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EXPANSÃO CAFEEIRA

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Economia Brasileira – Editora Saraiva
Manual do Professor
Capítulo 2: Os Ciclos Econômicos
Objetivos do Capítulo
Estudar a formação econômica inicial do Brasil, demonstrar que o sentido da colonização (monocultura, latifúndio, trabalho escravo) marca todos os ciclos econômicos iniciais, com exceção do ciclo do ouro.
Introduzir outros aspectos para a melhor compreensão do tema, como o mercantilismo e a inserção do colonialismo do ponto de vista mercantil. Além de uma breve passagem sobre as leis de vantagens comparativas.
Estrutura do Capítulo
2.1 A produção açucareira
2.2 O ciclo do ouro
2.3 O renascimento agrícola
2.4 Entraves à consolidação do capitalismo
Vantagens comparativas
Resumo do Capítulo
2.1 A produção açucareira
O processo de substituição da mão-de-obra nativa pela negra foi mais rápido na região Nordeste, núcleo inicial da produção açucareira, que demandava a força de trabalho proveniente da África.
No resto do país, a implantação do sistema foi mais lenta, pois seu custo era alto fora das zonas dinâmicas da economia.
Resolvido o fator trabalho, a monocultura pôde iniciar-se; eram grandes unidades produtivas tocadas por inúmeros trabalhadores.
O conceito de engenho ampliou-se a todas as terras e culturas, tornando-se equivalente a propriedade canavieira.
As extensas terras eram ocupadas principalmente com as grandes plantações, mas também eram usadas para a agricultura de subsistência e a pastagem dos animais.
Até o século XVII a produção de açúcar na América portuguesa era líder no mercado mundial, e só perdeu espaço quando entraram no cenário americano as produções concorrentes da América Central e das Antilhas.
Ainda durante o ciclo açucareiro, Lisboa enfrentaria dificuldades advindas das invasões holandesas na região Nordeste.
A manutenção dos interesses portugueses na região Nordeste tornou-se mais difícil, sendo garantida na ponta das baionetas.
2.2 O ciclo do ouro
O ouro brasileiro provocaria grandes mudanças, que levariam ao esgotamento da primeira fase do açúcar.
As demais atividades declinaram diante da importância desse metal.
O ouro trouxe para Minas Gerais, junto com as classes dominantes, um contingente populacional atraído pela ilusão do enriquecimento rápido.
Os bandeirantes paulistas tinham como objetivo principal a captura de índios, contudo foram esses aventureiros que encontraram o ouro mineiro na região das cidades históricas.
A repercussão da descoberta do metal gerou um movimento migratório inédito para o Brasil, alterando o perfil populacional, sobretudo pelo surgimento de uma camada média na escala social.
A indústria da mineração consolidava-se pela exploração das jazidas, que era realizada, de um lado, nas lavras e, de outro, pelo trabalho dos faiscadores.
A maior produção era obtida nas grandes lavras, que reuniam um número elevado de trabalhadores, a maioria dos quais era escrava. Não se registra a presença do índio.
Diferentemente do ciclo econômico anterior, havia uma maior mobilidade social; um escravo podia chegar até a estabelecer-se por conta própria, trabalhando por quotas e acumulando o suficiente para adquirir a própria liberdade.
A atividade aurífera exigia um controle maior por parte dos colonizadores, em virtude de sua importância como fonte de riqueza.
O controle era praticado por meio de atos, regimentos, regulamentos e vigilância local. É dessa época a determinação da quinta parte – o quinto – como taxação sobre o ouro extraído.
A Fazenda Real enfrentava muitos contratempos para a fiscalização da cobrança desse imposto, pois era um tributo alto e os mineradores não poupavam criatividade para burlar o fisco e maquiar o montante da produção obtida.
Espontaneamente ou de forma compulsória, por meio do derrame, uma quantia de 100 arrobas (ou 1.500 quilos) tinha de ser entregue à fiscalização.
Tamanho abuso de Lisboa determinou um clima de revolta, culminando com a Inconfidência Mineira, que, apesar de todos os percalços, conseguiu pôr um fim nesses atos predatórios para a colônia.
O século XVIII chegou ao seu final conhecendo a decadência da mineração brasileira.
O ouro. que ainda era encontrado, geralmente nos leitos e nas margens dos rios (ouro de aluvião), tornara-se pouco abundante.
Outra preciosidade explorada à época foram os diamantes. Em comparação com o ouro, sua produção foi pequena, mas conheceu a mesma lógica exploratória.
A corrida pelo ouro em direção a Minas Gerais alterou o quadro populacional interno, promovendo a ocupação do Centro-Oeste e a mudança do eixo econômico.
Desenvolveram-se também, na região, a agricultura e a pecuária, como atividades acessórias para a manutenção da produção mineradora.
Outra conseqüência foi a transferência da capital, em 1763, da Bahia para o Rio de Janeiro, pois a comunicação entre Minas e a Metrópole seria estabelecida com mais facilidade por intermédio do porto carioca.
2.3 O renascimento agrícola
Com o florescimento da mineração, a agricultura atravessou um período de decadência.
Fenômeno oposto ocorreria no século XVIII, quando novamente a agricultura se tornaria a maior fonte de recursos da colônia.
A aliança portuguesa com o governo inglês colocava Portugal numa posição privilegiada no emaranhado das guerras européias, e o Brasil pôde aproveitar as novas oportunidades para oferecer suas mercadorias tropicais.
Com as novas tecnologias desenvolvidas na Revolução Industrial, o algodão tornou-se a principal matéria prima da época.
Com o surto industrial esse produto passou a ser cultivado em todo o país, do Pará ao Paraná, passando por Goiás e chegando até o Rio Grande do Sul.
O açúcar acompanharia o algodão no renascimento agrícola da colônia. Após um centenário de decadência, as antigas regiões produtoras ressurgiram.
Outra produção que floresceu nesse ciclo foi a do arroz. Embora secundária em relação ao açúcar, teve certa expressão na pauta de exportações.
Ainda no século XVIII, o cacau apareceu no cenário baiano e na região paraense.
Complementarmente, observou-se no Pará a exportação de produtos florestais, tais como baunilha, cravo e canela, além de resinas aromáticas, explorando a mão-de-obra indígena.
O café chegou ao Brasil ainda na primeira metade do século XVIII. Porém surge como um gênero de menor importância.
No início foi desprezado em favor do açúcar, mas acabaria por figurar praticamente isolado na balança comercial a partir do Segundo Império.
O renascimento agrícola colonial marcou a superação da era da mineração e, novamente, o Brasil voltou-se do interior para a costa.
Esse novo surto não teve uma longa vida no Nordeste, pois, já na segunda metade do século XIX, o Centro-Sul tomaria a liderança, enquanto se assistia ao declínio das regiões Norte e Nordeste.
2.4 Entraves à consolidação do capitalismo
O mercado interno em uma sociedade movida pela lógica do capital é responsável por um dos eixos do crescimento econômico.
A economia colonial visava apenas ao mercado externo, produzindo para exportação e consumindo a riqueza obtida em produtos importados dos países centrais.
O país era povoado por uma massa humana, na sua maioria escravizada e com núcleos vivendo da subsistência, impedindo assim a geração de uma demanda real para o mercado interno.
Somente com a economia mineira é que foi possível vislumbrar um insípido mercado consumidor interno, pois em alguns casos a atividade local supria as necessidades que antes dependiam de importações.
Diante das dificuldades da própria Metrópole em firmar sua manufatura (Tratado de Methuen), era extremamente mais difícil para a colônia desenvolver manufaturas.
O ouro brasileiro, provavelmente, foi o maior responsável por esse atraso, desviando a Metrópole da direção da dinâmica fabril. O ouro foi consumido em produtos ingleses, conforme o Tratado de Methuen, favorecendo os poderosos produtores de vinho portugueses.
A passagem do período colonialpara o de Estado-Nação foi marcada pela permanência do atraso estrutural vivido pelo país.
A via colonial não conseguiu autodeterminar-se economicamente com uma acumulação local, não satisfazendo assim a lógica capitalista.
As formas arcaicas que se seguiram à organização do nosso sistema produtivo emperraram as leis da acumulação capitalista.
A inserção da economia brasileira na divisão internacional do trabalho inicia-se a partir da empreitada comercial.
Mesmo com a conquista da independência política, não se romperam os laços de subordinação estrutural com os pólos hegemônicos do capitalismo internacional.
Em torno da questão da emancipação econômica podemos distinguir pelo menos três grandes linhas:
 Incorporação do país no mercado internacional de forma homogênea, aceitando as regras ditadas pelo capital internacional, efetivando o mundo da livre concorrência;
Possibilidade de ser um centro autônomo dentro do capitalismo, empregando uma política econômica protecionista e uma participação agressiva do Estado na economia;
Rompimento com o modo de produção capitalista.
Vantagens Comparativas: Possuem vantagens comparativas os bens produzidos em um determinado país, cujos custos de produção sejam menores que os de outro país. As vantagens comparativas podem ser naturais ou adquiridas.
Sugestões Didáticas
É importante reforçar a idéia de que o sentido da colonização fundamenta-se em três elementos: i) latifúndio, ii) monocultura e iii) trabalho escravo vindo da África. Entender o porquê de cada um desses itens é de fundamental importância para a sua fixação;
A mineração, é importante destacar, seria a primeira atividade que poderia trazer um núcleo autônomo para dentro da colônia, pois trouxe certa mobilidade social e não estava tão fechada no tripé do sentido da colonização, todavia, mesmo aumentando o consumo interno e substituindo algumas importações, vemos que somente o capital do setor cafeeiro viria a superar esses traços marcados no período colonial.
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