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crescimento e desenvolvimento da criança

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CASO 4- THAÍS
3
	Objetivos
Definir as principais etapas do desenvolvimento relacionando com seus períodos
Diferenciar crescimento de desenvolvimento, exemplificando
Definir os principais marcos do crescimento e desenvolvimento do lactente, exemplificando
Entender a curva do crescimento, relacionando com o cartão da criança
Explicar o papel do crescimento compensatório dos lactentes
Descrever a evolução neurológica dos lactentes
Crescimento e desenvolvimento (CD)
Crescimento: modificação física (peso, volume, tamanho dos tecidos e órgãos) decorrente da alteração do número ou volume das células. É habitualmente caracterizado por aumento, mas pode ocorrer diminuição dos tecidos. É avaliado por peso, altura.
Desenvolvimento: modificação funcional das células/tecidos/órgãos. Implica em aquisição ou aperfeiçoamento de funções. Pode-se observar aquisição (ex: capacidade de cálculo) ou redução (ex: perca da metabolização da lactose) da capacidade funcional. É avaliado por testes funcionais.
O CD é a interação entre o potencial genético e o ambiente físico e social, sendo um indicador de saúde de uma população. Não é uniformemente contínuo, tem fases de aceleração (pré-natal, 3 primeiros anos pós-natal e adolescência) e desaceleração.
* Principais fatores de influência:
Genética 
80%- ambiente adequado, 50-60%- ambiente hostil
Nas crianças <5 anos, o ambiente físico influi mais que o genético
Nutrição 
Atenção especial aos 2 primeiros anos
Desnutrição causa efeitos na infância e retarda o início da puberdade
Doenças agudas repetidas ou crônicas
ITU, tuberculose, asma, anemia, cardiopatia, doenças neurológicas e psicológicas atrasam o CD
Fatores ambientais, sociais e econômicos 
Condições de vida inadequadas interferem diretamente no CD
CD compensatório: é aceleração ou desaceleração que ocorre após diminuição ou aumento do ritmo do CD por causa fisiológica/patológica. Pode ser rápido e intenso/lento e prolongado, completo/incompleto (canalização), total/parcial (antropométrico e funcional). Depende de um potencial de normalidade do CD, da intensidade do agravo e etapa da vida em que ele ocorreu, além de diagnóstico e intervenção adequados. É mais efetivo nos 2 primeiros anos de vida.
Tendência secular: aceleração dos parâmetros do CD ao longo do tempo devido à melhoria de vida que favorece o potencial genético. Ex: menarca mais cedo, aumento da estatura.
	*Lactente: criança após os primeiros 28 dias de vida (recém-nascido), até completar o segundo ano de idade (24 meses). 
CRESCIMENTO
2 primeiros anos- fatores nutricionais {oferta, absorção ou assimilação de nutrientes}
Do 2º ano até a puberdade- GH
Puberdade- hormônios sexuais
Dados antropométricos
Peso
Comprimento (<2 anos, deitado) /altura (>2 anos, ereto)
Perímetro cefálico- aferição regular nos 2 primeiros anos (maior crescimento pós-natal do cérebro)
Perímetro torácico e abdominal- rotina neonatal
Envergadura, segmento superior/Werior, tamanho do pênis e testículos, distância interpupilar são pra situações especiais
Índices antropométricos
Peso para idade
Estrutura para idade
Peso para estatura
Perímetro cefálico para idade
Perímetro (circunferência) braquial
Velocidade de crescimento
Alometria: estudo do crescimento de uma parte do corpo para o organismo inteiro (crescimento diferencial/relativo/alométrico)
	Idade
	Incremento linear (cm/ano)
	1º ano de vida
	20-25
	2º ano de vida
	12
	3º ano de vida
	8
	De 3 anos ao início da fase puberal
	5-7
	Fase puberal
	8-feminino/10-masculino
Caderneta da criança: permite a continuidade aos registros e avaliações a longo prazo e que as crianças de 0-5 anos sejam acompanhadas por profissionais distintos de diferentes serviços. É entregue pela UBS em campanhas de vacinação, creches ou visitas de ACS para todos os pais/ responsáveis de crianças nessa faixa etária. Avalia CD, dispõe informações sobre o nascimento, calendário de vacinação, ocorrência de afecções... Substituiu o cartão da criança (cartão de vacina)
Curva de crescimento de desenvolvimento: é feita no pré-natal e corresponde ao crescimento embrionário-fetal e ao produto das divisões celulares sem interferências, que resulta em um RN a termo com plena expressão do potencial genético. 
Identifica precocemente anormalidades para intervenção em tempo hábil. Utiliza-se:
Anamnese (HDA, IG, antecedentes pessoais e familiares)
Exame físico (altura do fundo uterino, ausculta fetal, incremento do peso materno)
Exames complementares (estudos ecográficos, bioquímicos e citológicos)
Ao nascer: aferição de peso, comprimento, perímetro CTA e exame físico detalhado.
As curvas de crescimento constituem um importante instrumento técnico para medir, monitorar e avaliar o crescimento de todas as crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, independente da origem étnica, situação socioeconômica ou tipo de alimentação. Desnutrição, sobrepeso, obesidade e condições associadas ao crescimento e à nutrição da criança podem ser detectadas e encaminhadas precocemente. As curvas da OMS adaptam-se bem ao padrão de crescimento das crianças e adolescentes e aos pontos de corte de sobrepeso e obesidade recomendados para os adultos. OMS divulgou curvas de crescimento que estabelecem os padrões de peso para idade, estatura para idade e índice de massa corpórea (IMC), definindo valores médios de normalidade. 
A utilização do padrão de referência é realizada rotineiramente por meio de gráficos ou curvas de crescimento, o que proporciona correta interpretação dos parâmetros aferidos. Há, entretanto, variabilidade dentro da normalidade desses valores, os quais podem se agrupar em uma medida central e em valores de dispersão (percentil; escore Z; desvio padrão). Para a avaliação adequada das curvas de crescimento, deve-se avaliar o quadro clínico, os pontos no gráfico e a inclinação do traçado, pois uma criança que apresenta traçado horizontal ou descendente provavelmente está doente caso esteja com registros entre +- 2Z no escore (tido como normal em vários casos).
	Neonato
	0-28 dias
	Lactente 
	29 dias-2 anos
	Pré-escolar (período edipiano)
	2-4 anos
	Escolar (período de latência)
	5-10 {puberdade} anos
	Fase da adolescência
	11-19 anos
Fases do desenvolvimento de Piaget:
Sensório-motora (0-2) - exploração corporal
Pré-operatória (2-6) – reconhecimento das diferenças morfológicas e fisiológicas entre os sexos. Identidade sexual estabelecida em torno dos 5-6 anos
	Marcos do desenvolvimento
	Meses 
	Sinais de prazer (sorriso involuntário) e desconforto, presta atenção nos sons, observa o rosto próximo
	0
	Responde ao sorriso (sorriso voluntário), olha pra objetos coloridos, gosta que mude a posição
	1-2
	Olha pra quem o observa, responde balbucios quando alguém conversa com ele, mãos e objetos na boca, inquieto, levanta cabeça e ombros de bruços
	3-4
	Sabe quando se dirigem à ele e gosta de conversar, procura voz com olhar e cabeça, olha e pega tudo, senta com apoio, vira-se sozinho, propriocepção 
	5-6
	Pode estranhar, senta sem apoio, pode engatinhar ou se pôr de pé, curioso, prova de novos alimentos, repete sílabas
	7-9
	Dá tchau, bate palmas, solta palavras com sentido, aponta pra o que quer, anda com apoio
	10-12
	Anda sozinha, compreende bem mas fala pouco, executa ordens simples, quer comer só, gosta de músicas e histórias, birra
	12-18
	Fala frases simples, vontade própria, fala muito “não”, pode começar a aprender a fazer xixi e cocô, pode ajudar a se vestir
	18-24
Diminuição do peso na primeira semana pela eliminação do excesso de líquido extravascular e ingestão limitada. Após a adaptação do lactente na amamentação, eles devem recuperar ou exceder o peso de nascimento com 2 semanas de idade. Esse é o período de crescimento mais rápido após o nascimento. A velocidade do ganho de peso sofre uma redução entre 3 e 4 meses. No quarto mês o RN duplica o peso de nascimento. Ao completar 1 ano, terá triplicado seu peso de nascimento,aumentado em 50% seu comprimento e em 10cm seu perímetro cefálico.
2º ano: entende o que é próprio e dos outros, capacidade de caminhar, pensamento e linguagem simbólica. Nesse ano, o peso e a altura crescem com velocidade constante, ganhando 2.5kg e 12,5cm. Nos primeiros 6 meses, a velocidade do crescimento continua desacelerando e o apetite cai. Andam com aparência de genu varum e braços fletidos no início. O aprendizado é baseado nas sensações diretas e manipulação motora. A linguagem permanece sendo a não-verbal, apesar de formular frases simples.
4 tipos fundamentais de crescimento das estruturas do corpo:
Geral somático
-Corpo como um todo, dimensões externas (menos cabeça e pescoço), tecido muscular e ósseo, volume sanguíneo, órgãos dos aparelhos respiratório, circulatório e digestivo, rim e baço
-Representado pela curva de peso e estatura, “S”, com maior velocidade de 0-2 anos e na puberdade
-Intensa velocidade nos 2 primeiros anos
Neural
-Cérebro, cerebelo e afins, aparelho ocular, perímetro cefálico
Linfoide
-Timo, gânglios linfáticos, amídalas, adenoides, folículos linfoides intestinais.
-Desenvolvimento máximo entre 8-10 anos
Genital 
-testículos, epidídimo, vesículas seminais, próstata, ovário, útero e anexos
-permanecem quiescentes entre 8-10 anos de vida, para crescerem acelerados na puberdade
Criança com 2 anos:
Cérebro: 80% do tamanho adulto
Dentição: primeira dentição completa
Peso médio: meninos- 15kg, meninas- 10,5kg
Estatura média: meninos- 91cm, meninas- 81 cm
Perímetro cefálico: meninos- 48,8cm, meninas- 47,8cm
Horas de sono diário: 11-14h
Desenvolvimento neuronal do lactente
	Mês
	Expressão vocal
	Postura 
	Reflexos miotáticos e superficiais
	Reflexos arcaicos
	Locomoção
	Coordenação 
	0-1
	Choro inarticulado
	Atitude assimétrica, hipertonia geral em flexão, hipotonia do mm. paravertebrais
	Miotáticos + vivos, reflexo cutâneo-plantar em extensão do hálux com ou sem leque
	Sucção, preensão dos dedos, de magnus-de kleijn, de moro, apoio plantar e marcha automática, reflexos oculares
	
	
	2-3
	Lalação evidente
	Início da atitude simétrica e cabeça em supinação, hipertonia flexora geral atenuada
	Redução dos miotáticos, persiste o cutâneo-plantar
	Perda do reflexo de magnus-de kleijn, dos olhos de boneca, início do de Landau
	
	
	4-6
	Estabilização da lalação
	Mudança de decúbitos e de posição, sustentação completa da cabeça, senta com apoio, redução da hipertonia em flexão. 
	Reflexo cutâneo plantar com inconstância no hálux
	Perda do reflexo de moro, da preensão palmar reflexa, do apoio plantar, da marcha reflexa, estabilização de Laudau; acompanha estímulo luminoso 
	
	
	7-9
	Primeiras palavras, perda gradual da lalação
	Decúbitos espontâneos, senta sem apoio, posição ortostática com apoio, hipotonia fisiológica, desaparecimento da hipertonia em flexão
	
	Perda de sucção reflexa, estabilidade de laudau e da preensão plantar reflexa
	Início do engatinhare da marcha com apoio
	Estabilização da preensão palmar voluntária, mão- lenço no rosto, mão-objeto, início da preensão em pinça
	10-12
	Fim da lalação, primeiras palavras
	Posição ortostática sem apoio
	Predomínio do reflexo cutâneo-plantar
	Desaparece a preensão reflexa, diminui LAndau
	Estabilização do engatinhar e da marcha com apoio, início da marcha sem apoio
	Fim da preensão plantar e palmar, estabilidade da pinça
Reflexo de Landau - Quando o examinador flete a cabeça, as pernas se fletem. É um reflexo postural fundamental para sentar e andar.
 SAÚDE DA CRIANÇA

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