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19/09/14 19:52Portal Ciência & Vida - Filosofia, História, Psicologia e Sociologia - Editora Escala. Página 1 de 3http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/68/artigo252719-1.asp Assine 0800 703 3000 SAC Bate-papo E-mail Notícias Esporte Entretenimento Mulher Shopping BUSCAR Compartilhe | Palavras-chave Loja Escala Assine Anuncie SAC - 55 11 3855-1000 Sites Escala Capa Virtualização dos saberes Na discussão sobre se o virtual é real, Pierre Lévy defende que a interação e troca do conhecimento, propiciados pela Cibercultura, possibilita ao homem participar de uma "inteligência coletiva", que funcionará como instrumento para resgatar a sua subjetividade 35 pessoas recomendam isto. Seja o primeiro entre seus amigos.RecomendarRecomendar TweetTweet 1 O advento das tecnologias eletrônicas na Cultura contemporânea conduz a uma frutífera re exão sobre a questão da virtualização dos saberes, circunstância própria da era informática na qual, de uma maneira geral, estamos todos inseridos. Certamente, jamais encontramos tanta facilidade para a divulgação imediata de conteúdos tal como atualmente existe no sistema informático, circunstância que, interpretada por um viés otimista, representa uma democratização do processo de criação intelectual e sua consequente difusão pública. Nessas condições, Pierre Lévy a rma: "As atividades de pesquisa, de aprendizagem e de lazer serão virtuais ou comandadas pela economia virtual. O ciberespaço será o epicentro do mercado, o lugar da criação e da aquisição de conhecimentos, o principal meio da comunicação e da vida social".¹ A "Cibercultura" é um termo utilizado na de nição dos agenciamentos sociais das comunidades no espaço eletrônico virtual. Estas comunidades estão ampliando e popularizando a utilização da Internet e outras tecnologias de comunicação, possibilitando assim maior aproximação entre as pessoas de todo o mundo. Este termo se relaciona diretamente com as dinâmicas sociais, econômicas, políticas e losó cas dos indivíduos conectados em rede, bem como a tentativa de englobar os desdobramentos que este comportamento requisita. A ANÁLISE GENEALÓGICA DO CONCEITO FILOSÓFICO DE VIRTUAL NOS REMETE A ARISTÓTELES, QUE ESTABELECE A CÉLEBRE DISTINÇÃO ENTRE ATO E POTÊNCIA Uma análise genealógica do conceito losó co de virtual nos remete diretamente a Aristóteles, que estabelece a célebre distinção entre ato, aquilo que está efetivamente realizado, e potência, aquilo que virá a ser e que existe em nível intensivo: "O que não tem potência de ser Edição nº 98 SUMÁRIO DA EDIÇÃO MATÉRIA DE CAPA REPORTAGENS O QUE É FILOSOFIA? EDIÇÕES ANTERIORES EXPEDIENTE FILOSOFIA LEITURAS DA HISTÓRIA PSIQUE SOCIOLOGIA AGENDA ARTIGOS More ShareShareShareShare 19/09/14 19:52Portal Ciência & Vida - Filosofia, História, Psicologia e Sociologia - Editora Escala. Página 2 de 3http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/68/artigo252719-1.asp Renato Nunes Bittencourt é doutor em Filosofia pelo PPGF- UFRJ, professor do Curso de Comunicação Social da Faculdade CCAA, da Faculdade de Flama e do Departamento de Filosofia do Colégio Pedro II e Membro do Grupo de Pesquisa Sinoza & Nietzsche Cadastre-se e fique atualizado diariamente com nosso conteúdo. Seu e-mail Quero acessar... Publicidade Adicionar Favorito Links Úteis O acesso ao conteúdo do portal Ciência&Vida é identificado por cards. Assinante Cadastrado não pode existir em parte alguma, enquanto tudo o que tem potência pode também não existir em ato. Portanto, o que tem potência para ser pode ser e também pode não ser: a mesma coisa tem possibilidade de ser e de não ser".² A base ontológica da Internet se sustenta pela qualidade do virtual, conceito problematizado na Filoso- a Contemporânea, em especial por Gilles Deleuze e IMAGENS: SHUTTERSTOCK por Pierre Lévy, que segue nesse quesito os parâmetros intelectuais delineados por aquele. É importante destacar que, para a consciência irre etida do senso comum, o virtual representaria algo próprio do irreal, quiçá inexistente de fato. Todavia, tal perspectiva não corresponde ao signi cado losó co de virtual: algo que existe sem possuir, todavia, concretude, caráter palpável, encontrando-se assim em estado de potência; o virtual ainda não é de fato, atual, mas poderá vir a ser; assim sendo, o virtual de alguma maneira já existe, ainda que em uma dimensão não concreta. Conforme argumenta Deleuze, "O virtual não se opõe ao real, mas apenas ao atual. O virtual possui uma plena realidade como virtual [...] O virtual deve ser de nido como uma parte própria do objeto real - como se o objeto tivesse uma de suas partes no virtual e aí mergulhasse como numa dimensão objetiva".³ O termo "Cibercultura" é utilizado para designar os processos de agenciamentos sociais no mundo virtual. A criação de comunidades e grupos neste espaço permite que as pessoas se conectem com mais facilidade, aumentando a aproximação e os números de adeptos a esta prática PÁGINAS :: 1 | 2 | 3 | Próxima >> Encontre-nos no Facebook Portal Ciência & Vida 32.088 pessoas curtiram Portal Ciência & Vida. CurtirCurtir GOL Linhas Aéreas Aproveite as tarifas imperdíveis E conheça as aeronaves GOL+. www.voegol.com.br 19/09/14 19:52Portal Ciência & Vida - Filosofia, História, Psicologia e Sociologia - Editora Escala. Página 1 de 3http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/68/artigo252719-2.asp Assine 0800 703 3000 SAC Bate-papo E-mail Notícias Esporte Entretenimento Mulher Shopping BUSCAR Compartilhe | Aristóteles estabelecia uma distinção sobre ato e potência. Para ele, ato era aquilo que está efetivamente realizado, e potência é aquilo que ainda virá a ser, sendo assim, nem sempre um termo poderia se desdobrar no outro e vice-versa Palavras-chave Loja Escala Assine Anuncie SAC - 55 11 3855-1000 Sites Escala Capa Virtualização dos saberes Na discussão sobre se o virtual é real, Pierre Lévy defende que a interação e troca do conhecimento, propiciados pela Cibercultura, possibilita ao homem participar de uma "inteligência coletiva", que funcionará como instrumento para resgatar a sua subjetividade 4 pessoas recomendam isto. Seja o primeiro entre seus amigos.RecomendarRecomendar TweetTweet 0 O virtual se caracteriza pela intensidade. A potência do virtual reside na sua fonte inde nida de atualizações, circunstância que transcende as naturais limitações espaço- temporais tal como existentes nos processos difusores comuns. Decorre desse contexto a assimilação do conceito de virtual pelo jogo de linguagem da Informática, ela mesma um modelo de discurso epistemológico que trouxe para o âmbito do pensamento humano a re exão sobre a possibilidade de um meio desprovido de extensão fornecer aos seus usuários uma possibilidade de trocas constante de conteúdos informativos. Pierre Lévy a rma que "Na acepção losó ca, é virtual aquilo que existe apenas em potência e não em ato, o campo de forças e de problemas que tende a resolver-se em uma atualização. O virtual encontra-se antes da concretização efetiva ou formal (a árvore está virtualmente presente no grão). [...] É virtual toda entidade "desterritorializada", capaz de gerar diversas manifestações concretas em diferentes momentos e locais determinados, sem contudo estar ela presa a um lugar ou tempo em particular".4 Um meio virtual, no sentido amplo, é um universo de possíveis, calculáveis a partir de um modelo digital. ENTRE DOIS MUNDOS O virtual não se contrapõe aoreal tal como nós o conhecemos no cotidiano; é, na verdade, uma espécie de extensão desse mundo que denominamos como "real" por meio de instâncias imateriais, justamente pelo fato de não depender de bases concretas para se desenvolver: "O virtual não "substitui" o "real", ele multiplica as oportunidades para atualizá-lo".5 Nessas condições, torna-se claro que em cada momento de nossas existências e experiências nos encontramos plenamente delineados pela condição virtual: "O mundo humano é "virtual" desde a origem, mesmo antes das tecnologias digitais, porque contém por todo o lado sementes do futuro, possibilidades inexploradas, formas por nascer que a nossa atenção, os nossos pensamentos, as nossas percepções, os nossos atos e as nossas invenções não param de atualizar".6 O desenvolvimento das tecnologias informáticas, considerada em uma dimensão intelectual, expressaria a culminação da experiência da "pós-modernidade", caracterizada pela contraposição aos discursos totalizantes e às narrativas teleológicas (progresso contínuo da humanidade, ação soteriológica do saber cientí co) próprias da era moderna. A exaustão desse projeto civilizatório conduziu, no plano da construção social do conhecimento, a uma valorização das diferenças e a necessidade de inclusão antropológica dos grupos até então relegados aos con ns periféricos da criação intelectual. Obviamente que as facilidades técnicas proporcionadas pelo advento da informática dinamizaram a produção dos saberes e sua subsequente comunicação, inclusive por indivíduos alheios ao mundo acadêmico. Conforme destacado pelo lósofo francês Jean-François Lyotard, "É razoável pensar que a multiplicação de máquinas informacionais afeta e afetaria a circulação dos conhecimentos, do mesmo modo que o desenvolvimento dos meios de circulação dos homens (transportes), dos sons e, em seguida, das imagens (Mídia) o fez".7 Edição nº 98 SUMÁRIO DA EDIÇÃO MATÉRIA DE CAPA REPORTAGENS O QUE É FILOSOFIA? EDIÇÕES ANTERIORES EXPEDIENTE FILOSOFIA LEITURAS DA HISTÓRIA PSIQUE SOCIOLOGIA AGENDA ARTIGOS More ShareShareShareShare 19/09/14 19:52Portal Ciência & Vida - Filosofia, História, Psicologia e Sociologia - Editora Escala. Página 2 de 3http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/68/artigo252719-2.asp Cadastre-se e fique atualizado diariamente com nosso conteúdo. Seu e-mail Quero acessar... Publicidade Adicionar Favorito Links Úteis O acesso ao conteúdo do portal Ciência&Vida é identificado por cards. Assinante Cadastrado (Mídia) o fez".7 A expansão da informática e sua culminação epistemológica pela Internet possibilitaram o desenvolvimento de um sistema colaborativo entre os indivíduos separados espaço-temporalmente em decorrência das condições físicas da própria condição concreta da existência, mas virtualmente uni cados pela grande rede: "Sujeitos e objetos, autores e destinatários perdem a sua bem distinta identidade em favor de redes contínuas de produção de informações".8 A potência do virtual está caracterizada pela rapidez e a constante capacidade de atualização entre os membros que utilizam o meio Os recursos interativos disponíveis antes do advento da Internet se fundamentavam tecnicamente nos padrões "Um-Um" (telefone) e "Um-Todos" (televisão, rádio, jornal). A propagação da Internet faz com que alcançamos assim o estado comunicativo denominado por Pierre Lévy de "Todos-Todos", caracterizado por promover a interação plena de informações entre todos os usuários, sujeitos criadores, conectados na rede virtual.9 A disposição informativa "Todos-Todos" promove a interação mútua de informações entre todos aqueles que se encontram conectados na rede virtual, pois que, conforme vimos anteriormente, esse meio elimina as barreiras das categorias do espaço e do tempo. ZYGMUNT BAUMAN cunhou o termo "liquidez" para caracterizar o atual momento da sociedade, que é fruto de constantes mudanças e "avanços". Para ele, uma das consequências desses avanços é que o mundo está se transformando em um único país PÁGINAS :: << Anterior | 1 | 2 | 3 | Próxima >> Encontre-nos no Facebook Portal Ciência & Vida 32.088 pessoas curtiram Portal Ciência & Vida. Plug-in social do Facebook CurtirCurtir Precisa contratar rápido? 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Esse processo comunicativo é o único que torna os usuários centros ativos da construção dos modelos de contato interpessoal. Cada um de nós pode perfeitamente fazer parte desse processo de construção coletiva de conhecimentos a ser compartilhado publicamente no Ciberespaço, dimensão virtual na qual ocorrem as interações informativas entre as pessoas, sem que, todavia, exista uma de nição nítida do espaço e do tempo no qual se dão tais acontecimentos. A partir da expansão da Internet, a possibilidade de haver uma maior comunhão dos conhecimentos elaborados alcançou um nível jamais imaginado até então pelas estruturas epistemológicas das eras precedentes. Todavia, há uma curiosa tendência a se dizer que a Internet consumou o esvaziamento das relações pessoais. Será que é mesmo a Internet a motivadora por excelência da separação afetiva entre as pessoas? Ou não seria talvez o ritmo vertiginoso das relações de trabalho, os inúmeros problemas de infraestrutura da sociedade contemporânea que motivam esse distanciamento interpessoal? Na era informática, a construção antropológica do saber se torna uma experiência multilateral, e não mais unilateral, conforme os princípios dogmáticos da instituição teológica normativa (sectária do argumento de autoridade), ou bilateral, disposição característica da relação dialógica; desse modo, todos os sujeitos devidamente conectados na rede eletrônica tornam-se difusores de conceitos, informações, saberes. Pierre Lévy denomina essa experiência holística de "inteligência coletiva", pois a Internet depende, para o seu contínuo progresso, da atividade plena dos seus usuários, que elaboram de maneira interativa os conteúdos disponibilizados na rede virtual: "O problema da inteligência coletiva é descobrir ou inventar um além da escrita, um além da linguagem tal que o tratamento da informação seja distribuído e coordenado por toda parte, que não seja mais o apanágio de órgãos sociais separados, mas se integre naturalmente, pelo contrário, a todas as atividades humanas, volte às mãos de cada um".10 A nalidade da inteligência coletiva consiste em colocar os recursos das grandes coletividades ao serviço das pessoas e dos pequenos grupos, e não o contrário. Tanto melhor, ela engendra uma mobilização otimizada das competências criativas dos indivíduos: "Longede fundar as inteligências individuais em uma espécie de magma indistinto, Edição nº 98 SUMÁRIO DA EDIÇÃO MATÉRIA DE CAPA REPORTAGENS O QUE É FILOSOFIA? EDIÇÕES ANTERIORES EXPEDIENTE FILOSOFIA LEITURAS DA HISTÓRIA PSIQUE SOCIOLOGIA AGENDA ARTIGOS More ShareShareShareShare 19/09/14 19:53Portal Ciência & Vida - Filosofia, História, Psicologia e Sociologia - Editora Escala. Página 2 de 4http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/68/artigo252719-3.asp Para Pierre Lévy, a programação da internet gerou um estado comunicativo denominado "Todos-Todos", ocasionando o que ele acredita ser um estado de "inteligência coletiva", em que todos partilham seus conhecimentos e saberes Desde sua origem, o mundo humano já era virtual, pois a vontade e os sonhos com novas realidades, novas possibilidades inexploradas e divagações sobre o futuro sempre permearam os pensamentos, atos e percepções Cadastre-se e fique atualizado diariamente com nosso conteúdo. Seu e-mail Quero acessar... Publicidade Adicionar Favorito Links Úteis O acesso ao conteúdo do portal Ciência&Vida é identificado por cards. Assinante Cadastrado de fundar as inteligências individuais em uma espécie de magma indistinto, a inteligência coletiva é um processo de crescimento, de diferenciação e de retomada recíproca das singularidades".11 LÉVY DENOMINA "INTELIGÊNCIA COLETIVA" A EXPERIÊNCIA DA ATIVIDADE PLENA DOS USUÁRIOS, QUE ELABORAM DE MANEIRA INTERATIVA OS CONTEÚDOS DA REDE Trata-se do deslocamento de um sistema em que o emissor produz um discurso, enviando-o em seguida para um grupo de receptores para uma estrutura de comunicação multidirecional, onde não está de nido quem são os emissores e os receptores. O lósofo polonês Adam Scha postulava que a sociedade informática permitirá a formação do homem universal, no sentido de sua formação global, que lhe permitirá fugir do estreito caminho da especialização unilateral e não de se libertar do enclausuramento numa cultura nacional - para converter-se em um cidadão do mundo no melhor sentido do termo.12 O jogo de linguagem da Internet exige do usuário uma transformação em seus paradigmas intelectuais, sustentados tradicionalmente por uma adequação a um modelo epistemológico de caráter centralizador próprio da con guração ideológica da Cultura ocidental, marcada pelo respeito cego ao argumento de autoridade e aos discursos universalistas próprios da tradição ocidental. Contudo, o advento das redes informáticas originou a divisão in nita da subjetividade humana e seus dispositivos intelectuais. Nesse contexto, o sociólogo espanhol Manuel Castells pondera que "A elasticidade da Internet a torna particularmente suscetível a intensi car as tendências contraditórias presentes em nosso mundo. Nem utopia nem distopia, a Internet é a expressão de nós mesmos através de um código de comunicação especí co, que devemos compreender se quisermos mudar nossa sociedade".13 A estrutura da comunicação em rede aponta para desdobramentos otimistas no que se refere ao processo de democratização do sistema de comunicação e de interação. Para Pierre Lévy, "O uso socialmente mais rico da informática comunicacional consiste, sem dúvida, em fornecer aos grupos humanos os meios de reunir suas forças mentais para constituir coletivos inteligentes e dar vida a uma democracia em tempo real".14 REORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS Arquivos imensuráveis, a partir do uso do aparato informatizado, são substituídos por recursos especializados virtuais que substituem, a nível quantitativo, o grande espaço físico destinado ao armazenamento de informações, enquanto que, numa dimensão qualitativa, esses dados podem ser organizados de modo extremamente meticuloso, evitando-se assim os transtornos que ocorrem comumente com os arquivos materiais, tais como dani cação dos conteúdos pela ação do tempo ou perdas irreparáveis desses suportes físicos. Pierre Lévy conclama para que nos "Lembremos que uma das principais virtudes de tecnologias intelectuais consiste em oferecer ao sistema cognitivo humano memória externa e sistemas de representação próprios para aliviar a tarefa de sua memória a curto prazo e facilitar a concentração de sua atenção aos elementos mais pensamentos de um problema em dado instante".15 O conhecimento está ao nosso alcance, há qualquer momento. A ideia de sistemas colaborativos já é uma realidade, e trabalha compartilhando e agregando informações e saberes entre indivíduos separados espaço-temporalmente Nicholas Negroponte, fundador do celebérrimo MIT, em um comentário preciso, destaca que a Internet oferece um novo veículo para se sair em busca de conhecimento e sentidos.16 Por conseguinte, a Internet, possibilitando a comunicação global, a fusão intelectual entre emissores e receptores e o estabelecimento da interatividade virtual se estabelece em nossa era como um grande marco epistemológico. Desde as suas origens, a escritura foi concebida e utilizada sob forma de signos relativamente estáticos sobre um suporte físico. Hoje, graças às telas interativas, a informática abre possibilidades radicalmente novas à expressividade do pensamento. Tal como destacado por Nicholas Negroponte: "A superestrada da informação nada mais é do Glambox Brasil Receba as novidades de beleza na sua casa. www.glambox.com.br 19/09/14 19:53Portal Ciência & Vida - Filosofia, História, Psicologia e Sociologia - Editora Escala. Página 3 de 4http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/68/artigo252719-3.asp que o movimento global de bits sem peso à velocidade da luz".17 Nessas condições, os discursos contestadores da pertinência da realidade virtual para a vida humana acabam sendo derrotados pela incompreensão da própria natureza do processo de instauração dos conteúdos informáticos da Internet, talvez pelo fato de que esta, por não existir de forma concreta, extensiva, dê a impressão de que apenas lida com ilusões. 1LÉVY, A conexão planetária, p. 51. 2ARISTÓTELES, Metafísica, 1050b. 4LÉVY, Cibercultura p. 47. 5LÉVY, Cibercultura p. 88. 6LÉVY, Filoso a Word, p. 151. 7LYOTARD, A Condição Pós-Moderna, p.4 8LÉVY, A Máquina Universo, p. 37. 9LÉVY, Cibercultura, p. 29. 10LÉVY, A inteligência coletiva, p. 17. 11LÉVY, A inteligência coletiva, p. 32. 12SCHAFF, A sociedade informática, p. 71. 13CASTELLS, A Galáxia Internet, p. 11. 14LÉVY, A inteligência coletiva, p. 62. 15LÉVY, A ideogra a dinâmica p. 152-153. 16NEGROPONTE, A Vida Digital, p. 175. 17NEGROPONTE, A Vida Digital, p. 18. REFERÊNCIAS ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. de Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2005. CASTELLS, Manuel. A Galáxia Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Trad. de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. DELEUZE, Gilles. Diferença e Repetição. Trad. de Luiz Orlandi e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 2006. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999. _____. Filosofia Word - o mercado, a cibercultura, a consciência. Trad. de Carlos Aboim de Brito. Lisboa: Instituto Piaget, 2000. _____. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço e a consciência. Trad. de Maria Lúcia Homem e Ronaldo Entler. São Paulo: Ed.34, 2001. _____. A ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial? Trad. de Marcos Marcionilo e Saulo Krieger. São Paulo: Loyola, 2004. _____. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. Trad. de Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Loyola, 2003. _____. A Máquina Universo: Criação, Cognição e Cultura Informática. Trad. de Maria Manuela Guimarães. Lisboa: Instituto Piaget, 1995. LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Trad. de RicardoCorrêa Barbosa. Rio de Janeiro: José Olympio, 2002. NEGROPONTE, Nicholas. A Vida Digital. Trad. de Sérgio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. SCHAFF, Adam. A sociedade informática. Trad. de Carlos Jordão Machado e Luiz Arturo Obojes. São Paulo: Brasiliense, 2007. PÁGINAS :: << Anterior | 1 | 2 | 3 Encontre-nos no Facebook Portal Ciência & Vida 32.088 pessoas curtiram Portal Ciência & Vida. CurtirCurtir
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