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Lei Complementar 390 02 07 2008 Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul

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30/11/2017 Lei Complementar 390 02/07/2008 - Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul
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Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul
Poder Legislativo do Município de Santa cruz do Sul
Lei Complementar 390 02/07/2008
Dados do Documento
Data do Documento 02/07/2008
Ementa Dispõe sobre a instalação de Condomínios Urbanísticos e fechamento de Loteamentos no Município de Santa
Cruz do Sul e dá outras providências (condomínio).
Situação Alterada
Autor: Poder Executivo - Prefeita Helena Hermany 
Situação: Alterada 
Observações: Alterada pela Lei Complementar nº 505 e 629.
LEI COMPLEMENTAR Nº 390, DE 02 DE JULHO DE 2008. 
Dispõe sobre a instalação de Condomínios Urbanísticos e fechamento de Loteamentos no Município de Santa Cruz do Sul e dá outras providências. 
A PREFEITA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DO SUL. 
FAÇO SABER em cumprimento ao disposto no inciso V, do artigo 61 da Lei Orgânica do Município, que o Poder Legislativo aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte
Lei Complementar: 
Art. 1º Pela presente lei, denominada de Lei de Condomínios Urbanísticos e Loteamentos Fechados, fica o Poder Executivo autorizado a aprovar projetos de condomínio
urbanístico e a autorizar o fechamento de loteamento em áreas urbanas, com base no artigo 70, incisos III e IV da Lei Complementar 335, de 03/01/2007. 
Art. 2º Na implementação do Condomínio Urbanístico e no fechamento do Loteamento, deverão ser observadas as diretrizes gerais da política enumeradas no Estatuto
da Cidade, na Lei nº 6.766/79, na Lei nº 10.406/2002, Lei nº 4.591/64, no De creto-Lei nº 271/67, Lei Municipal nº 335/07 e Lei nº 1.659 de 14/12/1977. 
Art. 3º Para fins desta lei, conceitua-se condomínio urbanístico a subdivisão de área em lotes urbanizados, como unidades autônomas, com acesso e circulação fechada
ou limitada, podendo o perímetro ser fechado. 
Art. 4o Para fins desta lei, caracteriza-se o loteamento fechado pelo cercamento ou não da área nele contida, compreendidos lotes, demais áreas e arruamento, através
de cerca, muro ou outra forma de tapume aprovada pelo Poder Público Municipal, aprovado originalmente de acordo com a Lei 6.766/79 e leis municipais pertinentes. 
Art. 5º O condomínio urbanístico será considerado como uma forma de parcelamento de solo, pelo impacto ambiental e urbanístico, devendo por isso seguir, no mínimo,
os seguintes requisitos: 
I – localizar-se preferencialmente na Zona Especial e não causar descontinuidade presente ou futura na expansão viária da cidade; 
II – seguir o que determina a lei de loteamentos, no que esta lei não regrar diferente, especialmente quanto aos licenciamentos ambientais, infra-estrutura e sistemas de
redes e estações de água, energia elétrica, esgoto cloacal e pluvial e percentuais de áreas verdes e áreas de equipamentos urbanos; e 
III – a minuta da convenção condominial deverá acompanhar o processo de aprovação junto ao Poder Público Municipal, para fins de aferição das restrições construtivas,
paisagísticas e ambientais convencionais. 
Art. 6º A área destinada a equipamentos comunitários ou urbanos, que é de no mínimo cinco por cento sobre a área global, deverá localizar-se fora do perímetro fechado,
com acesso direto à via pública, sendo que a área verde, com o mínimo de dez por cento, poderá localizar-se dentro do condomínio, tanto como área verde de
preservação ou como área de lazer. 
Parágrafo único. Para qualquer zona de desenvolvimento, os percentuais, de cinco por cento para a área de equipamentos comunitários ou urbanos, e de dez por cento
para área verde, devem obedecer o que estabelece o artigo 38, da Lei complementar nº 335, de 03 de janeiro de 2007. 
Art. 7º Os direitos e deveres dos condôminos, adquirentes das unidades autônomas, deverão ser estabelecidas na forma de convenção condominial, de acordo com o
artigo 1.334, da Lei 10.406/2002. 
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§ 1º O condomínio poderá estabelecer, na convenção condominial, normas próprias e supletivas às normas federais, estaduais e municipais, de regulação e limitação
edilícia e de uso do solo relacionadas a cada unidade autônoma. 
§ 2º Na matrícula de cada unidade autônoma deverá ser averbada, obrigatoriamente, a síntese das limitações construtivas e de uso do solo, para que o Poder Público
Municipal possa aprovar os projetos construtivos de acordo com a convenção. 
§ 3º O Poder Público Municipal poderá exigir aprovação prévia pelo condomínio, dos projetos construtivos a serem edificados nas unidades autônomas, caso tal exigência
seja feita pelo Condomínio. 
Art. 8º A propriedade das vias de circulação internas, as áreas verdes internas e outras áreas comuns, não passarão ao Município, permanecendo como propriedade do
condomínio ou como área de uso comum dos condôminos. 
§ 1º As vias de circulação internas preferenciais do condomínio urbanístico deverão ter a largura mínima de 14,00m (quatorze metros), sendo 8,00m (oito metros) de pista
pavimentada. 
§ 2º As vias de circulação interna, secundárias do condomínio urbanístico ou em condomínios com menos de 30 (trinta) lotes, deverão ter a largura mínima de 12,00m
(doze metros), sendo no mínimo 6,00m (seis metros) de pista pavimentada. 
§ 3º As áreas de circulação não destinadas a veículos automotores, como ciclovias, passeios, áreas de circulação externa para fechamento do perímetro, ronda e outras,
terão largura livre, a ser definida de acordo com a particularidade de cada empreendimento. 
Art. 9º A extensão máxima do quarteirão será 45 0,00m (quatrocentos e cinqüenta metros), sendo que dentro da área do Cinturão Verde e nas quadras contínuas ao muro
ou área de fechamento do perímetro não há limite de extensão. 
Art. 10. O empreendedor, após executar, às suas custas, as redes de água, energia elétrica e iluminação, esgoto cloacal, pluvial e eventuais estações, realizará a doação
das mesmas ao Poder Público Municipal e/ou às concessionárias dos respectivos serviços, que farão sua manutenção. 
Parágrafo único. O Poder Público Municipal e/ou as concessionárias terão livre acesso às vias de circulação internas do condomínio, para executar as necessárias
ligações às obras a serem edificadas, leituras em medidores, fiscalizar, fazer manutenção e executar obras de eventual ampliação ou interligação às ruas lindeiras para
dar continuidade às redes. 
Art. 11. Será de inteira responsabilidade do Condomínio, o desempenho dos seguintes serviços: 
I – a manutenção das árvores e poda, quando necessário, o bedecendo à legislação relativa ao meio ambiente; 
II – a limpeza, conservação e manutenção das vias coletivas de circulação, da pavimentação e da sinalização do trânsito; 
III – manutenção e conservação das áreas verdes e de preservação permanente; 
IV – garantia de ação livre e desimpedida de autoridades, entidades, concessionárias de serviços e agentes públicos no desempenho de suas atividades funcionais; e 
V – manutenção e conservação das redes de iluminação pública, bem como o pagamento do consumo da energia, salvo outro ajuste com a concessionária dos serviços
de distribuição de energia elétrica do Município; e 
VI – outros serviços que fizerem necessários. 
Parágrafo único. O pagamento do consumo da energia elétrica referente à iluminação pública de que trata o Inciso V, deixará de fazer parte do rol de responsabilidades
do Condomínio, caso seja instituído pelo Poder Público Municipal, qualquer mecanismo de cobrança individual, por unidade autônoma, da taxa de iluminação pública. 
Art. 12. A coleta de lixo e a iluminação serão públicos, sendo realizadas pelo poder Público Municipal e concessionárias de serviço público ou contratadas, obedecendo o
mesmo critério deoutros loteamentos e terrenos da cidade, no que se refere ao ressarcimento destes custos. 
Art. 13. As áreas e benfeitorias doadas ao Poder Público ou concessionárias de serviço, tais como redes, estações de bombeamento ou tratamento de esgoto,
reservatórios de retenção e retardo das águas pluviais e outras, ficam isentas de pagamento de qualquer contribuição condominial. 
Art. 14. Após aprovação do empreendimento junto ao Poder Público Municipal, o empreendedor deverá apresentar ao Ofício do Registro de Imóveis a documentação
exigida pelo mesmo para o competente registro. 
Art. 15. Caso o empreendedor opte pela venda de unidades autônomas (lotes), antes de concluídas as obras de infra-estrutura do condomínio urbanístico, deverá realizar
a incorp oração na forma prevista na Lei 4.591/64. 
Art. 16. Para efeitos tributários, cada lote mencionado no registro do condomínio urbanístico constituirá unidade autônoma, contribuindo o proprietário diretamente com as
importâncias relativas aos impostos e taxas federais, estaduais e municipais, na forma dos respectivos lançamentos ou instrumentos de cobrança. 
Art. 17. Os loteamentos somente terão a autorização de seu fechamento, caracterizado pela circulação fechada ou limitada, mediante lei especial, que autorize a
concessão de uso das ruas e áreas verdes internas ao perímetro, mediante os seguintes requisitos mínimos: 
I – localizar-se, preferencialmente na Zona Especial e não causar descontinuidade na expansão viária da cidade; 
II – seja criada a Associação de Proprietários ou Moradores, devidamente registrada; 
III – todos os proprietários, promitentes compradores ou concessionários estejam de acordo com a transformação do loteamento em loteamento fechado, a ssinando o
estatuto da Associação de Moradores ou Proprietários; 
IV – seja averbada em cada matrícula do lote, no Registro de Imóveis, a notícia da existência do Estatuto da Associação, e a síntese das limitações construtivas
existentes; 
V - a área de equipamentos comunitários, de no mínimo cinco por cento sobre a área global deverá ficar fora do perímetro fechado, podendo ser em outro local da cidade,
desde que aceito pelo Município e seu valor seja equivalente; e 
VI – adequação, no que couber, às exigências previstas na presente lei para os condomínios urbanísticos; 
§ 1º Nos loteamentos cujo fechamento tenha sido autorizado poderão ser feitas guaritas, cancelas, pórticos, portões ou praças, mediante aprovação do Poder Público
Municipal. 
§ 2º A autorização de fechamento de que trata o caput deste artigo tem caráter provisório, sendo que esta autorização poderá ser revogada pelo Poder Público Municipal
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a qualquer tempo, mediante lei específica, quando ho uver necessidade de alteração e/ou ampliação do sistema viário, ficando o Município isento da responsabilidade de
indenização de qualquer benfeitoria relativa à estrutura de fechamento do condomínio. 
Art. 18. Qualquer área destinada à instalação de condomínios urbanísticos e fechamento de loteamentos deverá ter autorização prévia da Câmara de Vereadores. 
Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. 
Santa Cruz do Sul, 02 de julho de 2008. 
HELENA HERMANY 
Prefeito Municipal 
Registre-se, publique-se e cumpra-se 
CARLOS ALBERTO HAAS 
Secretário Municipal de Administração

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