Buscar

PROCESSUAL CIVIL IV N1 E N2 AVA 2017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Da Execução em Geral 
Execução civil (introdução) 
Espécies de processo, cumprimento de sentença e execução de títulos executivos 
extrajudiciais. 
Da Execução em Geral 
Antes da Lei 11.232/05, existiam as seguintes espécies de processo: 
1) processo de conhecimento, em suas três espécies - declaratório, constitutivo e 
condenatório: com a finalidade de formular, na sentença definitiva, uma regra jurídica 
concreta que disciplina a situação litigiosa. Leva ao conhecimento do julgador os fatos que 
constituem o direito alegado pelo autor - ou aqueles alegados pelo réu que extinguem, 
modificam ou impedem aquele direito, e, uma vez convencido da ocorrência de qualquer 
deles, o julgador formula a regra que deve disciplinar aquela lide. 
2) processo de execução de títulos judiciais e extrajudiciais: por meio de atos materiais, 
visando obter o resultado que deveria ser alcançado pela voluntária satisfação do 
interesse subordinante. O processo de execução tinha por objetivo efetivar a regra 
sancionatória contida numa sentença proferida em processo de conhecimento 
condenatório (título executivo judicial), ou contida em certos títulos que a lei confere o 
mesmo efeito da sentença - a executividade (título executivo extrajudicial). 
3) processo cautelar: tem função auxiliar e subsidiária, objetivando a segurança e garantia 
do eficaz desenvolvimento dos processos de conhecimento e de execução. 
Ocorre que a Lei 11.232/05, alterou essa sistemática, uma vez que o processo de 
execução limitou-se a servir apenas para a satisfação dos títulos executivos extrajudiciais. 
Essa lei acabou com a necessidade de um processo autônomo (processo de execução) 
para as hipóteses de títulos executivos judiciais. Houve uma união do processo de 
conhecimento com o de execução, surgindo apenas uma fase no processo de cognição 
chamada de “cumprimento de sentença”. 
Cumprimento de sentença 
Ainda que a sentença tenha várias determinações como, por exemplo, obrigação de fazer 
e obrigação de pagar quantia certa, a forma de sua efetivação seguirá o rito do art. 498 e 
art. 509, do CPC. Haverá tantos procedimentos quanto houver obrigações para cumprir. 
A Lei 11.232/05 alterou a natureza da competência para a execução da sentença, 
podendo o credor, agora, escolher entre efetivar a sentença perante o mesmo juízo da 
cognição ou optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou 
pelo do atual domicílio do executado (art. 516, Parágrafo Único, CPC). Assim, a 
competência do local que a sentença de cognição fora proferida era absoluta, passando a 
ser relativa. 
Como já mencionado, a execução deverá iniciar-se por simples requerimento do credor, 
sendo o devedor intimado na pessoa de seu advogado. 
Ao ser intimado, o devedor tem o prazo de 15 dias para efetuar o pagamento da quantia já 
fixada na liquidação, sob pena de multa de 10% e expedição de mandado de penhora e 
avaliação (Art. 523, CPC). No caso de não cumprimento no prazo estipulado, o devedor 
deverá pagar, além da multa, os honorários advocatícios. Na hipótese de cumprimento 
parcial da condenação, tanto a multa quanto os honorários advovatícios serão de 10% e 
incidirão sobre a diferença. 
Dessa forma, não havendo o cumprimento da obrigação no prazo estipulado, será 
expedido mandado de penhora e avaliação dos bens do devedor. Do auto de penhora e de 
avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado, ou, na falta 
deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo 
oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias (art. 525, CPC). 
No pedido de requerimento da penhora feito pelo exeqüente, este já poderá indicar os 
bens do devedor a serem penhorados. Essa é mais uma inovação trazida pela Lei 
11.232/05, uma vez que pela redação do art. 829, CPC, a indicação cabia ao devedor 
quando de sua citação. Ainda, a nova lei não mais prevê que o devedor deva observar 
uma ordem de bens a indicar como previa o art. 835, CPC. 
Não há mais embargos à execução na fase de execução de título judicial. Dentro do prazo 
de 15 dias, contados a partir da intimação da penhora, o devedor poderá oferecer 
impugnação. 
A impugnação, diferentemente dos embargos à execução, não consiste em ação 
autônoma, mas simples procedimento incidental. Difere, também, da contestação, uma vez 
que não exige custas e não admite intervenção de terceiros. Nada impede que o devedor 
ajuíze ações autônomas como, por exemplo, ação rescisória, embargos de terceiros, etc. 
O ajuizamento da ação rescisória, contudo, não impede o cumprimento da sentença ou 
acórdão rescindendo, ressalvada a concessão, caso imprescindíveis e sob os 
pressupostos previstos em lei, de medidas de natureza cautelar ou antecipatória de tutela 
(art. 969, CPC – com redação dada pela Lei 11.280/06). 
Execução de título executivo extrajudicial 
A Lei 11.232/05 trouxe profundas mudanças sobre o processo de execução, acabando 
com a necessidade de um processo autônomo para certas hipóteses de títulos executivos 
judiciais. Já a Lei 11.328/06 alterou o procedimento da execução dos títulos executivos 
extrajudiciais, visando dar maiores garantias aos credores e tornar esse tipo de processo 
mais prático e com resultados mais satisfatórios ao jurisdicionado. 
Com a nova redação dada ao art. 829, do Código de Processo Civil, o credor poderá, já na 
petição inicial da execução, indicar bens do devedor a serem penhorados (§2º). A 
indicação não precisará respeitar a ordem restabelecida no art. 835, porém, o devedor 
poderá requerer a substituição do bem indicado por outro, observadas as regras dos 
artigos 847 e 848, CPC, e desde que comprove cabalmente que a substituição não trará 
prejuízo algum ao exeqüente e será menos onerosa para ele devedor (art. 847, CPC). 
A Lei 11.382/06 acrescentou o art. 828, no Código de Processo Civil, dispondo que o “ O 
exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com 
identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de 
imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade”. 
Ao distribuir a execução, o exeqüente poderá obter prova do cartório do ajuizamento da 
demanda para que possa cientificar os cartórios de registros imobiliários sobre a 
possibilidade de penhora sobre os bens do devedor. 
Tal providência deve ser tomada pelo credor para prevenir eventuais fraudes pelo 
executado (§3º). Essa atitude do credor favorece, também, terceiros de boa-fé que 
possam relacionar-se com o executado. 
De acordo com a nova redação do §4º, do art. 844, do CPC, essa averbação no registro 
de imóveis, gerará presunção absoluta de conhecimento da execução por terceiros. 
O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas. 
Tendo em vista que tal prerrogativa conferida ao credor poderá trazer prejuízos ao 
executado, no caso de averbação manifestamente indevida, o exeqüente deverá indenizar 
a parte contrária, nos termos do § 3º do art. 81 do CPC, processando-se o incidente em 
autos apartados. 
No despacho que receber a inicial, o juiz deverá fixar, de plano, os honorários de 
advogado a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade no caso de 
integral pagamento da dívida pelo executado no prazo legal (art. 827, CPC). 
Após o despacho da inicial, o executado deverá ser citado para efetuar o pagamento da 
dívida no prazo de 3 dias. Aqui está mais alteração interessante trazidas pela Lei 
11.382/06, pois, pela antiga redação, o executado era citado para, no prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, pagar ou nomear bens à penhora. 
A oposição de embargos pelo devedor não depende mais da garantia do juízo, nos termosdo art. 914, "caput", CPC: 
“O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à 
execução por meio de embargos”. 
O prazo para sua oposição também passou de 10 dias para 15 dias, contados da data da 
juntada aos autos do mandado de citação (art. 915, CPC). Esse prazo é contado 
separadamente no caso de haver mais de um executado, salvo tratando-se de cônjuges, 
quando o prazo começará a fluir após a citação do último (§1º). 
Outra alteração salutar em relação ao incentivo à satisfação do crédito vem no art. 916, 
CPC, que dispõe: 
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando 
o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários 
de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 
6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento 
ao mês. 
§ 1o O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos 
pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco) dias. 
§ 2o Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas 
vincendas, facultado ao exequente seu levantamento. 
§ 3o Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos 
os atos executivos. 
§ 4o Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito, que será 
convertido em penhora. 
§ 5o O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente: 
I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o 
imediato reinício dos atos executivos; 
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não 
pagas. 
§ 6o A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor 
embargos 
§ 7o O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença”. 
Nota-se que o legislador não usou da boa técnica, uma vez que da simples leitura do 
dispositivo nos parece que a uma execução definitiva pode se transformar em provisória. 
Ocorre que a nova redação veio instituir a execução provisória também na execução de 
título extrajudiciais, já que esta só era prevista para a execução dos títulos judiciais. 
Assim, deve-se entender que a execução que nascer definitiva, continuará definitiva 
independentemente da oposição ou não de embargos do devedor. 
Se houver recurso pendente sobre decisão dos embargos interpostos, a execução deverá 
prosseguir de acordo com as normas que regem a execução provisória (art. 520, CPC). No 
entanto, se os embargos de execução forem recebidos apenas no efeito devolutivo, as 
regras de execução provisória não poderão ser aplicadas. 
Se o executado não pagar, nem nomear bens à penhora, o oficial de justiça procederá de 
imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos 
intimando, na mesma oportunidade, o executado (art. 829, §2º, CPC). Para que pudesse 
tomar tais medidas, a Lei 11.382/06 acrescentou, ao art. 154, CPC, o inciso V, o qual 
prevê, agora, que o oficial de justiça também tem a atribuição de efetuar avaliações. 
O art. 833, do CPC traz um rol de bens absolutamente impenhoráveis. Trata-se de uma 
medida para garantir um mínimo de dignidade ao devedor. 
Dispõe o art. 833, CPC: “São impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por 
ato voluntário, não sujeitos à execução; II - os móveis, os pertences e as utilidades 
domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os 
que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; III 
- os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado 
valor; IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os 
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as 
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de 
sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, 
ressalvado o § 2o; V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os 
instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do 
executado; VI - o seguro de vida; VII - os materiais necessários para obras em andamento, 
salvo se essas forem penhoradas; VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em 
lei, desde que trabalhada pela família; IX - os recursos públicos recebidos por instituições 
privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; X - a 
quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-
mínimos; XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos 
termos da lei; XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime 
de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra." 
Apesar da atribuição de impenhorabilidade absoluta de tais bens, os mesmos poderão ser 
penhorados nos casos de pensão alimentícia (§2º). 
A antiga redação previa que eram impenhoráveis as provisões de alimento e de 
combustível, necessárias à manutenção do devedor e de sua família durante um mês; o 
anel nupcial e os retratos de família. Embora o novo texto não mais faça menção a tais 
objetos, tem-se que esses bens são impenhoráveis por natureza, não necessitando de lei 
nesse sentido. 
De acordo com o art. 831, do Código de Processo Civil: “A penhora deverá recair sobre 
tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das 
custas e dos honorários advocatícios”. 
Dispõe, ainda, que: “§ 4º Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe 
ao exequente providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro competente, 
mediante apresentação de cópia do auto ou do termo, independentemente de mandado 
judicial.”. 
Referido artigo também permite a chamada penhora on-line. 
A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 829), ressalvada a aceitação do valor 
estimado pelo executado (art. 847, parágrafo primeiro, inciso V); caso sejam necessários 
conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 
10 (dez) dias para entrega do laudo (art. 870, CPC). 
Em que pese as boas alterações relatadas acima, a que merece maior destaque e a 
mudança trazida pela nova lei para a realização do ativo do devedor. 
É sabido que, pela antiga redação, após a avaliação do bem penhorado, havia a sua 
expropriação pela morosa e ineficiente hasta pública. Agora, existem alternativas para a 
satisfação do credor. 
Dispõe o art. 825, do CPC: “A expropriação consiste em: I - adjudicação; II - alienação; III - 
apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros 
bens." 
A alienação em hasta pública é muito demorada e, geralmente, o valor de avaliação 
dificilmente é obtido. Além disso, há muito gasto com a publicação de editais para chamar 
eventuais compradores, com o pagamento do leiloeiro, etc., o que acaba onerando a 
execução e prejudicando o credor, que dificilmente terá seu crédito integralmente 
satisfeito. 
Pensando em tudo isso foi que o legislador previu essas outras formas de satisfação do 
credor. 
Pelo antigo procedimento, a adjudicação só era possível depois de realizada a hasta 
pública. Agora, o exeqüente pode exercer essa prerrogativa assim que avaliados os bens 
penhorados (art. 876, CPC). O credor também pode requer que a alienação particular dos 
bens penhorados, nos termos do art. 880: 
“Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação por sua 
própria iniciativaou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante o 
órgão judiciário. 
§ 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o 
preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for o caso, a comissão de 
corretagem. 
§ 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do juiz, do 
exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-se: 
I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem 
imóvel; 
II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel. 
§ 3o Os tribunais poderão editar disposições complementares sobre o procedimento da 
alienação prevista neste artigo, admitindo, quando for o caso, o concurso de meios 
eletrônicos, e dispor sobre o credenciamento dos corretores e leiloeiros públicos, os quais 
deverão estar em exercício profissional por não menos que 3 (três) anos. 
§ 4o Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público credenciado nos 
termos do § 3o, a indicação será de livre escolha do exequente.”. 
Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem penhorado, 
será expedido o edital de hasta pública (art. 686, CPC). 
Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou leiloeiro, a 
arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser 
julgados procedentes os embargos do executado (art. 903). 
Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e entregue consoante a 
ordem das respectivas prelações; não havendo título legal à preferência, receberá em 
primeiro lugar o credor que promoveu a execução, cabendo aos demais concorrentes 
direito sobre a importância restante, observada a anterioridade de cada penhora (art. 908, 
CPC). 
Da Execução em Geral 
Execução civil (introdução) 
Espécies de processo, cumprimento de sentença e execução de títulos executivos 
extrajudiciais. 
Da Execução em Geral 
Antes da Lei 11.232/05, existiam as seguintes espécies de processo: 
1) processo de conhecimento, em suas três espécies - declaratório, constitutivo e 
condenatório: com a finalidade de formular, na sentença definitiva, uma regra jurídica 
concreta que disciplina a situação litigiosa. Leva ao conhecimento do julgador os fatos que 
constituem o direito alegado pelo autor - ou aqueles alegados pelo réu que extinguem, 
modificam ou impedem aquele direito, e, uma vez convencido da ocorrência de qualquer 
deles, o julgador formula a regra que deve disciplinar aquela lide. 
2) processo de execução de títulos judiciais e extrajudiciais: por meio de atos materiais, 
visando obter o resultado que deveria ser alcançado pela voluntária satisfação do 
interesse subordinante. O processo de execução tinha por objetivo efetivar a regra 
sancionatória contida numa sentença proferida em processo de conhecimento 
condenatório (título executivo judicial), ou contida em certos títulos que a lei confere o 
mesmo efeito da sentença - a executividade (título executivo extrajudicial). 
3) processo cautelar: tem função auxiliar e subsidiária, objetivando a segurança e garantia 
do eficaz desenvolvimento dos processos de conhecimento e de execução. 
Ocorre que a Lei 11.232/05, alterou essa sistemática, uma vez que o processo de 
execução limitou-se a servir apenas para a satisfação dos títulos executivos extrajudiciais. 
Essa lei acabou com a necessidade de um processo autônomo (processo de execução) 
para as hipóteses de títulos executivos judiciais. Houve uma união do processo de 
conhecimento com o de execução, surgindo apenas uma fase no processo de cognição 
chamada de “cumprimento de sentença”. 
Cumprimento de sentença 
Ainda que a sentença tenha várias determinações como, por exemplo, obrigação de fazer 
e obrigação de pagar quantia certa, a forma de sua efetivação seguirá o rito do art. 498 e 
art. 509, do CPC. Haverá tantos procedimentos quanto houver obrigações para cumprir. 
A Lei 11.232/05 alterou a natureza da competência para a execução da sentença, 
podendo o credor, agora, escolher entre efetivar a sentença perante o mesmo juízo da 
cognição ou optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou 
pelo do atual domicílio do executado (art. 516, Parágrafo Único, CPC). Assim, a 
competência do local que a sentença de cognição fora proferida era absoluta, passando a 
ser relativa. 
Como já mencionado, a execução deverá iniciar-se por simples requerimento do credor, 
sendo o devedor intimado na pessoa de seu advogado. 
Ao ser intimado, o devedor tem o prazo de 15 dias para efetuar o pagamento da quantia já 
fixada na liquidação, sob pena de multa de 10% e expedição de mandado de penhora e 
avaliação (Art. 523, CPC). No caso de não cumprimento no prazo estipulado, o devedor 
deverá pagar, além da multa, os honorários advocatícios. Na hipótese de cumprimento 
parcial da condenação, tanto a multa quanto os honorários advovatícios serão de 10% e 
incidirão sobre a diferença. 
Dessa forma, não havendo o cumprimento da obrigação no prazo estipulado, será 
expedido mandado de penhora e avaliação dos bens do devedor. Do auto de penhora e de 
avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado, ou, na falta 
deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo 
oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias (art. 525, CPC). 
No pedido de requerimento da penhora feito pelo exeqüente, este já poderá indicar os 
bens do devedor a serem penhorados. Essa é mais uma inovação trazida pela Lei 
11.232/05, uma vez que pela redação do art. 829, CPC, a indicação cabia ao devedor 
quando de sua citação. Ainda, a nova lei não mais prevê que o devedor deva observar 
uma ordem de bens a indicar como previa o art. 835, CPC. 
Não há mais embargos à execução na fase de execução de título judicial. Dentro do prazo 
de 15 dias, contados a partir da intimação da penhora, o devedor poderá oferecer 
impugnação. 
A impugnação, diferentemente dos embargos à execução, não consiste em ação 
autônoma, mas simples procedimento incidental. Difere, também, da contestação, uma vez 
que não exige custas e não admite intervenção de terceiros. Nada impede que o devedor 
ajuíze ações autônomas como, por exemplo, ação rescisória, embargos de terceiros, etc. 
O ajuizamento da ação rescisória, contudo, não impede o cumprimento da sentença ou 
acórdão rescindendo, ressalvada a concessão, caso imprescindíveis e sob os 
pressupostos previstos em lei, de medidas de natureza cautelar ou antecipatória de tutela 
(art. 969, CPC – com redação dada pela Lei 11.280/06). 
Execução de título executivo extrajudicial 
A Lei 11.232/05 trouxe profundas mudanças sobre o processo de execução, acabando 
com a necessidade de um processo autônomo para certas hipóteses de títulos executivos 
judiciais. Já a Lei 11.328/06 alterou o procedimento da execução dos títulos executivos 
extrajudiciais, visando dar maiores garantias aos credores e tornar esse tipo de processo 
mais prático e com resultados mais satisfatórios ao jurisdicionado. 
Com a nova redação dada ao art. 829, do Código de Processo Civil, o credor poderá, já na 
petição inicial da execução, indicar bens do devedor a serem penhorados (§2º). A 
indicação não precisará respeitar a ordem restabelecida no art. 835, porém, o devedor 
poderá requerer a substituição do bem indicado por outro, observadas as regras dos 
artigos 847 e 848, CPC, e desde que comprove cabalmente que a substituição não trará 
prejuízo algum ao exeqüente e será menos onerosa para ele devedor (art. 847, CPC). 
A Lei 11.382/06 acrescentou o art. 828, no Código de Processo Civil, dispondoque o “ O 
exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com 
identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de 
imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade”. 
Ao distribuir a execução, o exeqüente poderá obter prova do cartório do ajuizamento da 
demanda para que possa cientificar os cartórios de registros imobiliários sobre a 
possibilidade de penhora sobre os bens do devedor. 
Tal providência deve ser tomada pelo credor para prevenir eventuais fraudes pelo 
executado (§3º). Essa atitude do credor favorece, também, terceiros de boa-fé que 
possam relacionar-se com o executado. 
De acordo com a nova redação do §4º, do art. 844, do CPC, essa averbação no registro 
de imóveis, gerará presunção absoluta de conhecimento da execução por terceiros. 
O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas. 
Tendo em vista que tal prerrogativa conferida ao credor poderá trazer prejuízos ao 
executado, no caso de averbação manifestamente indevida, o exeqüente deverá indenizar 
a parte contrária, nos termos do § 3º do art. 81 do CPC, processando-se o incidente em 
autos apartados. 
No despacho que receber a inicial, o juiz deverá fixar, de plano, os honorários de 
advogado a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade no caso de 
integral pagamento da dívida pelo executado no prazo legal (art. 827, CPC). 
Após o despacho da inicial, o executado deverá ser citado para efetuar o pagamento da 
dívida no prazo de 3 dias. Aqui está mais alteração interessante trazidas pela Lei 
11.382/06, pois, pela antiga redação, o executado era citado para, no prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, pagar ou nomear bens à penhora. 
A oposição de embargos pelo devedor não depende mais da garantia do juízo, nos termos 
do art. 914, "caput", CPC: 
“O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à 
execução por meio de embargos”. 
O prazo para sua oposição também passou de 10 dias para 15 dias, contados da data da 
juntada aos autos do mandado de citação (art. 915, CPC). Esse prazo é contado 
separadamente no caso de haver mais de um executado, salvo tratando-se de cônjuges, 
quando o prazo começará a fluir após a citação do último (§1º). 
Outra alteração salutar em relação ao incentivo à satisfação do crédito vem no art. 916, 
CPC, que dispõe: 
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando 
o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários 
de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 
6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento 
ao mês. 
§ 1o O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos 
pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco) dias. 
§ 2o Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas 
vincendas, facultado ao exequente seu levantamento. 
§ 3o Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos 
os atos executivos. 
§ 4o Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito, que será 
convertido em penhora. 
§ 5o O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente: 
I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o 
imediato reinício dos atos executivos; 
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não 
pagas. 
§ 6o A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor 
embargos 
§ 7o O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença”. 
Nota-se que o legislador não usou da boa técnica, uma vez que da simples leitura do 
dispositivo nos parece que a uma execução definitiva pode se transformar em provisória. 
Ocorre que a nova redação veio instituir a execução provisória também na execução de 
título extrajudiciais, já que esta só era prevista para a execução dos títulos judiciais. 
Assim, deve-se entender que a execução que nascer definitiva, continuará definitiva 
independentemente da oposição ou não de embargos do devedor. 
Se houver recurso pendente sobre decisão dos embargos interpostos, a execução deverá 
prosseguir de acordo com as normas que regem a execução provisória (art. 520, CPC). No 
entanto, se os embargos de execução forem recebidos apenas no efeito devolutivo, as 
regras de execução provisória não poderão ser aplicadas. 
Se o executado não pagar, nem nomear bens à penhora, o oficial de justiça procederá de 
imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos 
intimando, na mesma oportunidade, o executado (art. 829, §2º, CPC). Para que pudesse 
tomar tais medidas, a Lei 11.382/06 acrescentou, ao art. 154, CPC, o inciso V, o qual 
prevê, agora, que o oficial de justiça também tem a atribuição de efetuar avaliações. 
O art. 833, do CPC traz um rol de bens absolutamente impenhoráveis. Trata-se de uma 
medida para garantir um mínimo de dignidade ao devedor. 
Dispõe o art. 833, CPC: “São impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por 
ato voluntário, não sujeitos à execução; II - os móveis, os pertences e as utilidades 
domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os 
que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; III 
- os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado 
valor; IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os 
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as 
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de 
sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, 
ressalvado o § 2o; V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os 
instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do 
executado; VI - o seguro de vida; VII - os materiais necessários para obras em andamento, 
salvo se essas forem penhoradas; VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em 
lei, desde que trabalhada pela família; IX - os recursos públicos recebidos por instituições 
privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; X - a 
quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-
mínimos; XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos 
termos da lei; XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime 
de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra." 
Apesar da atribuição de impenhorabilidade absoluta de tais bens, os mesmos poderão ser 
penhorados nos casos de pensão alimentícia (§2º). 
A antiga redação previa que eram impenhoráveis as provisões de alimento e de 
combustível, necessárias à manutenção do devedor e de sua família durante um mês; o 
anel nupcial e os retratos de família. Embora o novo texto não mais faça menção a tais 
objetos, tem-se que esses bens são impenhoráveis por natureza, não necessitando de lei 
nesse sentido. 
De acordo com o art. 831, do Código de Processo Civil: “A penhora deverá recair sobre 
tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das 
custas e dos honorários advocatícios”. 
Dispõe, ainda, que: “§ 4º Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe 
ao exequente providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro competente, 
mediante apresentação de cópia do auto oudo termo, independentemente de mandado 
judicial.”. 
Referido artigo também permite a chamada penhora on-line. 
A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 829), ressalvada a aceitação do valor 
estimado pelo executado (art. 847, parágrafo primeiro, inciso V); caso sejam necessários 
conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 
10 (dez) dias para entrega do laudo (art. 870, CPC). 
Em que pese as boas alterações relatadas acima, a que merece maior destaque e a 
mudança trazida pela nova lei para a realização do ativo do devedor. 
É sabido que, pela antiga redação, após a avaliação do bem penhorado, havia a sua 
expropriação pela morosa e ineficiente hasta pública. Agora, existem alternativas para a 
satisfação do credor. 
Dispõe o art. 825, do CPC: “A expropriação consiste em: I - adjudicação; II - alienação; III - 
apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros 
bens." 
A alienação em hasta pública é muito demorada e, geralmente, o valor de avaliação 
dificilmente é obtido. Além disso, há muito gasto com a publicação de editais para chamar 
eventuais compradores, com o pagamento do leiloeiro, etc., o que acaba onerando a 
execução e prejudicando o credor, que dificilmente terá seu crédito integralmente 
satisfeito. 
Pensando em tudo isso foi que o legislador previu essas outras formas de satisfação do 
credor. 
Pelo antigo procedimento, a adjudicação só era possível depois de realizada a hasta 
pública. Agora, o exeqüente pode exercer essa prerrogativa assim que avaliados os bens 
penhorados (art. 876, CPC). O credor também pode requer que a alienação particular dos 
bens penhorados, nos termos do art. 880: 
“Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação por sua 
própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante o 
órgão judiciário. 
§ 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o 
preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for o caso, a comissão de 
corretagem. 
§ 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do juiz, do 
exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-se: 
I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem 
imóvel; 
II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel. 
§ 3o Os tribunais poderão editar disposições complementares sobre o procedimento da 
alienação prevista neste artigo, admitindo, quando for o caso, o concurso de meios 
eletrônicos, e dispor sobre o credenciamento dos corretores e leiloeiros públicos, os quais 
deverão estar em exercício profissional por não menos que 3 (três) anos. 
§ 4o Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público credenciado nos 
termos do § 3o, a indicação será de livre escolha do exequente.”. 
Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem penhorado, 
será expedido o edital de hasta pública (art. 686, CPC). 
Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou leiloeiro, a 
arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser 
julgados procedentes os embargos do executado (art. 903). 
Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e entregue consoante a 
ordem das respectivas prelações; não havendo título legal à preferência, receberá em 
primeiro lugar o credor que promoveu a execução, cabendo aos demais concorrentes 
direito sobre a importância restante, observada a anterioridade de cada penhora (art. 908, 
CPC). 
xecução civil (introdução) 
 É correto afirmar que: 
 
a) A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação 
certa, líquida e exigível. 
 
b) A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação 
líquida, apenas 
 
c) A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação 
certa e exigível. 
 
d) A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação 
vencido e exigível. 
 
 
 Assinale a alternativa correta. É nula a execução: 
 
a) se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e 
exigível. 
 
b) se o devedor não for regularmente citado. 
 
c) se instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o termo. 
 
d) em todos os casos acima previstos. 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
É uma ação independente, ou seja, autônoma, em que o executado se manifesta, 
apresentando sua discordância referente ao valor cobrado e/ou em relação ao teor da 
ordem requerida na Ação de Execução. Pode-se dizer, de maneira rústica, que se equivale 
a uma "Contestação" à Execução. 
Os Embargos à Execução são propostos em face do autor da Execução principal, ou seja, 
em face do vencedor. 
Fundamentação: 
• Artigos 914 a 920, e 921, todos do Código de Processo 
Civil. 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
É uma ação independente, ou seja, autônoma, em que o executado se manifesta, 
apresentando sua discordância referente ao valor cobrado e/ou em relação ao teor da 
ordem requerida na Ação de Execução. Pode-se dizer, de maneira rústica, que se equivale 
a uma "Contestação" à Execução. 
Os Embargos à Execução são propostos em face do autor da Execução principal, ou seja, 
em face do vencedor. 
Fundamentação: 
• Artigos 914 a 920, e 921, todos do Código de Processo 
Civil. 
• EMBARGOS À EXECUÇÃO 
• É uma ação e não uma defesa ou recurso. Quando a execução se fundar em 
sentença, os embargos serão recebidos com efeito suspensivo se o devedor 
alegar: a) falta ou nulidade de citação no processo de conhecimento, se a ação lhe 
correu à revelia; b) ilegibilidade do título; c) ilegitimidade das partes; d) cumulação 
indevida de execução; e) excesso da execução, ou nulidade desta até a penhora; 
f) qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como 
pagamento, novação, compensação com execução aparelhada, transação ou 
prescrição, desde que supervenientes à sentença; g) incompetência do juiz (artigo 
741 do CPC). 
• Art. 914 O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, 
poderá se opor à execução por meio de embargos. 
• § 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em 
apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão 
ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade 
pessoal. 
• § 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou 
no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo 
se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da 
alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado. 
• EMBARGOS À EXECUÇÃO 
• Nos embargos à execução, o executado pode alegar 
• a) inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
• b) penhora incorreta ou avaliação errônea; 
• c) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
• d) Todas as alternativas estão corretas. 
• EMBARGOS À EXECUÇÃO – EXCESSO DE EXECUÇÃO - JUROS ABUSIVOS –
– AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO – SENTENÇA ESCORREITA – 
HONORÁRIOS RECURSAIS – CABIMENTO – RECURSO DESPROVIDO. 
• Sendo alterada a composição objeto da obrigação primitiva, não negada e 
expressamente reconhecida, torna-se inviável a discussão sobre questões 
anteriores. Assim, o contrato de confissão de dívida constitui-se em título hábil a 
aparelhar a execução, apesar da dívida originária ser constituída em titulo de 
crédito. Em razão do trabalho adicional empregado pelo advogado doembargado, 
da natureza e da importância da causa, majoram-se os honorários advocatícios, 
nos moldes do art. 85, § 11, do CPC/15. (Ap 49432/2017, DES. CARLOS 
ALBERTO ALVES DA ROCHA, TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, 
Julgado em 21/06/2017, Publicado no DJE 26/06/2017) 
• SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO 
• Artigo 922 - Convindo as partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o 
prazo concedido pelo exequente para que o executado cumpra voluntariamente a 
obrigação. 
• Credor e devedor, em comum acordo, requerem um prazo para a liquidação da 
obrigação, solicitando para isso a suspensão da execução. 
• SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO 
• Art. 921. 
• Suspende-se a execução: 
• I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber; 
• II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à 
execução; 
• III - quando o executado não possuir bens penhoráveis; 
• IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o 
exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros 
bens penhoráveis; 
• V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916. 
• § 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) 
ano, durante o qual se suspenderá a prescrição. 
• § 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado 
ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos 
autos. 
• § 3º Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a 
qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis. 
• § 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do exequente, 
começa a correr o prazo de prescrição intercorrente. 
• § 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de 
ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e extinguir o processo. 
• SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO 
* AGRAVO INTERNO – Descabimento da suspensçao da execução individual – 
Possibilidade do levantamento dos valores depositados nos autos – Desnecessidade da 
prestação da caução – Recurso improvido * 
 
(TJ-SP - AGR: 21926810720168260000 SP 2192681-07.2016.8.26.0000, Relator: Carlos 
Alberto Lopes, Data de Julgamento: 21/02/2017, 18ª Câmara de Direito Privado, Data de 
Publicação: 22/02/2017) EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO 
Executado pagou ao Exequente a importância devida, recebendo inteira quitação de todos 
os seus débitos, inclusive correção monetária, juros e mora, custas e honorários 
advocatícios, ficando liberada ao Executado a nota promissória origem da execução. 
• EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO 
• Art. 924. 
• Extingue-se a execução quando: 
• I - a petição inicial for indeferida; 
• II - a obrigação for satisfeita; 
• III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida; 
• IV - o exequente renunciar ao crédito; 
• V - ocorrer a prescrição intercorrente. 
• LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
• Aborda a sua denominação, natureza jurídica, classificação, carta de sentença, 
condenação alternativa, legitimação, liquidação por arbitramento, artigos e cálculo 
e, por fim, sobre a sentença de liquidação. 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
Consiste no ato preliminar da execução de sentença ilíquida, que tem por fim apurar a 
quantidade certa do valor da condenação. Pode ser realizada por meio de cálculo 
aritmético, que será apresentado pelo próprio credor para cumprimento da sentença; por 
meio da instauração de procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e 
provar fato novo. 
Fundamentação: 
• Artigos 509 a 512, todos do Código de Processo Civil 
• LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
• A iliquidez da condenação pode dizer respeito: 
• I- à quantidade. 
II- à coisa. 
III- ao fato. 
 
a) I. 
 
b) II e III. 
 
c) I, II e III. 
 
d) I e II. 
 
e) I e III. 
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO 
Não fixado o quantum debeatur, fazendo-se necessária a liquidação por arbitramento, nos 
termos do art. 509, inciso I, do Código de Processo Civil, para que seja determinado o 
valor da condenação 
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO 
A liquidação por arbitramento será feita quando (art. 509, I): 
a) determinado pela sentença; 
b) convencionado pelas partes; 
c) o exigir a natureza do objeto da liquidação. 
A convenção das partes pode decorrer de cláusula contratual anterior à sentença, ou de 
transação posterior ao decisório. Se houver necessidade de provar fatos novos para se 
chegar à apuração do quantum da condenação, a liquidação terá de ser feita sob a forma 
do procedimento comum (art. 509, II). Se, contudo, existirem nos autos todos os elementos 
necessários para os peritos apurarem o valor do débito, o caso será de arbitramento (art. 
509, I). 
O CPC conferiu ao juiz poder de intimar as partes para apresentarem pareceres ou 
documentos elucidativos, no prazo que fixar (art. 510). Analisada a documentação 
apresentada, se entender possuir todos os elementos necessários para decidir, julgará a 
liquidação de plano, (art. 510). 
Contudo, na hipótese de não serem suficientes os documentos apresentados pelas partes, 
o juiz nomeará perito, e o arbitramento se processará com observância das normas gerais 
da prova pericial. 
Ao final do procedimento, o juiz proferirá decisão interlocutória, definindo o objeto líquido 
da condenação 
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO 
Não fixado o quantum debeatur, fazendo-se necessária a liquidação por arbitramento, nos 
termos do art. 509, inciso I, do Código de Processo Civil, para que seja determinado o 
valor da condenação 
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO 
A liquidação por arbitramento será feita quando (art. 509, I): 
a) determinado pela sentença; 
b) convencionado pelas partes; 
c) o exigir a natureza do objeto da liquidação. 
A convenção das partes pode decorrer de cláusula contratual anterior à sentença, ou de 
transação posterior ao decisório. Se houver necessidade de provar fatos novos para se 
chegar à apuração do quantum da condenação, a liquidação terá de ser feita sob a forma 
do procedimento comum (art. 509, II). Se, contudo, existirem nos autos todos os elementos 
necessários para os peritos apurarem o valor do débito, o caso será de arbitramento (art. 
509, I). 
O CPC conferiu ao juiz poder de intimar as partes para apresentarem pareceres ou 
documentos elucidativos, no prazo que fixar (art. 510). Analisada a documentação 
apresentada, se entender possuir todos os elementos necessários para decidir, julgará a 
liquidação de plano, (art. 510). 
Contudo, na hipótese de não serem suficientes os documentos apresentados pelas partes, 
o juiz nomeará perito, e o arbitramento se processará com observância das normas gerais 
da prova pericial. 
Ao final do procedimento, o juiz proferirá decisão interlocutória, definindo o objeto líquido 
da condenação 
 
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO 
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO. Danos decorrentes de enchente. Móveis da 
residência dos autores destruídos com a inundação. Estimativa apresentada por perito 
judicial com base no valor médio de móveis novos similares aos indicados na petição 
inicial. Preensão de que seja considerado o valor de móveis usados. Sendo impossível 
precisar o estado e o tempo dos móveis que foram perdidos e considerando que móveis 
usados têm valor menor do que móveis novos, aplica-se, por equidade, uma depreciação 
da ordem de trinta por cento, considerando que móveis novos representarão para os 
autores mais do que perderam. Recurso parcialmente provido. 
(TJ-SP - APL: 10002889220058260506 SP 1000288-92.2005.8.26.0506, Relator: Edson 
Ferreira, Data de Julgamento: 23/02/2016, 12ª Câmara de Direito Público, Data de 
Publicação: 23/02/2016) 
LIQUIDAÇÃOPELO PROCEDIMENTO COMUM 
Autor pede a liquidação da sentença que condenou o requerido a pagar danos. 
Art. 511 Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do 
requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver 
vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, 
observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste 
Código. 
LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM 
A liquidação pelo procedimento comum será feita “quando houver necessidade de alegar e 
provar fato novo” (art. 509, II). Esse tipo de liquidação era denominado liquidação por 
artigos. 
Em petição o credor discriminará os fatos a serem provados para servir de base à 
liquidação. Não será lícito discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. (art. 
509, § 4º). 
Na defesa, o devedor pode impugnar inclusão de verbas indevidas, o arrolamento de fatos 
irrelevantes e desinfluentes na apuração doquantum debeatur, bem como pretender a 
inclusão de fatos não invocados pelo promovente, mas que devem influir na operação 
liquidatória. 
Apresentado o requerimento do credor, será realizada a intimação do vencido, na pessoa 
de seu advogado ou da sociedade de advogados a que tiver vinculado, para, querendo, 
acompanhar a liquidação, apresentando contestação, no prazo de quinze dias. Na 
sequência, será observado o procedimento comum (art. 511). 
O encerramento da liquidação se dá por meio de decisão interlocutória, desafiadora de 
agravo de instrumento, já que se forma e se resolve incidentalmente dentro do processo 
de cognição (art. 1.015, parágrafo único). 
LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM 
Assinale a assertiva INCORRETA. 
 a) A liquidação pelo procedimento comum será feita quando houver necessidade de 
alegar e provar fato novo. 
 
b) A liquidação pelo procedimento comum era denominado liquidação por artigos. 
 
c) Na liquidação pelo procedimento comum não será lícito discutir de novo a lide 
ou modificar a sentença que a julgou. 
 
d) O encerramento da liquidação se dá por meio de decisão interlocutória, 
desafiadora de agravo de instrumento, já que se forma e se resolve incidentalmente 
dentro do processo de cognição. 
 
e) Nenhuma está incorreta. 
A liquidação por arbitramento será feita quando: 
 
I- determinado pela sentença. 
II- convencionado pelas partes. 
III- o exigir a natureza do objeto da liquidação. 
 a) I e II. 
 
b) III. 
 
c) I, II e III. 
 
d) II e III. 
 
e) I e III. 
Liquidação Provisória 
Liquidação de sentença é atividade judicial cognitiva pela qual se busca complementar a 
norma jurídica individualizada estabelecida num titulo judicial. 
ART. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em 
autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias 
das peças processuais pertinentes. 
Liquidação Provisória 
"Art. 512. 
A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos 
apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das 
peças processuais pertinentes." 
A parte interessada pode requerer ainda a liquidação da obrigação ainda que a sentença 
condenatória se encontre sujeita à apelação com efeito suspensivo, situação denominada 
por alguns doutrinadores como “liquidação provisória”. 
O que a interposição de recurso com efeito suspensivo obsta é a obtenção da tutela 
ressarcitória, isto é, a realização de direito de crédito estampado na sentença. 
Nesse ponto, de acordo com a disposição contida no artigo 512 do CPC/15, o 
procedimento será realizado em autos apartados, cumprindo ao liquidante instruir o pedido 
com as cópias processuais pertinentes. 
Liquidação Provisória 
“O art. 512 quer deixar mais claro o que, por força do art. 475-A, § 2º, do CPC de 1973, já 
se mostra possível: a realização da chamada ‘liquidação provisória’, assim entendida a 
liquidação que tem início a despeito da interposição de recurso (mesmo que munido com 
efeito suspensivo). Os autos apartados exigidos pelo dispositivo pressupõem que o 
processo desenvolva-se em autos de papel.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código 
de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 340). 
 
Cumprimento de Sentença 
A Lei 11.232/05 alterou a natureza da competência para a execução da sentença, 
podendo o credor, agora, escolher entre efetivar a sentença perante o mesmo juízo da 
cognição ou optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou 
pelo do atual domicílio do executado (art. 516, Parágrafo Único, CPC). 
Cumprimento de Sentença 
Cumprimento de Sentença 
 I. Introdução – é a fase do procedimento comum na qual existe 
um titulo judicial que dá certeza sobre a existência da obrigação, autorizando o juiz a 
realizar atos processuais voltados basicamente ao cumprimento forçado daquilo que foi 
determinado por decisão judicial, mas não foi cumprido voluntariamente. 
 
 OBS: assim como no processo de execução, são dois os requisitos indispensáveis para o 
cumprimento de sentença: inadimplemento do devedor e existência de titulo executivo 
judicial. 
 
 II. Títulos Executivos Judiciais – são títulos executivos presentes 
no artigo 515 do CPC. 
 
 Ä OBS: para o caso dos incisos VI ao IX, o devedor será citado no juízo cível para o 
cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 dias. Pois não existe fase 
de conhecimento não havendo sido formada a relação jurídico-processual (art. 312), 
existindo a necessidade de que o devedor seja citado. 
 
 III. Competência (art. 516) – como regra geral, será competente o 
juízo do qual decorreu o título executivo. 
Cumprimento de Sentença 
Cumprimento de Sentença 
No tocante ao cumprimento das obrigações de fazer, não fazer e de entregar coisa, 
não havendo o cumprimento voluntário da obrigação, analise e marque a assertiva 
INCORRETA. 
a) Não havendo o cumprimento voluntário da obrigação, o juiz determinará as medidas 
coercitivas ou de sub-rogação necessárias para a satisfação do credor. 
b) Se a obrigação for fungível, o juiz poderá determinar as medidas coercitivas ou de sub-
rogação necessárias para a satisfação do credor; se for infungível, apenas as coercitivas, 
já que a obrigação não pode ser prestada por terceiro. 
 
c) Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, 
poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a 
imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e 
coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com 
requisição de força policial. 
d) Não havendo cumprimento específico da obrigação, ou de providência que assegure 
resultado equivalente, e sendo infrutíferas as medidas determinadas, ou existindo 
requerimento do credor, haverá conversão em perdas e danos. 
e) Todas as opções estão corretas. 
É certo afirmar que: 
I- São dois os requisitos fundamentais da execução: o título executivo e o 
inadimplemento do devedor. 
II- Constituído o título, manda a lei que, antes de se passar à fase de execução, seja 
dado ao devedor um prazo para que efetue voluntariamente o pagamento, se o fizer, 
nem sequer terá início a fase executiva, pois a obrigação foi cumprida. 
II- Não cumprida a obrigação, o credor estará habilitado a requerer a execução, com 
expedição de mandado de penhora e avaliação. 
a) I. 
b) I e II.c) I, II e III. 
d) II e III. 
e) I e III. 
Cumprimento Provisório de Sentença 
Art. 513 Disposições gerais. 
Art. 513 […] 
§1º O Cumprimento da sentença que reconhece o dever de PAGAR QUANTIA, provisório 
ou definitivo, far-se-á a REQUERIMENTO do EXEQUENTE. 
→§ 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 ano do trânsito em 
julgado da sentença, a INTIMAÇÃO será feita na PESSOA do devedor, por meio de carta 
com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o 
disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3º deste artigo. 
Cumprimento Provisório de Sentença 
Cumprimento de sentença 
Execução provisória é fundada em título executivo judicial provisório, isto é, a decisão 
judicial que pode ser modificada ou anulada em razão da pendência de um recurso 
interposto contra ela. Proferida uma decisão judicial executável e não havendo a 
interposição de recurso, verifica-se o seu trânsito em julgado, passando a partir desse 
momento a ser cabível a execução definitiva. Havendo a interposição do recurso cabível e 
sendo este recebido no seu efeito suspensivo, a decisão não poderá gerar efeitos, 
impedindo-se o início da execução. A única forma apta a gerar a execução provisória é a 
interposição do recurso cabível, não recebido no efeito suspensivo. 
Cumprimento Provisório de Sentença 
Cumprimento Provisório de Sentença 
1 - O processo de execução ou a fase de cumprimento de sentença: 
a) busca, através de atos materiais, obter o resultado que deveria ser alcançado pela 
voluntária satisfação do interesse subordinante. 
b) busca a formulação, em sentença definitiva, de uma regra jurídica concreta que 
discipline a situação litigiosa. 
c) leva ao conhecimento do julgador os fatos que constituem o direito alegado pelo o autor. 
d) leva ao conhecimento do julgador os fatos alegados pelo réu que extinguem, modificam 
ou impedem o direito do autor. 
2 - Na execução para entrega de coisa certa, o devedor será intimado para entregar a 
coisa certa no prazo de: 
a) 10 dias 
b) 05 dias 
c) 15 dias 
d) 30 dias 
DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA 
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do 
executado, ressalvadas as execuções especiais. 
Art. 825. A expropriação consiste em: 
I - adjudicação; 
II - alienação; 
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros 
bens. 
Art. 826. Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo, 
remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida 
de juros, custas e honorários advocatícios. 
DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA 
A execução por quantia certa, também chamada de “execução por expropriação”, é a 
modalidade executória que incide nas circunstâncias em que há uma obrigação do 
devedor em pagar a seu credor quantia certa em dinheiro, através de título executivo 
judicial ou extrajudicial, podendo dirigir-se a devedores solventes (cujo patrimônio é 
suficiente para o pagamento da dívida) e insolventes (onde o patrimônio é inferior ao valor 
da dívida), tendo procedimentos distintos em cada situação. No presente artigo, vamos 
nos ater à situação do devedor solvente. 
Tem como finalidade a execução por quantia certa expropriar do patrimônio do executado 
(sendo eles bens tanto presentes quanto futuros) quantia suficiente para saldar seu débito, 
bem como uma alternativa para cumprir obrigações de fazer ou não fazer, havendo nessa 
última situação uma atividade transformadora, com a finalidade de realização do objeto do 
fazer ou uma manutenção do não-fazer proibido. 
DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA 
Sobre execução por quantia certa de devedor solvente, assinale a alternativa incorreta: 
 
a) A arrematação de bens móveis ou semoventes far-se-á em leilão. 
 
b) Se na primeira praça o bem não alcançar lanço superior à importância da avaliação, o 
juiz designará a realização de segunda praça, existindo, entre ambas, intervalo de 10 a 20 
dias. 
 
c) Será ineficaz a alienação de bem gravado com hipoteca, mesmo que o credor 
hipotecário tenha sido intimado da penhora. 
 
d) A arrematação será precedida de edital, que conterá, dentre outras coisa, a descrição 
do bem penhorado, bem como seu valor. 
DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA 
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do 
executado, ressalvadas as execuções especiais. 
Art. 825. A expropriação consiste em: 
I - adjudicação; 
II - alienação; 
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros 
bens. 
Art. 826. Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo, 
remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida 
de juros, custas e honorários advocatícios. 
DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA 
Sobre execução por quantia certa de devedor solvente, assinale a alternativa incorreta: 
 
a) A arrematação de bens móveis ou semoventes far-se-á em leilão. 
 
b) Se na primeira praça o bem não alcançar lanço superior à importância da avaliação, o 
juiz designará a realização de segunda praça, existindo, entre ambas, intervalo de 10 a 20 
dias. 
 
c) Será ineficaz a alienação de bem gravado com hipoteca, mesmo que o credor 
hipotecário tenha sido intimado da penhora. 
 
d) A arrematação será precedida de edital, que conterá, dentre outras coisa, a descrição 
do bem penhorado, bem como seu valor. 
EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER 
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do 
executado, ressalvadas as execuções especiais. 
Art. 825. A expropriação consiste em: 
I - adjudicação; 
II - alienação; 
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros 
bens. 
Art. 826. Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo, 
remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida 
de juros, custas e honorários advocatícios. 
EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER 
As regras de execução das obrigações de não fazer, após verificada inadimplência do 
devedor, encontram-se no Código de Processo Civil. O artigo 822 determina que o credor 
deverá requerer ao juiz que ele assine um prazo para o devedor desfazer ato que praticou 
e cuja abstenção estava obrigado por lei ou por contrato. 
Já o artigo 823 estabelece que se houver recusa ou mora do devedor, o credor poderá 
requerer ao juiz que mande desfazer o ato à custa daquele, que responderá por perdas e 
danos. 
Além disso, indica em seu parágrafo único que “não sendo possível desfazer-se o ato, a 
obrigação resolve-se em perdas e danos, caso em que, após a liquidação, se observará o 
procedimento de execução por quantia certa”. 
Esses artigos trazem mais uma obrigação de desfazer o ato, cuja abstenção o executado 
se obrigara, sendo, então, uma intenção reparatória. Há, ainda, a possibilidade de ser 
imposta multa ao devedor (art. 814, NCPC), como coerção ao atraso no cumprimento de 
sua obrigação. 
EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER 
No tocante ao cumprimento das obrigações de fazer, não fazer e de entregar coisa, não 
havendo o cumprimento voluntário da obrigação, analise e marque a assertiva 
INCORRETA. 
 
a) Não havendo o cumprimento voluntário da obrigação, o juiz determinará as medidas 
coercitivas ou de sub-rogação necessárias para a satisfação do credor. 
 
b) Se a obrigação for fungível, o juiz poderá determinar as medidas coercitivas ou de sub-
rogação necessárias para a satisfação do credor; se for infungível, apenas as coercitivas,já que a obrigação não pode ser prestada por terceiro. 
 
c) Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, 
poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a 
imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e 
coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com 
requisição de força policial. 
 
d) Não havendo cumprimento específico da obrigação, ou de providência que assegure 
resultado equivalente, e sendo infrutíferas as medidas determinadas, ou existindo 
requerimento do credor, haverá conversão em perdas e danos. 
 
e) Todas as opções estão corretas. 
DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA 
Art. 910. 
Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor 
embargos em 30 (trinta) dias. 
§ 1º Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, expedir-se-
á precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente, observando-se o 
disposto no art. 100 da Constituição Federal. 
§ 2º Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito 
deduzir como defesa no processo de conhecimento. 
§ 3º Aplica-se a este Capítulo, no que couber, o disposto nos artigos 534 e 535. 
DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA 
o procedimento assemelha-se à execução por quantia certa, com um importante 
diferencial. 
A Fazenda Pública é citada para opor embargos em 30 dias. 
Não opostos os embargos ou sendo estes rejeitados por decisão com transito em julgado, 
é expedido o precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente. 
DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA 
1 - APONTE A OPÇÃO INCORRETA. 
a) Para as sociedades de economia mista e empresas públicas, a aplicação do 
procedimento executivo dependerá das atividades que exercem. 
b) Quando atuam em operações econômicas em concorrência com as empresas privadas, 
aplica-se o disposto na CF, sendo executadas pelo procedimento executivo comum. 
c) Quando exploram atividade econômica própria das entidades privadas, mas para 
prestar serviço público de competência da União Federal, são executadas pelo 
procedimento especial. 
d) O Plenário do Supremo Tribunal Federal já decidiu pela impenhorabilidade dos bens da 
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), exigindo também para essa empresa 
a observação do procedimento executivo especial. 
e) Nenhuma está incorreta. 
2 - INDIQUE A OPÇÃO CERTA 
a) A CF permite nos casos de condenação de pequeno valor que o pagamento seja 
realizado sem a necessidade de expedição de precatório. 
b) A execução por RPA (requisição de pagamento autônoma) ou RPV (requisição de 
pequeno valor) não tem um procedimento executivo. 
c) Transitada em julgado a sentença, caberá ao juízo da condenação requisitar ao 
condenado o pagamento do valor da condenação no prazo de 60 dias, por meio de 
depósito em agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil. 
d) Caso o credor de valor acima dos permitidos pela lei pretender a execução sem o 
precatório, haverá renúncia do valor excedente, não sendo possível executar um mesmo 
crédito sem precatório até o valor permitido e o restante por precatório, se não pretender 
abrir mão de seu crédito, deverá utilizar a via do precatório. 
e) Todas estão certas. 
EXECUÇÃO FISCAL 
Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de 
Processo Civil. 
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei 
nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito 
financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios 
e do Distrito Federal. 
§ 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º, será 
considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública. 
§ 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange 
atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. 
§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão 
competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos 
de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele 
prazo. 
§ 4º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. 
§ 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter: 
I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e 
de outros; 
II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais 
encargos previstos em lei ou contrato; 
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; 
IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo 
fundamento legal e o termo inicial para o cálculo; 
V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e 
VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor da 
dívida. 
§ 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição e será autenticada 
pela autoridade competente. 
§ 7º - O Termo de Inscrição e a Certidão de Dívida Ativa poderão ser preparados e numerados por 
processo manual, mecânico ou eletrônico. 
§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, 
assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos. 
§ 9º - O prazo para a cobrança das contribuições previdenciárias continua a ser o estabelecido no artigo 
144 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960. 
Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez. 
Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova 
inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite. 
Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra: 
I - o devedor; 
II - o fiador; 
III - o espólio; 
IV - a massa; 
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas 
jurídicas de direito privado; e 
VI - os sucessores a qualquer título. 
§ 1º - Ressalvado o disposto no artigo 31, o síndico, o comissário, o liquidante, o inventariante e o 
administrador, nos casos de falência, concordata, liquidação, inventário, insolvência ou concurso de 
credores, se, antes de garantidos os créditos da Fazenda Pública, alienarem ou derem em garantia 
quaisquer dos bens administrados, respondem, solidariamente, pelo valor desses bens. 
§ 2º - À Dívida Ativa da Fazenda Pública, de qualquer natureza, aplicam-se as normas relativas à 
responsabilidade prevista na legislação tributária, civil e comercial. 
§ 3º - Os responsáveis, inclusive as pessoas indicadas no § 1º deste artigo, poderão nomear bens livres e 
desembaraçados do devedor, tantos quantos bastem para pagar a dívida. Os bens dos responsáveis 
ficarão, porém, sujeitos à execução, se os do devedor forem insuficientes à satisfação da dívida. 
§ 4º - Aplica-se à Dívida Ativa da Fazenda Pública de natureza não tributária o disposto nos artigos 
186 e 188 a 192 do Código Tributário Nacional. 
Art. 5º - A competência para processar e julgar a execução da Dívida Ativa da Fazenda Pública excluia 
de qualquer outro Juízo, inclusive o da falência, da concordata, da liquidação, da insolvência ou do 
inventário. 
Art. 6º - A petição inicial indicará apenas: 
I - o Juiz a quem é dirigida; 
II - o pedido; e 
III - o requerimento para a citação. 
§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como 
se estivesse transcrita. 
§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, preparado 
inclusive por processo eletrônico. 
 § 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial. 
§ 4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais. 
Art. 7º - O despacho do Juiz que deferir a inicial importa em ordem para: 
I - citação, pelas sucessivas modalidades previstas no artigo 8º; 
II - penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de depósito ou fiança; 
II - penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de depósito, 
fiança ou seguro garantia; 
 
III - arresto, se o executado não tiver domicílio ou dele se ocultar; 
IV - registro da penhora ou do arresto, independentemente do pagamento de custas ou outras despesas, 
observado o disposto no artigo 14; e 
V - avaliação dos bens penhorados ou arrestados. 
Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de 
mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as seguintes 
normas: 
I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por outra 
forma; 
II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado, ou, se 
a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal; 
III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência 
postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital; 
IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, 
gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação 
da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a data e 
o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo. 
§ 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 (sessenta) dias. 
§ 2º - O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição. 
Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na 
Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá: 
I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure 
atualização monetária; 
II - oferecer fiança bancária; 
II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia; 
III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou 
IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública. 
§ 1º - O executado só poderá indicar e o terceiro oferecer bem imóvel à penhora com o consentimento 
expresso do respectivo cônjuge. 
§ 2º - Juntar-se-á aos autos a prova do depósito, da fiança bancária ou da penhora dos bens do 
executado ou de terceiros. 
§ 2o Juntar-se-á aos autos a prova do depósito, da fiança bancária, do seguro garantia ou 
da penhora dos bens do executado ou de terceiros. 
§ 3º - A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro ou fiança bancária, produz os mesmos 
efeitos da penhora. 
§ 3o A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro 
garantia, produz os mesmos efeitos da penhora. 
 
§ 4º - Somente o depósito em dinheiro, na forma do artigo 32, faz cessar a responsabilidade pela 
atualização monetária e juros de mora. 
§ 5º - A fiança bancária prevista no inciso II obedecerá às condições pré-estabelecidas pelo Conselho 
Monetário Nacional. 
 § 6º - O executado poderá pagar parcela da dívida, que julgar incontroversa, e garantir a execução do 
saldo devedor. 
Art. 10 - Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de que trata o artigo 9º, a penhora 
poderá recair em qualquer bem do executado, exceto os que a lei declare absolutamente impenhoráveis. 
Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem: 
I - dinheiro; 
II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa; 
III - pedras e metais preciosos; 
IV - imóveis; 
V - navios e aeronaves; 
VI - veículos; 
VII - móveis ou semoventes; e 
VIII - direitos e ações. 
§ 1º - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, 
bem como em plantações ou edifícios em construção. 
§ 2º - A penhora efetuada em dinheiro será convertida no depósito de que trata o inciso I do artigo 9º. 
§ 3º - O Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para depósito judicial, particular ou da Fazenda 
Pública exeqüente, sempre que esta o requerer, em qualquer fase do processo. 
Art. 12 - Na execução fiscal, far-se-á a intimação da penhora ao executado, mediante publicação, no 
órgão oficial, do ato de juntada do termo ou do auto de penhora. 
§ 1º - Nas Comarcas do interior dos Estados, a intimação poderá ser feita pela remessa de cópia do termo 
ou do auto de penhora, pelo correio, na forma estabelecida no artigo 8º, incisos I e II, para a citação. 
§ 2º - Se a penhora recair sobre imóvel, far-se-á a intimação ao cônjuge, observadas as normas previstas 
para a citação. 
§ 3º - Far-se-á a intimação da penhora pessoalmente ao executado se, na citação feita pelo correio, o 
aviso de recepção não contiver a assinatura do próprio executado, ou de seu representante legal. 
Art. 13 - 0 termo ou auto de penhora conterá, também, a avaliação dos bens penhorados, efetuada por 
quem o lavrar. 
§ 1º - Impugnada a avaliação, pelo executado, ou pela Fazenda Pública, antes de publicado o edital de 
leilão, o Juiz, ouvida a outra parte, nomeará avaliador oficial para proceder a nova avaliação dos bens 
penhorados. 
§ 2º - Se não houver, na Comarca, avaliador oficial ou este não puder apresentar o laudo de avaliação no 
prazo de 15 (quinze) dias, será nomeada pessoa ou entidade habilitada a critério do Juiz. 
§ 3º - Apresentado o laudo, o Juiz decidirá de plano sobre a avaliação. 
Art. 14 - 0 Oficial de Justiça entregará contrafé e cópia do termo ou do auto de penhora ou arresto, com a 
ordem de registro de que trata o artigo 7º, inciso IV: 
I - no Ofício próprio, se o bem for imóvel ou a ele equiparado; 
II - na repartição competente para emissão de certificado de registro, se for veículo; 
III - na Junta Comercial, na Bolsa de Valores, e na sociedade comercial, se forem ações, debênture, parte 
beneficiária, cota ou qualquer outro título, crédito ou direito societário nominativo. 
Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz: 
I - ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro ou fiança bancária; e 
I - ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou 
seguro garantia; e 
 
II - à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da ordem 
enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente. 
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: 
I - do depósito; 
II - da juntada da prova da fiança bancária; 
II - da

Outros materiais