimento”, com isso, dava ênfase à experiências, principalmente por considerar um sujeito ativo no processo de seu desenvolvimento cognitivo. 
Essa percepção Vygotiskiana, coloca o desenvolvimento da criança diretamente ligado ao seu ambiente e interação social, Francisco Apud Vygotsky (2008, p 16) coloca que:
O ponto de partida dessa discussão, é o fato de que o aprendizado das crianças começa muito antes delas frequentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado, com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia. Por exemplo, as crianças começam a estudar aritmética na escola, mas muito antes elas tiveram alguma experiência com quantidades – elas tiveram que lidar com operações de divisão, adição, subtração, e determinação de tamanho. Consequentemente, as crianças têm a sua própria aritmética pré-escolar, que somente psicólogos míopes podem ignorar. 
Para Oliveira (2011, p. 48), “Vygotsky não considerava apenas um conceito de desenvolvimento, com isso embasou seu estudo em três níveis: o Desenvolvimento real, o desenvolvimento potencial e a Zona de Desenvolvimento Proximal”.
Francisco apud Vygotsky (2008, p. 36), coloca que:
O nível de desenvolvimento real, “refere-se às atividades que o indivíduo já tem domínio, ou seja, aquela aprendizagem que o mesmo já se apropriou. As funções psicológicas que fazem parte desse nível são aquelas que já estão bem estabelecidas até o momento, portanto, são as etapas já alcançadas pelo indivíduo até o momento atual. A autora coloca ainda que, o nível de desenvolvimento potencial, é aquilo que o indivíduo só é capaz de realizar com a ajuda de outros, com pistas, instruções e assistência. A característica dessa fase é a capacidade de aprender com o outro. Por fim, a autora descreve a zona de desenvolvimento proximal que é, um domínio psicológico em constante transformação: daquilo que hoje a criança é capaz de fazer somente com a ajuda dos adultos e amanhã conseguirá fazer sozinha”.
 
Juntamente com o conceito de Zona de desenvolvimento proximal, Vygotsky traz a linguagem como ponto significativo no desenvolvimento da aprendizagem, segundo Oliveira apud Shafer (2011 ,p. 49),” a linguagem no ponto de vista do autor é uma forma de transmissão de modelos culturais e uma ferramenta de adaptação intelectual em si mesma”.
Com isso, vale salientar que para a teoria Vygotiskiana, o desenvolvimento das crianças varia de uma determinada cultura para a outra, tendo em vista que a mesma depende das relações sociais para o seu desenvolvimento saudável (OLIVEIRA, 2011).
Com tudo, ao observarmos a teoria acima descrita, percebe-se que, a grande necessidade dos autores foi de levar em consideração todos os âmbitos do ser humano, no processo de aprendizagem.
Em sua Teoria Vygotsky procura deixar claro que, o sujeito é um ser ativo no processo de aprender e que, o mesmo não acontece de maneira automática. Essa capacidade na maioria das vezes explicariam a possibilidade e a capacidade do ser humano, em buscar novos horizontes e ultrapassar desafios.
	O fazer-se conhecer como as crianças aprendem, é necessário para o processo e escolha de métodos de trabalhar com estas crianças e adolescentes. Com isso pensar no lúdico como forma de interação entre o sujeito e o meio, traz a luz discussões de qual o benefício desse envolvimento para a criança e o aprendizado de disciplinas básicas na rotina da criança.
Assim, o próximo tópico deste trabalho apresenta ideias, conceitos e produções, acerca dos jogos lúdicos e a aprendizagem da matemática, isso levando em consideração as explicações acima de que o aluno, já vem com um conhecimento matemático prévio advindo das suas experiências e relações sociais.
2.2. JOGOS LÚDICOS
No começo, o brincar ou jogos no ensino da matemática passou a fazer parte desse processo de desenvolvimento e crescimento das crianças, a partir do século XX, mediado pelo defensor desse trabalho Felix Klein e no Brasil por Euclides Roxo. De modo que para as crianças, o jogo é o meio mais estimulador da inteligência, pois permite que elas possam se organizar a fim de satisfazer seus desejos e superar desafios. Para Pimenta (2011, p. 23), “o jogo trabalha o controle dos impulsos, a aceitação de regras e o movimento entre o mundo de imaginação infantil e a vida social real”.
Os jogos que tiveram início de um modo adulto, nas olimpíadas no ano de 1896 na Grécia antiga, com a intenção de superar seus limites, explorando as mais diferentes modalidades, a fim de conseguir o status de heróis, também começaram a fazer parte da vida escolar das crianças. Entretanto, o mesmo tem como função ser, um meio modelador do desenvolvimento infantil e não se apresenta com a intenção de superação e competitividade. Diferentemente do brinquedo e da brincadeira, o jogo traz em si regras claras e que devem ser seguidas para o desenvolvimento da brincadeira. Francisco apud Kishimoto (2008, p. 41) escreve que “todo jogo acontece em um tempo e espaço, com uma sequência própria da brincadeira”. Estas regras podem ser implícitas como, nas brincadeiras de faz de conta ou explicita como nos jogos de futebol.
Houve um tempo em que os jogos eram vistos apenas como atividades recreativas e de diversão, e por este motivo não poderia ser um instrumento facilitador de aprendizagem. Entretanto, percebe-se ao longo da história que o lúdico sempre fez parte do processo de educação. Para refutar a informação supracitada Martinelli (2016 p.20), descreve que:
Os gregos, como Platão, já defendiam a importância de aprender matemática de forma atrativa, e para isso indicava os jogos. 
Os egípcios, romanos e maias aproveitavam-se do jogo para trabalhar a formação de valores, conhecimentos, normas, padrões de vida, etc.
Rebelais, no século XVI, Rousseau, no século XVIII, Froebel, no século XIX, já apontavam a importância dos jogos como forma de conduzir a aprendizagem de maneira eficiente.
Assim como muitos colegas, historiadores e educadores defendiam o uso de jogos na educação, de acordo com Martinelli (2016), Piaget e Vygotisky também destacou de modo especial, à utilização de jogos em suas teorias. Segundo o autor, para Piaget os métodosde educação, exigia que se fornecesse a criança um material conveniente durante os jogos, para que, o mesmo conseguisse assimilar a realidade intelectual em comunhão com a inteligência infantil. Ao passo que para Vygotisky por haver uma relação similar entre brinquedo-desenvolvimento e instrução-desenvolvimento, o brinquedo poderia fornecer estrutura básica para mudanças na criança.
Segundo Barros (2012), algumas atividades que podem ser vistas ao longo dos anos escolares são: Cabo de guerra, Dinâmicas de grupo para crianças; Brincadeiras com bambolê; Musicas infantil; Pinturas com as mãos; Cruzadinhas e Bingo; Teatrinho e Peças infantis; Pular corda; Amarelinha; Caça ao tesouro; Esconde- esconde; etc. Essas atividades permitem ao professor estimular os alunos de forma lúdica, de modo que possibilite o desenvolvimento psicomotor, emocional e psicológico da criança. 
A partir das pesquisas quanto a influencia dos jogos e recreação na educação das crianças, pode ser percebido que de um modo geral, a maioria das produções trazem o brincar, direcionado a uma intencionalidade, de modo que, consiga convencer os leitores, sobre a importância da ludicidade para o aprendizado infantil, bem como a necessidade de um olhar contemporâneo para com a criança, para o professor, e para a escola diante desse novo método de ensinar e estimular para a vida em sociedade. 
Martinelli apud Diniz e Milani (2016), descreve que, os jogos em matemática possibilita o desenvolvimento de habilidades como: observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização.
Segundo o autor supracitado nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática, os jogos podem ser usados, a fim de que o professor possa avaliar os alunos nos itens: compreensão, possibilidade de descrição e estratégia utilizada na resolução de problemas.
Cardozzo e Viera (2007, p. 100) colocam que, “a atenção dos professores e supervisores, pode ajudar a revelar mais sobre a natureza e extensão das dificuldades das crianças”, ou seja, quando o mesmo usa como metodologia os jogos e recreações, ele traz para o campo educacional, uma ferramenta capaz de captar toda a natureza da criança á partir de um instrumento estimulador e prazeroso. 
Com isso, se faz necessário conhecer o universo lúdico e ao se fazer conhecer as atividades lúdicas, entra-se em um método de diferentes atividades, classifica-se como atividades lúdicas: os jogos, as brincadeiras e os brinquedos. Cada uma das instancias acima citadas, tem um significado diferente e traz para o aluno e seu aprendizado uma infinidade de formas de aprender e se inserir no contexto social. 
Ao procurar a definição de Brinquedo no dicionário Aurélio (2004), o mesmo aparece com significado de “Objeto para brincar”. O brinquedo, como descrito é algo concreto, que manuseado pelo aluno tem a função de estimular a imaginação, a atenção, a psicomotricidade e memória. Exemplos de brinquedos são: as peças de um jogo de xadrez, as bonecas e panelinhas durante uma brincadeira de casinha, pedrinhas ou canudos que ajudem no ensino e no aprendizado das frações por exemplo.
A brincadeira por sua vez vem significada no dicionário Aurélio (2004), como “ ato de brincar, se divertir”, as brincadeiras nem sempre são acompanhadas por brinquedos, ela pode vir de estímulos externos e internos que fazem com que as crianças foquem em alguma coisa e se divirta durante a atividade. Francisco apud Kishimoto (2008, p. 40)
[...] descreve a brincadeira como a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que o lúdico é a ação. Desta forma, brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente com a criança e não se confundem com o jogo.
 
Entende-se que as brincadeiras de “faz de conta” são onde as crianças manifestam sua dinâmica familiar, como ela percebe o mundo e as regras a ela ensinadas pela família e pela escola, no contexto matemático o faz de conta permite o aluno, a partir da à imaginação elaborar divisões de papeis, e regras de multiplicações. A definição de jogo trazida pelo dicionário, é de que jogo é um “Exercício, um divertimento ou passa tempo entre duas ou mais pessoas das quais uma ganha, e a outra, ou as outras, perdem”. 
Diferentemente do brinquedo e da brincadeira, o jogo traz em si, regras claras e que devem ser seguidas para o desenvolvimento da brincadeira, estas regras podem ser implícitas como nas brincadeiras de faz de conta ou explicita como nos jogos de futebol. Francisco apud Kishimoto (2008, p. 41) escreve que, “todo jogo acontece em um tempo e espaço, com uma sequencia própria da brincadeira”.
Com as definições acima citadas, percebe-se que, ao longo do tempo, as atividades lúdicas foram ganhando formas e espaço na vida das famílias e das crianças. Assim, como discorre o histórico do brincar, o mesmo, sempre foi usado no processo de aprendizagem da criança, em cada época o mesmo era visito e usado para estimular uma função e o desenvolvimento da mesma.
Dentro do contexto da aprendizagem da matemática, não é diferente, o brincar pode estimular o desenvolvimento e a assimilação dos conteúdos propostos. Este, pode ser usado como introdução a alguma matéria, no reforço de um conteúdo especifico ou apenas como estimulação do laser e contato entre as crianças.
Há evidentemente um programa de ensino a ser cumpridos e objetivos a serem atingidos, para cada faixa etária. Com isso, o jogo fica relegado ao pátio ou destinado a “preencher” intervalos de tempo entre aulas. Entretanto, o jogo pode e deve fazer parte das atividades curriculares e devem ter um tempo preestabelecido durante o planejamento na sala de aula (FRANCISCO apud FRIEMANN 2008, p. 48).
Fica evidente na escrita da autora acima, que ainda, se percebe o brincar como algo destinado a ocupar o tempo vago da criança, entretanto é importante ressaltar os benefícios que o brincar pode trazer aos alunos e seu desenvolvimento. Isso porque o desenvolvimento saudável em sala de aula advém do que é prazeroso ou de como as regras durante as atividades são vistas pelos alunos. É através do brincar que, a cognição, o raciocínio lógico e a linguagem tomam forma e espaço na vida dos estudantes. 
Para Rodrigues (2014, p. 29), “os jogos podem ser classificados em jogos de exercício, jogos simbólicos e jogos de regras”. Os de exercício são os primeiros a surgirem nos alunos eles tem como principal característica o prazer em manipular peças e a descoberta de habilidades por meio de movimentos. O segundo tipo de jogos, é percebido a partir dos dois anos, e neles a criança é capaz de agir sobre os objetos, de modo a torna-los substitutos de imagens mentais criadas por eles. E o terceiro tipo de jogo, aparece no decorrer do desenvolvimento da criança, de modo a instituir regras e limites, este tipo de jogos pode ser percebido até além dos 11 anos.
Com isso, percebe-se que, durante as atividade e aplicabilidade da matemática, os jogos de regras podem ajudar na assimilação de fórmulas matemáticas e como reforço ao pensamento lógico.
A partir da leitura para essa produção, observou-se que, os jogos lúdicos permitem perceber traços de desenvolvimento significativos dos alunos, esses ajudam os professores aqui em especial os educadores de matemática, a perceber características de aprendizado ou dificuldade de assimilação a partir de estágios, e de acordo com Kishimoto (1992), estes estágios são: 
- A não lateralidade, característica que demonstra a predominação entre realidade interna ou externa, diante dos comportamentos do aluno e seu aprender.
- Efeito positivo- nesse contexto, este signo durante o jogo, permite perceber a satisfação ou insatisfação da criança, diante do seu desempenho junto a realização das atividades.
- Flexibilidade- essa característica do jogo, permite uma maior estimulação da coordenação motora do aluno, diante das brincadeiras pela disponibilidade emocional e física da criança diante da brincadeira.
- Propriedadeno processo de brincar- enquanto a criança brinca sua atenção, esta voltada para a atividade que esta sendo realizada, principalmente quando a mesma esta focada no seu desenvolvimento e desempenho diante do grupo.
- Livre escolha- Quando se observa as escolhas diante do brincar, percebe-se a dinâmica infantil e como o aluno esta caracterizando a atividade.
-Controle interno- Nos jogos lúdicos, são os alunos que devem determinar o desenvolvimento da atividade, quando acontece o inverso de modo que, o professor passa a ser o controlado predominante, o estudante tem dificuldade de estimular o controle interno diante da atividade.
A partir dos indicativos acima descritos pelo autor supracitado, é possível desenvolver um trabalho mais produtivo diante das atividades escolares, de modo a introduzir os jogos como recurso metodológico e possibilitar o pensamento lógico com a produtividade e eficácia que a matemática precisa para ser prazerosa.
3. METODOLOGIA
Segundo o manual de elaboração do TCC (2012), “o conhecimento científico baseia-se na abordagem sistemática dos fenômenos a serem investigados e necessita aprendizado superior para seu exercício”. Levando em consideração o conceito acima, este trabalho teve como um dos intuitos a prática da produção científica, como trabalho da disciplina de conclusão do Curso de Licenciatura em Matemática da Faculdade UNINTER. 
O Mesmo, teve como metodologia a produção embasada em uma pesquisa bibliográfica quanto a artigos acadêmicos e livros que tinham como tema, o uso de jogos lúdicos no ensino da matemática no ensino fundamental.
A intenção foi descrever qualitativamente os efeitos do mesmo, no aprendizado de crianças e adolescentes. Para o autor supracitado (2012), esta modalidade de pesquisa é utilizada quando “se pretende o obter resultados que não são passíveis de medição numérica”. Com isso, a partir do referencial acima, procurou-se com este trabalho, compreender a riqueza e a necessidade da pesquisa e produção cientifica, a fim de elucidar os questionamentos quanto, ao uso de jogos como método de ensino, bem como quanto a necessidade da prática da produção cientifica para a completude da formação acadêmica. 
4. ANALISE DE DADOS
A partir do referencial teórico acima e das características percebidas no âmbito escolar e no brincar dentro desse universo educacional, foi realizado uma pesquisa por artigos acadêmicos e livros que trouxessem como tema o lúdico e seu uso no aprendizado da matemática no ensino fundamental. Durante toda a pesquisa percebeu-se que, há uma quantidade significativa de produções quanto ao tema, mas, a maioria delas fazia referência quanto, à importância do uso do brincar para a educação de um modo geral, tanto quanto no ensino da matemática, os mesmo também apresentaram os benefícios do mesmo para o desenvolvimento da alunos. Com isso percebeu-se que, o brincar para alguns autores possui vários enfoques teóricos, tais como: filosófico, sociológico, psicológico e pedagógico. Para Santos (1999), o brincar esta presente em todas as dimensões do ser humano e, portanto, precisa receber um olhar que vai além de puramente estimular uma atividade prazerosa para a criança, mas como um instrumento e promotor de desenvolvimento na sua plenitude. 
Assim como Vigotisky, que coloca que o desenvolvimento da criança se dá a partir da participação ativa da mesma, Dellabona e Mendes (2010) e Kishimoto (1992) destacam que, o brincar para o aluno é uma necessidade básica, pois, é estimulador das mais diferentes formas de desenvolvimento e reforço diante das dificuldades e exposição do potencial infantil.
Sendo o aluno um ser ativo no seu desenvolvimento, percebe-se que, quando a escola, e os professores estão dispostos a estimular esse desenvolvimento, a partir de algo que lhe é familiar, esse brincar possibilita um espaço para a resolução de problemas, característica significava no ensino da matemática. 
Segundo Moura (2008, p.80) “o jogo, na educação matemática, passa a ter o caráter de material de ensino quando considerado promotor de aprendizagem”. Com isso colocar a criança em situações de brincadeiras durante as aulas de matemática, de modo que, tais jogos devam ser apoiados em um plano de ação que permitam a troca de relação e aprendizagem, estabelecendo uma relação entre habilidades práticas e atividades pré-estabelecidas.
 Entretanto, as mesmas leituras possibilitaram perceber que assim como as escolas, ainda tem usado o brincar apenas como preenchimento de espaços vagos, cada vez mais o lúdico vem sendo retirado da rotina dos alunos, isso devido ao amadurecimento precoce das crianças e do distanciamento das relações sociais. Dallabona e Mendes (2010) coloca que, cada vez mais os alunos estão preenchendo seu tempo com afazeres: natação, inglês, ginastica, dança, que o brincar fica reduzido a algumas horas em frente a televisão ou outros aparelhos eletrônicos.
 Dallabona e Mendes Apud Vigotisky (1984), já reforçavam a idéia de que, o brincar tem um papel preponderante na constituição da aprendizagem, com isso sendo esse desenvolvimento um processo evolutivo, advindo das relações sociais, emocionais e psicológicas do aluno, cabe aos professores estarem atentas às necessidades de perceber a importância do brincar e como, este pode ser um forte aliado de aproximação e confiança do aluno com o aprendizado.
Reforçar a ideia de que, o uso dos jogos como método de ensino da matemática, pode ser algo eficaz, e demonstrar a sociedade que a interação social é principal peça de desenvolvimento e crescimento dos alunos, seja no estudo da matemática ou de qualquer outra área do conhecimento.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer deste trabalho foram descritos alguns resultados de produções e estudos que mostram os jogos lúdicos como uma ferramenta de suporte, e produção de conhecimento no que tange o estímulo e o desenvolvimento da disciplina de matemática no contexto escolar, familiar e social dos alunos. Os estudos desenvolvidos com esse tema oferecem aos profissionais da área de educação e aos pais preocupados com o desenvolvimento de seus filhos, a possibilidade de reverem, e até reestruturarem seus planos de trabalho a fim de torná-los mais atrativos e eficazes para os estudantes e para o próprio profissional. 
O estudo da matemática e do brincar, permitiu perceber que tal recurso pode ser utilizado de forma metodológica na estimulação do aprendizado, na prevenção e tratamento de problemas de aprendizagem, intelectual e motora, bem como na promoção de um olhar prazeroso no aprender da disciplina de matemática.
Percebe-se que os profissionais que lidam com os alunos, principalmente os de exatas, devem estar atentos a todo o desenvolvimento dos estudantes, seja este físico, psicológico, social e familiar. Pois os diferentes âmbitos que regem seu desenvolvimento têm fortes influências sobre a sua forma de responder aos estímulos. Portanto, a introdução do brincar ou de uma brincadeira como metodologia de aprendizagem, vem como recurso de empoderamento da autoestima e do crescimento dos alunos de modo a tornar a aprendizagem da matemática um processo eficaz.
Com isso conclui-se que, a utilização dos jogos lúdicos tem sido discreta por parte dos professores, no entanto têm-se, criado junto ao corpo escolar a percepção da necessidade do brincar como forma de estimulação e proximidade entre os alunos, bem como, este tem sido favorecedor do trabalho dos profissionais com a criação e a possibilidade da utilização de novos recursos de produção e estimulação do aprender.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	
	AURÉLIO, Buarque H. F; Dicionário em Português; Positivo; 3ªEd, 2004; Disponível em: http://www.dicionariodoaurelio.com/; Acessado em 08 de Outubro de 2015.
BARROS, Jussara; Dez Jogos e Brincadeiras Para Educação Infantil; Brasil Escola; 2012; Disponível: http://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/dez-jogos-brincadeiras-para-educacao-infantil.htm Acesso dia 28 de Outubro de 2016.
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