Buscar

Aula GlandulasEndocrinas


Continue navegando


Prévia do material em texto

Glândulas Endócrinas 
Profa Dra Luciana Pugliese 
EPITÉLIOS 
GLANDULARES 
- Estruturas especializadas na produção e secreção de 
substâncias específicas. Elas se originam a partir dos 
epitélios de revestimento; 
Glândulas 
Tipos 
- Exócrinas (mamária, sudorípara, sebácea, salivar, ácinos 
pancreáticos, etc); 
- Endócrinas (tireoide, paratireoide, adrenal, hipófise, etc); 
- GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: não possuem ductos e 
suas secreções são lançadas no sangue e transportadas 
para o local de ação pela circulação sanguínea. 
 
 
- GLÂNDULAS EXÓCRINAS: secretam seus produtos, 
através de ductos, para a superfície do corpo ou para 
uma cavidade. 
GLÂNDULAS EXÓCRINAS 
Origem das glândulas exócrinas – Tecido Epitelial de 
Revestimento 
As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento 
cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo. Isto em geral 
ocorre durante a vida fetal. 
Classificação das glândulas exócrinas quanto à 
morfologia da porção secretora e número de ductos 
MODO DE EXTRUSÃO 
Merócrina Apócrina Holócrina 
Ácinos pancreáticos - Secreção merócrina 
Somente o produto de 
secreção deixa a glândula 
Glândula mamária: Secreção apócrina - porção lipídica 
Parte do citoplasma apical é perdida com a secreção 
Glândula sebácea 
secreção holócrina 
(células saem junto) 
D= DUCTO 
“GLÂNDULAS” UNICELULARES 
 Forma mais simples de glândula exócrina. 
 Ex: célula caliciforme presente no revestimento do intestino 
delgado. 
Epitélio Colunar Simples do intestino delgado 
com presença de glândulas unicelulares 
exócrinas (liberação de muco). 
conjuntivo 
Glândula mucosa (secreção 
densa) Ex: esôfago 
ducto 
ducto 
Ácino seroso (secreção 
fluída) Ex: pâncreas 
Tipo de secreção 
Glândula com Secreção mucosa 
 Núcleos voltados para a base da célula e citoplasma pouco corado 
Glândulas salivares: 
Secretam saliva que umedece e lubrifica a boca e os alimentos (células 
mucosas). 
Secretam amilase salivar cuja função é digerir o amido (células serosas) 
Glândula mista – secreções mucosa e serosa 
Glândula mista – secreções mucosa e serosa 
Ex. glândula submandibular 
 Secreção mucosa 
Secreção 
serosa 
Glândulas Endócrinas 
Não possuem ductos e suas secreções são lançadas 
no sangue e transportadas para o seu local de ação 
pela circulação sanguínea. - HORMÔNIOS 
Origem das Glândulas Endócrinas – TE de revestimento 
Cordonal vesicular 
Glândulas Endócrinas 
Cordonal: ex. 
adrenal, hipófise, 
paratireoide, etc 
Vesicular: 
ex. tireoide 
O produto (hormônio) é secretado para o meio extracelular e 
transportado até o tecido/orgão-alvo pela corrente sanguínea 
Paratireoide Tireoide 
Gl. Endócrina cordonal Gl. Endócrina vesicular 
Ilhota pancreática 
A ilhota pancreática tem arranjo cordonal 
Secreta hormônios: insulina, glucagon, 
somatostatina e polipeptídeo pancreático 
 
 Sinalizadores químicos – se ligam em receptores nas células-alvo 
 
 Liberados pelas células endócrinas 
 
 As células endócrinas se unem formando glândulas sem ductos na 
forma de cordões – CORDONAL ou esferas – FOLICULAR OU VESICULAR 
 
 Há células endócrinas isoladas, como as do trato digestivo e formando 
grupos dentro de órgãos 
Hormônios 
Modo de SECREÇÃO – “distância” 
 
 ENDÓCRINA – longa distância, distribuído pelo sangue 
 
 PARÁCRINA – curta distância, podem usar o sangue 
 
 AUTÓCRINA – na própria célula ou do mesmo tipo 
 
 Localiza-se na sella turcica – cavidade do osso esfenoide 
 
 Ligada ao hipotálamo (SNC) por um pedículo 
 
 Tem origem dupla: 
 nervosa 
 ectodérmica 
Duas glândulas unidas anatomicamente com funções distintas mas inter-
relacionadas: 
 
 NEURO-HIPÓFISE (posterior) – de origem nervosa dividida em: 
 pars nervosa 
 infundíbulo (pedículo que continua até o hipotálamo) 
 
 ADENO-HIPÓFISE (anterior)– de origem ectodérmica 
 pars distalis ou lobo anterior 
 pars tuberalis que envolve o infundíbulo 
 pars intermedia (+ pars nervosa = lobo posterior) 
 
Hipófise (ou pituitária) 
Revestida por 
CÁPSULA de tecido 
conjuntivo; fibras 
reticulares susten-
tam as células do 
órgão 
Área de Aplicação de Imagem 
Sistema Hipotálamo-Hipofisário 
 
folículos 
Adeno-Hipófise (hipófise anterior) 
Pars Distalis (lobo anterior) 
 75% da massa da hipófise 
 
 cordões de células epiteliais que produzem e armazenam os hormônios em grânulos 
de secreção 
 
 capilares sanguíneos fenestrados entremeados aos cordões celulares 
 
 poucos fibroblastos secretores de fibras reticulares 
 
 3 tipos de células podem ser reconhecidas por colorações rotineiras: 
 
 Cromófobas (fracamente coradas) - função não totalmente conhecida 
 Acidófilas (avermelhadas, coram-se com Eosina) 
 Basófilas (arroxeadas, coram-se com Hematoxilina) 
Pars Tuberalis 
Pars Intermedia 
 região em forma de funil que cercam o 
infundíbulo; formam cordões e a maioria 
de suas células secretam FSH e LH 
 região rudimentar composta de cordões 
e folículos de células fracamente 
basófilas com pequenos grânulos de 
secreção; a função não é conhecida 
Células secretoras da pars distalis – adeno-hipófise 
Tipo celular Afinidade 
corante 
Hormônio Atividade principal 
Somatotrópica Acidófila 
avermelhadas 
Somatotropina (GH) Crescimento ossos longos 
Mamotrópica Acidófila Prolactina Secreção do leite 
Gonadotrópica Basófila 
arroxeadas 
Folículo estimulante 
(FSH); 
 
Luteinizante (LH) 
Crescimento de folículos ova-
rianos, secreção de estrógenos 
e espermatogênese; ovulação 
e secreção de progesterona e 
andrógenos 
Tireotrópica Basófila Tireotropina 
(TSH) 
Síntese e secreção de hormônio 
tireoidiano 
Corticotrópica Basófila Corticotropina 
(ACTH) 
Secreção de hormônios do 
córtex adrenal 
Área de Aplicação de Imagem 
Neuro-hipófise (hipófise posterior) 
 Formada por pars nervosa e infundíbulo (continuação do hipotálamo) 
 
 Pars nervosa não possui células secretoras e sim um tipo de célula glial 
muito ramificada chamada pituícito e muitos (100.000) axônios não 
mielinizados de neurônios secretores situados nos núcleos supra-ópticos e 
paraventriculares 
 
 VASOPRESSINA (ADH ou anti-diurético) – aumenta a permeabilidade dos 
túbulos coletores dos rins e promove contração da musculatura lisa de 
vasos sanguíneos 
 
 OCITOCINA – contração da musculatura lisa do útero e céls mioepiteliais 
da gl. mamária 
 
Adrenais ou Supra-renais 
 Duas glândulas achatadas em forma de meia lua situadas acima dos rins 
 
 Órgão encapsulado com duas regiões de origens embriológicas distintas: camada 
cortical e camada medular 
 
 CÓRTEX – surge do epitélio celomático (mesodérmica) 
 
 MEDULA – se origina de céls da crista neural (neuroectodérmica) 
 
 As duas camadas têm funções e morfologias diferentes, mas histologicamente, as 
duas são típicas de glândulas endócrinas formadas por células dispostas em 
cordões cercados por capilares sanguíneos 
 
 As adrenais são revestidas por cápsula de tecido conjuntivo denso que envia 
delgados septos para o interior da glândula, e muito tecido adiposo 
 
 O estroma é rico em fibras reticulares que sustentam as células secretoras 
 
 O endotélio capilar é fenestrado e muito delgado, com lâmina basal 
Córtex Adrenal 
 Ultraestrutura típica de céls secretoras de esteroides 
 
 As células do córtex não armazenam seus produtos de secreção –maior parte sintetizada após estímulo e secretada logo em seguida 
por difusão pela membrana 
 
Três camadas concêntricas: 
 
 ZONA GLOMERULOSA (15%) 
 
 ZONA FASCICULADA (65%) 
 
 ZONA RETICULADA (7%) 
Córtex Adrenal 
ZONA GLOMERULOSA 
 
 Situa-se abaixo da cápsula, contém céls piramidais ou colunares organizadas em 
cordões que têm forma de arcos envolvidos por capilares sanguíneos 
 
Córtex Adrenal 
ZONA FASCICULADA 
 
 células poliédricas com grande número de gotículas de lipídeos que por 
aparecerem vacuoladas em preparações histológicas, são chamadas de espongiócitos 
 
 arranjadas em cordões de uma ou duas céls de espessura, retos e regulares, 
semelhantes a feixes, entremeados por capilares perpendiculares 
 
Córtex Adrenal 
ZONA RETICULADA 
 
 Células menores que as demais, dispostas em cordões irregulares que formam uma 
rede anastomosada 
 
 contém grandes e numerosos grânulos de lipofuscina (em adultos); a presença de 
células irregulares com núcleo picnótico sugere morte celular frequente 
Hormônios do Córtex Adrenal 
 maior parte hormônios derivados do colesterol que são divididos em três 
grupos de acordo com suas ações fisiológicas 
 
MINERALOCORTICOIDES 
 
 secretados pela zona glomerulosa, principalmente aldosterona e 
contribui para a manutenção do equilíbrio de eletrólitos e de água para a 
manutenção da pressão arterial, além de um pouco de 
desoxicorticosterona 
 
GLICOCORTICOIDES 
 
 secretados pela zona fasciculada e provavelmente também pela 
reticulada – cortisona e cortisol – que regulam o metabolismo de 
carboidratos, proteínas e lipídeos 
 
ANDRÓGENOS 
 secretados pela zona fasciculada e reticulada, principalmente 
deidroepiandrosterona, e pequenas quantidades de estrógeno 
 
Área de Aplicação de Imagem 
Medula Adrenal 
 células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados 
arredondados, sustentadas por rede de fibras reticulares 
 
 além das céls do parênquima (de origem da crista neural), há céls 
ganglionares parassimpáticas e grande abundância de vasos sanguíneos 
 
 apresentam abundantes grânulos de secreção que contém uma 
catecolamina (epinefrina ou norepinefrina) além de ATP, e encefalinas 
(peptídeos semelhantes a opiáceos) 
 
 as células da medula armazenam seus hormônios em grânulos e 
podem ser secretados em grande quantidade em resposta a reações 
emocionais cujos efeitos são vasoconstrição, hipertensão, alteração da 
frequência cardíaca e efeitos metabólicos 
Área de Aplicação de Imagem 
Área de Aplicação de Imagem 
 São micro-órgãos endócrinos localizados no pâncreas em meio ao tecido 
enxócrino 
 
 Cada ilhota contém centenas de células e pode haver mais de 1 milhão de 
ilhotas 
 
 São constituídas por células poligonais dispostas em cordões, envolvidas 
por abundante rede de capilares fenestrados 
 
 Envolvendo cada ilhota há fina camada de tecido conjuntivo 
 
 As células das ilhotas se coram menos por H/E que as células acinosas 
 
 Certa colorações permitem diferenciar as células A (α, acidófilas, 
avermelhadas), que têm grânulos de forma regular e geralmente estão na 
periferia, das B (β, basófilas, arroxeadas) que têm grânulos irregulares e 
ocupam a região central 
 
 Colorações especiais e imunocitoquímica diferenciam 4 tipos de células 
(A, B, D e F) 
 
Ilhotas de Langerhans 
Área de Aplicação de Imagem 
Área de Aplicação de Imagem 
Hormônios das Ilhotas de Langerhans 
Tipo 
celular 
Quantidade 
aproximada 
Posição na 
Ilhota 
Hormônio Atividade principal 
A 20% Geralmente 
periferia 
Glucagon Aumenta a glicemia 
(glicogenólise e lipólise) 
B 70% Região 
central 
Insulina Diminui a glicemia 
D < 5% Variável Somatostatina 
 
Inibe a liberação de 
hormônios de outras 
células das ilhotas (ação 
justácrina) 
F rara Variável Polipeptídeo 
pancreático 
Não bem estabelecida 
Tireoide 
 Glândula de origem endodérmica que se desenvolve a partir do endoderma da 
porção cefálica do tubo digestivo 
 
 Sintetiza os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) que controlam a taxa 
de metabolismo do corpo 
 
 Situada na região cervical anterior à laringe, são dois lóbulos unidos por um istmo 
 
 Composta por milhares de folículos (0,2 a 0,9 mm) formados por epitélio simples 
e na sua cavidade há um coloide (substância gelatinosa) 
 
 Em cortes as células foliculares variam de achatadas (hipoativas) a colunares 
(hiperativas), se apoiam sobre uma lâmina basal e os folículos têm diâmetros 
variáveis 
 
 Apresenta também células parafoliculares (células C) com numerosos grânulos 
que contém o hormônio calcitonina que inibe a reabsorção óssea 
 
 A glândula é revestida por cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos 
mais delgados ao alcançar os folículos que são separados por fibras reticulares 
 
 
 
Área de Aplicação de Imagem 
Área de Aplicação de Imagem 
Área de Aplicação de Imagem 
Única glândula que 
acumula seu 
produto de 
secreção em 
quantidade 
apreciável, no 
coloide, constituído 
de tireoglobulina 
Paratireoides 
 4 pequenas glândulas 
localizadas nos pólos 
superiores inferiores da 
face posterior da 
tireoide. 
 
 Cada paratireoide é 
envolvida por cápsula de 
tecido conjuntivo com 
trabéculas para o interior 
que são contínuas às 
fibras reticulares 
 
 Parênquima formado 
por céls epiteliais 
dispostas em cordões 
separados por capilares 
 
Área de Aplicação de Imagem 
 células PRINCIPAIS – predominantes e 
menores, formato poligonal, núcleo 
vesiculoso e citoplasma fracamente 
acidófilo, secretam PARATORMÔNIO 
 
 células OXÍFILAS – aparecem por volta 
dos 7 anos de idade e aumentam 
progressivamente de número; são 
poligonais e maiores, com citoplasma 
com grânulos acidófilos (que são 
mitocôndrias com muitas cristas); 
função celular desconhecida 
 
 o paratormônio (paratireoide) 
aumenta a atividade de osteoclastos, 
reabsorção óssea, aumento do cálcio no 
sangue e reduz fosfato no sangue 
(aumento da excreção renal); a 
calcitonina (tireoide) inibe os 
osteoclastos, estimula a osteogênese, 
diminui o cálcio no sangue 
Paratireoides 
Área de Aplicação de Imagem