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AVALIAÇÃO PANCREÁTICA

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AVALIAÇÃO PANCREÁTICA
O Pâncreas é um órgão que atua no sistema digestório. Está próximo do sistema biliar e do sistema digestório (duodeno). Atua no suco pancreático que atua no processo de digestão.
Tríade de comprometimento no gato: Fígado, Intestino (duodeno) e Pâncreas. Os dois ductos (biliar e pancreático) se fundem antes para chegar no duodeno.
O tecido pancreático tem dois tipos de células distintas: 
Células acinares, responsáveis pelo suco pancreático, produzem bicarbonato, amilase, lipase, tripsina, responsáveis pelo pâncreas exócrino. 
Ilhotas de Langerhans, que produzem insulina e glucagon, responsáveis pelo pâncreas endócrino.
PÂNCREAS EXÓCRINO:
Suco pancreático:
Amilase
Lipase
Tripsina
Bicarbonato
Principais doenças que pode desenvolver é a pancreatite e a insuficiência pancreática exócrina.
Manifestação clínica:
Emagrecimento progressivo mesmo que com boa dieta. Não consegue absorver os nutrientes do alimento.
Fezes anormais; pastosas, coloração diferente, odor forte, brilhosas (gordura).
Êmese.
Diarreia.
Dor abdominal.
Para avaliar podemos pedir:
Avaliar enzimas do suco pancreático:
AMILASE: 
Amilase é a menos fidedigna, pois não tem um aumento contínuo, ela pode normalizar em 2-6 dias. Não é exclusiva do pâncreas pois o rim também produz. 
Causas do aumento da atividade da Amilase: 
Insuficiência renal, DRC 
Lipemia 
Obstrução do intestino delgado 
Pancreatite (>2,5x da normalidade) 
Pico em 24hs 
2-6 dias -> normalização 
Antecede o aumento da lipase
LIPASE:
Também é produzida no sistema renal, porém bem menos que amilase.
Ela se mantém alta na circulação por mais tempo.
Causas do aumento da atividade da Lipase:
Insuficiência renal, DRC (menos que a amilase) 
Pancreatite 
Aumenta mais vagarosamente que amilase 
Permanece elevada por mais tempo 
Mais específica que amilase.
TRIPSINA:
TLI, análise da tripsina no sangue.
Também vai estar aumentada.
Imunorreatividade à tripsina sérica (TLI)
• Valores de normalidade (g/L) • Cão: 5 – 35 • Gato: 17 – 49 
Causas de diminuição: 
Insuficiência pancreática exócrina 
Causas de aumento: 
Pancreatite e insuficiência renal
SPEC - fPL (Lipase Pancreática Felina) / cPL (Lipase Pancreática Canina): 
ELISA 
Imunorreatividade específica com células acinares pancreáticas; 
SPEC felino e canino 
Em cães – Sensibilidade de 63,6% a 82%
Específico do pâncreas, para pancreatite.
• Cão (µg/L): 
< 200 - Normal 
201 à 399 - Suspeito 
> 400 – Pancreatite ativa
• Felino (µg/L): 
< 3,5 - Normal 
3,6 à 5,3 - Suspeito 
> 5,4 – Pancreatite ativa
Spec qualitativo: Reagente ou não reagente.
Spec quantitativo (escolher sempre, por ser mais específico).
COPROFUNCIONAL
Capacidade funcional de formação das fezes.
Análise morfológica:
Cor
Odor
Consistência
Se tem alimento
Análise microscópica:
Exemplo: presença de amido, gordura, fibra muscular.
A informação principal é através do teste do filme de raio x, a procura de tripsina.
Pega amostra de fezes, dilui no bicarbonato e enfia o filme de raio x, deixa uma hora, a tripsina digere o filme, se não digerir quer dizer que está ausente, sugestivo de IPE.
PROVA DE ABSORÇÃO DE GORDURA:
Não é muito utilizado devido à complexidade.
• Jejum alimentar de 12 horas; 
• centrifugar sangue (plasma límpido); 
• dar óleo de milho (3 ml/kg); 
• coletar e centrifugar sangue 0, 2 e 3 horas após;
Se o plasma depois de 2 horas estiver lipêmico quer dizer que teve digestão. Se ainda está límpido quer dizer que não absorveu, dar ração com pancreatina, se continua límpida não é IPE... se aparece lipêmico é.
PÂNCREAS ENDÓCRINO
Principais Afecções:
Diabetes mellitus (baixa insulina)
Insulinoma (neoplasia maligna no pâncreas, aumento da insulina)
Insulina carreia a glicose, para uso celular.
Suspeita de doença pancreática endócrina: 
Emagrecimento progressivo; 
Polifagia, poliúria e polidipsia; 
Fraqueza, convulsão, confusão mental, ataxia, tremores;
Dosagem de glicose:
Utilizar o glicosímetro, quando não tem, mandar para o laboratório, coletar e colocar no tubo cinza, que tem anticoagulante. Se a amostra coagular, ela consome glicose.
O anticoagulante do cinza é o fluoreto de sódio, e ele vai preservar a molécula de glicose daquela amostra.
Causas de Hiperglicemia: 
Pós-prandial; 
Diabetes mellitus; 
Hiperglicemia do esforço; 
Hiperadrenocorticismo; 
Estresse em gatos 
Adrenalina, glicose até 390mg/dl e glicosúria 
Glicocorticóides; 
Pancreatite aguda; pode comprometer as ilhotas de langerhans.
Corticóide é hiperglicemiante!
Causas de Hipoglicemia: 
Demora na separação do soro; tempo de consumo.
Hepatopatia severa; função do glicogênio e glicogenólise.
Hiperinsulinismo; 
Insulinoma;
Super dosagem de insulina 
Sepse; consumo das bactérias 
Glicosúria renal primária; 
Inanição; não come e começa a consumir suas reservas.
Os dois principais testes para a pancreatite endócrina:
Frutosamina:
É uma molécula formada por causa da hiperglicemia. Albumina se glica com a molécula de glicose, que forma uma nova molécula: a frutosamina.
Proteína glicada estável gerada por hiperglicemia com mais de 3 dias de duração. 
No gato é essencial. Não serve para hepatopata que não sintetiza albumina.
Determinação de Frutosamina Sérica: 
• Indicação: Monitoramento de 1-3 semanas da taxa glicêmica; 
• Anticoagulante: EDTA ou heparina; 
• Interferências: hipoalbuminemia, hipertrigliceridemia; 
• Valores de normalidade: • Cão: 225 – 365 mol/l • Gato: 175 – 400 mol/l
Hemoglobina Glicada:
Hemoglobina se glica com a glicose. Fica na circulação pela meia vida de uma hemácia.
Hemoglobina estável gerada por hiperglicemia. 
Não serve pra anêmico.
Determinação da Hemoglobina Glicada: 
• Indicação: Monitoramento da taxa glicêmica 
• Cão: 60 dias • Gato: 40 dias 
• Anticoagulante: EDTA ou heparina; 
• Interferências: Anemia, IR; 
• Valores de normalidade: • Cão: 2,3 – 6,4 % • Gato: 1,8 – 3,8 %

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