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Bioquímica do Meio Bucal - Uninove 2015

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Bioquímica do Meio Bucal
Através do estudo a seguir iremos compreender funcionamento do meio bucal.
O meio bucal apresenta na sua constituição uma grande variedade de moléculas bioquímicas e
a presença de alguns tipos de microrganismos. Essa mistura proporciona um funcionamento único ao
meio bucal, cada indivíduo apresenta o seu e há mudanças em diferentes situações.
Abordaremos, a partir de agora, as principais reações químicas do meio bucal que envolvem a
dieta nutricional e os microorganismos da microbiota oral.
Dieta
A dieta é muito importante para o início e evolução de doenças na cavidade bucal, visto que a
microbiota já está presente e necessita apenas de estímulo para se tornar problemática.
Os carboidratos são a principal causa das lesões na cavidade bucal porque qualquer alimento
muito açucarado poderá ser utilizado como fonte de energia para os microorganismos. Na maioria
das vezes essas lesões não ocorrem pelas grandes doses de carboidrato nas nossas refeições, mas
sim devido a ingestão dos açúcares nos intervalos entre as refeições.
Entre os carboidratos comumente ingeridos estão o amido, frutose, glicose, galactose,
sacarose, lactose.
AMIDO – Polissacarídeo de reserva vegetal, é composto por milhares de moléculas de glicose eml
dois polímeros unidos por ligações glicosidicas, a amilose e a amilopectina.
Esse carboidrato é digerido pela enzima amilase salivar em partículas menores para,
posteroiormente, serem absorvidos.
GLICOSE – Mossacarídeo com função energética, é principalmente produto da digestão do amido el
da sacarose.
FRUTOSE – Monossacarídeo com função energética, é encontrado nas frutas e como produto dal
digestão de sacarose.
SACAROSE – Oligossacarídeo com com função energética, é formado por uma molécula de glicose el
outra de frutose unidas por ligação glicosídica. Podemos encontrar em grande concentração na
cana-de-açúcar e por isso chega a nossa dieta como o açúcar de mesa.
LACTOSE – Oligossacarídeo com com função energética, é formado por uma molécula de glicose el
outra de galactose unidas por ligação glicosídica. Podemos encontrar no leite e derivados.
GALACTOSE – Monossacarídeo com função energética, é encontrado no leite e como produto dal
digestão de lactose.
Microorganismos
O meio bucal possui uma variedade de microorganismos que poderão preservar a integridade
da região ou mesmo favorecer o desenvolvimento de doenças bucais. Uma microbiota estável e a
higiene bucal que limita o alimento disponível, beneficiam a integridade da boca por gerar
competição entre microorganismos e diminuir os possíveis patogênicos. Porém, qualquer descuido
com dieta ou higiene, por exemplo, irão proporcionar a adesão de bactérias na placa dental e torna-
las um risco a saúde do indivíduo.
São várias as espécies de microorganismo encontradas no meio bucal, entre eles os mais
importantes são: Streptococcus mutans, Streptococcus salivarius, Streptococcus saguis,
Sacharomyces cerevisae, Candida albicans e Lactobacillus acidohylus.
Estes microorganismos para se manterem e proliferarem necessitam de uma fonte de carbono.
Restos alimentares como carboidratos, proteínas e lipídeos, assim como moléculas químicas do
meio, são consumidas em processos bioquímicos de geração de energia.
Processos Bioquímicos
O processo bioquímico mais utilizado por microorganismos do meio bucal é a fermentação.
A fermentação é um processo bioquímico, em condições anaeróbicas, que transforma
substâncias orgânicas. Com essas transformações há liberação de resíduos no meio bucal
ocasionando a destruição de estruturas do órgão dental.
O carboidrato é o substrato mais comumente utilizado no metabolismo fermentativo, porém
aminoácidos e outros compostos podem ser utilizados.
Dependendo do substrato envolvido e dos resíduos liberados, a fermentação pode ser chamada
de lática, alcoólica ou pútrida.
Fermentação Lática
Na fermentação lática a glicose é o substrato. A glicose é inicialmente degradada até piruvato
em um processo bioquímico chamado de glicólise (demonstrada abaixo).
Reações químicas da glicólise.
Após a formação do piruvato, o processo metabólico continua e libera ácido lático.
Reações químicas da fermentação lática.
Fermentação Alcoólica
Na fermentação alcoólica a glicose é o substrato e o produto final do processo metabólico é o
álcool etílico (ou Etanol).
Reações químicas da fermentação alcoólica.
Fermentação Pútrida (Putrefação)
Na fermentação pútrida os substratos são as proteínas do periodonto de proteção e, na
sequência, do periodonto de inserção. Proteinases produzidas pelos microorganismos degradam
proteínas do meio até aminoácidos e estes são degradados por processos metabólicos de
desaminação e descarboxilação.
 
A desaminação e a descarboxilação geram produtos tóxicos. A amônia, aminas, gás sulfídrico,
tióis, escatol, indol, indoxil, entre outros, são os produtos produzidos. Tais compostos aumentam o
pH bucal e favorecem a instalação do tártaro, irritam mucosa e periodonto, provocam degeneração
tecidual, além de causar halitose.
Quiz 
 1 Sobre a microbiota oral, responda a alternativa correta:
Os microorganismo estão presentes diariamente associados a placa dental e seus
produtos não são problemáticos ao meio.
Devemos fazer uma higiene adequada para que não se proliferem microorganismos na
cavidade bucal.
Os microorganismos fazem parte da cavidade bucal e trazem benefícios quando em
distribuição e concentração adequadas.
Os microorganismos se proliferam exclusivamente de restos alimentares, isso significa
que a necessidade de escovação só ocorre após as refeições.
 2 A amônia é um componente extremamente tóxico, na boca aumenta o pH e
favorece a instalação do tártaro. Este componente é liberado quando
microorganismos do meio bucal utilizam o processo bioquímico de:
Fermentação lática.
Fermentação alcoólica.
Glicólise.
Fermentação pútrida.
 3 Entre os carboidratos mais cariogênicos encontramos a sacarose. Devido ao
seu sabor doce acentuado, a sacarose é utilizada em bolos, balas,
refrigerantes, sucos, etc. A afirmativa correta sobre esse carboidrato é:
É um carboidrato oligossacarídeo composto por frutose e glicose.
É um carboidrato polissacarídeo de reserva vegetal.
Carboidrato presente no leite e derivados, rico em galactose.
É o carboidrato digerido pela amilase.
Referências
ARANHA, F. L. Bioquímica odontológica. 2ª. ed. São Paulo: Sarvier, 2002.
NICOLAU, J. Fundamentos de bioquímica oral. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
MENAKER, L. Cáries dentárias - Bases biológicas. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1984.
FERREIRA, C. P. Bioquímica para cirurgiões-dentistas. 1ª ed. São Paulo: Editora Apoio Ltda., 1989.
MARZZOCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica básica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
CAMPBELL, M.K. Bioquímica 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
CHAMPE, P.C.; HARVEY, R.A. Bioquímica ilustrada. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
LEHNINGER, A.L.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica. 2ª ed. São Paulo: Sarvier,
2000.

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