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Bioquímica clínica Função cardíaca: marcadores bioquímicos no infarto agudo do miocárdio PROFº MS. ANA LÚCIA HANEMANN Bioquímica clínica - Consiste em necrose irreversível do miocárdio que resulta em trombose numa lesão pré-existente da parede vascular ou rotura da placa aterosclerótica em uma artéria coronariana importantes; INFARTO AGUDO DO MIOCÁDIO: Processo de necrose do miocárdio causado pelo bloqueio de sangue nas artérias coronárias devido à uma trombose (coágulo) Infarto do miocardio Fatores de Risco Processo Patogenético Primário Não Modificáveis Idade, Raça, Gênero Masculino, Genética Modificáveis pelo Estilo de Vida Dieta rica em gordura saturada e colesterol; pobre em frutas, vegetais e grãos Colesterol sangüíneo alto e estresse oxidativo Obesidade, tabagismo, sedentarismo Resistência à insulina, estresse oxidativo Sedentarismo Perfusão pobre, perfil lipídico adverso Modificáveis por Drogas Dislipidemia Estresse oxidativo Hipertensão Estresse oxidativo, vasoconstrição Não Tradicional Lipoproteína (a) Trombogênese Homocisteína, infeção Estresse oxidativo, inflamção - Diagnostico: Infarto agudo do miocardio; - Determinam a extensão do infarto; - Detectam reinfarto; - Monitoram a reperfusão após o uso de trombolíticos - Marcadores cardíacos * Transaminase Oxalacética (TGO ou AST) * Lactato Desidrogenase (LDH) * Creatina Quinase (CK ou CPK) * Creatina Quinase fração MB (CK-MB): Enzimático e massa * Mioglobina: * Troponinas: cTnI e cTnT Aspartato aminotransferase (AST) Aumenta 6 a 8 horas Pico 18 a 24 horas Níveis normais 4 a 5 dias É uma enzima citoplasmática mitocondrial, liberada normalmente após lesão ou morte celular; Enzima catalisadora: Síntese e Degradação de aminoácidos; > Atividade:Miocárdio, Fígado e músculo esquelético ASPARTATO AMINOTRANSFERASE (AST) Valores excedem em 5 a 10 vezes o normal Inespecífica 87-97% dos pacientes com IAM: TGO pode estar elevada após o início da dor Valor de referência: até 40U/ml Creatina Quinase - Está associada com a geração de ATP nos sistemas contráteis ou de transporte - A enzima creatina quinase (CK) catalisa a fosforilação reversível da creatina pela adenosina trifosfato (ATP) com a formação de creatina fosfato. - A creatina quinase está amplamente distribuída nos tecidos, com atividades mais elevadas no músculo esquelético, cérebro e tecido cardíaco. A creatina quinase consiste de um dímero composto de duas subunidades (B ou cérebro e M ou muscular) que são separadas em três formas moleculares distintas: CK-MM (CK-3) CK-MB (CK-2) CK-BB (CK-1) CREATINO FOSFOQUINASE (CPK ou CK) no tecido cerebral (raramente presente no sangue) forma híbrida, predominante no miocárdio músculo esquelético Estas três isoenzimas são encontradas no citosol ou associadas à estruturas miofibrilares Precoce na indicação de lesões dos músculos esquelético e cardíaco Representa a atividade de suas isoenzimas na totalidade Concentração plasmática Picos 12 a 24 horas Eleva-se 4 a 8 horas Normal em 48 a 72 dias CREATINO FOSFOQUINASE (CPK ou CK) Pode ser indicativo também: distrofia muscular progressiva, miopatia alcoólica, infarto pulmonar e reações psicóticas agudas Valores de referência: Mulheres: até 170-175 ng/ml Homens: até 180 ng/ml Doenças Coronarianas CK-MB : 20% da CK total no tecido cardíaco CK-MB Especificidade para doenças do miocárdio Especificidade quando há lesões no miocárdio E no m. esquelético Verificação da extensão do IAM e avaliação do prognóstico CREATINO FOSFOQUINASE FRAÇÃO MB - CK-MB Dosagem CK TOTAL (CKP) - A CK catalisa a desfosforilação da creatina fosfato para produzir adenosina trifosfato (ATP) que reage com a glicose na presença da hexoquinase (HK) formando glicose-6-fosfato. - A glicose-6-fosfato na presença da glicose-6-fosfato desidrogenase (G-6-PDH) é oxidada a 6-fosfogluconato (6-PG) e reduz o NADP a NADPH. - A velocidade de incremento na absorbância em 340 nm é proporcional à atividade da CK-B na amostra. Usar soro ou plasma (Heparina, EDTA) Dosagem CKM TOTAL (CK-NAC) - Dosagem CKMB (CKMB massa) - A amostra é incubada com o reagente que contém umanticorpo específico capaz de inibir completamente a atividade enzimática do monômero CK-M; - A atividade do monômero CK-B, que não é inibida pelo anticorpo. Usar soro ou plasma (Heparina, EDTA) MACRO-CK São duas enzimas macromoleculares MACRO-CK1 complexo de CK-BB ou CK-MM ligado A IgA ou IgG complexo de origem mitocondrial- associado à neoplasias Arquivos Brasileiros de Cardiologia 66(3), 143,1996 MACRO-CK2 M M Anti-M Anti-M M B Anti-M Macro CK B B Anti-M Anti-M Anti-M Resultado 37ºC CK-MB = 70 UI Resultado final CK-MB real 70-40 = 30UI CK CK Anti-IgG M B + Macro BB Macro-BB =40 UI MB + Macro-BB Macro-BB 45ºc 20mint ÍNDICE RELATIVO (CK-MB INDEX) = X 100 CK-MB CK Total < 4% Músculo esquelético >4% < 25% Músculo cardíaco > 25% Macro-CK CREATINO FOSFOQUINASE (CPK ou CK) EX: CK-MB: 5 CK total: 140 4/100 x100 Indice relativo: 3,5% Análise CK-MB sérico CK Enzimático (método colorimétrico): CK-MB Massa (método imunomérico): resultados mais confiáveis Enzima Substrato Complexo Enzima- Substrato Ac anti CKM CK- MB Complexo “antígeno- anticorpo” melhor sensibilidade analítica Detecta enzimas ativas e inativas CK-MB Vantagem CK-MB Massa X CK-MB Enzimático: Teste de Massa detecta lesões no miocárdio 1 a 2 horas antes que a CK- MB Enzimático Desvantagem CK-MB Massa: Ocorre aumento após danos em outros tecidos não cardíacos (músculo liso e músculo esquelético) Falso positivo Valor de Referência: CK-MB Enzimático: até 25 UI à 37°C CK-MB Massa: até 5,1 ng/ml CREATINO FOSFOQUINASE FRAÇÃO MB (CK-MB) LACTATO DESIDROGENASE (LDH) - É uma enzima da classe das oxidorredutases que catalisa a oxidação reversível do lactato a piruvato, em presença da coenzima NAD + que atua como doador ou aceptor de hidrogênio. - Está presente no citoplasma de todas as células do organismo; - Sendo rica no miocárdio, fígado, músculo esquelético, rim e eritrócitos. Lactato + NAD + Piruvato + NADH + H+ LACTATO DESIDROGENASE (LDH) Lactato + NAD + D Piruvato + NADH + H+ São classificadas em 5 tipos: LD1, LD2, LD3, LD4 e LD5 Elas possuem o mesmo peso molecular porém com cargas elétricas diferentes Infarto agudo do miocárdio: 24 horas após início Persiste por 10 a 14 dias LD1 e LD2: ricas no miocárdio IAM LD1 > LD2 Relação LD1 LD2 > 0,7 Sensibilidade Diagnóstica de 99%dos casos de IAM Valores elevados em outras condições além do IAM: * Anemia Megaloblástica * Choque * Neoplasias * Hipóxia LACTATO DESIDROGENASE (LDH) Valores de referência: até 40UI/ml Mioglobina - É uma heme -proteína de ligação do oxigênio presente no músculo esquelético e Cardíaco; - Constitui cerca de 2% da proteína total do músculo e está localizada no citoplasma; - Lesões celulares durante o infarto agudo do miocárdio liberam mioglobina na circulação sanguínea; - Retornando ao normal em 24-36 h após o infarto. Peso Molecular : 17,7 KDa Rápida cinética Um dos primeiros marcadores séricos de IAM Elevação 2 horas Pico 5 a 12 horas Normal 24a 36 horas MioglobinaMioglobina Detectar reinfarto Valores de referência: até 70 ng/ml Os rins a eliminam rapidamente Bioquímica clínica Tromponina - São proteínas contidas nas células musculares do aparelho miofibrilar das células que constituem o sarcômero, que é o núcleo básico do aparato contrátil da fibra muscular esquelética e cardíaca; - Três tipos: Tromponina I Tromponia c Tromponina T Subunidade inibidora de Actina Subunidade ligada ao Ca2+ e reguladora da contração Subunidade ligada à miosina Tromponina - A subunidade troponina I existe em três isoformas: duas no músculo esquelético e uma no músculocardíaco. -As isoformas mais promissoras para o diagnóstico do IAM são: Troponina T - cTnT Troponina I - cTnI Marcadores precoces do IAM São liberadas praticamente ao mesmo tempo que a CK-MB Duração - 10 a 12 dias 4 a 7 horas Picos 12 a 18 horas Tromponina Vantagens em relação a CKMB: - Maior especificidade para o miocárdio (CKMB pode ser encontrada em outros tecidos) - Permitem detectar pequenas lesões no miocárdio CtnT: Não possui especificidade total para o miocárdio CtnI: confirmada no miocárdio e não se eleva em pacientes com insuficiência renal Valores de referência: até 10 ng/ml Bioquímica clínica Bioquímica clínica
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