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10/12/2017 1 Universidade Federal Fluminense Instituto Biomédico - CMB Departamento de Fisiologia e Farmacologia - MFL Disciplina: Farmacologia Geral Curso: Odontologia Professora: Christina Gaspar Villela USO DE ANESTÉSICOS LOCAIS EM GESTANTES NO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO Qual a melhor escolha? Alunas: Alessandra Drumond, Andressa Oliveira, Evelyn Hammer, Fernanda Reis, Gabriella Folly, Isabela Pedrosa, Pietra Aleixo, Renata Gripp GRAVIDEZ Alterações físicas Alterações fisiológicas Alterações psicológicas 10/12/2017 2 ATENDIMENTO PERSONALIZADO Na consulta odontológica inicial, toda mulher em estado fértil deve ser considerada grávida até que se prove ao contrário ATENDIMENTO PERSONALIZADO Prescrição medicamentosa criteriosa Protocolo de redução de ansiedade Posição especial na cadeira Adiamento de procedimentos prolongados, desconfortáveis e invasivos Época de atendimento Radiação Boa relação cirurgião- -dentista e médico 10/12/2017 3 ANESTÉSICOS LOCAIS ANESTÉSICOS LOCAIS Analgesia local Ausência de dor em presença de um estímulo que normalmente seria doloroso que ocorre localmente Papel dos anestésicos locais Promover o bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das sensações sem alteração do nível de consciência 10/12/2017 4 FARMACOCINÉTICA Os anestésicos locais exercem seu efeito através do bloqueio dos canais de sódio regulados por voltagem, inibindo, assim, a propagação dos potenciais de ação ao longo dos neurônios Absorção sistêmica Distribuição Metabolismo e Excreção FATORES QUE INTERFEREM NA AÇÃO DO FÁRMACO: Tempo de latência e duração: - pH do meio - grau de vascularização - metabolização 10/12/2017 5 Modificações na membrana Teoria do receptor específico PRINCIPAIS ANESTÉSICOS LOCAIS Amidas e Ésteres 10/12/2017 6 PRINCIPAIS ANESTÉSICOS LOCAIS Lidocaína Prilocaína Mepivacaína Bupivacaína Articaína Benzocaína RISCOS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS PARA GESTAÇÃO Direta: Altas concentrações na circulação fetal Indireta: Alterando o tônus muscular uterino ou deprimindo os sistemas cardiovascular e respiratório da mãe 10/12/2017 7 RISCOS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS PARA GESTAÇÃO Metemoglobinemia (Prilocaína, Articaína e Benzocaína) Cardiotoxicidade (Bupivacaína) Hipóxia fetal e diminuição da circulação placentária (Benzocaína) Imaturidade enzimática e dificuldade de metabolização hepática do feto (Mepivacaína) Efeito prolongado (Bupivacaína) Atravessa a placenta mais rapidamente (Prilocaína) METEMOGLOBINEMIA Alteração hematológica em que a hemoglobina é oxidada formando a metemoglobina, impedindo a molécula de transportar oxigênio. Desenvolve-se dessa forma um quadro semelhante à cianose, na ausência de alterações cardíacas ou respiratórias. Muitas mulheres grávidas podem desenvolver anemia durante a gestação, tornando ainda maior a susceptibilidade à metemoglobinemia 10/12/2017 8 VASOCONSTRICTORES VASOCONSTRICTORES Prolongam o tempo de duração do efeito Diminuem a toxicidade sistêmica Velocidade de absorção da droga reduzida Os anestésicos não passam tão rapidamente para a circulação permanecendo por mais tempo no local da injeção Menos quantidade de anestésico local para um efeito bloqueio nervoso 10/12/2017 9 PRINCIPAIS VASOCONSTRICTORES Aminas simpaticomiméticas (catecolaminas): Noradrenalina Adrenalina Fenilefrina Levonordefrina Não-catecolaminas: Análogo sintético de vasopressina = Felipressina RISCOS DOS VASOCONSTRICTORES NA GESTAÇÃO Utilizar ou não? Toxicidade e tempo de analgesia Pacientes que sentem dor durante o tratamento odontológico ficam estressadas, fazendo com que haja liberação de catecolaminas endógenas em quantidades muito superiores àquelas contidas em tubetes anestésicos e, consequentemente mais prejudiciais à mãe e ao feto 10/12/2017 10 RISCOS DOS VASOCONSTRICTORES NA GESTAÇÃO Contrações uterinas e possibilidade de provocar parto prematuro ou aborto espontâneo (Noradrenalina, Felipressina e Felinefrina) Complicações cardiovasculares e neurólogicas (Noradrenalina, Fenilefrina, Felipressina) Alta concentração (Levonordefrina) Efeito ocitotóxico (Felipressina) OUTROS COMPONENTES DA SOLUÇÃO ANESTÉSICA Base anestésica Estabilizante do vasoconstrictor Conservante Cloreto de sódio 10/12/2017 11 ANESTÉSICO LOCAL IDEAL Não deve irritar o tecido (biocompatível) Ação temporária Não causar alteração permanente Baixa toxicidade Eficácia Rápido início de ação Duração suficiente Potência suficiente Inoculo a reações alérgicas Estável em solução e sofrer biotransformação rápida ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS QUANTO À UTILIZAÇÃO DE ANESTÉSICOS LOCAIS EM GESTANTES Técnica anestésica Quantidade da droga administrada Ausência/presença de vasoconstrictor Efeitos adversos 10/12/2017 12 CARACTERÍSTICAS IDEAIS DO ANESTÉSICO LOCAL PARA GESTANTES A solução anestésica local deve ser aquela que proporcione a melhor anestesia à gestante CARACTERÍSTICAS IDEAIS DO ANESTÉSICO LOCAL PARA GESTANTES Presença de vasoconstrictor Maior ligação às proteínas plasmáticas na circulação materna Menor travessia da barreira placentária 10/12/2017 13 Afinal, qual é a melhor escolha de anestésico local para gestante? Lidocaína 2% com Epinefrina 1:100.000 Limite de 2 tubetes de anestésico (3,6 ml) por sessão de atendimento, procedendo-se sempre realizando aspiração e injeção lenta 10/12/2017 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SCHULMAN, J. M.; STRICHARTZ, G. R. Farmacologia dos anestésicos locais. In: GOLAN, D. E. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 972. ANDRADE, E. D. Terapêutica medicamentosa em odontologia. 2ª edição. Porto Alegre: Artes médicas, 2006. p. 204. RODRIGUES, F. et al. Anestesia local em gestantes na odontologia contemporânea. A Journal Health NPEPS, v. 2, n. 1, p. 254-271, 2017. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PAIVA, L. C. A.; CAVALCANTI, A. L. Anestésicos locais em odontologia: uma revisão de literatura. Publicatio UEPG Biological and Health Sciences, Ponta Grossa, v. 11, n. 2, p. 35-42, jun., 2005. NAVARRO, P. S. L. et al. Prescrição de medicamentos e anestesia local para gestantes: conduta de cirurgiões-dentistas de Londrina-PR, Brasil. Revista Faculdade Odontologia Porto Alegre, Porto Alegre, v. 49, n. 2, p. 22-27, maio/ago., 2008. MALAMED, S. F. Farmacologia dos vasoconstrictores. Manual de Anestesia Local. 5ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 41-43. 10/12/2017 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAVAGLIERI, I. Bases anestésicas: vasoconstritores adrenérgicos e não adrenérgicos. Disponível em: https://odontow.wordpress.com/2012/12/03/bases- anestesicas-vasoconstritores/.Acesso em: 24 de nov. de 2017. SILVA, F. M. et al. Uso de anestésicos locais em gestantes. Robrac, Goiânia, v.9, n. 28, p. 48-50, 2000. BULHÕES, D. M. Anestesia local em paciente gestante. Disponível em: http://profissaodentista.com/2016/07/31/anestesia- local-em-paciente-gestante/. Acesso em: 24 de nov. de 2017. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORTEZZI, E. B. A.; CORTEZZI, W. Protocolo Clínico para o Tratamento Odontológico de Pacientes Grávidas (2ª parte). Agosto, 2012. Disponível em: http://cro-rj.org.br/pc/ago12.pdf. Acesso em: 26 de nov. de 2017.
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