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(20171004022329)AULA 6 CRIMES HEDIONDOS (1)

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
1: Associação para o tráfico não é considerado hediondo; 
2: O tráfico privilegiado não afasta a hediondez do crime; 
3: O delito do art. 243 do ECA não é considerado hediondo, pelo fato de a substância ter 
natureza diferente de droga ou entorpecente; 
4: Inserem-se também no conceito de “tráfico de drogas” os delitos de financiamento ao tráfico, 
previsto no Art. 36 da Lei n° 11.343/06, como também o crime do Art. 37 (“Colaborar, como 
informante, com grupo, organização, ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes 
previstos nos arts. 33, caput, e § 1 °, e 34 desta Lei”), portanto, são considerados hediondos. 
5: A lei não faz menção aos crimes militares. Portanto, não podem ser equiparados a hediondos. 
(Reserva legal) Por exemplo: um militar que não está em serviço constrange alguém, mediante 
violência ou grave ameaça, à prática de ato libidinoso, incorre em crime comum de estupro 
portanto, será hediondo pela previsão legal. Porém, se o policial estivesse em serviço, estaria 
incurso no crime de estupro descrito no Art. 232 do Código Penal Militar (lei específica), que, 
por não constar do rol da Lei n. 8.072/90, não é considerado hediondo. 
 
VEDAÇÃO DE FIANÇA, ANISTIA, GRAÇA E INDULTO 
Art. 2º da Lei. 
 
REGIME INICIALMENTE FECHADO 
Art. 2º, § 1º da Lei. 
Foi declarado inconstitucional pelo plenário do STF por ferir o princípio da individualização da 
pena (HC 111.840/ES). Dessa forma, o regime inicial do cumprimento da pena, segue os 
ditames da legislação penal comum. Contudo, nos casos de a pena ser menor de 8 anos, se o 
acusado for reincidente ou se as circunstâncias do caso concreto indicarem uma gravidade 
diferenciada daquele crime específico, poderá o Magistrado, mediante fundamentação 
expressa na sentença, atribuir regime inicialmente fechado. 
 
PROGRESSÃO DE REGIME 
Art. 2°, § 2° da Lei. 
2/5 – réu primário; 
3/5 – reincidente. (O texto não faz ressalva, portanto, qualquer espécie de reincidência). 
OBS: apesar de a lei não fazer menção aos requisitos subjetivos da progressão de regime, deve 
ser respeitados os ditames da LEP, sendo assim, o bom comportamento carcerário deve ser 
avaliado. 
 
DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE 
Art. 2º, § 3° da Lei. 
O magistrado tem o livre arbítrio, desde que fundamente, de decidir se o condenado que está 
solto pode ou não apelar em liberdade. 
OBS: se o réu esteve preso durante a instrução, por estarem presentes os requisitos da prisão 
preventiva, o juiz, ao condená-lo, deverá verificar se continuam ou não presentes tais requisitos. 
Caso positivo, deverá manter o condenado no cárcere. 
 
PRISÃO TEMPORÁRIA 
Art. 2º, § 4º da Lei. 
30 dias + 30. 
 
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
A legislação penal estabelece que para os condenados em crime comum, a concessão de 
livramento condicional esteja condicionado ao cumprimento de 1/3 da pena para réus primários 
e 1/2 para reincidentes, além de outras exigências legais. 
A Lei dos crimes hediondos, porém, acresceu o inciso V ao Art. 83 do Código Penal, 
estabelecendo que para os condenados em crimes hediondos ou equiparados, a concessão de 
livramento condicional se dê após cumprimento de 2/3 da pena, desde que não seja 
reincidente específico, além dos demais requisitos. 
OBS: presos em flagrante pela prática de crime hediondo podem, obter a liberdade provisória, 
bem como ter o flagrante relaxado por excesso de prazo ou por outras causas.

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