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Logística – Materiais e Armazenamento AULA 5

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
 
Logística: Materiais e Armazenamento 
 
 
 
 
 
Aula 5 
 
 
 
 
 
Profa. Rosinda Angela da Silva 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa inicial 
Olá! Seja bem-vindo a mais uma aula da disciplina Logística – Materiais 
e Armazenamento. O tema de hoje é a segurança do Armazém e nossos 
objetivos são: 
1. Conhecer os princípios do bom aproveitamento do espaço do 
armazém; 
2. Entender a importância de um armazém limpo e organizado; 
3. Analisar os índices de segurança do Armazém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vídeo disponível no material on-line. 
5 – 
Acondicionamento e 
embalagem de 
diferentes tipos de 
produtos 
1 – 
Armazenagem: 
seletividade, espaço e 
ocupação 
2 – Segurança e 
Higiene 
3 – Equipamentos de 
segurança no 
armazém 
4 – Manuseio de 
produtos 
Aula 5: Dispositivos 
de Segurança do 
Armazém 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
Contextualizando 
Os espaços de armazenagem já são alvo de estudos para melhoria de 
qualidade de vida ao colaborador, segurança dos produtos estocados e redução 
de custos com avarias, perdas, obsolescência e outros. 
Os projetos de Centros de Distribuição (CD), de grandes depósitos para 
armazenagem e até mesmo de almoxarifados contemplam desde a necessidade 
de capital até os requisitos básicos para a construção de um armazém seguro. 
Para isso, engenheiros e projetistas consideram a definição dos volumes ótimos 
a serem estocados, indicam os equipamentos de movimentação necessários e 
recomendam as estruturas de armazenagem mais apropriadas para as 
atividades que ali serão desenvolvidas. Isso é importante porque se constatou 
que um armazém mal projetado é causador de grandes prejuízos para a 
empresa. 
Essa má projeção vai além da estrutura física externa, pois pode ter sido 
ineficiente também na definição da estrutura porta pallets que não comporta o 
peso real da mercadoria, na escolha do equipamento de movimentação interna 
que não é compatível com o tipo de terreno, além de não considerar a 
qualificação adequada para mão de obra. Esses são apenas alguns dos 
elementos que maximizam os riscos de acidentes nos depósitos. 
E os acidentes mais corriqueiros que acontecem decorrentes da atividade 
de armazenagem são: 
■ Queda de mercadorias por insuficiência das estruturas porta 
pallets; 
■ Queda de colaboradores durante a operação; 
■ Queda de caixas ou outras embalagens; 
■ Atropelamento por veículos industriais; 
■ Choque dos equipamentos de movimentação interna nas 
prateleiras; 
■ Operações de carga e descarga de materiais; 
■ Manuseio de produtos perigosos; 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
■ Excesso de ruídos; 
■ Insalubridade do espaço (muito quente, muito frio, empoeirado, 
muito fechado) e outros; 
■ Doenças ocupacionais devido à má postura e problemas 
ergonômicos. 
O Ministério do Trabalho e do Emprego (M.T.E.) faz um acompanhamento 
chamado: Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho para identificar quais os 
principais riscos que os ambientes de trabalho proporcionam aos colaboradores. 
Esses dados estatísticos auxiliam na definição dos métodos de prevenção e 
também na elaboração de Normas Regulamentadoras (NRs), que são conjuntos 
de requisitos e procedimentos relativos à segurança e medicina do trabalho. 
Depois de elaborada e implementada as empresas têm a obrigação de cumprir 
tais requisitos. 
Diante disso, quanto antes as empresas se adequarem e cumprirem as 
exigências da legislação, melhor para todos. 
Armazenagem: seletividade, espaço e ocupação 
Os armazéns exigem altos investimentos em infraestrutura e certamente 
que as organizações esperam retorno sobre os mesmos. Normalmente esse 
retorno é percebido pelos acionistas quando o armazém suporta as estratégias 
do Marketing em termos de guarda dos materiais com qualidade e segurança e 
despacho ágil e assertivo quando são solicitados. Mas para isso, é necessário 
que o armazém esteja devidamente organizado, o estoque corretamente 
acondicionado e endereçado, o sistema de controle dos estoques acurado e a 
mão de obra disponível. Todavia, se no momento do planejamento dos recursos 
do armazém não foram considerados os impactos das operações a partir da 
visão da seletividade, do espaço e sua ocupação, o depósito pode deixar a 
desejar em termos de produtividade. 
Mas, o que significa seletividade, espaço e ocupação? Banzato (2003) 
explica de forma simples esses conceitos, veja a seguir. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
Seletividade 
É a capacidade que o depósito oferece de acessar itens (normalmente 
cargas unitizadas como pallets) sem a necessidade de movimentar outros itens 
ou pallets. 
Quanto maior for essa capacidade, mais ágil e seguro é o armazém, pois 
o operador de empilhadeira acessará o item de forma direta, executando sua 
tarefa mais rapidamente e reduzindo as possibilidades de avariar outros 
produtos. Sabe-se que por segurança dos itens, quanto menos eles são 
manuseados ou movimentados, menores são os riscos de quedas, quebras e 
avarias. 
Espaço 
O espaço é o recurso mais caro do armazém, por isso sua utilização 
efetiva é uma grande preocupação para as organizações. Considerando que um 
armazém é construído ou organizado para oferecer determinada capacidade 
instalada, muitas vezes as empresas necessitam decidir pelo uso racional do 
espaço, escolhendo uma linha de produtos em detrimento de outra. E isso 
certamente gera conflitos entre os departamentos de vendas e marketing. 
Um dos fatores que mais impacta na utilização do espaço é a decisão da 
empresa da estocagem fixa ou livre/aleatória. Na estocagem fixa determinado 
item sempre será armazenado no mesmo local, o que é bom para o controle, 
principalmente visual, do estoque. Na falta desse item, o armazém pode ficar 
com espaço subutilizado. Já na estocagem livre ou aleatória, o aproveitamento 
do espaço é melhor porque o produto será armazenado onde houver espaço 
disponível, mas nesse caso o controle ocorrerá por sistema localizador 
(normalmente informatizado) e não visual. 
Inúmeras soluções já foram implementadas nos armazéns para ampliar o 
espaço, no entanto, a mais efetiva foi a verticalização da armazenagem aliada 
ao uso de equipamentos de movimentação interna, pois isso possibilitou a 
utilização dos espaços aéreos pelos estoques. 
 
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6 
Ocupação 
É a taxa de ocupação do armazém, ou seja, o aproveitamento do espaço 
volumétrico de estocagem pelos itens (o autor considera todo o volume 
disponível do depósito). 
Ainda segundo Banzato (2003), ao analisar a ocupação do depósito é 
importante compreender que a utilização cúbica da área de estocagem não 
propicia apenas uma economia em relação ao custo do espaço, mas, sim, em 
relação a todos os custos indiretos gerados pelo mesmo, como: movimentação, 
manuseio e facilidade de acesso para reduzir o tempo de atendimento. 
É importante salientar ainda que no planejamento do armazém as taxas 
de ocupação do espaço e seletividade dos itens são priorizadas, mas no decorrer 
do tempo, essas taxas precisam ser revisadas com certa constância, pois as 
operações que ocorrem nos depósitos são dinâmicas e esses fatores devem 
melhorar continuamente. Para um armazém eficiente, espera-se no mínimo, um 
aproveitamento de 60% dos espaços destinados paraestocagem de materiais. 
Esses três elementos devem ser estudados e planejados de forma que 
atendam aos interesses da organização, as necessidades das operações do 
depósito e a segurança dos colaboradores e dos produtos estocados. 
 
Vídeo disponível no material on-line. 
Segurança e higiene 
Observa-se uma tendência a automatizar tudo que é possível dentro de 
um Armazém, mas a programação ou o comando das máquinas, a organização, 
a limpeza e o controle serão feitos por mãos humanas. Isso leva a reflexão de 
que os gestores necessitam avaliar o conjunto e ter informações para isso é 
imprescindível. 
Conhecer como as tarefas são executadas, que riscos oferecem aos 
colaboradores e o que é possível fazer para melhorar, trará benefícios a todos. 
Colaborador satisfeito é mais produtivo e equipamentos e estruturas bem 
 
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7 
conservadas funcionarão adequadamente por mais tempo. Então, é no conjunto 
que se percebe a diferença. 
É possível afirmar que para um Armazém ser produtivo, existem quatro 
fatores-chave: Organização, Limpeza, Conservação e Segurança são 
essenciais. Com esses pilares bem administrados, o Armazém será um ambiente 
agradável de trabalhar e oferecerá segurança para os operadores e ao próprio 
patrimônio da empresa. 
Pontos-chave para Organização 
A sistemática utilizada pela empresa para manter os itens estocados no 
depósito influenciará diretamente na organização do mesmo. Se a empresa 
optar por trabalhar com estocagem fixa, o depósito naturalmente será mais 
organizado, uma vez que haverá uma preocupação em não misturar produtos de 
naturezas diferentes. Mas, caso a empresa utilize a estocagem livre, a qual 
possui melhor aproveitamento dos espaços, a organização do depósito é que 
fará toda a diferença! E, ainda, se o armazém trabalhar com estocagem 
horizontal, terá que fazer um esforço maior para manter as ruas desobstruídas e 
permitir a circulação dos equipamentos de movimentação interna de materiais. 
Pontos-chave para Limpeza 
Esse parece um assunto fácil de trabalhar com os colaboradores porque 
parte-se do pressuposto que todas as pessoas sabem o que significa a palavra: 
“Limpeza”, mas não é! É necessário levar em conta que cada pessoa tem uma 
concepção do que é Limpeza e em muitos casos o colaborador considera que 
limpar não faz parte do seu contrato de trabalho. 
O fato é que manter o depósito limpo é uma tarefa importante porque vai 
garantir segurança aos operários do setor. Deve-se alertar a todos que focos de 
sujeira em alguns cantos dos depósitos podem propiciar a propagação de pragas 
como traças, animais peçonhentos, roedores e em alguns casos até princípios 
de incêndio. 
 
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8 
Ainda dentro do aspecto limpeza é necessário lembrar-se das instalações 
utilizadas pelos colaboradores como sanitários, bebedouros, vestiários, e ainda 
manter espaços separados para o consumo de alimentos e para descanso. 
Sendo assim, uma análise sobre como as coisas acontecem efetivamente no 
espaço de armazenagem auxiliará na concepção dos procedimentos de limpeza 
e organização dos depósitos, o que terá que ser monitorado pelo gestor. 
As limpezas devem ocorrer periodicamente para evitar incrustações que 
ocorrem em virtude da mistura de pó, óleos e outros agentes que podem ter no 
armazém. Para isso, oferecer condições para que a equipe mantenha o ambiente 
sempre limpo deve ser visto como extensão das atividades de todos. É 
importante investir em produtos específicos para limpeza industrial e em 
aspiradores de ar para limpeza de racks, prateleiras porta pallets, mezaninos e 
afins. 
Pontos-chave para Conservação 
Manter a manutenção predial (física, elétrica e hidráulica) em dia é 
essencial porque também impacta na segurança dos colaboradores e até 
mesmo das instalações físicas. 
Os armazéns apresentam vulnerabilidades em relação às operações 
inerentes ao processo, tais como: manuseio de materiais, acúmulo de produtos 
de naturezas diversas, entre outros. Para neutralizar essas fragilidades é 
importante fazer vistorias frequentes para detectar pontos que necessitem de 
reparos preventivamente. 
Para um ambiente adequado de trabalho e guarda de produtos deve-se 
evitar deixar vidros de janelas quebrados, telhas quebradas, portas emperradas, 
pisos com buracos ou sem demarcação visível, torneiras com vazamentos entre 
outros. 
 
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Pontos-chave para Segurança 
Para um armazém seguro é necessário pensar nas condições da estrutura 
física das estanterias, dos equipamentos de movimentação interna, telhados, 
escadas, mezaninos e os EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva). 
Sabe-se que um dos pontos mais importantes para manter a segurança 
do armazém está na verificação periódica dos equipamentos que garantem a 
segurança tais como extintores, redes de hidrantes, sprinklers, macas e outros. 
Porém nesse caso é importante verificar também se os colaboradores estão 
aptos a utilizar tais equipamentos em caso de necessidade, pois caso contrário, 
são investimentos apenas para cumprir legislação. 
Criar e aplicar procedimentos que garantam que o depósito mantenha 
essas características certamente trará aumento na produtividade e reduzirá 
custos com acidentes e gastos com manutenção corretiva. Além disso, é 
importante investir para que o colaborador crie um sentimento de pertencimento 
com seu local de trabalho, pois dessa forma ele irá cuidar do local, como cuida 
da sua residência. 
 
Vídeo disponível no material on-line. 
Equipamentos de segurança no Armazém 
Segurança do colaborador e do depósito 
A busca por mais segurança em armazéns deve ser uma ação conjunta 
entre todos os colaboradores do setor, pela Segurança do Trabalho, pelas CIPAs 
(Comissões Internas de Prevenções de Acidentes) e também por órgãos 
competentes externos à empresa, tais como ABNT (Associação Brasileira de 
Normas Técnicas), INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e 
Tecnologia) e outros. 
Os depósitos apresentam muitos riscos inerentes às atividades ali 
desenvolvidas. Entre esses, é possível listar: ruídos, movimentações de 
materiais, condições climáticas com temperaturas muito baixas ou muito altas, 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
10 
riscos elétricos, manuseio de produtos perigosos como os químicos, radioativos 
e outros. Porém, os que mais ocorrem são: quedas de produtos, quedas de 
pessoas, choque entre as estruturas porta pallets e as empilhadeiras e acidentes 
com os veículos industriais. 
Percebe-se que em muitos casos, esses acidentes ocorrem devido a 
ações inseguras por parte do fator humano, por exemplo: empilhamentos 
inadequados, sobrecarregar as racks com pesos acima da capacidade da 
estrutura porta pallets, subir em escadas sem cintos de segurança e outros. O 
fato é que em relação aos riscos aos quais os operadores são expostos, não é 
suficiente apenas conhecê-los, mas, sim, tomar ações e padronizar 
procedimentos para garantir a segurança de todos. 
Em relação aos veículos industriais usados nos depósitos como as 
empilhadeiras, é determinante permitir que apenas colaboradores capacitados 
através dos cursos específicos para isso, utilizem-nas. Também para os veículos 
e equipamentos manuais, os colaboradores necessitam conhecer as melhores 
práticas para evitar lesões e acidentes. 
As tarefas de Cargas e Descargas de mercadorias também oferecem 
riscos aos colaboradores do setor e transeuntes, pois normalmente utilizam 
docas e podem apresentar trânsitointenso de caminhões e utilitários. Para evitar 
acidentes próximos a essas áreas, as mesmas devem possuir as demarcações 
no solo bem nítidas e, se necessário, proibir o acesso de pessoas que não 
estejam ligadas a essas operações. 
Isso significa dizer que as questões aliadas à segurança necessitam mais 
do que equipamentos, mas principalmente de conscientização por parte de todos 
os colaboradores para que isso se torne realidade. Entretanto, é importante 
deixar claro que existem formas de minimizar esses riscos e em alguns casos 
até eliminá-los, com a utilização de equipamentos de segurança adequados e 
atenção na execução das tarefas. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
11 
A segurança do Armazém deve ser preocupação de qualquer gestor e 
fazer com que os colaboradores tenham comportamentos seguros é um desafio. 
Veja algumas dicas de como deixar esse local de trabalho mais seguro: 
■ Mantenha corredores limpos e obstruídos; 
■ Crie Instruções de Trabalho para empilhamentos, enfardamentos, 
e movimentação interna (não permita que colaboradores levantem 
ou movimentem pesos não recomendados pelos conceitos de 
ergonomia); 
■ Crie procedimentos a serem seguidos por todos, como uso de 
uniformes, calçados apropriados para operação (botas, botinas 
com biqueira de aço), abafadores de ruído, óculos de proteção e 
outros; 
■ Implemente o minuto de segurança, o qual pode ser diário ou 
semanal (não deixe intervalos muito longos) e utilize esse tempo 
para falar sobre segurança do trabalho; 
■ Solicite dicas dos próprios colaboradores de como deixar o 
depósito mais seguro, pois dessa forma ele se sentirá responsável 
pela própria segurança e dos demais; 
■ Integre os colaboradores novos, mostrando as saídas de 
emergência e explicando o procedimento no caso de acidente de 
trabalho ou outra situação de risco; 
■ Invista em SIPATs (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de 
Trabalho), proponha meta “zero acidente” e capacite 
continuamente os colaboradores; 
■ Cobre o cumprimento dos procedimentos! 
Observe a diferença entre um depósito inseguro e um depósito seguro: 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
12 
 
Disponível em: <www.sesiwebensino.com.br> Acesso em 12/07/2016. 
 
E para complementar, os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) 
devem ser fornecidos nas quantidades e variedades necessárias para todos os 
colaboradores. O treinamento deve ser constante para que o colaborador não 
crie excesso de confiança e passe a executar as tarefas “do seu jeito mais 
rápido”, o qual pode não ser o mais seguro. Além disso, o gestor do armazém 
deve monitorar o uso dos EPIs por todos, inclusive sendo exemplo. 
 
Vídeo disponível no material on-line. 
Manuseio de produtos 
Ronald Ballou (2007) cita que o manuseio de materiais é uma atividade 
de apoio (atividade de intralogística) que está associada à armazenagem e 
também sustenta a manutenção de estoques. É uma atividade que diz respeito 
à movimentação do produto no local de estocagem – por exemplo, a 
transferência de mercadorias do ponto de recebimento no depósito até o local 
de armazenagem e deste até o ponto de despacho. 
Sabe-se que os produtos são fabricados em determinadas plantas 
industriais e encaminhadas aos intermediários envolvidos no processo de 
distribuição física, os quais serão os responsáveis por abastecer o mercado 
consumidor. A partir desse ponto de vista é válido considerar que quanto mais 
extensa for a cadeia de distribuição, mais vezes o produto será movimentado e 
transportado, logo, mais vezes o produto ficará exposto às avarias. Então, para 
evitar danos aos produtos, bem como reduzir as despesas operacionais 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
envolvidas, é necessário o gerenciamento eficaz de todas as fases que 
permeiam essa atividade. 
Uma análise do ponto de vista do produto a ser manuseado: os produtos 
são manuseados inúmeras vezes desde a sua produção, pois se considera 
desde o processo de movimentação das matérias-primas. Após o ciclo de 
produção o produto será embalado e posteriormente armazenado até o 
momento da venda. Quando a venda do item se realiza o mesmo passa pelo 
processo de montagem do pedido, reembalagem, expedição e segue viagem em 
algum modal de transporte para o canal de distribuição. Chegando ao canal de 
distribuição, tal produto é novamente descarregado e pode ir direto para área de 
vendas ou para outro centro de armazenagem. De forma bem resumida foram 
apresentadas algumas movimentações de determinado item, imagine os 
impactos que o mesmo pode ter sofrido durante todas essas etapas. 
Agora analise do ponto de vista do operador: dependendo da natureza do 
produto, compreenda que o manuseio é uma atividade de risco, principalmente 
quando os mesmos são classificados nas categorias: perigosos, químicos, 
inflamáveis, cortantes, perfurantes, radioativos, entre outros. Como medida 
preventiva, para o manuseio desses produtos é necessário que o colaborador 
seja devidamente qualificado e que existam procedimentos estabelecidos e 
conhecidos e cobrados de todos, com o foco de eliminar, ou pelo menos evitar 
as ocorrências. 
Outra forma de prevenir acidentes com os colaboradores e com a carga é 
embalar em recipientes adequados para manuseio e transporte além de 
especificar na carga a periculosidade do item. Além disso, é necessário capacitar 
e recapacitar continuamente os colaboradores que irão manusear os produtos 
perigosos. Isso auxiliará na conscientização dos operadores de que a execução 
da tarefa com atenção e cuidado é benéfico para todos. 
Alguns cuidados essenciais para que a atividade de manuseio de 
materiais seja mais segura: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
■ Caso tenha produtos químicos no armazém, mantenha a FISPQ 
(Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) 
sempre atualizada e ao alcance dos colaboradores. O fornecedor 
tem a obrigação de disponibilizar essa ficha; 
■ Inspecionar os estoques de produtos perigosos continuamente 
para averiguar as condições das embalagens; 
■ Verificar nos rótulos e nas embalagens a melhor forma de 
manuseio dos produtos perigosos; 
■ Capacitar os colaboradores nas ações emergenciais que os 
mesmos devem fazer em caso de acidente; 
■ Caso seu espaço de armazenagem tenha produtos perigosos junto 
aos não perigosos, o ideal é manter apenas uma equipe, ou um 
colaborador específico para cuidar desse estoque; 
■ Informar aos colaboradores (mesmo que não movimentem os 
produtos perigosos) sobre o risco que cada produto oferece em 
caso de contaminação; 
■ Manter os lavatórios e os chuveiros de emergência em perfeito 
funcionamento; 
■ Manter a área de estocagem arejada, limpa e ventilada. 
Claro que as dicas são genéricas, compete ao gestor do estoque avaliar 
as necessidades do seu depósito e organizar os procedimentos apropriados. 
Avalie que por mais que o manuseio de materiais seja uma atividade interna, 
também deve contribuir na geração de valor para a operação de armazenagem. 
Por isso, o encarregado do armazém precisa oferecer os recursos suficientes 
aos colaboradores e acompanhar os resultados atingidos para determinar a 
eficiência dessa atividade. 
 
Vídeo disponível no material on-line. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
15 
Acondicionamento e embalagem de diferentes tipos de produtos 
Como acondicionamento entende-se que é o recipiente em que o 
produto mantém contato direto o tempo todo, tais como ampolas, frascos de 
vidro, frascos plásticose outros (conhecido também como embalagem primária). 
O foco do acondicionamento é proteger o produto de qualquer contaminação, 
ser funcional facilitando o uso (bisnaga de creme dental, por exemplo). 
Já como embalagem entende-se o recipiente que manterá a proteção e 
qualidade do produto por todo o fluxo logístico, mas que não esteja 
necessariamente em contato direto com o produto. A visão da logística é que a 
embalagem deve proteger o produto, facilitar o transporte e possibilitar a 
unitização de cargas melhorando a produtividade. 
Segundo Donato (2011), embalar é arte, ciência e tecnologia da 
preparação de produtos para o mercado, estocagem, transporte e venda. É um 
meio de garantir a entrega de um determinado produto até o usuário final em 
boas condições ao menor custo possível. Além disso, a embalagem tem papel 
fundamental na vida moderna, pois se sabe que todo e qualquer produto utiliza 
uma ou mais embalagens para chegar até o cliente, o qual necessita estar em 
perfeitas condições. Por esse e outros motivos, as empresas têm investido 
pesadamente no desenvolvimento das embalagens que atendam às 
especificações e tenham os custos minimizados. 
Já Banzato (2008, p. 10) conceitua embalagem como “o sistema integrado 
de materiais e equipamentos com que se procura levar os bens às mãos do 
consumidor final, utilizando-se dos canais de distribuição e incluindo métodos de 
uso e aplicação do produto”. 
Além disso, o autor também cita as principais funções das embalagens: 
■ Proteção do produto; 
■ Promoção e uso do produto; 
■ Instrumento auxiliar do transporte e distribuição. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
16 
Além das funções, é importante também conhecer as principais 
classificações das embalagens. Na proposta de Bowersox & Closs (2008, p. 
364): 
Uma classificação está voltada para as necessidades mercadológicas 
da empresa, onde a mesma tem papel fundamental na promoção e 
venda do produto, pois traz informações importantes para o 
consumidor. E a outra classificação da embalagem está voltada para 
os processos logísticos, onde a principal contribuição está em proteger 
o produto, facilitar o transporte e a armazenagem. 
 
Para esse material, o foco da embalagem será voltado para as 
necessidades logísticas, uma vez que para a Armazenagem a embalagem dos 
produtos é de extrema importância. Tanto é que o tipo de embalagem dos 
produtos que chegam à empresa determina quanto tempo o produto pode ficar 
estocado com ela ou se há necessidade de reembalagem. 
É fato que nem sempre as empresas possuem setores de 
desenvolvimento de embalagens de forma técnica e também não buscam 
conhecimento externo. Devido a isso, algumas perdas de materiais ainda estão 
atreladas ao projeto inadequado da embalagem. 
Para o projeto da embalagem adequado, alguns critérios devem ser 
observados para atender às necessidades de todos os envolvidos. Alguns 
aspectos básicos: 
Conhecer a natureza do produto 
■ Tipo de produto: alimento, medicamento, confecção, calçado, 
material de limpeza, outros; 
■ Material que o produto é produzido: aço, papel, couro, plástico, 
vidro, outros; 
■ Utilização do produto (fragilidade): alimentação, decoração, 
higiene pessoal, produto industrial (item técnico o qual pode ser um 
componente para posterior montagem de um produto final) e 
outros; 
■ Tempo médio de estocagem: produto de consumo rápido, 
perecível, bem durável. 
 
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17 
Conhecer a natureza da embalagem: 
■ Tipo de embalagem: caixa, cartucho, bag, barris, tonéis, 
contenedores, gaiolas e outros; 
■ Material que a embalagem é produzida: papelão, plástico, metal, 
madeira, vidro ou outros; 
■ Nível da embalagem (primária, secundária, terciária...); 
■ Dimensões das embalagens – CLA (Comprimento, Largura, 
Altura); 
■ Utilização da embalagem: só para transporte, só para venda, 
ambos. 
■ Modal de transporte que será utilizado; 
■ Tempo de transporte; 
■ Tempo médio de estocagem: quanto tempo a embalagem ficará 
estocada, seja em um Armazém, em Centro de Distribuição, no 
Varejista ou na casa do cliente. 
Além desses aspectos básicos, setores como Desenvolvimento de 
Embalagem ou de Engenharia estarão mais preparados para o desenvolvimento 
da embalagem apropriada para cada tipo de produto. 
Para Armazenagem, principalmente de longo período, é necessário que o 
produto esteja em embalagem unitizada para facilitar o manuseio com os 
equipamentos de movimentação. Essa embalagem unitizada pode ser através 
de: paletização, conteinerização, bombonas, tambores, big bags entre outros, os 
quais possuem diversos modelos disponíveis no mercado e certamente serão 
escolhidos. 
 
Vídeo disponível no material on-line. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
18 
Na prática 
A partir do texto a seguir, que versa sobre a segurança dos armazéns 
gerais nos portos, e do material da aula de hoje, solucione os seguintes 
questionamentos: 
a. Explique a relevância da organização e conservação nos armazéns 
gerais. 
b. Justifique a importância da manutenção e limpeza dos armazéns 
gerais. 
c. Descreva os pontos chaves de segurança que podem auxiliar os 
armazéns gerais se tornarem mais seguros. 
 
Unidade de São Paulo vistoria áreas de armazenamento de cargas 
perigosas dos terminais de contêineres 
Revista Portos e Navios – 03 / 07/2016 
 
Após o incêndio ocorrido no dia 15 de janeiro de 2016, no Terminal 
Portuário da Localfrio, localizado na margem do município do Guarujá, no Porto 
Organizado de Santos, a ANTAQ intensificou as fiscalizações nos terminais de 
contêineres com o objetivo de verificar as obrigações previstas na norma 
aprovada pela resolução nº 2.239-ANTAQ, de 15 de setembro de 2011. Essa 
norma incorpora aspectos de segurança e saúde ocupacional, preservação da 
integridade física das instalações portuárias e proteção do meio ambiente, 
oriundos do Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas (Código 
IMDG), regulamento da Organização Marítima Internacional (IMO), bem como 
internaliza procedimentos da NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e 
Saúde no Trabalho Portuário, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
As fiscalizações, conduzidas pelos fiscais da ANTAQ com a colaboração 
da Gerência de Segurança do Trabalho da Companhia Docas do Estado de São 
Paulo (Codesp), verificaram, entre outros aspectos, a estrutura organizacional 
dos terminais no que se refere ao profissional habilitado e responsável pelo 
 
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cumprimento das exigências legais aplicáveis ao trânsito de produtos perigosos, 
capacitação dos funcionários do terminal que trabalham com carga perigosa, 
além de identificar as áreas de armazenamento de carga perigosa e os “gates” 
de acesso para o atendimento de emergências. 
Os procedimentos de fiscalização verificaram também o cumprimento da 
Resolução DP n º 44.2007, de 14 de maio de 2007, da Codesp, norma que regula 
a Movimentação de Mercadoria Classificadas Código IMDG, da área do Porto 
Organizado de Santos. 
O Posto Avançado de Santos – PASSZ, entre os meses de fevereiro e 
junho, já inspecionou 82% dos terminais de contêineres e identificou, na ocasião 
da fiscalização, que 37% dos terminais não cumpriram a tabela de segregação 
(Anexo XI da NR-29), 18% descumpriram as obrigações da Resolução da 
Codesp e em 27% dos terminais foi observada falta de sinalização. 
Os terminais foram notificados a ajustar seus procedimentos em relação 
à movimentação e à armazenagem de carga perigosa, conforme aResolução 
2.239/2011 da ANTAQ e demais normativas sobre o assunto. 
A Unidade Regional de São Paulo está envidando esforços para realizar 
fiscalização conjunta com Ibama e Cetesb. A intenção é, neste segundo 
semestre de 2016, com a competência destes órgãos, incorporar nas 
fiscalizações outros aspectos na área de segurança e de meio ambiente. 
 
Disponível em: <https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/34824-unidade-
de-sao-paulo-vistoria-areas-de-armazenamento-de-cargas-perigosas-dos-terminais-de-
conteineres> Acesso em 12/07/2016. 
Síntese 
Nesta aula conhecemos os princípios básicos de um armazém limpo, 
seguro, organizado e eficiente. Para que isso se torne realidade, foi comentado 
que tudo começa com um projeto bem elaborado, o qual deve contemplar todas 
as necessidades dos elementos (pessoas, produtos, equipamentos de 
 
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movimentação interna e sistemas informatizados) que farão parte desse 
complexo. 
Nesse material didático, foram citados alguns cuidados essenciais para 
que o armazém seja tão seguro quanto possível, tais como: 
■ Avaliação das condições-chave para a organização, limpeza, 
conservação e segurança; 
■ Levantamento dos possíveis riscos que o depósito oferece, tais 
como: ruídos, movimentação de materiais, as condições climáticas 
do ambiente, riscos elétricos e outros. 
Foram também analisados os aspectos da movimentação interna dos 
materiais e também o papel do pallet como recurso para melhorar a eficiência do 
manuseio. Além disso, foi discutido também o papel da embalagem e dos 
acondicionamentos sob o ponto de vista da armazenagem, que quanto mais 
robusto for esse conjunto, mais seguro será para o produto. 
Certamente que o assunto não se esgota por aqui, mas as informações 
aqui apresentadas já o preparam para que você observe seu depósito sob uma 
nova perspectiva. 
 
Vídeo disponível no material on-line. 
Referências 
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais 
e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007. 
BANZATO, E. [et. al.]. Atualidades da armazenagem. São Paulo: IMAM, 2003, 
p. 143. 
BANZATO, J. M. Embalagens. São Paulo: IMAM, 2008, p. 28. 
BOWERSOX, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia 
de suprimento. São Paulo: Atlas, 2008. 
 
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DONATO, V. Metodologia para preservação de materiais: prevenção de falha 
prematura. São Paulo: Érica, 2011. 
REZENDE, N. Importância da segurança do trabalho. Portal casa atual, artigo 
de 30 de Março de 2015. Disponível em: 
<http://www.portalcasatual.com/importancia-da-seguranca-do-trabalho/> 
Acesso em 12/07/2016. 
RUSSO, C. P. Armazenagem, controle e distribuição. Curitiba: Intersaberes, 
2013.

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