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Planejamento de Carreira e Sucesso Profissional - Conteúdo Online

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PLANEJAMENTO DE CARREIRA E SUCESSO PROFISSIONAL 
AULA 1 – VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA O ENSINO SUPERIOR? 
Um dos problemas mais comentados em termos de Educação refere-se à carência de 
qualidade da Educação Básica, em especial do Ensino Médio. 
Ao final do Ensino Fundamental, o percentual de alunos com conhecimento considerado 
adequado é de apenas 17% no caso de Matemática e de 27% em Língua Portuguesa. 
83% dos jovens avaliados ao final do ensino fundamental demonstraram saber menos 
Matemática do que deveriam saber. 
39ª é a colocação do Brasil no ranking que avalia o nível da Educação em 40 países, de 
acordo com a pesquisa realizada pela Pearson International em 2012. 
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é calculado com base na taxa de 
rendimento escolar (aprovação e evasão) e no desempenho dos alunos no SAEB e na Prova 
Brasil. 
AULA 2 – CONHEÇA SEU CURSO E SUA INSTITUIÇÃO 
As Instituições de Ensino Superior podem ser Universidades, Centros Universitários e 
Faculdades. Nelas funcionam os cursos de graduação, que se dividem em bacharelados, 
licenciaturas e tecnólogos. 
Ainda fazem parte do Ensino Superior os cursos de pós-graduação, que se subdividem em 
stricto sensu (mestrados e doutorados) e lato sensu (cursos de especialização e MBAs). 
Instituições de Ensino 
Uma Universidade é uma instituição baseada em 3 pilares indissociáveis: ensino, pesquisa e 
extensão. O status de Universidade permite gozar de autonomia para executar suas 
finalidades, como criar novos cursos, por exemplo. As universidades devem possuir ao menos 
4 programas de pós-graduação stricto sensu, sendo um deles doutorado. 
Os centros universitários, assim como as universidades, possuem cursos de graduação em 
diferentes áreas do conhecimento e autonomia para criar cursos na sede da instituição. 
Geralmente são menores que uma Universidade e não possuem exigência de ter programas 
stricto sensu, por exemplo. 
As faculdades atuam normalmente em áreas específicas do saber, especializando-se em 
cursos de gestão, por exemplo, ou de saúde, educação etc. Uma Faculdade não possui 
autonomia para criar programas de ensino. 
Cursos de Graduação 
Bacharelado e Licenciatura são cursos superiores que confere ao formado competências em 
determinado campo do saber para o exercício de uma determinada atividade, seja acadêmica, 
seja profissional. Ambos possuem uma base comum, mas no decorrer do curso vocaciona-se o 
futuro bacharel para disciplinas voltadas à atuação profissional; enquanto o licenciado é 
preparado para atuar como professor na Educação Básica. 
O curso Tecnológico, por sua vez, possui carga-horária menor que o Bacharelado e a 
Licenciatura, e apresenta como característica geral a preparação específica para atuar no 
mercado de trabalho em uma determinada área, como Logística, por exemplo. 
Cursos de Pós-Graduação no Brasil 
Os cursos lato sensu também são chamados especialização, possuem caráter de 
aperfeiçoamento ou de atualização em uma determinada área de conhecimento, tanto com 
vistas a aprofundar o conhecimento ou qualificar seu egresso para uma determinada função. 
Têm carga horária mínima de 360 horas e se encontram nesta categoria também os cursos 
designados como MBA. 
Os cursos stricto sensu são cursos voltados à formação científica e acadêmica e também 
ligados à pesquisa. Existem nos níveis: mestrado e doutorado. O mestrado dura entre dois a 
dois anos e meio, durante os quais o aluno desenvolve uma pesquisa e cursa as disciplinas 
relativas ao tema pesquisado. O doutorado tem duração média de quatro anos, para o 
cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e para a elaboração de uma tese. 
Ministério da Educação 
As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios 
e o tempo mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação. 
Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a obrigatoriedade de carga horária mínima 
de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular e trabalho de conclusão de 
curso, dentre outros. 
O Núcleo Docente Estruturante do curso analisa as determinações do MEC e estabelece o 
Projeto Pedagógico do Curso, onde se encontra a matriz curricular. 
Os professores das disciplinas também fazem parte do processo, auxiliando na especificação 
das ementas, carga horária, conteúdo programático, dentre outros, das disciplinas que 
compõem a matriz curricular. 
Os alunos, ao escolherem o curso e realizarem a matrícula, entram em contato com a matriz 
curricular, verificando quais disciplinas compõem cada período letivo, sua carga-horária, 
créditos etc. 
Atividades Complementares 
São componentes curriculares obrigatórios nos cursos de bacharelado e licenciatura e têm por 
objetivo enriquecer e complementar o perfil do formando. Essas atividades podem ocorrer fora 
do ambiente acadêmico e incluem a prática de estudos, pesquisas, atividades independentes, 
transversais, opcionais, de interdisciplinaridade etc. 
As atividades complementares privilegiam a complementação da formação social e 
profissional, fortalecendo as relações dos acadêmicos com o mercado do trabalho. 
Trabalho de Conclusão de Curso 
É um componente curricular obrigatório ao final dos bacharelados e licenciaturas, como forma 
de efetuar uma avaliação final dos graduandos, que contemple a diversidade dos aspectos de 
sua formação. O TCC pode ser uma monografia, um artigo científico, um projeto, dependendo 
do Projeto Pedagógico de cada curso. 
Alguns cursos da Graduação Tecnológica possuem a obrigatoriedade de TCC. 
Estágio Supervisionado 
O Estágio Curricular Supervisionado é uma atividade acadêmica obrigatória na maioria dos 
cursos de nível superior. Trata-se da articulação entre a teoria e a prática, essencial para a 
formação profissional. 
A carga horária mínima do estágio varia de curso para curso. 
AULA 3 – MÉTODOS DE ESTUDO NO ENSINO SUPERIOR 
Durante toda a vida, o tempo esteve e está presente, indicando horários a cumprir e decisões 
a tomar, mas nem sempre sabem-se lidar com isso. 
Saber administrar o tempo é saber o que, para você, é prioritário, dentre as várias coisas que 
você precisa fazer. 
Teoricamente é uma tarefa simples, mas não é. Estabelecer prioridade é uma necessidade e 
uma arte. 
Administrar o tempo ajuda a organizar sua rotina, maximizando sua produtividade. Como 
todas as ações possuem início, meio e fim, seu curso superior não é diferente. Dessa forma, 
ele pode ser visto como um projeto. 
Estabelecimento de Metas 
O que é uma meta? Em termos conceituais, é um ponto onde se quer chegar. 
Destaca-se três possíveis metas relacionadas à formação superior: 
 Meta Acadêmica/Pessoal: concluir o curso superior no prazo de formação estipulado, 
tornando-se um profissional bem preparado, ético e cidadão. 
 Meta Financeira: redimensionar o orçamento doméstico para custear o investimento em 
educação, evitando aumento de custos por atraso ou inadimplência. 
 Meta Profissional: ser promovido ou conquistar um novo emprego de acordo com a 
formação superior adquirida. 
Dessa forma, o próximo passo é estabelecer um plano de ação. 
Há 3 tipos de estilos de aprendizagem, todos são igualmente ativos nas pessoas, mas sempre 
um deles sobressai: 
Visual: vale-se da visão para obter e reter informações. Atenta para formas, detalhes, lembra 
rostos e não nomes, lê mapas e fluxos facilmente. 
- Estude por intermédio de recursos visuais (vídeos, fluxos, diagramas etc.); 
- Faça resumos, anotações, sublinhe partes do texto, reescreva conceitos mais complexos, 
destaque palavras mais importantes; 
- Acrescente bilhetes, notas, post-it ao material de estudo. 
Auditivo: vale-seda audição para obter e reter informações. Lembra-se de frases ditas, da 
voz, mesma há muito tempo, é mais atento a palestras e falas. 
- Leia textos em voz alta; 
- Preste atenção na fala do professor, só escreva quando ele não estiver falando; 
- Grave palestras, aulas etc.; 
- Grave resumos e os escute antes das avaliações; 
- Converse sobre o conteúdo com seus colegas. 
Cinestésico: vale-se dos sentidos para obter e reter informações. Identifica pelo tato, procura 
sem olhar, é mais atento a dinâmicas e atividades práticas. 
- Leia em voz alta, caminhando, ou converse sobre o conteúdo com um colega de forma 
dinâmica, com movimento (um fala uma parte, outro complementa); 
- Tente realizar atividades práticas que remetam ao conteúdo; 
- Use outros locais para leitura/estudo além dos que você normalmente usa; 
- Trate o conteúdo de forma dinâmica: leia, escreva, fale, gesticule, explique para você 
mesmo na frente do espelho. 
AULA 4 – FINANÇAS PESSOAIS 
Pode-se afirmar que a grande maioria dos agentes econômicos (pessoas físicas e jurídicas) 
pratica a administração financeira, conscientes ou inconscientes da realização do processo, 
pois ganham ou obtém empréstimo, gastam ou investem dinheiro. 
A relação entre pessoas e dinheiro não pode ser conflituosa, e sim virtuosa, ou seja, 
agregando valor a vida das pessoas e não destruindo seus sonhos e desafios. 
A Gestão financeira pessoal é a metodologia pelo qual o indivíduo administra recursos, 
buscando a otimização destes através da maximização das receitas e minimização dos gastos. 
Pessoa Física: é a pessoa natural, o indivíduo, desde o nascimento até a morte. 
Pessoa Jurídica: é uma entidade abstrata, não natural, com existência e responsabilidades 
jurídicas. 
Receita: são as entradas de recursos financeiros. Para as pessoas físicas podem ser salários 
aluguéis a receber, serviços prestados etc. A receita bruta são as entradas sem descontos, 
com o valor total do salário, já a receita líquida são as entradas após os descontos. 
Gastos: são desembolsos realizados, como pagamento de contas de água, luz. 
Investimento: são recursos que possibilitam retornos, como a poupança. 
Endividamento: é a capacidade de contrair dívidas. 
Financiamento: são recursos obtidos em instituições financeiras (bancos) com destino definido 
(compra de imóvel, veículo). 
Consórcio: são grupos que se reúnem, sob administração de terceiros, visando à aquisição de 
bens. 
Empréstimo: é o dinheiro concedido por instituições financeiras sem direcionamento, ou seja, 
pode utilizar o dinheiro para qualquer fim. 
Planejamento Financeiro é preparar-se para o futuro, através da previsão de receitas e gastos. 
É manter controle sobre o seu destino financeiro. Com base no seu planejamento, você terá 
condições de realizar investimentos e captar recursos dentro de uma necessidade de 
construção de riquezas, e não um endividamento sem saúde financeira. 
Desenvolver conhecimento sobre a própria situação financeira é posicionar-se um passo à 
frente na busca pelos seus objetivos. É olhar para o futuro com um binóculo! 
Parte do planejamento é dividir objetivos profissionais (onde deseja trabalhar e quando espera 
ocupar essa posição, qual a intenção de receita), pessoais (qual o desejo sobre seus 
relacionamentos, grau de instrução, lazer) e patrimoniais (o que se deseja adquirir: carro, 
moradia, aplicar em um investimento etc.). 
Através do orçamento há como perceber qual(is) gasto(s) está(ão) consumindo a maior parte 
da receita, ou seja, diminuindo a sobra de recursos financeiros. Com o orçamento pronto, 
estará transparente a necessidade da vida financeira para decidir melhor sobre o seu futuro. 
Todo planejamento deve possuir a origem de recursos financeiros, a descrição dos recursos 
que serão utilizados e quanto vai custar para este planejamento ser realizado. É importante 
utilizar o orçamento realizado também como controle, determinando o limite de gasto com 
base na receita. 
O investidor típico é aquele cuja renda é maior que seu consumo/gastos, sobrando recursos 
para serem aplicados. Mas é óbvio que nem todos são assim... Podemos classificar o perfil de 
investidor conforme suas características predominantes: 
 Conservador: o investidor conservador é aquele que não gosta de correr risco. 
Normalmente aplica seu dinheiro em fundos de renda fixa e caderneta de poupança. 
 Moderado: o investidor moderado é aquele que arrisca um pouco mais, mas também 
considera fortemente o risco e não costuma ousar. Costuma diversificar sua carteira de 
investimento, geralmente aplicando em fundos mistos, ações conservadoras, fundos de 
renda fixa e poupança. 
 Agressivo: o investidor agressivo ou arrojado não tem medo de investir em papeis de 
alto risco, buscando a maior rentabilidade no menor espaço de tempo. É, geralmente, 
investidor em mercado de ações, alavancando os investimentos com operações de 
derivativos (conceito que você verá mais à frente). 
O investidor disponibiliza seus recursos financeiros em troca de taxa de juros. O retorno tem 
de produzir riqueza, ou seja, a taxa de retorno deve superar a inflação e sobrar dinheiro. 
 A função dos bancos é captar recursos através de investidores e emprestar a tomadores, ou 
ele mesmo investir. O banco fica com o spread, ou seja, a diferença entre a taxa de 
empréstimo/aplicação e a taxa de aplicação do investidor. 
AULA 5 – MERCADO DE TRABALHO/GESTÃO DA CARREIRA 
O conceito carreira normalmente esteve associado a uma trajetória de trabalho, construída a 
partir de um planejamento definido de possibilidades concretas de crescimento. De certa 
forma, a expectativa do trabalhador era de ascensão de carreira, desde que ele 
correspondesse, satisfatoriamente, às funções e obrigações determinadas por seu 
empregador. 
Cenário Evolutivo da Carreira 
As empresas eram estáveis, tradicionais, e a concorrência praticamente não existia - Os 
cargos eram igualmente estáveis e previsíveis, havia pouca mobilidade (uma pessoa 
trabalhava a “vida inteira” no mesmo lugar, ou na mesma função) - A abertura de novos 
mercados, a tecnologia e o aumento da concorrência, ao longo do tempo, exigiram mudanças 
nas empresas - Os empregos começam a mudar, o profissional “especialista em uma coisa só” 
entra em extinção. 
Uma nova concepção de carreira, caracterizada pelo aumento da responsabilidade individual 
do profissional, faz com que a empresa não seja mais a única detentora de poder sobre a 
carreira de seus funcionários. 
Nesse contexto, passa para cada indivíduo a responsabilidade por gerir o próprio destino 
profissional. 
Muitos estudantes ingressam no ensino superior acreditando que estão iniciando uma estrada 
estável, previsível. Em outras palavras, acredita-se que há uma evolução natural da carreira, 
durante e após a formação, com o passar do tempo. 
Na prática, a estrada não é tão estável assim... Sempre deparam-se com caminhos diferentes, 
ou oportunidade que, aparentemente, poderiam “tirar da rota”. Muitas empresas possuem 
plano de carreira, pois o plano contribui para a motivação do trabalhador e para retenção de 
talentos, ou seja, uma estrada pré-definida. Mesmo que uma empresa apresente um plano de 
carreira, é provável que ele não esteja “sintonizado” com os objetivos e os planos pessoais de 
cada indivíduo. A carreira, portanto, deve ser pensada como um caminho em permanente 
construção, sendo empresa e funcionário “sócios” nesse processo. 
Segundo Fontenelle (op.cit., 2005), Peter Drucker alertava para o fato de que estaríamos 
vivendo uma mudança sem precedentes na história da condição humana: estaríamos tendo, 
pela primeira vez, a possibilidade de fazer escolhas e de administrar a nós mesmos. 
Nesse contexto,Drucker relaciona a capacidade de aquisição de conhecimentos com o 
desenvolvimento da carreira. A má notícia, segundo ele, é que nós estaríamos totalmente 
despreparados para isso. 
Pois por conhecimento, Drucker não se refere apenas aos conhecimentos formais, mas a 
capacidade de sabermos “quem somos”: qual o nosso lugar, nossas aptidões, nosso 
temperamento, nossas reais capacidades de realização do que queremos. 
AULA 6 – HABILIDADES E COMPETÊNCIAS PARA O MERCADO DE 
TRABALHO 
Você provavelmente já ouviu a expressão curriculum vitæ, não é? De sua origem latina, pode 
ser traduzida por “percurso da vida”. Normalmente usa-se currículo, em português. É um 
documento que sintetiza qualificações, competências e objetivos, entre outros. Em alguns 
casos, pode ser substituído ou complementado por um portfólio (para profissões como web 
designer, por exemplo). 
Quanto mais específico e detalhado, maior a oportunidade de se ter um retrato fiel do 
candidato em relação à vaga/função desejada. Por isso, o currículo deve ser verdadeiro e 
objetivo. 
Informações Pessoais: nome completo, endereço de residência/correspondência, contatos, 
dados pessoais. 
Objetivos: objetivo profissional específico (ideal), objetivo profissional geral, objetivo 
profissional para o primeiro emprego. 
Síntese das Qualificações: experiência, competências. 
Trajetória Profissional: tempo de atuação e nome da empresa, nome do(s) cargo(s) 
ocupado(s) e período de atuação no(s) cargo(s), resultados alcançados no(s) cargo(s). 
Trajetória Acadêmica: nome do curso, da instituição de ensino e período. 
Aprimoramento: nome do curso/certificação, da instituição de ensino e período. 
Salário e Disponibilidade: pretensão salarial (valor bruto), disponibilidade. 
Competência pode ser definida como uma mobilização de recursos para desempenhar uma 
determinada tarefa ou função. Nessa mobilização são envolvidas habilidades, conhecimentos, 
valores e atitudes, entre outros, os quais serão necessários para cumprir satisfatoriamente 
uma determinada ação. 
Desenvolvemos habilidades o tempo todo, mas elas isoladas não necessariamente permitem 
desempenhar uma determinada tarefa de maneira satisfatória. Aprender a bater a bolinha na 
raquete não torna uma pessoa tenista, por exemplo. 
Tipos de Competências 
Cognitiva: é aquela relacionada à capacidade de aprender. Essa capacidade implica: 1) 
criação de estratégias a partir da organização das informações disponíveis na situação; 2) 
reorganização de esquemas disponíveis em nosso estoque de conhecimentos (Ackerman, 
1996; Ackerman & Heggestad, 1997; Ackerman, Kyllonen & Roberts, 1999). 
Diferente da competência didático-pedagógica, trata-se da capacidade de reconfigurar a 
mente para adquirir novos conhecimentos com rapidez e eficiência, mesmo não havendo um 
programa formal de aprendizagem. 
Ex.: Explorar um local que você não conhece envolve a capacidade de ler um mapa, localizar-
se por meio de GPS, saber a quem pedir informações ou solicitar um guia e ouvir suas 
recomendações. Além disso, envolve saberes como o da topografia e da geografia local. 
Saber votar movimenta a capacidade de usar a urna eletrônica, selecionar os candidatos, 
reconhecer as realizações e referências das instituições políticas, conhecer o procedimento 
eleitoral do país etc. 
Identificar sinais de uma pessoa doente envolve as competências de observar fisiologia, medir 
temperatura, administrar remédio, além de conhecimentos de primeiros socorros, riscos, 
identificação de patologias e sintomas etc. 
Comunicativa: é definida por Brown (1994, p.227) como sendo a capacidade que o indivíduo 
possui e que o possibilita emitir e interpretar mensagens e negociar seus significados, 
interpessoalmente em contextos específicos. 
Ou seja, a capacidade de comunicar-se com clareza, precisão, empatia. 
Ex.: Saber distinguir a realidade social, relações com pessoas e tipos de linguagem que podem 
ser usados para cada ocasião particular, bem como jargões profissionais e sociais. 
Ser capaz de compreender a contextualização de sentenças escritas e também daquelas 
faladas. 
Conhecer a gramática e o vocabulário, além de regras como convidar de forma apropriada, 
saber pedir desculpas e agradecer. 
Didático-pedagógica: é aquela relacionada à educação e ao ensino. Piaget (1978, apud 
Fujimo e Vasconcelos 2011), teórico idealizador da teoria construtivista, entende o sujeito 
como um ser ativo na construção do seu conhecimento e, nesse sentido, um erro corrigido 
pelo próprio aprendiz pode ser mais relevante para a construção do conhecimento do que um 
acerto. 
Na prática, é a capacidade de aprender a aprender. 
Ex.: “O aluno tem dificuldade de entender o que é, por exemplo, custo fixo, custo variável. 
Não vou generalizar, mas eles têm dificuldades de entender se algo é um custo, um gasto ou 
uma despesa, acho que a dificuldade está nessa essência. O custeio em si é fácil de entender 
depois que você conhece o conceito que está por trás.” 
Estes dados mostram que os saberes dos professores abrangem uma diversidade de objetos, 
de questões, de problemas que estão todos relacionados ao seu trabalho. 
Para Tardif (2002, p. 213), esta é uma das manifestações possíveis do “saber-fazer” e do 
“saber-ser” professor, “bastante diversificados, provenientes de fontes variadas e 
provavelmente também de natureza diferente”. 
Intelectual: é aquela relacionada à capacidade de raciocinar ou de aprender. Está, portanto, 
relacionada à aplicação de aptidões mentais (Dutra, 2011). 
No mundo profissional, por exemplo, é muito comum ingressar em uma empresa e ter de 
aprender a usar sistemas específicos daquela empresa. 
Ex.: As empresas que conseguem manter competitividade e participação em alto grau 
possuem notória competência intelectual. Isso certamente ajuda a valorizar suas ações nas 
bolsas de valores. 
É comum que o valor de mercado dessas empresas esteja acima de seu patrimônio líquido, 
pois elas têm a capacidade de: 
 Transformar; 
 Inovar; 
 Superar crises e expandir seus negócios, como é o caso de empresas gigantes de T.I. 
Pragmática: tem relação com a competência comunicativa. Segundo Schmidt (1993), o 
conhecimento pragmático e discursivo não é sempre usado de maneira automática, 
irrefletidamente; alguns atos conversacionais são planejados, outros não; há espontaneidade 
e também há planejamento. 
Ou seja, não se trata apenas de troca de mensagens e entendimento do conteúdo, mas a 
postura, a articulação do que o outro quer ouvir, o entendimento cultural do falante, a atitude 
etc. 
Ex.: A pragmática está associada essencialmente aos objetivos da comunicação. 
Considere, por exemplo, o fato de não ser permitido fumar em todos ambientes. Como alertar 
isso ao seu interlocutor? 
“Por favor, você pode parar de fumar?". Ou, uma alternativa, pode ser “Parece que este local 
está necessitando de um depurador de ar". 
Repare que, na segunda frase, a palavra fumar não é utilizada, mas a intenção do locutor 
ainda tem o mesmo significado, mas de forma indireta. 
Relacional: é a capacidade de conviver em grupo. Moscovici (1998, apud Silva, 2007) relata 
que pessoas que convivem e trabalham com outras pessoas apresentam reações: comunicam-
se, simpatizam e sentem atrações, antipatizam e sentem aversões, aproximam-se, afastam-se, 
entram em conflito, competem, colaboram, desenvolvem afeto. Essas interferências ou 
reações, voluntárias ou involuntárias, intencionais ou não-intencionais, constituem o processo 
de interação humana. 
Ex.: O que fala muito é um chato, quem não fundamenta seus argumentos não expõe as 
ideias com clareza. 
A competência relacional nada mais é do que o jogo de cintura ou a capacidadede se 
relacionar bem com as pessoas: saber ouvir e argumentar, e sempre olhando diretamente nos 
olhos do outro, sem desviar. Esse interlocutor precisa ser dotado do chamado “Quociente 
Emocional”. 
Muitas pessoas não contrabalançam esses fatores em suas vidas, sendo que a maior parte 
deles é indispensável para a empregabilidade. 
Técnica: é o domínio de determinados conhecimentos técnicos relacionado a uma área de 
conhecimento ou profissão. Alonso (2010) afirma que esta competência está relacionada ao 
QI, ou seja, a quantidade de conhecimento formal e acadêmico que o indivíduo conseguiu 
adquirir (domínio de idiomas, formação acadêmica, domínio de metodologias de trabalho 
etc.). 
Ex.: Nível de escolaridade formal exigida para pleno desenvolvimento das atribuições do 
cargo; 
Treinamentos, cursos específicos, habilitações profissionais, especializações etc., para obter 
melhores resultados no desempenho do cargo; 
Escolaridade e treinamentos realizados e aprimorados pela experiência profissional. 
Podemos definir flexibilidade como sendo a aptidão para variadas coisas ou aplicações, e até 
mesmo como sendo nossa disponibilidade de espírito, nossa compreensão, complacência para 
entender e, porque não dizer, aceitar e adaptar-se ao contexto. 
Nas empresas, a flexibilidade diz respeito à postura que se espera do profissional, de se 
adaptar rapidamente às mudanças impostas (novas funções, novas estruturas organizacionais, 
mobilidade para aceitar desafios em outras regiões, novos padrões de concorrência e produtos 
etc.). 
Lógica da flexibilidade: A crescente mudança no mundo dos negócios, exige rápida adaptação 
das empresas (estratégia, tática, operação), o que demanda profissionais flexíveis. 
Coerência, dentre outros sentidos, é a busca do equilíbrio entre as crenças, estratégias e 
comportamento pessoais de um indivíduo frente às crenças de uma empresa/organização, de 
modo que a impressão que se tem sobre um profissional seja compatível com a impressão que 
se tem de uma empresa. 
Coerência é o que se espera entre os colaboradores de uma empresa e ela própria. É a base 
para a existência da confiança na empresa. 
A resiliência pode ser definida como a habilidade que uma pessoa desenvolve para resistir, 
lidar e reagir de modo positivo em situações adversas. Trata-se de uma combinação de 
fatores que permitem enfrentar e superar problemas. 
O resiliente busca aprender com as adversidades para poder adaptar-se à nova realidade. Não 
é tarefa fácil, pois precisa administrar suas emoções, controlar impulsos, manter o otimismo 
etc. 
Um profissional demonstra resiliência quando é submetido a situações de alto grau de pressão 
e/ou adversas. Na prática, o resiliente é aquele que está sempre em evolução, daí sua 
importância para as empresas. 
A baixa volatilidade nas opções de emprego, bem como as oportunidades de trabalho, eram 
diferentes: o conhecimento adquirido durava mais. O problema é que a velocidade das 
mudanças, a famosa globalização e o desenvolvimento tecnológico transformam 
incessantemente o ambiente de trabalho. 
Estudo e formação não são apenas uma etapa da vida, mas uma constante ao longo de toda a 
carreira. 
Assim, a atualização profissional deixou de ser uma opção para ser também uma condição e 
uma necessidade dentro do exercício da profissão, seja para aperfeiçoamento do currículo, 
seja por exigência natural do mercado. 
Ex.: trabalho do caixa de banco antes de existir o caixa eletrônico. 
Chiavenato (1999) relata que o que leva uma organização rumo à excelência e ao sucesso não 
são apenas produtos, serviços, competências e recursos. É o modo como ela arranja isso e 
como é administrada. 
A administração é, portanto, o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas 
para alcançar excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de 
resultados. 
AULA 7 – TERCEIRO SETOR 
Você sabia que as ONG´s são empreendedoras do Terceiro Setor? 
Muitos projetos do terceiro setor, como as ONGs, criam produtos tangíveis: camisetas, bonés, 
mochilas etc. Porém, o preço desses produtos é difícil de ser definido. 
Segundo Manzione (2006), os preços são definidos pelos custos e conforme o orçamento, 
sendo assim o elemento mais fácil de ser mudado pela empresa. 
No terceiro setor esta concepção é considerada custo previsto em forma de orçamento, que 
tem como base as despesas para atingir objetivos estabelecidos. 
O lucro deste tipo de setor está muitas vezes mais relacionado à necessidade e ao valor 
percebido pelo consumidor do que à promoção da marca. 
Já ouviu falar em Empreendedorismo Social? 
Empreendedorismo social é um termo que indica um negócio lucrativo que ao mesmo tempo 
traz desenvolvimento para a sociedade. 
As empresas sociais, diferentes das ONGs ou de empresas comuns, utilizam mecanismos de 
mercado para, por meio da sua atividade principal, buscar soluções para problemas sociais. 
Os negócios sociais integram a lógica dos diferentes setores econômicos e oferecem produtos 
e serviços de qualidade à população excluída do mercado tradicional, ajudando a combater a 
pobreza e diminuir a desigualdade. 
Inclusão social, geração de renda e qualidade de vida são os objetivos principais dos negócios 
sociais. 
A utilização de presidiários em setores como a construção civil é um bom exemplo de 
Empreendedorismo Social. 
Terceiro Setor e Responsabilidade Social Empresarial 
Terceiro setor é um tipo de atividade que se diferencia do Estado (primeiro setor) e da 
iniciativa privada com fins de lucro (segundo setor), pois é, ao mesmo tempo, de origem 
privada, mas sem fins de lucro. 
No Brasil é relativamente novo, começou a aparecer com mais frequência na década de 1960. 
Aqui correspondem a associações, fundações e organizações religiosas. As ONGs 
(Organizações Não Governamentais) estão mais identificadas com as associações e fundações 
com caráter de desenvolvimento social, comunitário, defesa de direitos ou de princípios e 
afins. Nos últimos anos, tem ganhado força em virtude do apoio das empresas, cada vez mais 
responsáveis socialmente. 
A Responsabilidade social empresarial (RSE) refere-se a responsabilidade geral das empresas 
por uma gestão sustentável em termos econômicos, ecológicos e sociais. A Comissão Europeia 
define assim a RSE: “é um conceito fundamental criado para ajudar as empresas a integrar 
voluntariamente preocupações sociais e ecológicas nas suas atividades de negócio e relações 
com stakeholders” (públicos de interesse de uma empresa, como clientes, fornecedores, 
colaboradores, governo etc.). 
Vale mencionar algumas vantagens relacionadas a atuar no terceiro setor: a) essas entidades 
atuam em uma ampla gama de atendimento e serviços, demandando profissionais de 
carreiras variadas; b) os salários costumam ser mais altos que a média do mercado; c) o 
trabalho voluntário é uma boa forma de contribuição social e, ao mesmo tempo, turbina o 
currículo de um profissional. 
A título de estudo de caso, vale mencionar o Instituto Ethos, cuja missão é mobilizar, 
sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, 
tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa. Hoje conta com a 
parceria de mais de 1.200 companhias de diferentes setores e portes em projetos diversos, 
cujos temas versam sobre esporte, direitos humanos, cidadania, meio ambiente, 
biodiversidade e erradicação do trabalho escravo, entre outros. 
AULA 8 – SETOR PÚBLICO 
Você Sabe Como Funciona a Administração Pública? 
Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram 
satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação,cultura, segurança, saúde, etc. 
Em outras palavras, administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da 
prestação de serviços públicos, sendo dividida em administração direta e indireta. 
A administração Pública está dividida em: 
Administração Direta: faz parte da Administração Direta, os órgãos ligados diretamente ao 
Estado, que executam funções típicas de Estado. 
São os Ministérios, as Polícias, os Hospitais públicos, as Escolas públicas, os órgãos de 
Controle (como o TCU e a CGU) etc. 
Nem sempre essas funções são exclusivas. Por exemplo, temos hospitais e escolas 
particulares. Mas mesmo assim é obrigação do Estado oferecer esses serviços gratuitamente. 
Por isso, que consideramos uma função típica. 
Administração indireta: é formada pelas entidades que representam o braço empresarial do 
Estado. 
Essas entidades concorrem de igual para igual com o mercado privado. Não são funções 
típicas, são só setores em que, por questões estratégicas, o Estado resolveu investir. 
São exemplos no Brasil, a Petrobrás, o BNDES, o Banco do Brasil etc. 
A Administração Indireta, se divide em quatro formas de organização: 
 Autarquias; 
 Fundações Públicas; 
 Empresas Públicas; e 
 Sociedades de Economia Mista. 
Todo Funcionário Público é Um Servidor? 
Não! O funcionário público pode ser um servidor público ou um empregado público, 
dependendo da área do Estado em que ele atue. 
Servidor Público: 
Quem são: os servidores ocupam cargos EFETIVOS nos órgãos da Administração Direta e nas 
Autarquias e Fundações Públicas ou seja sua principal vantagem é a estabilidade 
Poder ser demitido? a palavra demissão só é utilizada quando o servidor é afastado por ter 
cometido alguma falta muito séria, como roubar dinheiro público, por exemplo, pois ao 
assumir estabilidade o servidor estatutário só pode ser exonerado de seu cargo ou função 
através de um processo administrativo. 
Podem ser demitidos? o servidor está submetido ao teto constitucional, que quer dizer que 
nenhum servidor pode ganhar mais do que um ministro do STF 
Como funciona a aposentadoria? o servidor se aposenta pelo RPPS (Regime Próprio de 
Previdência Social). 
Ultimamente esse regime vem passando por grandes mudanças. Até pouco tempo, ele 
garantia uma aposentadoria bem maior do que no RGPS (Regime Geral de Previdência Social), 
mas hoje não é tão vantajoso. 
Empregado Público: 
Quem são: já os empregados públicos estão nas Empresas Públicas e nas Sociedades de 
Economia Mista. 
Podem ser demitidos? o empregado público é um aprovado em concurso, contratado sobre o 
regime de CLT. Ele tem carteira de trabalho assinada e FGTS. Podem ser demitidos a qualquer 
tempo. 
Podem ser demitidos? já os empregados públicos são regidos pela CLT, como os empregados 
de empresas privadas. 
No entanto, como se trata de poder público, esse CLT sofre algumas modificações. Por 
exemplo, o empregado não pode ser demitido sem justa causa, é preciso que haja um 
processo demissionário, em que ele precisa ser ouvido. 
Como funciona a aposentadoria: os empregados públicos se aposentam pelo RGPS mesmo, 
como os empregados de empresas privadas. 
 
Semelhanças: as semelhanças entre eles é que tanto servidores quanto empregados públicos 
são admitidos por concurso público. 
Os dois têm direito a férias e décimo terceiro salário e têm direito a fazer greve, quando 
acharem necessário (se bem que o direito constitucional de greve dos servidores ainda não foi 
regulamentado por lei). 
Até ser regulamentado, o STF tem utilizado, por analogia, a regulamentação dos empregados 
privados. 
Nota: Na administração Indireta não há teto de salário, então um dirigente da Petrobras pode 
ganhar 100 mil reais se a empresa e seus acionistas considerarem pertinente. 
Porém, se a empresa pública receber recursos públicos para o seu custeio, ela está submetida 
ao teto também. 
Um Pouco Mais Sobre Concursos Públicos 
A porta de entrada do Setor Público é o Concurso. Esse tipo de processo seletivo se dá por 
meio de provas específicas para cada área e função disponíveis. E, como a procura é grande, 
é preciso estar muito bem preparado para vencer a concorrência. 
Algumas vantagens relacionadas aos cargos públicos concursados: regularidade de 
remuneração, facilidade de crédito, estabilidade no emprego e possibilidade de transferências 
para outras localidades ou para outros setores. 
AULA 9 – EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
“Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e 
habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem origem 
no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar”. 
Todo grande projeto depende da figura do empreendedor: indivíduo que apresenta 
determinadas habilidades e competência para criar, abrir e gerir um negócio, obtendo 
resultados positivos. 
São características do empreendedor: 
 Criatividade; 
 Capacidade de organização e planejamento; 
 Responsabilidade; 
 Capacidade de liderança; 
 Habilidade para trabalhar em equipe; 
 Gosto pela área em que atua; 
 Visão de futuro e coragem para assumir riscos; 
 Interesse em buscar novas informações, soluções e inovações para o seu negócio; 
 Persistência (não desistir nas primeiras dificuldades encontradas); 
 Saber ouvir as pessoas; 
 Facilidade de comunicação e expressão. 
Empreendedorismo é Atitude... 
Por isso, para ser empreendedor é preciso sair da zona de conforto e ir à luta. 
Quem empreende é sempre inquieto e tem consigo o desejo de fazer diferente, de aproveitar 
a oportunidade e melhorar o que já existe. 
Competitividade e Inovação 
As empresas, para ganharem espaço ou sobreviverem no mercado, estão constantemente se 
reinventando. A inovação é essencial: com ela uma empresa se torna capaz de gerar riqueza 
contínua, aumentar a produtividade e ser competitiva. 
Inovação na produção: Henry Ford, no início do século XX, inaugura a linha de montagem 
para produção em massa do automóvel Ford T, diminuindo os custos para popularizar a venda 
de veículos. 
Inovação no produto: Com o aumento da velocidade dos carros, a segurança passou a ser um 
diferencial. Em 1958 foi fabricado o primeiro automóvel americano com cintos de segurança: o 
Chevrolet Corvette. 
Inovação na marca: Por volta de 1920, a Ferrari viu-se obrigada a pintar seus carros de 
corrida na cor vermelha. Criou um vermelho específico, o rosso corsa (“vermelho de corrida”). 
A cor ficou tão associada à marca que passou a designar um tipo de vermelho: vermelho 
Ferrari. 
Inovação no negócio: As concessionárias de carro passaram a oferecer serviços mecânicos, 
seguro, customização etc., em vez de somente atuarem como pontos de venda. 
Como você viu na aula anterior, o conceito de carreira passou a ser visto como uma 
responsabilidade do indivíduo, e não só da empresa que o emprega. Ainda, viu que a carreira 
evolui, que diversos espaços e funções diferentes são ocupados por um profissional ao longo 
de sua carreira profissional. 
Para se adequar às demandas e exigências do mercado, o profissional assume a maior parcela 
de responsabilidade sobre o desenvolvimento de sua carreira. 
Da Criatividade à Inovação Como Diferenciais do Profissional 
Criatividade é a capacidade de criar, de pensar diferente diante de uma realidade qualquer. A 
inovação é consequência da criatividade, aliada a outros fatores. Vamos ver a dinâmica da 
inovação no meio empresarial? 
1. Uma empresa se vê diante de um problema ou de uma oportunidade 
2. Pessoas pensam em soluções diferenciadas e a empresa testa sua implementação 
3. Profissionais criativos ganham destaque na empresa por serem capazes de inovar.Criatividade não é estilo, não é desenhar bem, ter habilidades manuais, falar bem etc. 
Criatividade é encontrar a solução mais adequada quando estamos diante de um problema ou 
de uma oportunidade. É encontrar o meio mais eficaz, até mesmo inusitado, para atingir um 
resultado. Muitas vezes a desconstrução do óbvio, daquilo que é esperado como 
comportamento comum, revela a criatividade, que pode gerar inovação. 
Muitas pessoas confundem criatividade com inteligência. Na verdade, um dos principais 
vetores da criatividade é a inspiração; mas, também, o trabalho duro para colocar em prática 
uma ideia original. 
A necessidade, problema ou oportunidade (no caso, o desejo dos clientes); 
A realidade, o cenário, o ambiente (no caso, a localização, a posição do sol, a direção do 
vento etc.); 
As possibilidades, as condições de realização (no caso, a forma de integrar os principais 
ambientes ao cenário e integrar as pessoas dentro da casa); 
O experimento, o esboço (no caso, o diagrama que ele usa para colocar suas ideias no papel); 
A implementação, a execução (no caso, passar a ideia para a equipe, montar o projeto com 
ela). 
Como Funciona Uma Mente Criativa? 
É óbvio que existem pessoas mais criativas que outras. Mas, no meio profissional, a 
criatividade precisa estar inserida coletivamente para gerar inovação ou solução. Inclusive, 
uma das técnicas mais eficazes para solucionar problemas ou gerar inovação é o 
brainstorming. 
Brainstorming consiste na reunião de pessoas, preferencialmente de setores distintos, para 
explorarem diferentes pensamentos e ideias em busca da solução de um problema ou para 
alcançar um determinado objetivo. Todas as ideias são aceitas, depois a maioria é descartada, 
até chegar a uma boa ideia. 
AULA 10 – ÉTICA 
Em termos gerais, ética é o código de princípios e valores morais que regem o comportamento 
de uma pessoa ou grupo, com relação ao que é certo ou errado, influenciando na conduta e 
na tomada de decisões. Portanto, a ética está relacionada à opção ou desejo de se manter 
com os outros relações e/ou condutas justas e aceitáveis que consiste em uma reflexão crítica 
que permita a escolha da melhor forma de agir. 
Ex.: Colocar o som alto no carro ou na casa; ficar com o troco recebido a mais. 
Ética Profissional: Um Estudo de Caso 
Muito profissionais entram em situações complicadas, ao partirem da premissa equivocada de 
que se não é ilegal, dever ser ético. Ou seja, se não existe lei que proíba, pode-se fazer...

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