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DISPLASIA COXOFEMORAL

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A displasia em Pastor Alemão é a má formação da articulação coxofemoral (articulação entre o osso pélvico e o fêmur), sendo transmitida de forma hereditária e controlada por mais de um gene recessivo. Também pode ser bastante influenciada pelo ambiente onde o animal vive e o tipo de manejo que recebe. 
 Trata-se de uma doença hereditária e recessiva (tanto o pai como a mãe tenham genes relacionados ao transtorno, para que os filhotes, ao atingir a maturidade (principalmente a senilidade) desenvolvam displasia coxofemoral; por isto, cães portadores, machos e fêmeas, não devem ser candidatos à reprodução. Em alguns raros casos, alguns cães podem sofrer com este mal a partir de traumas, como atropelamentos.
 Essa doença pode ser bastante dolorosa e incapacitante, afeta cães de qualquer porte (e também gatos), mas é mais comum nas raças grandes e gigantes, tais como o  retriever do labrador, dinamarquês pastor alemão, rottweiler, bloodhound, dogue alemão, husky siberiano, etc.
DIAGNÓSTICO: é feito através de avaliações clínicas, com os animais em pé, andando e correndo e a palpação da área do quadril e das coxas, para verificar uma possível dilatação na coxa e no encaixe do fêmur e presença de crepitação (estalos causados pela má articulação).
 Exames por imagens (radiografias, tomografias) são indicados para confirmar o grave diagnóstico de displasia coxofemoral, que só pode ser definitivo a partir dos dois anos de idade do animal. A enfermidade é classificada em cinco graus pela medicina veterinária:
grau I: as cabeças do fêmur e os acetábulos se encaixam em um ângulo de até 105°; o transtorno é praticamente indolor e não prejudica a locomoção dos cães;
grau II: os encaixes são moderadamente incongruentes; os cães podem apresentar desconforto nas corridas e depois de um longo período de descanso;
grau III: é uma displasia coxofemoral considerada leve (com encaixe de 100°), mas pode prejudicar o trote e o sono dos cães;
grau IV: classificada como moderada (encaixe de 95°). Os cães começam a demandar cuidados especiais, como a cobertura de pisos frios e escorregadios, sempre prejudiciais em função dos riscos de lesões e traumas;
grau V: o encaixe é inferior a 90°. Cães nesta condição podem se recusar ao movimento e sofrer com luxações e fraturas.
Algumas raças de cães são menos suscetíveis à displasia coxofemoral, em função da boa relação entre massa muscular e gordura corporal. É o caso, do schnauzer (mesmo o gigante), afghan hound (galgo afegão), borzói, saluki, whippet e grey hound, cachorros naturalmente esgalgados (com o abdômen sensivelmente retraído).
SINTOMAS: os cães adultos e idosos demonstram condições crônicas, determinadas pelo tempo: dificuldade para correr e no andar, atrofia muscular (redução do volume dos músculos no quadril e baixo ventre determinada pela inatividade).
TRATAMENTO: são diversas as terapêuticas adotadas;
tratamento cirúrgico: de acordo com a gravidade do quadro e com a idade do cão adoentado, o médico veterinário pode optar, entre outros procedimentos, por ostectomia (remoção de parte da massa óssea), osteotomia (corte para correção de um ou mais ossos comprometidos), sinfiodese púbica (específico para cães jovens, é o fechamento precoce da linha de junção entre o acetábulo e o fêmur, para alterar o ritmo do crescimento da pélvis) e substituição total do quadril (com implantação de prótese).
tratamento clínico: realizado com a dilatação dos períodos de descanso (inclusive com o uso de tranquilizantes), a aplicação de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, a realização de uma sequência de exercícios moderados (a hidroterapia pode ser uma boa opção), mudanças na dieta, fisioterapia e até mesmo acupuntura;
PREVENÇÃO: Proprietários de animais com propensão para desenvolver a displasia coxofemoral podem tomar algumas providências para impedir (ou atenuar) o desenvolvimento da doença. 
adotar uma rotina de exercícios físicos leves, que estimulem o desenvolvimento muscular e ósseo dos filhotes. O limite é determinado pela visualização do cansaço excessivo dos cães e cada cão tem o seu próprio ritmo; hidroterapia, natação, caminhadas controladas na guia, entre outros, evitando outros que possam causar danos articulares como corridas e exercícios de impacto.
evitar a instalação de pisos derrapantes nos locais em que os cães ficam;
sempre que possível, adotar os exercícios aquáticos, de menor impacto e sem grande prejuízo às articulações (isto não é adequado para cães braquicefálicos)
estar atento à dieta alimentar dos pets, para evitar sobrepeso e obesidade, fatores que estimulam o desenvolvimento da displasia coxofemoral mesmo em cães não geneticamente predispostos a desenvolver a doença.
Para eliminar a displasia coxofemoral, o correto seria não disponibilizar animais portadores do problema (com histórico familiar da doença) para a reprodução. Além disto, proprietários responsáveis não devem expor os seus animais a um programa exagerado de exercícios físicos.
FISIOTERAPIA: Os objetivos do tratamento devem ser a redução da dor do paciente, diminuir da progressão da doença articular degenerativa e a tentativa de manter ou restaurar a função normal da articulação, sempre considerando a idade do animal, grau de desconforto e severidade dos sinais clínicos, achados radiográficos e até recursos financeiros do proprietário.
 Entre as opções conservativas devem-se utilizar a associação do controle da dor e da doença articular degenerativa, controle de peso e exercícios orientados. O uso de fármacos antiinflamatórios não esteroidais como carprofeno (2,2 mg por kg VO BID ou 4,4 mg por kg VO SID) e o firocoxib (1 a 2 mg por kg VO, SID.) auxiliam no tratamento porém não devem substituir o controle de peso e o programa de exercícios. Há ainda a opção da administração de  glicosaminoglicanos, glicosamina, sais de condroitina e hialuronato, porém há a necessidade de mais estudos para a comprovação de sua eficácia.
 O retorno da função articular está diretamente ligada à manutenção ou ganho de força muscular nos membros pélvicos. Isso deve ser feito através de exercícios controlados e com baixo impacto, ou seja, que não causem estresse articular. 
REFERÊNCIAS:
http://www.labsbr.com.br/diagnchd.htm,
http://arcadenoe.sapo.pt/article.php?id=330,
http://www.fasprotecaoanimal.org.br/displasia.asp,

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