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Fato Tipico,Ilicitude e Culpabilidade Resumo Prof:Gisele

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FATO TÍPICO: CONDUTA-> RESULTADO-> PREVISTO NA LEI COMO CRIME
TIPICIDADE FORMAL- correspondência/ subsunção entre o ato praticado e a conduta prevista na norma incriminadora.
TIPICIDADE MATERIAL- além de adequação legal, deve verificar efetiva lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. (princípio da insignificância ou bagatela própria: causa supralegal que exclui a tipicidade material).
ILICITUDE
Contrariedade do fato típico ao que determina o ordenamento jurídico. Conduta praticada não amparada pelo ordenamento jurídico.
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE:
É excluída a ilicitude quando o fato típico é amparado pelo ordenamento jurídico, ou seja, há dispositivos na lei que resguardam a conduta praticada. O agente responderá caso seja verificado excesso ou dolo em qualquer uma das causas excludentes dispostas no ordenamento jurídico.
Excludentes:
Estado de necessidade- Art. 24 CP: situação de perigo atual, causada de forma não voluntária ou dolosa que põe em conflito dois bens jurídicos ocorrendo o sacrifício de um em detrimento de outro, a fim de salvaguardar direito próprio ou de outrem, sem necessidade de seu consentimento, direito este com valor igual ou superior ao bem sacrificado. 
Leva-se em consideração a inevitabilidade do comportamento lesivo, ou seja, só se pode alegar estado de necessidade quando não há outra opção se não sacrificar o direito legítimo de outrem.
Legítima defesa- Art. 25-CP: uso moderado de meios para proteger direito próprio ou de outrem de perigo atual ou iminente. É uma repulsa legítima de uma agressão injusta, que deve ser proporcional à ofensa causada ao bem jurídico tutelado.
Agressão: conduta humana que ataca ou coloca em risco direito alheio. A agressão é considerada injusta quando não resguardada pelo direito.
Erro: a legítima defesa estende-se quando por acidente ou erro no uso dos meios moderados de execução o agente atinge pessoa diversa da que queria.
Legítima defesa sucessiva: quando o agressor se protege dos excessos da repulsa daquele que foi agredido primeiramente.
Legítima defesa recíproca: não amparada legalmente, pois não é possível repelir a reação legítima.
Legítima defesa putativa: agente supõe haver situação de perigo que o colocaria em legítima defesa, no entanto a situação do perigo não existiu de fato.
Estrito cumprimento do dever legal- Art. 
Violação ao bem jurídico de outrem em decorrência do desempenho da função do agente de forma moderada e razoável, nos termos da lei.
Exercício regular de um direito- condutas do cidadão comum autorizadas pela existência de direito pré-definido em lei. 
Proporcionalidade, indispensabilidade.
Violência desportiva:
Agressão dentro dos limites do esporte, com consentimento do ofendido.
Esporte que disponha de regulamento específico de acordo com a lei e que não seja contrário aos bons costumes sociais.
Consentimento do ofendido: causa supralegal de exclusão da ilicitude.
Capacidade do agente para consentir.
Consentimento prévio, válido, expresso e claro.
Consentimento deve recair sobre bem próprio e disponível.
O agente deve ter ciência do consentimento do ofendido.
Ofendículos: dispositivos usados para resguardar o patrimônio ex.: cerca elétrica. Quando não acionados: exercício regular de um direito, quando acionados legítima defesa preordenada.
CULPABILIDADE
Juízo de reprovação que recai sobre o fato típico e ilícito, ou seja, o indivíduo podendo agir em conformidade com a lei optou pela prática de uma infração penal.
Elementos da culpabilidade:
Imputabilidade: capacidade do agente de ser responsabilizado pela prática de uma infração penal.
Imputáveis- maiores de idade (18 anos completos) com plena capacidade e consciência da ilicitude da conduta.
Inimputáveis - São inimputáveis: 
Em razão de debilidade mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado: indivíduos inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito da conduta praticada. (critério bio-psicológico). 
Em razão da menoridade (menores de 18 anos): sujeito a medidas protetivas ou socioeducativas determinadas pelo ECA. O menor não comete crime, pratica ato infracional. (critério biológico).
Em razão da embriaguez: O agente não será responsabilizado por crime cometido quando decorrente da embriaguez involuntária e completa causada por substância de efeito inebriante (oriunda de caso fortuito, quando o indivíduo não sabe dos efeitos, ou por motivo de força maior, quando o indivíduo é forçado a ingerir a substância).
Embriaguez incompleta involuntária: a pena é reduzida.
Embriaguez patológica: equipara o agente à inimputabilidade por doença mental, a depender da análise do caso concreto. 
Embriaguez preordenada: Embriaguez voluntária e premeditada e voluntária com a finalidade de cometer o crime. Pena agravada.
Potencial consciência da ilicitude 
Capacidade do agente imputável de compreender o caráter ilícito da conduta, ou seja, o agente deve ter condições de perceber que seu comportamento é vedado pelo ordenamento jurídico. 
Exigibilidade de conduta.
Analise da liberdade do agente na prática da conduta. Na circunstância, deve-se atestar se o agente teria o arbítrio de não praticar o delito e mesmo assim optou por agir de modo contrário ao ordenamento jurídico.
Coação moral irresistível: ocorre quando houver o emprego de grave ameaça no intuito de forçar o indivíduo a fazer ou deixar de fazer algo, ou seja, retirar a possibilidade de escolha do agente de modo que este não tenha a possibilidade de resistência. Em decorrência disso a culpa recai sobre o coator por autoria mediata.
Coação moral resistível: o agente responde pelo delito, no entanto a pena é atenuada.
Obediência hierárquica: há exclusão da culpabilidade quando:
A ordem vier de superior hierárquico em razão de função pública; 
Não for claramente ilegal, ou seja, tem aparência de legalidade;
estrita observância a ordem.

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