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O mapeamento digital
 
Desde os anos 60 do século passado a pedologia (estudo do solo no campo) tem a pedometria, palavra derivada das gregas pedos (solo) e metron (medida) como importante aliada. A partir daquela época, a união entre a observação do solo na natureza e a aplicação de modelos matemáticos evoluiu muito ao unir o conhecimento prático do pedológo com os dados estatísticos e numéricos da pedologia quantitativa desenvolvidos nos laboratórios. Atualmente, a pedologia é uma ciência que depende das abordagens quantitativas e qualitativas o que exige a participação de profissionais de diferentes áreas do conhecimento.
A partir da década de 80, com o advento da geoestatística, as informações sobre o solo foram se tornando mais precisas, passando a ajudar de maneira mais incisiva na tomada de decisão. Naquela época, surgiu o mapeamento digital de solos (MDS) unindo geologia, geomorfologia e os fatores que influenciam na formação do solo: clima, organismos, relevo, material de origem e tempo. Graças a ele existe a possibilidade de integrar o conhecimento tácito dos pedólogos sobre as relações solo-paisagem, e a automatização de processos via mapeamento digital de propriedades e classes de solos.
O MDS tem grande importância para responder à demanda de informações no desenvolvimento das atividades humanas. Entre elas, o manejo de solos na agricultura, a execução de zoneamentos ambientais, manejo da água na paisagem e o planejamento de uso da terra.
Em países com menor extensão territorial, como a Dinamarca, o solo já está totalmente mapeado em ótima escala de detalhamento (1:5.000 ou maior). Mas não só os países de menor extensão investem no tema. Os Estados Unidos, por exemplo, com extensão territorial semelhante a do Brasil, possuem um detalhamento de seus solos da ordem de 1:10.000. "É urgente que nosso País invista no conhecimento maior de seus solos sob pena de ficar para trás em alguns desafios globais, como a segurança alimentar, a produção de bionergia, as mudanças climáticas e a própria sustentabilidade da agricultura brasileira. Não se pode planejar o uso da terra, realizar zoneamentos e definir políticas públicas para a agricultura, sem o conhecimento atualizado do recurso solo, que juntamente com a água, devem fazer parte da agenda brasileira de prioridades para o setor produtivo e ambiental".
Essa afirmativa é confirmada pelo professor Alexandre Ten Caten. "A informação espacial sobre classes e propriedades de solos não está disponível para a maioria das localidades do Brasil. O mapeamento digital, por meio das tecnologias ligadas à geoinformação, pode potencializar nossa capacidade em conhecer a distribuição espacial dos solos por possibilitar que um volume maior de informações sobre os fatores de formação do solo seja “processado de forma rápida e automatizado”, diz ele.
Éder Martins, pesquisador da Embrapa Cerrados, no Distrito Federal, aponta que para o futuro do MDS no Brasil, "é necessário desenvolver pesquisas com abrangência nacional. É fundamental o estudo de ferramentas metodológicas e a contínua formação de recursos humanos capazes de aplicar o MDS nas questões nacionais. Um dos desafios, por exemplo, é o desenvolvimento de manejos do solo que permitam a captura de gases de efeito estufa, e para isso é imprescindível o conhecimento do comportamento do carbono em solos, o que o MDS pode responder". 
 
Mapeamento global
 
No País, o principal fórum de debates sobre o assunto está na Rede Brasileira de Pesquisa em Mapeamento Digital de Solos (Rede MDS), coordenada pela Embrapa, no âmbito do CNPq.
O objetivo dessa Rede é juntar os interessados no tema, a fim de avançar a pesquisa no assunto e elaborar projetos em parceria, com ampla abrangência para o mapeamento dos solos. Atualmente, a Rede MDS conta com setenta membros de vinte instituições de ensino, pesquisa e extensão rural nas cinco regiões do Brasil.
No exterior, o consórcio GlobalSoilMap.net é o ponto de encontro dos estudiosos do assunto. Formada em 2009, a rede tem Lourdes Mendonça no grupo coordenando as ações na América Latina e Caribe. Participam também do consórcio instituições como a Universidade de Columbia (Estados Unidos), o Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (INRA-França) e a Universidade de Sydney (Austrália). 
O consórcio alavancou as iniciativas no tema de forma global, propondo avanços metodológicos, especificações técnicas e a harmonização de métodos, buscando produzir um novo mapa mundial de propriedades de solos, usando novas tecnologias e a uma boa resolução. Esses mapas serão completados com opções de interpretação e funcionalidade para ajudar na tomada de decisões em vários assuntos, tais como produção de alimentos e erradicação da fome, mudança climática e degradação do meio ambiente. 
 "De forma geral, há uma escassez de dados de solos no mundo e, quando existem, são limitados, dispersos, desatualizados e difíceis de comparar. Essa necessidade e a crescente demanda por informação sobre os solos têm alavancado o desenvolvimento do MDS". Agora, para os estudiosos, o desafio maior vai ser o de sistematizar e entender os dados existentes e a eles adicionar os produzidos por novos sensores.
Solo brasileiro agora tem mapeamento digital
O mapa digital dos solos brasileiros recém-lançado pela Embrapa une modelagem matemática e conhecimentos levantados em campo para ajudar em diversos programas de conservação de recursos naturais. Um dos beneficiários imediatos será o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que poderá utilizá-lo para direcionar práticas de redução de emissão de gases de efeito estufa.
Executado pelas técnicas tradicionais, um levantamento similar custaria milhões de reais e anos de trabalho. O novo sistema tem a vantagem de utilizar informações ambientais disponíveis como dados a respeito de solo, relevo, material de origem, clima, associando-os a métodos matemáticos estatísticos para inferir informações em locais não medidos.
"No mapeamento digital de solos (MDS) usamos modelos matemáticos e estatísticos para, com base nas informações de solos existentes, predizer outras que não foram medidas, mas que estão correlacionadas através das variáveis ambientais que determinam a formação dos solos", diz a pesquisadora Maria de Lourdes Mendonça Santos, da Embrapa Solos, pioneira nos trabalhos sobre mapeamento de solos no Brasil. "O mapeamento digital surge como ferramenta base para a tomada de decisão sobre este recurso natural", explica. "Não há dúvida que o MDS oferece um vasto campo para a pesquisa e uma oportunidade para a pedologia brasileira que tem, pela frente, um enorme território a ser mapeado”.
 
 
Mapa do solo brasileiro
Sistema de Observação e Monitoramento no Brasil (SOMABRASIL)
A análise e interpretação de grandes quantidades de informação disponibilizadas em extensas bases de dados são sempre bastante laboriosas e restritas a grupos de interesse com habilidades nessa área. O SOMABRASIL foi criado para organizar, integrar e disponibilizar bases de dados geoespaciais de forma bastante amigável, via WEB, por meio de ferramentas de análises espacialmente explícitas e de visualização dinâmica, permitindo, por exemplo, o acompanhamento da produção agropecuária.
O sistema reúne informações úteis para o monitoramento da dinâmica da agropecuária e para o entendimento das mudanças de uso e cobertura das terras no Brasil. Outros sistemas também vêm sendo desenvolvidos para auxiliar decisões e políticas públicas em vários níveis e escalas. Entretanto, essas plataformas muitas vezes apresentam informações geoespaciais focadas em um tema específico. É fundamental a organização e integração de variáveis censitárias com dados gerados a partir do sensoriamento remoto em uma base de dados geográficos do Brasil, de forma a permitir estudos e atividades para a caracterização e o monitoramento das atividades agropecuárias, a conservação de recursos naturais, a realização de mapeamentose zoneamentos.
A interface WebGIS permite ao usuário interagir com as bases de dados por meio de consultas básicas e avançadas para gerar informações úteis a zoneamentos, monitoramentos da dinâmica espacial da agropecuária, prioridades para a pesquisa e as políticas públicas. Essa capacidade contribui para o entendimento das mudanças de uso e cobertura das terras. Tal entendimento permite ao usuário rever a forma de atuação da agricultura nos territórios e antecipar possíveis problemas econômicos ou sociais devidos a essa prática.
O sistema foi desenvolvido pela Embrapa Monitoramento por Satélite e pode ser acessado no endereço: http://mapas.cnpm.embrapa.br/somabrasil
 
Monitoramento das áreas protegidas brasileiras
Englobam as Unidades de Conservação (UCs), mosaicos e corredores ecológicos, espaços considerados essenciais, do ponto de vista econômico, por conservarem a sociobiodiversidade, além de serem provedores de serviços ambientais e geradores de oportunidades de negócios. 
Espaços como os parques, florestas nacionais, mosaicos florestais e as UCs são responsáveis pela produção direta de parte da água destinada ao consumo humano, bem como impedem a emissão de bilhões de toneladas de carbono na atmosfera.
Um grau de importância crescente tem os corredores ecológicos, que conectam os fragmentos de áreas naturais e são definidos no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) como porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando UCs, possibilitam o fluxo de genes e o movimento da biota - conjunto de seres vivos de um ecossistema, o que inclui a flora, a fauna, os fungos e outros grupos de organismos -, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, e ainda a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência, de áreas com extensão maior do que aquelas das unidades individuais.
Para viabilizar a manutenção e conservação de todas as áreas protegidas, o governo lança mão de várias estratégias políticas, contidas em diferentes instrumentos, como o Cadastro Nacional de UCs, o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas (PNAP) e programas e projetos de alcance nacional.
A proteção legal de áreas e a gestão dos recursos naturais no Brasil têm prioridades e origens diversas, envolvem interesses econômicos, políticos, culturais e ideológicos e são ações que abrangem vários graus de conflitos socioambientais. A conservação da natureza e a manifestação de tensões perpassam pelo modelo histórico de desenvolvimento econômico e social adotado pelo país e em geral as atividades econômicas se caracterizam pela ocupação produtiva dos espaços naturais, gerando dificuldades sociais e níveis elevados de degradação do ambiente, ameaçando a dinâmica reprodutiva dos diversos ecossistemas, além de afetar as condições de vida das populações que dependem dessas áreas para sua sobrevivência.
Cadastro Ambiental Rural
O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente - APP, de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa, e das áreas consolidadas, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
A inscrição no CAR é o primeiro passo para obtenção da regularidade ambiental do imóvel, e contempla: dados do proprietário, possuidor rural ou responsável direto pelo imóvel rural; dados sobre os documentos de comprovação de propriedade e ou posse; e informações georreferenciadas do perímetro do imóvel, das áreas de interesse social e das áreas de utilidade pública, com a informação da localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente, das áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e das Reservas Legais.
O Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural – SICAR é definido como sistema eletrônico de âmbito nacional destinado à integração e ao gerenciamento de informações ambientais dos imóveis rurais de todo o País. Essas informações destinam-se a subsidiar políticas, programas, projetos e atividades de controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento ilegal. 
O sistema pode ser acessado no endereço: http://www.car.gov.br/publico/imoveis/index
Também cabe ao proprietário/possuidor respeitar as orientações técnicas e legais relativas aos procedimentos de cadastro, e atender às notificações resultantes da análise do CAR, em função de pendências ou inconsistências detectadas, devendo prestar informações complementares ou promover as correções solicitadas dentro dos prazos definidos, sob pena de cancelamento do CAR.
	Erros que podem ser causados no momento de importação das feições, problemas como o uso de diferentes Sistemas de coordenadas geográficas, formatos do shapefire, etc.