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enzimas - inibidores enzimáticos

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Inibidores enzimáticos 
 
• Velocidade catalítica máxima: maior eficiência 
da enzima, sendo que a cinética enzimática é 
o estudo da afinidade de ligação dos 
substratos e a velocidade catalítica máxima. 
• Velocidade: conversão 
• KM: afinidade de ligação entre substrato e 
enzima 
 
• São substâncias que inibem enzimas, 
impedindo o reconhecimento do substrato 
através da alteração da conformação da 
enzima. Desse modo, não forma produto. 
• Inibidor alostérico: presente nas reações 
químicas celulares, em que o próprio produto 
da reação é um inibidor da enzima “marca-
passo” da via metabólica. Isso ocorre quando 
acaba o substrato. 
 Enzima marca-passo: marca as etapas de 
conversões mais importantes 
 A inibição por metabólitos (alostéricos) ocorre por 
redução gradual da atividade enzimática, em que 
o produto inibe a enzima principal, que é a primeira 
da reação (marca-passo) 
 Produto se liga em outro lugar que não é o sítio 
catalítico para inibir a enzima 
 Ocorre quando todo substrato é convertido em 
produto, ou seja, na velocidade máxima 
 Regulação enzimática → metabolismo 
 
 
• Degradação da proteína depois de 
desempenhar papel biológico é chamado de 
proteólise, em que é quebrada em 
aminoácidos. 
• A inibição pode ser reversível ou irreversível 
de acordo com a ação de um agente não 
fisiológico como fármaco e toxinas, ocorrendo 
através de completa inativação da enzima. 
Reversível: 
 
• Competitivos: substância se combina no sítio 
de ligação, competindo com o substrato pelo 
sítio. Ocorre quando o inibidor se liga ao sítio 
catalítico, formando um complexo inibidor-
enzima, assim a enzima não pode reagir até 
que o inibidor se dissocie. É reversível, pois 
pode se dissociar e não desestrutura 
completamente a enzima. 
 Propranolol é utilizado no tratamento de 
hipertensão, bloqueando a ligação da epinefrina 
(adrenalina) nos receptores das células 
 Antineoplásico Metotrexano inibe a enzima que 
promove a síntese do DNA (DNA polimerase) e 
bloqueia divisão celular nas células cancerígenas 
que se dividem rapidamente. 
CINÉTICA ENZIMÁTICA 
INIBIDORES ENZIMÁTICOS 
 Ritonavir, Saquinavir e Indinavir são inibidores da 
transcriptase reversa, produzida por vírus. Então, 
inibe replicação viral do HIV. 
 Há também inibidores que impedem que a célula 
linfócito T invadida pelo HIV, produza novas 
cópias do vírus, sendo inibidores de protease viral 
(ajuda na produção de proteínas do vírus). 
 Ibuprofeno: inibidores da enzima que participa da 
síntese das prostaglandinas, que são agentes 
potentes inflamatórios que causam dor 
• Não competitivos: se liga em outro local sem 
ser no sítio catalítico. Assim, permite que o 
substrato se ligue à enzima, mas não permite 
que a reação ocorra, pois a enzima é inativada, 
impedindo que o substrato seja convertido em 
produto. Desse modo, não há competição pelo 
sítio catalítico. 
Irreversíveis: inibidores ligam-se às enzimas 
por ligações covalentes, alterando a estrutura da 
enzima. Esses inibidores possuem afinidade pelas 
enzimas, ligando pelos aminoácidos terminais na 
enzima. 
• Zalcitabina: inibidor da replicação viral 
• Inibidores da enzima monoaminaoxidase 
(MAO), presente em vários sistemas do corpo, 
como na transmissão sináptica. 
 Degrada neurotransmissores como dopamina, 
norepinefrina e serotonina. 
 Não tem passagem do impulso nervoso, pois 
degrada receptores, não sendo liberado 
serotonina (prazer) 
 Antidepressivos: inibidor que destrói enzima MAO 
• Antibiótico (penicilina, cefalosporina e 
tetraciclina) faz inibição da enzima 
transpeptidase, que é responsável pela 
formação da parece celular bacteriana 
(formada por peptídeoglicano => proteína e 
glicose). Desse modo, impedindo a 
reprodução da bactéria. => bactericida 
também 
• Aspirina: inibidores da enzima que participa da 
síntese das prostaglandinas, que são agentes 
potentes inflamatórios que causam dor 
• Proteína alfa 1-antitripsina inibe a elastase, 
que causa danos aos alvéolos, causando 
enfisema pulmonar. 
 Deficiência desse inibidor causa enfisema 
pulmonar, uma doença congênita 
• Xenical (Orlistat) é um derivado semissintético 
(lipstatina), inibidor da lipase pancreática 
 Orlistat (tetrahidrolipstatina) age no tubo 
digestório, reduzindo em 30% a absorção 
intestinal de lipídeos, inibindo a hidrólise dos 
lipídeos (TG) 
 Lipase quebra TG. Orlistat inibe lipase, assim TG 
ficam intactos. 
 Usado para colesterol 
 
• Venenos, inseticidas, DDT, mercúrio, cianetos: 
se combinam com enzimas da cadeia 
respiratória como hemácia 
 
 
Caso clínico 1 
Um operário de 29 anos sentiu uma dor torácica 
ao manejar uma ferramenta de trabalho. A 
intensidade da dor era moderada e ele achou que 
tinha condições de continuar a trabalhar. Ao longo 
do dia começou a sentir uma dor aguda ao respirar 
e uma sensação de aperto na parte anterior do 
peito. Como não melhorava, ao final do segundo 
dia o operário foi levado à emergência de um 
hospital próximo e internado após um breve 
exame. Os resultados do eletrocardiograma e do 
raio-X de tórax foram normais. No entanto, o 
exame de sangue mostrou um nível elevado da 
enzima lactato desidrogenase (LDH) no plasma 
400UI/L (normalidade 100-200 UI/L). O nível de 
LDH plasmático permaneceu acima da 
normalidade nos quatro dias subsequentes. Não 
ocorreu nenhum outro problema físico ou 
laboratorial e a dor torácica regrediu aos poucos, 
mediante repouso. Para que não restassem 
dúvidas sobre a origem da lesão analisou-se a 
presença no sangue de uma outra enzima, a 
creatina quinase (CK); concentração de CK total 
circulante, em circunstâncias normais, é de 40-200 
UI/L. Os resultados do paciente mostraram um 
aumento da CK total no plasma, em função da 
elevação da isoenzima MM. 
1. Explique a função das enzimas LDH e CK. 
R.: quando molécula de glicose é degradada em 
condições aeróbicas, produz ácido pirúvico 
(piruvato), que vai para o Ciclo de Krebs como 
acetil-CoA, gerando cadeia respiratória e ATP. 
Quando é degradado em condições anaeróbicas, 
o piruvato é transformado em lactato através de 
fermentação láctica. Então, quando maior LDH, 
maior a fermentação. => ocorre, geralmente, em 
atletas, sendo importante para capacidade 
cardiorrespiratória. 
 LDH: enzima que participa de um processo 
anaeróbico, que converte piruvato em lactato 
no metabolismo da glicose. 
 Creatina quinase: é marcador de lesão do 
tecido muscular, que no caso foi no tecido 
muscular cardíaco. 
2. Estabelecer a relação existente entre as 
isoenzimas da LDH com os seus tecidos de 
origem. 
R.: LDH estão presentes, pois evidencia lesão do 
tecido muscular cardíaco 
3. Estabelecer a relação existente entre as 
isoenzimas da CK com seus tecidos de origem. 
R.: CK está presente, pois evidencia do músculo 
tecido muscular cardíaco 
4. Com base nos sintomas e nas dosagens 
enzimáticas faça o diagnóstico do que ocorreu 
no paciente. 
R.: Infarto agudo do miocárdio, pois ocorreu 
formação de lactato e lesão do músculo cardíaco. 
Caso clínico 2 
Um homem de meia-idade, obeso, foi levado a 
sala de emergência após um acidente 
automobilístico. O paciente afirmou que estivera 
com falta de ar e um pouco tonto, logo antes da 
batida. O exame físico sugeria ou um acidente 
vascular cerebral (ACV) ou um infarto do 
miocárdio. O paciente foi internado para 
CASOS CLÍNICOS 
observação e amostras de sangue para a 
dosagem da creatina quinase e outras enzimas 
foram colhidas periodicamente 
1. Qual seria o propósito de dosar a creatina 
quinase várias vezes durante a internação? 
R.: A elevação da creatina quinase pode indicar 
lesão do m´suculo cardíaco. O propósito de dosar 
várias vezes é a observar se está ocorrendo a 
recuperação da lesão muscular. Se estiver 
aumentando, a lesão está piorando. 
2. Qual é a relação daconcentração da creatina 
quinase no sangue e a extensão da lesão 
tecidual? 
R.: A enzima se localiza nas células musculares, 
portanto, se há maior concentração de CK no 
sangue, as células foram rompidas. Portanto, 
quanto maior a concentração da creatina quinase, 
maior a lesão tecidual. 
Caso clínico 3 
Um homem de 36 anos de idade apresentou 
hipercolesterolemia e proteinúria. Uma avaliação 
da dieta indicou que ele estava consumindo cerca 
de 600mg de colesterol/dia e que sua 
concentração plasmática de colesterol era 
aproximadamente 330mg/dl. Análises de 
ultracentrifugação revelaram que o colesterol 
elevado estava contido na LDL do plasma. Além 
disso, o paciente apresentava grande quantidade 
de gordura abdominal, pressão arterial elevada, 
sopros nas artérias carótidas e opacidade cinzenta 
e difusa de córnea. A análise dos lipídeos 
plasmáticos demonstrou uma quantidade elevada 
de colesterol. Ele foi tratado com uma fórmula 
dietética sintética, sem colesterol, por 3 meses, 
mas o nível de colesterol plasmático no jejum 
abaixou apenas para 300mg/dl. Foi medicado com 
mevinolina, uma droga que inibe a HMGCoA 
redutase. O tratamento com a droga teve sucesso, 
abaixando a concentração de colesterol após o 
jejum à faixa de 220 a 250mg/dl, um valor aceitável 
para este paciente. 
1. Podemos dizer que esse paciente tem 
síndrome metabólica? Justifique. 
R.: Não necessariamente possui uma síndrome 
metabólica, pois precisa de outros exames para 
constatar outro sintomas como o de avaliação da 
glicose para constatar diabete, por exemplo, ou 
hipertensão etc. 
2. O organismo pode usar colesterol da dieta? 
Justifique sua resposta. 
R.: Sim, pois 30% do colesterol é da dieta. 
3. Como é possível que um paciente continue 
a ter uma concentração elevada de colesterol 
após ter sido mantido em dieta livre de 
colesterol por 3 meses? 
R.: A hipercolesterolemia, nesse paciente, está 
associada à genética. Portanto, o problema está 
na alta produção da enzima que faz a síntese do 
colesterol no fígado. 
4. Que papel a HMGCoA redutase desempenha 
na biossíntese do colesterol? 
R.: HMGCoA redutase é a enzima marca-passo da 
via de síntese do colesterol. Os inibidores 
enzimáticos inibem a ação dessa enzima em caso 
de alta produção. (estatinas e sinvastatinas são 
inibidores da enzima que faz a síntese do 
colesterol)

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