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Da Execução em Geral Execução civil (introdução) Espécies de processo, cumprimento de sentença e execução de títulos executivos extrajudiciais. Da Execução em Geral Antes da Lei 11.232/05, existiam as seguintes espécies de processo: 1) processo de conhecimento, em suas três espécies - declaratório, constitutivo e condenatório: com a finalidade de formular, na sentença definitiva, uma regra jurídica concreta que disciplina a situação litigiosa. Leva ao conhecimento do julgador os fatos que constituem o direito alegado pelo autor - ou aqueles alegados pelo réu que extinguem, modificam ou impedem aquele direito, e, uma vez convencido da ocorrência de qualquer deles, o julgador formula a regra que deve disciplinar aquela lide. 2) processo de execução de títulos judiciais e extrajudiciais: por meio de atos materiais, visando obter o resultado que deveria ser alcançado pela voluntária satisfação do interesse subordinante. O processo de execução tinha por objetivo efetivar a regra sancionatória contida numa sentença proferida em processo de conhecimento condenatório (título executivo judicial), ou contida em certos títulos que a lei confere o mesmo efeito da sentença - a executividade (título executivo extrajudicial). 3) processo cautelar: tem função auxiliar e subsidiária, objetivando a segurança e garantia do eficaz desenvolvimento dos processos de conhecimento e de execução. Ocorre que a Lei 11.232/05, alterou essa sistemática, uma vez que o processo de execução limitou-se a servir apenas para a satisfação dos títulos executivos extrajudiciais. Essa lei acabou com a necessidade de um processo autônomo (processo de execução) para as hipóteses de títulos executivos judiciais. Houve uma união do processo de conhecimento com o de execução, surgindo apenas uma fase no processo de cognição chamada de “cumprimento de sentença”. Cumprimento de sentença Ainda que a sentença tenha várias determinações como, por exemplo, obrigação de fazer e obrigação de pagar quantia certa, a forma de sua efetivação seguirá o rito do art. 498 e art. 509, do CPC. Haverá tantos procedimentos quanto houver obrigações para cumprir. A Lei 11.232/05 alterou a natureza da competência para a execução da sentença, podendo o credor, agora, escolher entre efetivar a sentença perante o mesmo juízo da cognição ou optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado (art. 516, Parágrafo Único, CPC). Assim, a competência do local que a sentença de cognição fora proferida era absoluta, passando a ser relativa. Como já mencionado, a execução deverá iniciar-se por simples requerimento do credor, sendo o devedor intimado na pessoa de seu advogado. Ao ser intimado, o devedor tem o prazo de 15 dias para efetuar o pagamento da quantia já fixada na liquidação, sob pena de multa de 10% e expedição de mandado de penhora e avaliação (Art. 523, CPC). No caso de não cumprimento no prazo estipulado, o devedor deverá pagar, além da multa, os honorários advocatícios. Na hipótese de cumprimento parcial da condenação, tanto a multa quanto os honorários advovatícios serão de 10% e incidirão sobre a diferença. Dessa forma, não havendo o cumprimento da obrigação no prazo estipulado, será expedido mandado de penhora e avaliação dos bens do devedor. Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado, ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias (art. 525, CPC). No pedido de requerimento da penhora feito pelo exeqüente, este já poderá indicar os bens do devedor a serem penhorados. Essa é mais uma inovação trazida pela Lei 11.232/05, uma vez que pela redação do art. 829, CPC, a indicação cabia ao devedor quando de sua citação. Ainda, a nova lei não mais prevê que o devedor deva observar uma ordem de bens a indicar como previa o art. 835, CPC. Não há mais embargos à execução na fase de execução de título judicial. Dentro do prazo de 15 dias, contados a partir da intimação da penhora, o devedor poderá oferecer impugnação. A impugnação, diferentemente dos embargos à execução, não consiste em ação autônoma, mas simples procedimento incidental. Difere, também, da contestação, uma vez que não exige custas e não admite intervenção de terceiros. Nada impede que o devedor ajuíze ações autônomas como, por exemplo, ação rescisória, embargos de terceiros, etc. O ajuizamento da ação rescisória, contudo, não impede o cumprimento da sentença ou acórdão rescindendo, ressalvada a concessão, caso imprescindíveis e sob os pressupostos previstos em lei, de medidas de natureza cautelar ou antecipatória de tutela (art. 969, CPC – com redação dada pela Lei 11.280/06). Execução de título executivo extrajudicial A Lei 11.232/05 trouxe profundas mudanças sobre o processo de execução, acabando com a necessidade de um processo autônomo para certas hipóteses de títulos executivos judiciais. Já a Lei 11.328/06 alterou o procedimento da execução dos títulos executivos extrajudiciais, visando dar maiores garantias aos credores e tornar esse tipo de processo mais prático e com resultados mais satisfatórios ao jurisdicionado. Com a nova redação dada ao art. 829, do Código de Processo Civil, o credor poderá, já na petição inicial da execução, indicar bens do devedor a serem penhorados (§2º). A indicação não precisará respeitar a ordem restabelecida no art. 835, porém, o devedor poderá requerer a substituição do bem indicado por outro, observadas as regras dos artigos 847 e 848, CPC, e desde que comprove cabalmente que a substituição não trará prejuízo algum ao exeqüente e será menos onerosa para ele devedor (art. 847, CPC). A Lei 11.382/06 acrescentou o art. 828, no Código de Processo Civil, dispondo que o “ O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade”. Ao distribuir a execução, o exeqüente poderá obter prova do cartório do ajuizamento da demanda para que possa cientificar os cartórios de registros imobiliários sobre a possibilidade de penhora sobre os bens do devedor. Tal providência deve ser tomada pelo credor para prevenir eventuais fraudes pelo executado (§3º). Essa atitude do credor favorece, também, terceiros de boa-fé que possam relacionar-se com o executado. De acordo com a nova redação do §4º, do art. 844, do CPC, essa averbação no registro de imóveis, gerará presunção absoluta de conhecimento da execução por terceiros. O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas. Tendo em vista que tal prerrogativa conferida ao credor poderá trazer prejuízos ao executado, no caso de averbação manifestamente indevida, o exeqüente deverá indenizar a parte contrária, nos termos do § 3º do art. 81 do CPC, processando-se o incidente em autos apartados. No despacho que receber a inicial, o juiz deverá fixar, de plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade no caso de integral pagamento da dívida pelo executado no prazo legal (art. 827, CPC). Após o despacho da inicial, o executado deverá ser citado para efetuar o pagamento da dívida no prazo de 3 dias. Aqui está mais alteração interessante trazidas pela Lei 11.382/06, pois, pela antiga redação, o executado era citado para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou nomear bens à penhora. A oposição de embargos pelo devedor não depende mais da garantia do juízo, nos termosdo art. 914, "caput", CPC: “O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos”. O prazo para sua oposição também passou de 10 dias para 15 dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação (art. 915, CPC). Esse prazo é contado separadamente no caso de haver mais de um executado, salvo tratando-se de cônjuges, quando o prazo começará a fluir após a citação do último (§1º). Outra alteração salutar em relação ao incentivo à satisfação do crédito vem no art. 916, CPC, que dispõe: Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês. § 1o O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco) dias. § 2o Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas vincendas, facultado ao exequente seu levantamento. § 3o Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos os atos executivos. § 4o Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito, que será convertido em penhora. § 5o O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente: I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o imediato reinício dos atos executivos; II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não pagas. § 6o A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor embargos § 7o O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença”. Nota-se que o legislador não usou da boa técnica, uma vez que da simples leitura do dispositivo nos parece que a uma execução definitiva pode se transformar em provisória. Ocorre que a nova redação veio instituir a execução provisória também na execução de título extrajudiciais, já que esta só era prevista para a execução dos títulos judiciais. Assim, deve-se entender que a execução que nascer definitiva, continuará definitiva independentemente da oposição ou não de embargos do devedor. Se houver recurso pendente sobre decisão dos embargos interpostos, a execução deverá prosseguir de acordo com as normas que regem a execução provisória (art. 520, CPC). No entanto, se os embargos de execução forem recebidos apenas no efeito devolutivo, as regras de execução provisória não poderão ser aplicadas. Se o executado não pagar, nem nomear bens à penhora, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado (art. 829, §2º, CPC). Para que pudesse tomar tais medidas, a Lei 11.382/06 acrescentou, ao art. 154, CPC, o inciso V, o qual prevê, agora, que o oficial de justiça também tem a atribuição de efetuar avaliações. O art. 833, do CPC traz um rol de bens absolutamente impenhoráveis. Trata-se de uma medida para garantir um mínimo de dignidade ao devedor. Dispõe o art. 833, CPC: “São impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o; V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; VI - o seguro de vida; VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários- mínimos; XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra." Apesar da atribuição de impenhorabilidade absoluta de tais bens, os mesmos poderão ser penhorados nos casos de pensão alimentícia (§2º). A antiga redação previa que eram impenhoráveis as provisões de alimento e de combustível, necessárias à manutenção do devedor e de sua família durante um mês; o anel nupcial e os retratos de família. Embora o novo texto não mais faça menção a tais objetos, tem-se que esses bens são impenhoráveis por natureza, não necessitando de lei nesse sentido. De acordo com o art. 831, do Código de Processo Civil: “A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios”. Dispõe, ainda, que: “§ 4º Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe ao exequente providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro competente, mediante apresentação de cópia do auto ou do termo, independentemente de mandado judicial.”. Referido artigo também permite a chamada penhora on-line. A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 829), ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 847, parágrafo primeiro, inciso V); caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo (art. 870, CPC). Em que pese as boas alterações relatadas acima, a que merece maior destaque e a mudança trazida pela nova lei para a realização do ativo do devedor. É sabido que, pela antiga redação, após a avaliação do bem penhorado, havia a sua expropriação pela morosa e ineficiente hasta pública. Agora, existem alternativas para a satisfação do credor. Dispõe o art. 825, do CPC: “A expropriação consiste em: I - adjudicação; II - alienação; III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens." A alienação em hasta pública é muito demorada e, geralmente, o valor de avaliação dificilmente é obtido. Além disso, há muito gasto com a publicação de editais para chamar eventuais compradores, com o pagamento do leiloeiro, etc., o que acaba onerando a execução e prejudicando o credor, que dificilmente terá seu crédito integralmente satisfeito. Pensando em tudo isso foi que o legislador previu essas outras formas de satisfação do credor. Pelo antigo procedimento, a adjudicação só era possível depois de realizada a hasta pública. Agora, o exeqüente pode exercer essa prerrogativa assim que avaliados os bens penhorados (art. 876, CPC). O credor também pode requer que a alienação particular dos bens penhorados, nos termos do art. 880: “Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação por sua própria iniciativaou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário. § 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for o caso, a comissão de corretagem. § 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do juiz, do exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-se: I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem imóvel; II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel. § 3o Os tribunais poderão editar disposições complementares sobre o procedimento da alienação prevista neste artigo, admitindo, quando for o caso, o concurso de meios eletrônicos, e dispor sobre o credenciamento dos corretores e leiloeiros públicos, os quais deverão estar em exercício profissional por não menos que 3 (três) anos. § 4o Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público credenciado nos termos do § 3o, a indicação será de livre escolha do exequente.”. Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem penhorado, será expedido o edital de hasta pública (art. 686, CPC). Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou leiloeiro, a arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado (art. 903). Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e entregue consoante a ordem das respectivas prelações; não havendo título legal à preferência, receberá em primeiro lugar o credor que promoveu a execução, cabendo aos demais concorrentes direito sobre a importância restante, observada a anterioridade de cada penhora (art. 908, CPC). Da Execução em Geral Execução civil (introdução) Espécies de processo, cumprimento de sentença e execução de títulos executivos extrajudiciais. Da Execução em Geral Antes da Lei 11.232/05, existiam as seguintes espécies de processo: 1) processo de conhecimento, em suas três espécies - declaratório, constitutivo e condenatório: com a finalidade de formular, na sentença definitiva, uma regra jurídica concreta que disciplina a situação litigiosa. Leva ao conhecimento do julgador os fatos que constituem o direito alegado pelo autor - ou aqueles alegados pelo réu que extinguem, modificam ou impedem aquele direito, e, uma vez convencido da ocorrência de qualquer deles, o julgador formula a regra que deve disciplinar aquela lide. 2) processo de execução de títulos judiciais e extrajudiciais: por meio de atos materiais, visando obter o resultado que deveria ser alcançado pela voluntária satisfação do interesse subordinante. O processo de execução tinha por objetivo efetivar a regra sancionatória contida numa sentença proferida em processo de conhecimento condenatório (título executivo judicial), ou contida em certos títulos que a lei confere o mesmo efeito da sentença - a executividade (título executivo extrajudicial). 3) processo cautelar: tem função auxiliar e subsidiária, objetivando a segurança e garantia do eficaz desenvolvimento dos processos de conhecimento e de execução. Ocorre que a Lei 11.232/05, alterou essa sistemática, uma vez que o processo de execução limitou-se a servir apenas para a satisfação dos títulos executivos extrajudiciais. Essa lei acabou com a necessidade de um processo autônomo (processo de execução) para as hipóteses de títulos executivos judiciais. Houve uma união do processo de conhecimento com o de execução, surgindo apenas uma fase no processo de cognição chamada de “cumprimento de sentença”. Cumprimento de sentença Ainda que a sentença tenha várias determinações como, por exemplo, obrigação de fazer e obrigação de pagar quantia certa, a forma de sua efetivação seguirá o rito do art. 498 e art. 509, do CPC. Haverá tantos procedimentos quanto houver obrigações para cumprir. A Lei 11.232/05 alterou a natureza da competência para a execução da sentença, podendo o credor, agora, escolher entre efetivar a sentença perante o mesmo juízo da cognição ou optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado (art. 516, Parágrafo Único, CPC). Assim, a competência do local que a sentença de cognição fora proferida era absoluta, passando a ser relativa. Como já mencionado, a execução deverá iniciar-se por simples requerimento do credor, sendo o devedor intimado na pessoa de seu advogado. Ao ser intimado, o devedor tem o prazo de 15 dias para efetuar o pagamento da quantia já fixada na liquidação, sob pena de multa de 10% e expedição de mandado de penhora e avaliação (Art. 523, CPC). No caso de não cumprimento no prazo estipulado, o devedor deverá pagar, além da multa, os honorários advocatícios. Na hipótese de cumprimento parcial da condenação, tanto a multa quanto os honorários advovatícios serão de 10% e incidirão sobre a diferença. Dessa forma, não havendo o cumprimento da obrigação no prazo estipulado, será expedido mandado de penhora e avaliação dos bens do devedor. Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado, ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias (art. 525, CPC). No pedido de requerimento da penhora feito pelo exeqüente, este já poderá indicar os bens do devedor a serem penhorados. Essa é mais uma inovação trazida pela Lei 11.232/05, uma vez que pela redação do art. 829, CPC, a indicação cabia ao devedor quando de sua citação. Ainda, a nova lei não mais prevê que o devedor deva observar uma ordem de bens a indicar como previa o art. 835, CPC. Não há mais embargos à execução na fase de execução de título judicial. Dentro do prazo de 15 dias, contados a partir da intimação da penhora, o devedor poderá oferecer impugnação. A impugnação, diferentemente dos embargos à execução, não consiste em ação autônoma, mas simples procedimento incidental. Difere, também, da contestação, uma vez que não exige custas e não admite intervenção de terceiros. Nada impede que o devedor ajuíze ações autônomas como, por exemplo, ação rescisória, embargos de terceiros, etc. O ajuizamento da ação rescisória, contudo, não impede o cumprimento da sentença ou acórdão rescindendo, ressalvada a concessão, caso imprescindíveis e sob os pressupostos previstos em lei, de medidas de natureza cautelar ou antecipatória de tutela (art. 969, CPC – com redação dada pela Lei 11.280/06). Execução de título executivo extrajudicial A Lei 11.232/05 trouxe profundas mudanças sobre o processo de execução, acabando com a necessidade de um processo autônomo para certas hipóteses de títulos executivos judiciais. Já a Lei 11.328/06 alterou o procedimento da execução dos títulos executivos extrajudiciais, visando dar maiores garantias aos credores e tornar esse tipo de processo mais prático e com resultados mais satisfatórios ao jurisdicionado. Com a nova redação dada ao art. 829, do Código de Processo Civil, o credor poderá, já na petição inicial da execução, indicar bens do devedor a serem penhorados (§2º). A indicação não precisará respeitar a ordem restabelecida no art. 835, porém, o devedor poderá requerer a substituição do bem indicado por outro, observadas as regras dos artigos 847 e 848, CPC, e desde que comprove cabalmente que a substituição não trará prejuízo algum ao exeqüente e será menos onerosa para ele devedor (art. 847, CPC). A Lei 11.382/06 acrescentou o art. 828, no Código de Processo Civil, dispondoque o “ O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade”. Ao distribuir a execução, o exeqüente poderá obter prova do cartório do ajuizamento da demanda para que possa cientificar os cartórios de registros imobiliários sobre a possibilidade de penhora sobre os bens do devedor. Tal providência deve ser tomada pelo credor para prevenir eventuais fraudes pelo executado (§3º). Essa atitude do credor favorece, também, terceiros de boa-fé que possam relacionar-se com o executado. De acordo com a nova redação do §4º, do art. 844, do CPC, essa averbação no registro de imóveis, gerará presunção absoluta de conhecimento da execução por terceiros. O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas. Tendo em vista que tal prerrogativa conferida ao credor poderá trazer prejuízos ao executado, no caso de averbação manifestamente indevida, o exeqüente deverá indenizar a parte contrária, nos termos do § 3º do art. 81 do CPC, processando-se o incidente em autos apartados. No despacho que receber a inicial, o juiz deverá fixar, de plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade no caso de integral pagamento da dívida pelo executado no prazo legal (art. 827, CPC). Após o despacho da inicial, o executado deverá ser citado para efetuar o pagamento da dívida no prazo de 3 dias. Aqui está mais alteração interessante trazidas pela Lei 11.382/06, pois, pela antiga redação, o executado era citado para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou nomear bens à penhora. A oposição de embargos pelo devedor não depende mais da garantia do juízo, nos termos do art. 914, "caput", CPC: “O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos”. O prazo para sua oposição também passou de 10 dias para 15 dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação (art. 915, CPC). Esse prazo é contado separadamente no caso de haver mais de um executado, salvo tratando-se de cônjuges, quando o prazo começará a fluir após a citação do último (§1º). Outra alteração salutar em relação ao incentivo à satisfação do crédito vem no art. 916, CPC, que dispõe: Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês. § 1o O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco) dias. § 2o Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas vincendas, facultado ao exequente seu levantamento. § 3o Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos os atos executivos. § 4o Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito, que será convertido em penhora. § 5o O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente: I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o imediato reinício dos atos executivos; II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não pagas. § 6o A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor embargos § 7o O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença”. Nota-se que o legislador não usou da boa técnica, uma vez que da simples leitura do dispositivo nos parece que a uma execução definitiva pode se transformar em provisória. Ocorre que a nova redação veio instituir a execução provisória também na execução de título extrajudiciais, já que esta só era prevista para a execução dos títulos judiciais. Assim, deve-se entender que a execução que nascer definitiva, continuará definitiva independentemente da oposição ou não de embargos do devedor. Se houver recurso pendente sobre decisão dos embargos interpostos, a execução deverá prosseguir de acordo com as normas que regem a execução provisória (art. 520, CPC). No entanto, se os embargos de execução forem recebidos apenas no efeito devolutivo, as regras de execução provisória não poderão ser aplicadas. Se o executado não pagar, nem nomear bens à penhora, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado (art. 829, §2º, CPC). Para que pudesse tomar tais medidas, a Lei 11.382/06 acrescentou, ao art. 154, CPC, o inciso V, o qual prevê, agora, que o oficial de justiça também tem a atribuição de efetuar avaliações. O art. 833, do CPC traz um rol de bens absolutamente impenhoráveis. Trata-se de uma medida para garantir um mínimo de dignidade ao devedor. Dispõe o art. 833, CPC: “São impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o; V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; VI - o seguro de vida; VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários- mínimos; XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra." Apesar da atribuição de impenhorabilidade absoluta de tais bens, os mesmos poderão ser penhorados nos casos de pensão alimentícia (§2º). A antiga redação previa que eram impenhoráveis as provisões de alimento e de combustível, necessárias à manutenção do devedor e de sua família durante um mês; o anel nupcial e os retratos de família. Embora o novo texto não mais faça menção a tais objetos, tem-se que esses bens são impenhoráveis por natureza, não necessitando de lei nesse sentido. De acordo com o art. 831, do Código de Processo Civil: “A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios”. Dispõe, ainda, que: “§ 4º Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe ao exequente providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro competente, mediante apresentação de cópia do auto oudo termo, independentemente de mandado judicial.”. Referido artigo também permite a chamada penhora on-line. A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 829), ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 847, parágrafo primeiro, inciso V); caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo (art. 870, CPC). Em que pese as boas alterações relatadas acima, a que merece maior destaque e a mudança trazida pela nova lei para a realização do ativo do devedor. É sabido que, pela antiga redação, após a avaliação do bem penhorado, havia a sua expropriação pela morosa e ineficiente hasta pública. Agora, existem alternativas para a satisfação do credor. Dispõe o art. 825, do CPC: “A expropriação consiste em: I - adjudicação; II - alienação; III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens." A alienação em hasta pública é muito demorada e, geralmente, o valor de avaliação dificilmente é obtido. Além disso, há muito gasto com a publicação de editais para chamar eventuais compradores, com o pagamento do leiloeiro, etc., o que acaba onerando a execução e prejudicando o credor, que dificilmente terá seu crédito integralmente satisfeito. Pensando em tudo isso foi que o legislador previu essas outras formas de satisfação do credor. Pelo antigo procedimento, a adjudicação só era possível depois de realizada a hasta pública. Agora, o exeqüente pode exercer essa prerrogativa assim que avaliados os bens penhorados (art. 876, CPC). O credor também pode requer que a alienação particular dos bens penhorados, nos termos do art. 880: “Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário. § 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for o caso, a comissão de corretagem. § 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do juiz, do exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-se: I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem imóvel; II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel. § 3o Os tribunais poderão editar disposições complementares sobre o procedimento da alienação prevista neste artigo, admitindo, quando for o caso, o concurso de meios eletrônicos, e dispor sobre o credenciamento dos corretores e leiloeiros públicos, os quais deverão estar em exercício profissional por não menos que 3 (três) anos. § 4o Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público credenciado nos termos do § 3o, a indicação será de livre escolha do exequente.”. Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem penhorado, será expedido o edital de hasta pública (art. 686, CPC). Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou leiloeiro, a arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado (art. 903). Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e entregue consoante a ordem das respectivas prelações; não havendo título legal à preferência, receberá em primeiro lugar o credor que promoveu a execução, cabendo aos demais concorrentes direito sobre a importância restante, observada a anterioridade de cada penhora (art. 908, CPC). xecução civil (introdução) É correto afirmar que: a) A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível. b) A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação líquida, apenas c) A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa e exigível. d) A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação vencido e exigível. Assinale a alternativa correta. É nula a execução: a) se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível. b) se o devedor não for regularmente citado. c) se instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o termo. d) em todos os casos acima previstos. EMBARGOS À EXECUÇÃO É uma ação independente, ou seja, autônoma, em que o executado se manifesta, apresentando sua discordância referente ao valor cobrado e/ou em relação ao teor da ordem requerida na Ação de Execução. Pode-se dizer, de maneira rústica, que se equivale a uma "Contestação" à Execução. Os Embargos à Execução são propostos em face do autor da Execução principal, ou seja, em face do vencedor. Fundamentação: • Artigos 914 a 920, e 921, todos do Código de Processo Civil. EMBARGOS À EXECUÇÃO É uma ação independente, ou seja, autônoma, em que o executado se manifesta, apresentando sua discordância referente ao valor cobrado e/ou em relação ao teor da ordem requerida na Ação de Execução. Pode-se dizer, de maneira rústica, que se equivale a uma "Contestação" à Execução. Os Embargos à Execução são propostos em face do autor da Execução principal, ou seja, em face do vencedor. Fundamentação: • Artigos 914 a 920, e 921, todos do Código de Processo Civil. • EMBARGOS À EXECUÇÃO • É uma ação e não uma defesa ou recurso. Quando a execução se fundar em sentença, os embargos serão recebidos com efeito suspensivo se o devedor alegar: a) falta ou nulidade de citação no processo de conhecimento, se a ação lhe correu à revelia; b) ilegibilidade do título; c) ilegitimidade das partes; d) cumulação indevida de execução; e) excesso da execução, ou nulidade desta até a penhora; f) qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação com execução aparelhada, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença; g) incompetência do juiz (artigo 741 do CPC). • Art. 914 O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos. • § 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. • § 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado. • EMBARGOS À EXECUÇÃO • Nos embargos à execução, o executado pode alegar • a) inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; • b) penhora incorreta ou avaliação errônea; • c) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; • d) Todas as alternativas estão corretas. • EMBARGOS À EXECUÇÃO – EXCESSO DE EXECUÇÃO - JUROS ABUSIVOS – – AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO – SENTENÇA ESCORREITA – HONORÁRIOS RECURSAIS – CABIMENTO – RECURSO DESPROVIDO. • Sendo alterada a composição objeto da obrigação primitiva, não negada e expressamente reconhecida, torna-se inviável a discussão sobre questões anteriores. Assim, o contrato de confissão de dívida constitui-se em título hábil a aparelhar a execução, apesar da dívida originária ser constituída em titulo de crédito. Em razão do trabalho adicional empregado pelo advogado doembargado, da natureza e da importância da causa, majoram-se os honorários advocatícios, nos moldes do art. 85, § 11, do CPC/15. (Ap 49432/2017, DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 21/06/2017, Publicado no DJE 26/06/2017) • SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO • Artigo 922 - Convindo as partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o prazo concedido pelo exequente para que o executado cumpra voluntariamente a obrigação. • Credor e devedor, em comum acordo, requerem um prazo para a liquidação da obrigação, solicitando para isso a suspensão da execução. • SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO • Art. 921. • Suspende-se a execução: • I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber; • II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução; • III - quando o executado não possuir bens penhoráveis; • IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis; • V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916. • § 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição. • § 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos. • § 3º Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis. • § 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente. • § 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e extinguir o processo. • SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO * AGRAVO INTERNO – Descabimento da suspensçao da execução individual – Possibilidade do levantamento dos valores depositados nos autos – Desnecessidade da prestação da caução – Recurso improvido * (TJ-SP - AGR: 21926810720168260000 SP 2192681-07.2016.8.26.0000, Relator: Carlos Alberto Lopes, Data de Julgamento: 21/02/2017, 18ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 22/02/2017) EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO Executado pagou ao Exequente a importância devida, recebendo inteira quitação de todos os seus débitos, inclusive correção monetária, juros e mora, custas e honorários advocatícios, ficando liberada ao Executado a nota promissória origem da execução. • EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO • Art. 924. • Extingue-se a execução quando: • I - a petição inicial for indeferida; • II - a obrigação for satisfeita; • III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida; • IV - o exequente renunciar ao crédito; • V - ocorrer a prescrição intercorrente. • LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA • Aborda a sua denominação, natureza jurídica, classificação, carta de sentença, condenação alternativa, legitimação, liquidação por arbitramento, artigos e cálculo e, por fim, sobre a sentença de liquidação. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA Consiste no ato preliminar da execução de sentença ilíquida, que tem por fim apurar a quantidade certa do valor da condenação. Pode ser realizada por meio de cálculo aritmético, que será apresentado pelo próprio credor para cumprimento da sentença; por meio da instauração de procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo. Fundamentação: • Artigos 509 a 512, todos do Código de Processo Civil • LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA • A iliquidez da condenação pode dizer respeito: • I- à quantidade. II- à coisa. III- ao fato. a) I. b) II e III. c) I, II e III. d) I e II. e) I e III. LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO Não fixado o quantum debeatur, fazendo-se necessária a liquidação por arbitramento, nos termos do art. 509, inciso I, do Código de Processo Civil, para que seja determinado o valor da condenação LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO A liquidação por arbitramento será feita quando (art. 509, I): a) determinado pela sentença; b) convencionado pelas partes; c) o exigir a natureza do objeto da liquidação. A convenção das partes pode decorrer de cláusula contratual anterior à sentença, ou de transação posterior ao decisório. Se houver necessidade de provar fatos novos para se chegar à apuração do quantum da condenação, a liquidação terá de ser feita sob a forma do procedimento comum (art. 509, II). Se, contudo, existirem nos autos todos os elementos necessários para os peritos apurarem o valor do débito, o caso será de arbitramento (art. 509, I). O CPC conferiu ao juiz poder de intimar as partes para apresentarem pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar (art. 510). Analisada a documentação apresentada, se entender possuir todos os elementos necessários para decidir, julgará a liquidação de plano, (art. 510). Contudo, na hipótese de não serem suficientes os documentos apresentados pelas partes, o juiz nomeará perito, e o arbitramento se processará com observância das normas gerais da prova pericial. Ao final do procedimento, o juiz proferirá decisão interlocutória, definindo o objeto líquido da condenação LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO Não fixado o quantum debeatur, fazendo-se necessária a liquidação por arbitramento, nos termos do art. 509, inciso I, do Código de Processo Civil, para que seja determinado o valor da condenação LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO A liquidação por arbitramento será feita quando (art. 509, I): a) determinado pela sentença; b) convencionado pelas partes; c) o exigir a natureza do objeto da liquidação. A convenção das partes pode decorrer de cláusula contratual anterior à sentença, ou de transação posterior ao decisório. Se houver necessidade de provar fatos novos para se chegar à apuração do quantum da condenação, a liquidação terá de ser feita sob a forma do procedimento comum (art. 509, II). Se, contudo, existirem nos autos todos os elementos necessários para os peritos apurarem o valor do débito, o caso será de arbitramento (art. 509, I). O CPC conferiu ao juiz poder de intimar as partes para apresentarem pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar (art. 510). Analisada a documentação apresentada, se entender possuir todos os elementos necessários para decidir, julgará a liquidação de plano, (art. 510). Contudo, na hipótese de não serem suficientes os documentos apresentados pelas partes, o juiz nomeará perito, e o arbitramento se processará com observância das normas gerais da prova pericial. Ao final do procedimento, o juiz proferirá decisão interlocutória, definindo o objeto líquido da condenação LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO. Danos decorrentes de enchente. Móveis da residência dos autores destruídos com a inundação. Estimativa apresentada por perito judicial com base no valor médio de móveis novos similares aos indicados na petição inicial. Preensão de que seja considerado o valor de móveis usados. Sendo impossível precisar o estado e o tempo dos móveis que foram perdidos e considerando que móveis usados têm valor menor do que móveis novos, aplica-se, por equidade, uma depreciação da ordem de trinta por cento, considerando que móveis novos representarão para os autores mais do que perderam. Recurso parcialmente provido. (TJ-SP - APL: 10002889220058260506 SP 1000288-92.2005.8.26.0506, Relator: Edson Ferreira, Data de Julgamento: 23/02/2016, 12ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 23/02/2016) LIQUIDAÇÃOPELO PROCEDIMENTO COMUM Autor pede a liquidação da sentença que condenou o requerido a pagar danos. Art. 511 Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código. LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM A liquidação pelo procedimento comum será feita “quando houver necessidade de alegar e provar fato novo” (art. 509, II). Esse tipo de liquidação era denominado liquidação por artigos. Em petição o credor discriminará os fatos a serem provados para servir de base à liquidação. Não será lícito discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. (art. 509, § 4º). Na defesa, o devedor pode impugnar inclusão de verbas indevidas, o arrolamento de fatos irrelevantes e desinfluentes na apuração doquantum debeatur, bem como pretender a inclusão de fatos não invocados pelo promovente, mas que devem influir na operação liquidatória. Apresentado o requerimento do credor, será realizada a intimação do vencido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que tiver vinculado, para, querendo, acompanhar a liquidação, apresentando contestação, no prazo de quinze dias. Na sequência, será observado o procedimento comum (art. 511). O encerramento da liquidação se dá por meio de decisão interlocutória, desafiadora de agravo de instrumento, já que se forma e se resolve incidentalmente dentro do processo de cognição (art. 1.015, parágrafo único). LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM Assinale a assertiva INCORRETA. a) A liquidação pelo procedimento comum será feita quando houver necessidade de alegar e provar fato novo. b) A liquidação pelo procedimento comum era denominado liquidação por artigos. c) Na liquidação pelo procedimento comum não será lícito discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. d) O encerramento da liquidação se dá por meio de decisão interlocutória, desafiadora de agravo de instrumento, já que se forma e se resolve incidentalmente dentro do processo de cognição. e) Nenhuma está incorreta. A liquidação por arbitramento será feita quando: I- determinado pela sentença. II- convencionado pelas partes. III- o exigir a natureza do objeto da liquidação. a) I e II. b) III. c) I, II e III. d) II e III. e) I e III. Liquidação Provisória Liquidação de sentença é atividade judicial cognitiva pela qual se busca complementar a norma jurídica individualizada estabelecida num titulo judicial. ART. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes. Liquidação Provisória "Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes." A parte interessada pode requerer ainda a liquidação da obrigação ainda que a sentença condenatória se encontre sujeita à apelação com efeito suspensivo, situação denominada por alguns doutrinadores como “liquidação provisória”. O que a interposição de recurso com efeito suspensivo obsta é a obtenção da tutela ressarcitória, isto é, a realização de direito de crédito estampado na sentença. Nesse ponto, de acordo com a disposição contida no artigo 512 do CPC/15, o procedimento será realizado em autos apartados, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com as cópias processuais pertinentes. Liquidação Provisória “O art. 512 quer deixar mais claro o que, por força do art. 475-A, § 2º, do CPC de 1973, já se mostra possível: a realização da chamada ‘liquidação provisória’, assim entendida a liquidação que tem início a despeito da interposição de recurso (mesmo que munido com efeito suspensivo). Os autos apartados exigidos pelo dispositivo pressupõem que o processo desenvolva-se em autos de papel.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 340). Cumprimento de Sentença A Lei 11.232/05 alterou a natureza da competência para a execução da sentença, podendo o credor, agora, escolher entre efetivar a sentença perante o mesmo juízo da cognição ou optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado (art. 516, Parágrafo Único, CPC). Cumprimento de Sentença Cumprimento de Sentença I. Introdução – é a fase do procedimento comum na qual existe um titulo judicial que dá certeza sobre a existência da obrigação, autorizando o juiz a realizar atos processuais voltados basicamente ao cumprimento forçado daquilo que foi determinado por decisão judicial, mas não foi cumprido voluntariamente. OBS: assim como no processo de execução, são dois os requisitos indispensáveis para o cumprimento de sentença: inadimplemento do devedor e existência de titulo executivo judicial. II. Títulos Executivos Judiciais – são títulos executivos presentes no artigo 515 do CPC. Ä OBS: para o caso dos incisos VI ao IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 dias. Pois não existe fase de conhecimento não havendo sido formada a relação jurídico-processual (art. 312), existindo a necessidade de que o devedor seja citado. III. Competência (art. 516) – como regra geral, será competente o juízo do qual decorreu o título executivo. Cumprimento de Sentença Cumprimento de Sentença No tocante ao cumprimento das obrigações de fazer, não fazer e de entregar coisa, não havendo o cumprimento voluntário da obrigação, analise e marque a assertiva INCORRETA. a) Não havendo o cumprimento voluntário da obrigação, o juiz determinará as medidas coercitivas ou de sub-rogação necessárias para a satisfação do credor. b) Se a obrigação for fungível, o juiz poderá determinar as medidas coercitivas ou de sub- rogação necessárias para a satisfação do credor; se for infungível, apenas as coercitivas, já que a obrigação não pode ser prestada por terceiro. c) Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. d) Não havendo cumprimento específico da obrigação, ou de providência que assegure resultado equivalente, e sendo infrutíferas as medidas determinadas, ou existindo requerimento do credor, haverá conversão em perdas e danos. e) Todas as opções estão corretas. É certo afirmar que: I- São dois os requisitos fundamentais da execução: o título executivo e o inadimplemento do devedor. II- Constituído o título, manda a lei que, antes de se passar à fase de execução, seja dado ao devedor um prazo para que efetue voluntariamente o pagamento, se o fizer, nem sequer terá início a fase executiva, pois a obrigação foi cumprida. II- Não cumprida a obrigação, o credor estará habilitado a requerer a execução, com expedição de mandado de penhora e avaliação. a) I. b) I e II.c) I, II e III. d) II e III. e) I e III. Cumprimento Provisório de Sentença Art. 513 Disposições gerais. Art. 513 […] §1º O Cumprimento da sentença que reconhece o dever de PAGAR QUANTIA, provisório ou definitivo, far-se-á a REQUERIMENTO do EXEQUENTE. →§ 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 ano do trânsito em julgado da sentença, a INTIMAÇÃO será feita na PESSOA do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3º deste artigo. Cumprimento Provisório de Sentença Cumprimento de sentença Execução provisória é fundada em título executivo judicial provisório, isto é, a decisão judicial que pode ser modificada ou anulada em razão da pendência de um recurso interposto contra ela. Proferida uma decisão judicial executável e não havendo a interposição de recurso, verifica-se o seu trânsito em julgado, passando a partir desse momento a ser cabível a execução definitiva. Havendo a interposição do recurso cabível e sendo este recebido no seu efeito suspensivo, a decisão não poderá gerar efeitos, impedindo-se o início da execução. A única forma apta a gerar a execução provisória é a interposição do recurso cabível, não recebido no efeito suspensivo. Cumprimento Provisório de Sentença Cumprimento Provisório de Sentença 1 - O processo de execução ou a fase de cumprimento de sentença: a) busca, através de atos materiais, obter o resultado que deveria ser alcançado pela voluntária satisfação do interesse subordinante. b) busca a formulação, em sentença definitiva, de uma regra jurídica concreta que discipline a situação litigiosa. c) leva ao conhecimento do julgador os fatos que constituem o direito alegado pelo o autor. d) leva ao conhecimento do julgador os fatos alegados pelo réu que extinguem, modificam ou impedem o direito do autor. 2 - Na execução para entrega de coisa certa, o devedor será intimado para entregar a coisa certa no prazo de: a) 10 dias b) 05 dias c) 15 dias d) 30 dias DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções especiais. Art. 825. A expropriação consiste em: I - adjudicação; II - alienação; III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens. Art. 826. Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida de juros, custas e honorários advocatícios. DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA A execução por quantia certa, também chamada de “execução por expropriação”, é a modalidade executória que incide nas circunstâncias em que há uma obrigação do devedor em pagar a seu credor quantia certa em dinheiro, através de título executivo judicial ou extrajudicial, podendo dirigir-se a devedores solventes (cujo patrimônio é suficiente para o pagamento da dívida) e insolventes (onde o patrimônio é inferior ao valor da dívida), tendo procedimentos distintos em cada situação. No presente artigo, vamos nos ater à situação do devedor solvente. Tem como finalidade a execução por quantia certa expropriar do patrimônio do executado (sendo eles bens tanto presentes quanto futuros) quantia suficiente para saldar seu débito, bem como uma alternativa para cumprir obrigações de fazer ou não fazer, havendo nessa última situação uma atividade transformadora, com a finalidade de realização do objeto do fazer ou uma manutenção do não-fazer proibido. DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA Sobre execução por quantia certa de devedor solvente, assinale a alternativa incorreta: a) A arrematação de bens móveis ou semoventes far-se-á em leilão. b) Se na primeira praça o bem não alcançar lanço superior à importância da avaliação, o juiz designará a realização de segunda praça, existindo, entre ambas, intervalo de 10 a 20 dias. c) Será ineficaz a alienação de bem gravado com hipoteca, mesmo que o credor hipotecário tenha sido intimado da penhora. d) A arrematação será precedida de edital, que conterá, dentre outras coisa, a descrição do bem penhorado, bem como seu valor. DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções especiais. Art. 825. A expropriação consiste em: I - adjudicação; II - alienação; III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens. Art. 826. Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida de juros, custas e honorários advocatícios. DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA Sobre execução por quantia certa de devedor solvente, assinale a alternativa incorreta: a) A arrematação de bens móveis ou semoventes far-se-á em leilão. b) Se na primeira praça o bem não alcançar lanço superior à importância da avaliação, o juiz designará a realização de segunda praça, existindo, entre ambas, intervalo de 10 a 20 dias. c) Será ineficaz a alienação de bem gravado com hipoteca, mesmo que o credor hipotecário tenha sido intimado da penhora. d) A arrematação será precedida de edital, que conterá, dentre outras coisa, a descrição do bem penhorado, bem como seu valor. EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções especiais. Art. 825. A expropriação consiste em: I - adjudicação; II - alienação; III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens. Art. 826. Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida de juros, custas e honorários advocatícios. EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER As regras de execução das obrigações de não fazer, após verificada inadimplência do devedor, encontram-se no Código de Processo Civil. O artigo 822 determina que o credor deverá requerer ao juiz que ele assine um prazo para o devedor desfazer ato que praticou e cuja abstenção estava obrigado por lei ou por contrato. Já o artigo 823 estabelece que se houver recusa ou mora do devedor, o credor poderá requerer ao juiz que mande desfazer o ato à custa daquele, que responderá por perdas e danos. Além disso, indica em seu parágrafo único que “não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos, caso em que, após a liquidação, se observará o procedimento de execução por quantia certa”. Esses artigos trazem mais uma obrigação de desfazer o ato, cuja abstenção o executado se obrigara, sendo, então, uma intenção reparatória. Há, ainda, a possibilidade de ser imposta multa ao devedor (art. 814, NCPC), como coerção ao atraso no cumprimento de sua obrigação. EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER No tocante ao cumprimento das obrigações de fazer, não fazer e de entregar coisa, não havendo o cumprimento voluntário da obrigação, analise e marque a assertiva INCORRETA. a) Não havendo o cumprimento voluntário da obrigação, o juiz determinará as medidas coercitivas ou de sub-rogação necessárias para a satisfação do credor. b) Se a obrigação for fungível, o juiz poderá determinar as medidas coercitivas ou de sub- rogação necessárias para a satisfação do credor; se for infungível, apenas as coercitivas,já que a obrigação não pode ser prestada por terceiro. c) Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. d) Não havendo cumprimento específico da obrigação, ou de providência que assegure resultado equivalente, e sendo infrutíferas as medidas determinadas, ou existindo requerimento do credor, haverá conversão em perdas e danos. e) Todas as opções estão corretas. DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias. § 1º Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, expedir-se- á precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente, observando-se o disposto no art. 100 da Constituição Federal. § 2º Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento. § 3º Aplica-se a este Capítulo, no que couber, o disposto nos artigos 534 e 535. DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA o procedimento assemelha-se à execução por quantia certa, com um importante diferencial. A Fazenda Pública é citada para opor embargos em 30 dias. Não opostos os embargos ou sendo estes rejeitados por decisão com transito em julgado, é expedido o precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente. DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA 1 - APONTE A OPÇÃO INCORRETA. a) Para as sociedades de economia mista e empresas públicas, a aplicação do procedimento executivo dependerá das atividades que exercem. b) Quando atuam em operações econômicas em concorrência com as empresas privadas, aplica-se o disposto na CF, sendo executadas pelo procedimento executivo comum. c) Quando exploram atividade econômica própria das entidades privadas, mas para prestar serviço público de competência da União Federal, são executadas pelo procedimento especial. d) O Plenário do Supremo Tribunal Federal já decidiu pela impenhorabilidade dos bens da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), exigindo também para essa empresa a observação do procedimento executivo especial. e) Nenhuma está incorreta. 2 - INDIQUE A OPÇÃO CERTA a) A CF permite nos casos de condenação de pequeno valor que o pagamento seja realizado sem a necessidade de expedição de precatório. b) A execução por RPA (requisição de pagamento autônoma) ou RPV (requisição de pequeno valor) não tem um procedimento executivo. c) Transitada em julgado a sentença, caberá ao juízo da condenação requisitar ao condenado o pagamento do valor da condenação no prazo de 60 dias, por meio de depósito em agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil. d) Caso o credor de valor acima dos permitidos pela lei pretender a execução sem o precatório, haverá renúncia do valor excedente, não sendo possível executar um mesmo crédito sem precatório até o valor permitido e o restante por precatório, se não pretender abrir mão de seu crédito, deverá utilizar a via do precatório. e) Todas estão certas. EXECUÇÃO FISCAL Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil. Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. § 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública. § 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. § 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. § 4º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. § 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter: I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros; II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato; III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo; V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor da dívida. § 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição e será autenticada pela autoridade competente. § 7º - O Termo de Inscrição e a Certidão de Dívida Ativa poderão ser preparados e numerados por processo manual, mecânico ou eletrônico. § 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos. § 9º - O prazo para a cobrança das contribuições previdenciárias continua a ser o estabelecido no artigo 144 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960. Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez. Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite. Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra: I - o devedor; II - o fiador; III - o espólio; IV - a massa; V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e VI - os sucessores a qualquer título. § 1º - Ressalvado o disposto no artigo 31, o síndico, o comissário, o liquidante, o inventariante e o administrador, nos casos de falência, concordata, liquidação, inventário, insolvência ou concurso de credores, se, antes de garantidos os créditos da Fazenda Pública, alienarem ou derem em garantia quaisquer dos bens administrados, respondem, solidariamente, pelo valor desses bens. § 2º - À Dívida Ativa da Fazenda Pública, de qualquer natureza, aplicam-se as normas relativas à responsabilidade prevista na legislação tributária, civil e comercial. § 3º - Os responsáveis, inclusive as pessoas indicadas no § 1º deste artigo, poderão nomear bens livres e desembaraçados do devedor, tantos quantos bastem para pagar a dívida. Os bens dos responsáveis ficarão, porém, sujeitos à execução, se os do devedor forem insuficientes à satisfação da dívida. § 4º - Aplica-se à Dívida Ativa da Fazenda Pública de natureza não tributária o disposto nos artigos 186 e 188 a 192 do Código Tributário Nacional. Art. 5º - A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública excluia de qualquer outro Juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou do inventário. Art. 6º - A petição inicial indicará apenas: I - o Juiz a quem é dirigida; II - o pedido; e III - o requerimento para a citação. § 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como se estivesse transcrita. § 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, preparado inclusive por processo eletrônico. § 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial. § 4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais. Art. 7º - O despacho do Juiz que deferir a inicial importa em ordem para: I - citação, pelas sucessivas modalidades previstas no artigo 8º; II - penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de depósito ou fiança; II - penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de depósito, fiança ou seguro garantia; III - arresto, se o executado não tiver domicílio ou dele se ocultar; IV - registro da penhora ou do arresto, independentemente do pagamento de custas ou outras despesas, observado o disposto no artigo 14; e V - avaliação dos bens penhorados ou arrestados. Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as seguintes normas: I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por outra forma; II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal; III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital; IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo. § 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 (sessenta) dias. § 2º - O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição. Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá: I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária; II - oferecer fiança bancária; II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia; III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública. § 1º - O executado só poderá indicar e o terceiro oferecer bem imóvel à penhora com o consentimento expresso do respectivo cônjuge. § 2º - Juntar-se-á aos autos a prova do depósito, da fiança bancária ou da penhora dos bens do executado ou de terceiros. § 2o Juntar-se-á aos autos a prova do depósito, da fiança bancária, do seguro garantia ou da penhora dos bens do executado ou de terceiros. § 3º - A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro ou fiança bancária, produz os mesmos efeitos da penhora. § 3o A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia, produz os mesmos efeitos da penhora. § 4º - Somente o depósito em dinheiro, na forma do artigo 32, faz cessar a responsabilidade pela atualização monetária e juros de mora. § 5º - A fiança bancária prevista no inciso II obedecerá às condições pré-estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. § 6º - O executado poderá pagar parcela da dívida, que julgar incontroversa, e garantir a execução do saldo devedor. Art. 10 - Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de que trata o artigo 9º, a penhora poderá recair em qualquer bem do executado, exceto os que a lei declare absolutamente impenhoráveis. Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem: I - dinheiro; II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa; III - pedras e metais preciosos; IV - imóveis; V - navios e aeronaves; VI - veículos; VII - móveis ou semoventes; e VIII - direitos e ações. § 1º - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção. § 2º - A penhora efetuada em dinheiro será convertida no depósito de que trata o inciso I do artigo 9º. § 3º - O Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para depósito judicial, particular ou da Fazenda Pública exeqüente, sempre que esta o requerer, em qualquer fase do processo. Art. 12 - Na execução fiscal, far-se-á a intimação da penhora ao executado, mediante publicação, no órgão oficial, do ato de juntada do termo ou do auto de penhora. § 1º - Nas Comarcas do interior dos Estados, a intimação poderá ser feita pela remessa de cópia do termo ou do auto de penhora, pelo correio, na forma estabelecida no artigo 8º, incisos I e II, para a citação. § 2º - Se a penhora recair sobre imóvel, far-se-á a intimação ao cônjuge, observadas as normas previstas para a citação. § 3º - Far-se-á a intimação da penhora pessoalmente ao executado se, na citação feita pelo correio, o aviso de recepção não contiver a assinatura do próprio executado, ou de seu representante legal. Art. 13 - 0 termo ou auto de penhora conterá, também, a avaliação dos bens penhorados, efetuada por quem o lavrar. § 1º - Impugnada a avaliação, pelo executado, ou pela Fazenda Pública, antes de publicado o edital de leilão, o Juiz, ouvida a outra parte, nomeará avaliador oficial para proceder a nova avaliação dos bens penhorados. § 2º - Se não houver, na Comarca, avaliador oficial ou este não puder apresentar o laudo de avaliação no prazo de 15 (quinze) dias, será nomeada pessoa ou entidade habilitada a critério do Juiz. § 3º - Apresentado o laudo, o Juiz decidirá de plano sobre a avaliação. Art. 14 - 0 Oficial de Justiça entregará contrafé e cópia do termo ou do auto de penhora ou arresto, com a ordem de registro de que trata o artigo 7º, inciso IV: I - no Ofício próprio, se o bem for imóvel ou a ele equiparado; II - na repartição competente para emissão de certificado de registro, se for veículo; III - na Junta Comercial, na Bolsa de Valores, e na sociedade comercial, se forem ações, debênture, parte beneficiária, cota ou qualquer outro título, crédito ou direito societário nominativo. Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz: I - ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro ou fiança bancária; e I - ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia; e II - à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da ordem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente. Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: I - do depósito; II - da juntada da prova da fiança bancária; II - da
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