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cromatografia em coluna

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Instituto Federal da Bahia
Autora: Maria Eduarda Couto
- Resultados e discussão
Após realizar o devido empacotamento da sílica gel na coluna cromatográfica a uma altura de, aproximadamente, 6,5cm adicionou-se uma amostra com a mistura de azul de metileno e alaranjado de metila, que apresentava a coloração azul escuro. 
Em seguida, adicionou-se gradativamente a mistura etanol-água (na proporção 1:1) em pequenas porções, a fim de que a coluna não secasse. Com a adição deste eluente foi possível observar o início da separação dos componentes da amostra.
O alaranjado de metila, cuja coloração apresentada era amarela, eluiu com maior facilidade por causa da forte interação com a sílica gel. Por ser um sal orgânico, possui íons positivos e negativos que são atraídos eletrostaticamente pelos pólos positivos e negativos existentes na mistura de solventes etanol-água. 
No caso do azul de metileno, a eluição não se deu tão rapidamente, já que ele apresenta uma interação maior pela fase estacionária. Desse modo, fez-se necessário a utilização de outra fase móvel, e esta foi uma mistura de ácido acético-água, a proporção 1:1. A mudança de um dos componentes da fase móvel ocorreu pelo fato de, em solução aquosa, o ácido acético formar íons positivos e negativos, e seu ânion interage com o cátion presente no azul de metileno.
Além da interação da fase móvel com a amostra, o ácido acético também interage com a sílica gel, e, desse modo, acontece uma espécie de “competição” entre o ácido acético, o azul de metileno e a fase estacionária. 
Por haver uma predominância de carga negativa nos sítios polares da sílica, o alaranjado de metila acaba interagindo muito pouco com os sítios polares, e, assim, ocorre uma repulsão entre as cargas iguais, viabilizando a eluição do mesmo pelo etanol.
Como a interação entre o alaranjado de metila e a fase estacionária não é tão intensa, torna-se evidente que o deslocamento do composto se deu devido a formação de ligação de hidrogênio entre as moléculas do composto e a mistura água-etanol.
Contudo, a fase etanol-água não foi suficiente para causar a eluição do azul de metileno pois há uma interação intensa do composto com a fase estacionária. Este fato se dá porque a parte da molécula que possui carga positiva interage com os sítios polares da sílica.
Ao diluir o ácido acético em água, ocorre a ionização do ácido. Sendo assim, os prótons H+ decorrente da ionização também estabelece uma interação com os sítios polares da sílica. 
Ao comparar com a carga positiva do azul de metileno, observa-se que o próton H+ 
tem uma maior afinidade pelos sítios polares da sílica e o azul de metileno fica menos adsorvido na mesma, possibilitando a eluição o azul de metileno por meio da fase móvel (ácido acético e água).
A diferença de velocidades de eluição em cada mistura de solventes se deu porque o azul de metileno interage melhor com a fase estacionária, diferente do alaranjado de metila, e por isso fica mais retido na mesma, resultando na dificuldade do eluente “arrastar” a amostra.

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