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avaliação laboratorial de função pancreatica

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Clínica Complementar ao Diagnóstico - Laboratório 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE FUNÇÃO PANCREÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Revisando Fisiologia- Anatomia 
o O pâncreas é um órgão que participa tanto do sistema digestório (PÂNCREAS EXÓCRINO) como do sistema endócrino (PÂNCREAS 
ENDÓCRINO) 
o Pâncreas e Vesícula Biliar: 
▪ A localização anatômica do pâncreas é muito importante no que se diz respeito ao sistema 
digestório. Qualquer alteração, como uma obstrução por exemplo, pode ocasionar disfunções 
digestórias. 
▪ Como é possível ver na imagem, o Pâncreas se encontra muito próximo a vesícula biliar, inclusive, 
ambos desemborcam seu conteúdo no duodeno. 
▪ Existe uma diferença entre cães em gatos quanto a anatomia destas porções: 
• No cão o ducto pancreático e o ducto biliar são separados e seus conteúdos são desemborcados 
separadamente no duodeno. 
• Em felinos, ducto pancreático e biliar se unem, desemborcando seus conteúdos juntamente. Isto é importante, porque contribui 
para o estado clínico chamada de tríade felina (comprometimento hepático, pancreático e intestinal ao mesmo tempo), pois um 
sistema afeta o outro com maior facilidade. 
 
 
 
o Células do Pâncreas: 
▪ Ilhotas de Langerhans: 
• Participam na produção do Pâncreas endócrino 
• Tipos celulares presentes: 
o Células alfa A (20%) produzem glucagon 
o Células beta B (65%) produzem insulina 
o Células delta D (10%) produzem somatostatina (inibe secreção de gastrina) 
▪ Células Acinares: 
• Produzem o suco pancreático e as enzimas presentes, em seguida liberam no ducto para que cheguem ao duodeno 
• Enzimas: Amilase, Lipase, Tripsinogênio e Bicarbonato 
 
 
 
 
 
 
• Pâncreas Exócrino 
o Suspeita de disfunção em pâncreas exócrino: 
▪ Emagrecimento progressivo, mesmo com boa alimentação (indicativo de digestão ruim – não absorve os nutrientes) 
▪ Fezes pastosas e mais claras que o normal (fezes não formadas, podendo ter pedaços de alimentos, fezes gordurosas...) 
▪ Êmese (devido a bile não funcionar corretamente, por interferência do pâncreas). 
▪ Diarreia. 
▪ Dor abdominal (diagnostico diferencial de pancreatite) 
o Disfunções do Pâncreas Exócrino: 
▪ Insuficiência Pancreática Exócrina (IPE) 
• Basicamente: Algum evento que provoca que diminuição do número de células acinares. Com isto ocorre a diminuição da produção 
de enzimas do suco pancreático 
• IPE não é identificada em equinos e ruminantes) 
• Causa: 
o Atrofia Acinar Pancreática: 
▪ Esta atrofia é causada por pancreatite linfocítica imunomediada 
▪ Hereditária, descrito em Pastor Alemão e Collie. 
▪ Se confirma com Biópsia Pancreática (MUITO RARO REALIZAR) 
o Pancreatite Crônica (Recidivante) 
o Obstrução em Ducto Pancreático 
▪ Pancreatite 
• Inflamação do tecido pancreático causa lesão em células acinares. 
• Mais comum em cães 
• Manifestações Clínicas: 
o Cães: Sintomas clássicos mais evidentes, principalmente sensibilidade abdominal 
o Gatos: Também apresentam sensibilidade abdominal, porém os sinais são mais discretos (o ideal é realizar ultrassom) 
• Tipos: 
o Aguda 
o Crônica 
o Exames Laboratoriais para Pâncreas Exócrino (DIAGNÓSTICO): 
▪ TLI - Imunoreatividade à tripsina sérica 
• A tripsina é uma enzima digestiva, ela é obtida a partir da transformação do tripsinogênio (uma das enzimas do suco pancreático) 
• Se dosar esta enzima no sangue e: 
o Estiver alta: PANCREATITE (doença que libera muitas enzimas pancreáticas na circulação) 
o Estiver baixa ou normal: IPE (diminui muito a produção das enzimas pancreáticas) 
• Valores de normalidade 
o Cão: 5 – 32 ng/ml 
o Gato: 12 – 82 ng/ml 
▪ Dosagem de enzimas pancreáticas: 
• Enzimas presentes no suco pancreático 
• Não possuem resultado 100% eficaz, pois não são enzimas exclusivas do pâncreas, acabam tendo interferência dos rins, uso de 
corticoides... 
• É uma alternativa para quando o tutor possui limite com orçamento e já se tem sinais clínicos da doença. 
• Indicado dosar Lipase Pancreática. 
▪ SPEC - fPL (Lipase Pancreática Felina) / cPL (Lipase Pancreática Canina) 
• Dosagem de Lipase Pancreática específica do Pâncreas destas espécies, é confiável pois não sofre influência de outros fatores. 
• Técnica de ELISA 
• Imunoreatividade específica com células acinares pancreáticas 
• SPEC felino e canino 
• Em cães – Sensibilidade de 63,6% a 82% 
• Coletar o sangue no tubo vermelho, pois análise é feita partir do soro sanguíneo. 
• Realiza uma análise quantitativa (diz o quanto de lipase tem no sangue) 
• Este teste não é utilizado para diagnóstico de IPE 
• Valores de Referência: 
o Cão (µg/L) 
▪ 201 a 399 - Suspeito 
▪ Aumentado (> 400): Pancreatite ativa 
o Felino (µg/L) 
▪ 3,6 a 5,3 - Suspeito 
▪ Aumentado (> 5,4): Pancreatite ativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pâncreas Endócrino 
o Importante entender: 
▪ Na análise do pâncreas endócrino, as alterações se baseiam na distribuição ou não de açúcar pelo corpo (níveis glicêmicos). 
▪ ilhotas de Langerhans: 
• Células alfa A → produzem glucagon → hormônio do jejum, que tira açúcar das reservas de glicogênio para distribuir pelo corpo 
e outras células usarem 
• Células beta B → produzem insulina → o açúcar que vem da alimentação fica na circulação, este hormônio tira o excesso do 
sangue e coloca nas reservas de glicogênio. 
o Suspeita de disfunção em pâncreas endócrino: 
▪ Emagrecimento progressivo. 
▪ Poliúria, polidipsia e polifagia. 
▪ Fraqueza, convulsão, confusão mental, ataxia, tremores (sintomas gerais de quando as células não conseguem funcionar por falta 
de glicose) 
o Disfunções do Pâncreas Endócrino: 
▪ Hiperglicemia 
o Diabetes mellitus: Diminuição de insulina, com isso fica mais açúcar na circulação 
o Pós- esforço: Aumento fisiológico da glicemia 
o Glicocorticoides: Também atuam como hormônios do jejum, retirando glicose das reservas de glicogênio e colocando no sangue 
para disposição dos outros tecidos. Este aumento pode ser causado por doenças (hiperadrenocorticismo), por estresse ou por 
administração de medicamentos. 
o Pancreatite Aguda: Problema exócrino que pode progredir até interferir nas células endócrinas do pâncreas 
▪ Hipoglicemia: 
o Hepatopatia severa: Dificuldade de realizar glicogenólise (fica difícil tirar açúcar do fígado, que é um dos principais locais para 
reserva de glicogênio) 
o Sepse: Pelo consumo de glicose das bactérias presentes na circulação 
o Hiperinsulinismo: Pode ocorrer pelo uso inadequado de insulina exógeno (tratamento de diabetes) ou por um Insulinoma 
(pâncreas com alguma neoplasia) 
o Inanição: Quando não há uma alimentação adequada (falta e glicose na dieta) 
o Exames Laboratoriais para Pâncreas Endócrino (DIAGNÓSTICO): 
▪ Concentração de Glicose no Sangue: 
• Cuidados na colheita 
o Jejum prévio de 12 horas 
o Usar tubo cinza para coleta da amostra: possui fluoreto de sódio – anticoagulante que preserva a molécula de glicose (se aglutinar 
vai haver consumo dessa glicose pelas células). 
o Separar imediatamente o plasma 
• Aparelho: Glicosímetros portáteis 
▪ Frutosamina: 
• Gatos podem ter hiperglicemia transitória por estresse, então o mais indicado é dosar frutosamina, que é um parâmetro para 
avaliar se a hiperglicemia foi prolongada ou só no momento. 
• É uma proteína glicada estável gerada por hiperglicemia com mais de 3 dias de duração: 
▪ Se tem muito açúcar na circulação por mais de 3 dias, ele começa “grudar” em vários elementos presentes no sangue, um destes 
é a albumina. Quando há um número grande de glicose na albumina, ela se transforma em FRUTOSAMINA 
• Indicação: Monitoramento de 1 a 3 semanas da taxa glicêmica. (a frutosamina fica na circulação de 1 a 3 semanas) 
• Interferências: Hipoalbuminemia (se não tiver albumina não forma frutosamina). 
Outras doenças que 
causam aumento de 
corticoides 
▪ Hemoglobina Glicada: 
• Hemoglobina estável gerada por hiperglicemia (do mesmo modo que a glicose “gruda” na albumina, irá ficarligada nas hemácias, 
porém por um tempo muito maior – pelo tempo de vida da hemácia) 
• Exame caro e demora para sair o resultado, por isso não é comum na rotina. 
• Indicação: Monitoramento da taxa glicêmica 
o Cão: 60 dias 
o Gato: 40 dias 
• Coleta com tubo roxo ou verde → Anticoagulante: EDTA ou heparina. 
• Interferências: Anemia, IR (nestes casos a quantidade de hemácia está diminuída). 
• Valores de normalidade 
o 6 - 32 µU/m 
▪ Concentração de Insulina Sérica: 
• Jejum de 12 horas. 
• Valores de normalidade 
o 6 - 32 µU/ml 
o Valor aumentado: Sugestivo de Insulinoma ou insulina exógena com dosagem errada. 
o Valor diminuído: Sugestivo de diabetes 
• Relação insulina/glicose: 
o > 0,3: Sugestível de Insulinoma 
• Considerar manifestações clínicas e histórico do paciente

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