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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1: Associação para o tráfico não é considerado hediondo; 2: O tráfico privilegiado não afasta a hediondez do crime; 3: O delito do art. 243 do ECA não é considerado hediondo, pelo fato de a substância ter natureza diferente de droga ou entorpecente; 4: Inserem-se também no conceito de “tráfico de drogas” os delitos de financiamento ao tráfico, previsto no Art. 36 da Lei n° 11.343/06, como também o crime do Art. 37 (“Colaborar, como informante, com grupo, organização, ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput, e § 1 °, e 34 desta Lei”), portanto, são considerados hediondos. 5: A lei não faz menção aos crimes militares. Portanto, não podem ser equiparados a hediondos. (Reserva legal) Por exemplo: um militar que não está em serviço constrange alguém, mediante violência ou grave ameaça, à prática de ato libidinoso, incorre em crime comum de estupro portanto, será hediondo pela previsão legal. Porém, se o policial estivesse em serviço, estaria incurso no crime de estupro descrito no Art. 232 do Código Penal Militar (lei específica), que, por não constar do rol da Lei n. 8.072/90, não é considerado hediondo. VEDAÇÃO DE FIANÇA, ANISTIA, GRAÇA E INDULTO Art. 2º da Lei. REGIME INICIALMENTE FECHADO Art. 2º, § 1º da Lei. Foi declarado inconstitucional pelo plenário do STF por ferir o princípio da individualização da pena (HC 111.840/ES). Dessa forma, o regime inicial do cumprimento da pena, segue os ditames da legislação penal comum. Contudo, nos casos de a pena ser menor de 8 anos, se o acusado for reincidente ou se as circunstâncias do caso concreto indicarem uma gravidade diferenciada daquele crime específico, poderá o Magistrado, mediante fundamentação expressa na sentença, atribuir regime inicialmente fechado. PROGRESSÃO DE REGIME Art. 2°, § 2° da Lei. 2/5 – réu primário; 3/5 – reincidente. (O texto não faz ressalva, portanto, qualquer espécie de reincidência). OBS: apesar de a lei não fazer menção aos requisitos subjetivos da progressão de regime, deve ser respeitados os ditames da LEP, sendo assim, o bom comportamento carcerário deve ser avaliado. DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE Art. 2º, § 3° da Lei. O magistrado tem o livre arbítrio, desde que fundamente, de decidir se o condenado que está solto pode ou não apelar em liberdade. OBS: se o réu esteve preso durante a instrução, por estarem presentes os requisitos da prisão preventiva, o juiz, ao condená-lo, deverá verificar se continuam ou não presentes tais requisitos. Caso positivo, deverá manter o condenado no cárcere. PRISÃO TEMPORÁRIA Art. 2º, § 4º da Lei. 30 dias + 30. LIVRAMENTO CONDICIONAL A legislação penal estabelece que para os condenados em crime comum, a concessão de livramento condicional esteja condicionado ao cumprimento de 1/3 da pena para réus primários e 1/2 para reincidentes, além de outras exigências legais. A Lei dos crimes hediondos, porém, acresceu o inciso V ao Art. 83 do Código Penal, estabelecendo que para os condenados em crimes hediondos ou equiparados, a concessão de livramento condicional se dê após cumprimento de 2/3 da pena, desde que não seja reincidente específico, além dos demais requisitos. OBS: presos em flagrante pela prática de crime hediondo podem, obter a liberdade provisória, bem como ter o flagrante relaxado por excesso de prazo ou por outras causas.
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