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Criação de Coelhos: Produção e Técnicas

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RESUMO
Esse estudo visa indicar os melhores métodos para o êxito de uma criação de coelhos, através do conhecimento acerca do mercado, da produção e das melhores técnicas que devem ser aplicadas em todos os aspectos da cunicultura, de acordo com as condições da propriedade e produtor que futuramente irão implementar estes métodos. 
OBJETIVO
Temos como objetivo a elaboração e implementação de um projeto de cunicultura. E levar ao consumidor informações complacentes, sobre a produção desta carne, e criação da raça Nova Zelândia.  
Com o atual mercado consumidor, que busca manter uma alimentação saudável, a cunicultura se mostra uma escolha promissora, a carne do coelho tem alto índice de proteína e baixo de gordura e colesterol. E para iniciar sua criação não é necessário um alto investimento, pois pode-se começar com 10 matrizes e 2 reprodutores, cada gestação, pode gerar de 2 a 9 láparos e tem a duração em média de 30 dias, tornando a procriação extremamente rápida. 
MERCADO 
Pesquisas apontam que são consumidos apenas 8 gramas per capita de carne de coelho no Brasil. Sendo ainda um baixo consumo de carne, apesar das diferenças regionais. 
O baixo consumo no Brasil se dá pela falta de informação nutricional e principalmente por não fazer parte de sua cultura. Sem contar o elevado preço do kg, por possuir um pequeno número de criadores no país.
Já em outras regiões, como por exemplo a França, Espanha e Itália a realidade é outra, pois são eles grandes consumidores de carne de coelho, sendo encontrado por um preço muito mais acessível, mais caro que a carne de porco, porém mais barato que a carne bovina.
Contudo, a demanda ainda é muito maior do que a oferta no Brasil e no resto do mundo.
O investimento na criação de coelhos não é alto, tendo em mente que com 10 matrizes é possível iniciar um programa de criação. A medida que o programa for crescendo, pode ser feito melhorias e adição de mais matrizes.
Sendo assim, é um mercado que ainda tem muito a se expandir no Brasil.
COMERCIALIZAÇÃO
Raças e espécies do mesmo em todo mundo, tanto quando sua utilização como animal de estimação, como reprodutor ou matriz, para alimentação, lã ou couro para fazer produtos como sapatos, bolsas e roupas. Em alta no mercado dês de 2014 a carne é exótica e se tornou uma iguaria e muito elogiada por altas quantidades proteicas e baixo teor de gordura e ganha espaço no mercado cada dia mais e está sendo fortemente incentivada sua produção e elogiada por alguns pesquisadores por ser uma boa atividade para quem quer ter um retorno financeiro rápido. Pesquisa realizada com o consumidor pela Revista brasileira de cunicultura mostra os motivos pelo qual levou o consumidor a experimentar a carne, 31% foi por curiosidade 24% por ser uma alimentação saudável, 18% pelo sabor entre outros, esse mercado já teve muitos autos e baixos mais agora assumiu uma posição fortíssima e pode ser incorporada ao cardápio do consumidor.
 A Revista Exame fez um levantamento de mercado e através da reportagem “Brasil é um dos maiores mercados fitness do mundo”, aponta um nicho de mercado não explorado e excelente para fazer a venda em frigoríferos especializados com os benefícios da carne de coelho.
  
CICLO DE PRODUÇÃO 
Nosso objetivo será fazer todas as fases de produção: inicial, intermediaria e final.
A fase inicial começa (Chaiben; Gabrielle, 2011, p.30) pela escolha dos reprodutores e matrizes, além de pertencer a uma raça aperfeiçoada, serem sadios, pelos brilhosos e em bom estado de nutrição, musculatura, os órgãos reprodutores perfeitos em funcionamento normal e devem ter origem de ninhadas numerosas.  É necessário que os animais alcançarem maturidade sexual que ocorre quando o coelho tem 80% do peso adulto os que não alcançarem o peso de 3,0 a 3,5kg não devem ser colocados para reprodução no caso das fêmeas antes dos 150 dias  e os machos 180 dias de idade.
A relação macho/fêmea e de 1 macho para cada 7 fêmeas (Embrapa, 1980).
Cada cobrição deve ser anotada em fichas e devem ser feitas no momento mais fresco do dia, com supervisão. As fêmeas devem ser levadas até a gaiola dos machos pois quando os mesmos mudam de ambiente ficam assustados e não realiza a cobertura e também por causa da presença dos feromônios que facilita o acasalamento, após a copula elas devem ser imediatamente retiradas.  É aconselhável que o planejamento seja feito junto com o programa de abate e ciclo de astral e cio das fêmeas.
O diagnóstico por palpação de prenhes é feito de 10 a 12 dias depois da monta, e deve ser feito por quem tem o devido treinamento. Após ser confirmado a gestação que tem um período de 29 a 35 dias que pode ser afetado pela raça, tamanho da ninhada e idade dos reprodutores, de dois a três dias antes do parto a fêmea remove pelos na região da barriga para confeccionar um ninho preparando-se para a parição e amamentação, com a gestação ela mudam de comportamento procurando locais mais escuros e sossegados. O parto com frequência acontece de madrugada e as fêmeas devem ficar longe de outros animais e além do mais quando o parto acontece com barulho ou falta de água pode ocorrer canibalismo ou abandono da cria. No dia seguinte ao parto é necessária uma verificação, onde não se deve ter nem um cheiro nas mãos e as mesmas devem ser lavadas com agua corrente e sem sabão, na verificação é necessário fazer a contagem e tirar os láparos e mortos e aleijados. Os láparos mamam uma vez ao dia e até a terceira semana a produção de leite aumenta e a partir do 30º dia começa há decrescer, onde é ideal começar o processo de desmame. É indicado que ocorra o desmame normal   pois nessa fase os láparos estão desenvolvidos para serem alimentados como adultos já na fase precoce é necessária alimentação suplementar. A média de láparos ideal é de 8 a 10 nascidos onde 7 são desmamados, se esses índices não forem atendidos é preciso trocas as fêmeas.
A fase intermediaria é necessário voltar as atenções para os cuidados sanitários e alimentares, onde se recebe os animais vindos da cria, já fora dos riscos de mortalidade, esses animais passam por controle de desempenho onde serão preparados e ajustados para reprodução ou fase de terminação.
A fase de engorda é quando o animal ganha seus últimos quilos antes de ir para o abate com aproximadamente 70 dias, o controle sanitário e alimentar continuam sendo peça chave para avaliação de desempenho dos adultos e quando chega no peso ideal o animal é mandado para o abate conforme cartilha de segurança frigorifico.
SISTEMA DE PRODUÇÃO 
O sistema intensivo é o mais indicado quando se fala de carne de corte e lucratividade, tendo como objetivo, aumento na produção, reprodução, no peso e no acabamento final, por isso foi escolhido para ser usado nessa produção.
ESPÉCIE/RAÇA
Apesar do nome, a raça Nova Zelândia surgiu nos Estados Unidos. Com as variedades de cor em branco, vermelho e preto, sendo o coelho de pelagem branca e olhos vermelhos o mais comum. 
É a raça mais criada no mundo, fortemente presente também no mercado pet. No entanto se destaca no mercado por ser considerada a melhor das raças mistas. Isto é, boa para render tanto carne quanto pelagem, com um peso aproximado de 4 a 5 kg e atingindo a idade adulta aos cinco meses.
Tem como características serem mansos, com as fêmeas sendo boas criadeiras. Já os láparos atingem de 1,8 a 2 kg em cerca de 8 a 10 semanas, quando podem ser abatidos para o consumo. 
ESTRUTURA FÍSICA - EQUIPAMENTOS
Na escolha das instalações e equipamentos, é necessário levar em consideração o fator econômico e o sistema de produção escolhido para a criação dos coelhos.
Os coelhos devem ser alojados em gaiolas individuais de arame galvanizado com dimensões mínimas de 45x60x40 cm.
Após o período do acasalamento, destinado às coelhas prenhes, são necessários ninhos abertos para a fêmea e sua ninhada, que deverá ser feita de material resistente, como madeira e neles serão colocados 5cm de maravalha, palha, ou capim seco.
 Outros equipamentos importantessão caixas de contenção, pulverizadores (aplicação de desinfetantes e sarnicidas), caixas de transporte, material de limpeza como vassouras, escovas, pás, enxadas, seringas de injeção para aplicação de vacinas e antibióticos, e arquivos para guardar e proteger as fichas de controle zootécnico do rebanho.
ESTRUTURA FÍSICA – INSTALAÇÕES 
Deve-se levar em conta alguns aspectos importantes, como: 
Localização
Menor custo de terreno
Facilidade de acesso de caminhões de carga e descarga
Local tranquilo, isolado e longe de zonas habitacionais
GALPÃO 
A instalação escolhida é de galpão aberto, que deve ser construída no sentido Leste-Oeste, protegido dos ventos frios dominantes, em cada galpão serão instaladas 80 gaiolas.
O galpão deverá possuir 25 x 2,4 metros, pé-direito com 1,8 a 1,9 metros, passarelas laterais de 60cm, vão livre entre pilastras de 2 metros e cobertura em telha de amianto com 4mm de espessura.
GAIOLAS
As gaiolas devem ser de arame galvanizado, tamanho padrão 80 X 60 X 45 cm e ficar a 80 cm do solo. 
BEBEDOURO
Os bebedouros devem ser de fácil manejo para que possam ser limpos e desinfetados, indicamos o bebedouro automático, pois são mais higiênicas e exigem menos mão de obra. No caso de gaiolas coletivas são fixados mais de 1 bebedouro.
O cano deve ser, de preferência, rígido, de PVC e de ½ ou ¾ de polegada, ligado a uma pequena caixa de água de 10 a 30 litros e cuja altura, em relação ao nível dos bebedouros, deve ser bem controlada sendo, em geral, de mais ou menos 80cm.
Esses bebedouros devem ficar a uma altura de 25 cm do piso das gaiolas, para que todas as categorias de coelhos, exceto para as gaiolas em que existam ninhadas, nas quais eles devem ficar a 15cm de altura, para que os láparos os possam alcançar.
FOSSA
Deve ser construída sob as gaiolas uma vala de 80cm de profundidade tendo de 15 a 20cm preenchidos com cascalho ou brita mais 15cm de carvão, ficando um espaço útil de cerca de 50cm para depósito de fezes. 
MANEJOS ALIMENTAR 
A alimentação representa de 70% a 80 % do custo de produção e determina o sucesso ou o fracasso de uma criação. A ração inadequada tanto na qualidade quanto na quantidade pode ocasionar o aparecimento de distúrbios alimentares (Franco de Souza, 2011, pg 15) mas também são baseadas no preço do mercado.
A cecotrofia é a fermentação microbiana que ocorre no intestino dos coelhos, os láparos não fazem esse processo, onde os coelhos sintetizam as fibras, proteínas, hidratos de carbono, gorduras, carboidratos importantes para desempenhos das funções biológicas, vitaminas e sais minerais.
A alimentação dos coelhos independe da sua destinação (carne, pele, pelos, crias ou reprodutores) e devem ser fornecidas de acordo com a idade e o peso dos animais, independente desses fatos a ração deve conter vitaminas lipossolúveis (A, D e E), independe da idade do coelho estas substancias devem ser fornecidas em quantidade suficiente para evitar estados de carência que interferem na saúde do animal, por essa razão devem ser bem equilibradas e dentro de determinadas porções.
Esses bichos necessitam em média diariamente 125ml/kg de água do seu peso corporal que deve ser potável para não contaminar a criação, o liquido que ajuda a manter sua temperatura corporal, seu consumo aumenta no verão ou quando estão doentes, e a temperatura ideal para consumo está entre 10 a 15° C.
As criações destinadas a comercialização são selecionadas para alta produção e para que deles seja obtida maior produtividade, eles devem receber uma alimentação adequada e dieta balanceada, ou seja, uma ração com todos os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento.
REPRODUTORES/MATRIZES 
Reprodutores e matrizes devem receber forragens a vontade e ração de forma controlada e a distribuição da porção deve ser fornecida metade pela manhã e outra à tarde em horas mais ou menos certas (Franco de Souza, 2011, pg 15).
O objetivo principal da forragem é atender as necessidades de fibras que evita enterite mucoide e transtornos intestinais que pode ocorrer por uma particularidade dos coelhos, que é que apresentar baixo peristaltismo intestinal mais pesquisas apontam que matrizes que consomem elevado níveis de fibras são mais pesadas e isso também promove menos variação de peso vivo desses animais e previne aparecimento de bolas de pelo no estomago, será oferecida em forma de feno, sendo a opção mais indicada para manter a qualidade e uniformidade do alimento ao longo do ano, tendo um ótimo equilíbrio entre os nutrientes e devem ser bem selecionadas com ausência de elementos tóxicos, boa palatabilidade (odor, sabor, textura), boa digestibilidade, rusticidade e resistência a pragas e doenças. Podem ser utilizadas: rami, soja perene, guandu, alfafa, gramíneas, restos culturais como palha de feijão e arroz, e pequenas porções de verdura.
Será usada a linha industrial que é mais cara e indicada para as criações comerciais que trabalham com altos índices produtivos por apresentar níveis de proteínas bruta de no mínimo 17% e tem melhor qualidade nutricional quando comparada a caseira.
Foi escolhida a ração pletizada, como os animais são herbívoros contem aparelho bucal adequado ao consumo de forragens onde a peletizada (granulada) é a forma mais adequada pois é constituída de pequenos grãos obtidos através de prensagem do material selecionado em equipamento adequado que durante seu processamento ocorrem o benefício de natureza sanitária, devido a ação da alta pressão e temperatura que destroem possível micro-organismos nocivos que estão presentes nas matérias-primas empregadas na fabricação. Além desses benefícios, durante o processo ocorre a gelatinização do amido e da proteína que melhora a digestibilidade do alimento e tem níveis de fibra adequados indicado na tabela abaixo.
Sugestão do Manual Prático de Cunicultura de Minas Gerais de dieta única (para todas as categorias) ou dupla.
A Embrapa como um grande reconhecedor desse mercado fornece uma cartinha para ajudar os produtores com dicas básicas. Na área de alimentação e nutrição é recomentado adquirir a ração pronta e peletizada (que é o processo que transformar farelos em grânulos), não armazenar por mais de 20 dias e seu armazenamento devem ser em depósitos a prova de ratos e outros potenciais animais, não encostar os sacos de ração na parede e não formar pilhas com mais de 5 sacos (para evitar o esfarelamento da ração) e isolar o piso com tacos.
Segundo pesquisa feita nas empresas fabricantes de ração poderão encontrar maiores informações sobre o processo de formulação de rações para coelhos no Manual de Formulação de Ração e Suplementos para Coelhos, que é encontrado no site www.acbc.org.br.
Respeitando os níveis de garantia necessários para atender a tabela nutricional dos coelhos, vantagens e desvantagem dos fornecedores e preço, será utilizada a ração da marca Agromix que segundo o fornecedor é indicado na alimentação de coelhos em fase reprodução.
Fonte: http://www.agromixtosi.com.br/produto/62/10/racao-coelho-reproducao
Os reprodutores devem receber 120-150 g/dia de ração e água à vontade.
As fêmeas em lactação, consomem mais água do que as não lactantes, pois este constitui o principal constituinte do leite, se houver restrição do liquido a produção do leite pode diminuir ou até mesmo parar, nos primeiros dias de vida os filhotes consomem somente o leite que apresenta 13,2% a 13,7% de proteína, 9,2% a 9,7% de gordura 2,4% a 2,5% de minerais e 0,8% de lactose (Manual Prático de Cunicultura de Minas Gerais, 2012, p. 36). Além disto, as matrizes após o parto podem praticar o canibalismo ingerindo seus filhotes para suprir a falta de água e em gestantes pode ocasionar aborto.
As matrizes em crescimento devem receber de 120-150 g/dia de ração.
Matrizes em gestação 200-220 g/dia de ração.
Matrizes em lactação com 7 láparos devem receber 400-500 g/dia de ração e próximas ao terço final de amamentação devem receber 700-800 g/dia ou a vontade pois é onde ocorreo pico da lactação. 
Já animais em reprodução, sem filhotes e no início da gestação, não podem receber ração a vontade, pois o excesso pode provocar sobre peso, que prejudica a fertilidade dos animais.
DOS LÁPAROS
São considerados láparos segundo Brandc Moura (2011, p.16-18): “animais com até 12 dias de vida e com 4 dias começam a crescer pelos e a abertura dos olhos e ouvidos ocorre por volta dos 12 dias de vida.” No período de 15 a aproximadamente 20 dias já saem do ninho e começam a comer a mesma ração que a coelha, embora ainda estejam sendo amamentados, essa é uma fase muito importante pois inicia uma nova dieta aos filhotes, por isso é importante não faltar comida no comedouro pois como eles possuem estomago muito pequeno, as visitas ao comedouro são espaçadas e a porção ingerida é muito pequena, por volta dos 22 dias após o nascimento até o desmame consomem de 40- 60 g/dia. 
Sempre respeitar a época de desmame dos láparos, pois se não os mesmos terão que receber suplementação através da ração que aumenta o custo da produção.
ENGORDA
É indicado que seja utilizado dois tipos de ração sendo uma para os reprodutores e outra para a engorda por serem fases diferentes, será indicada a ração Agromix indicada para fase de engorda, mesmo com o estresse do desmame os animais que vão para fase final devem receber a ração em abundância.
Láparos do desmame ao abate consomem em média de 60-120 g/dia de ração.
Fonte: http://www.agromixtosi.com.br/produto/61/10/racao-coelho-engorda
Consumo médio diário de ração de coelhos nas diversas fases de produção:
Outras dicas:
Grande atenção deve ser dada diariamente na verificação dos comedouros, que não sevem acumular pó. Uma vez por semana, no mínimo, o cunicultor deverá retirar a sobre de ração do comedouro e proceder a limpeza, peneirando e reutilizando a ração.
Alguns animais têm o hábito de jogar ração fora aumentando o desperdício. Neste caso é recomendado a utilização de comedouros mais profundos ou adaptar arame disposto de forma perpendicular ao comprimento do comedouro.
Sempre marcar todos os procedimentos e medidas das fases de produção.
E evitar comprar ração por quilo por causa de sua exposição, se não houver alternativa comprar sacos lacrados. Por isso é aconselhável que o cunicultor tenha bom relacionamento e saiba datar os tempos de estrega da ração. 
MANEJO SANITÁRIO
VACINAS E VERMÍFUGOS
As principais vacinas para coelhos são as para mixomatose e é a doença hemorrágica viral. Os coelhos deverão ser vacinados a partir dos 45 dias de vida e é importante ter um intervalo de 2 semanas entre a aplicação dessas vacinas. Após essa vacinação inicial, os animais deverão renová-las anualmente (Luciano, 2008).
Já a vermifugação deverá ser feita com Albendazol na seguinte fórmula: 7,5 - 20,0 mg/kg/q a cada 12 horas, por via oral, durante 3 à 14 dias e deverá ser renovada a cada 4 meses.
DESINFECÇÃO
A desinfecção do ambiente onde os coelhos são produzidos é imprescindível para que seja possível manter a saúde dos animais, e promova o melhor desempenho produtivo e reprodutivo. Esta desinfecção é um dos principais pilares que se baseia a biossegurança, ela se compreende em 3 etapas, nos criadouros, ambiente e materiais utilizados:
Limpeza a seco, para retirar restos de materiais orgânicos;
Limpeza com água e detergente;
Desinfecção com a dose necessária de desinfetantes indicados pelo laboratório (Luciano, 2008).
Principais desinfetantes utilizados
Cloro
Lechada de cal *
Fenol
Iodo
Antes da desinfecção é preciso ter consciência que:
O desinfetante seja de amplo espectro;
A solução seja diluída corretamente;
A impregnação por metro quadrado seja adequado;
A superfície seja limpa previamente (Luciano, 2008).
Ao final de cada ciclo produtivo é necessária a desinfecção terminal, com lança-chamas.
Como forma de biossegurança, a granja deverá ter uma zona de quarentena, separado do restante das instalações. Os animais novos deverão permanecer nessa zona de quarentena durante 30 dias (Luciano, 2008).
Em relação ao piso do galpão, deverá ser cimentado na parte do corredor, entre as gaiolas, e abaixo destas deverão existir valas coletoras de chão batido, com camadas de cascalho, areia e carvão para amenizar o odor e reter a umidade. A limpeza do local deverá ser feita à medida que a vala enche, essas deverão ter 80 cm de profundidade (Machado, 2014).
REPRODUTIVO
Tendo em vista que a reprodução é parte fundamental de toda a criação de coelhos, já que boas ninhadas é o que garantirão lucratividade, é necessário investir em uma boa base, adquirindo reprodutores de confiança e se possível, de locais diferentes, o que evita a diminuição de variabilidade genética e riscos de anomalias. Com isso, e com a garantia de um bom manejo reprodutivo, se alcança o padrão de eficiência esperado (Walter Motta, 2012).
RELAÇÃO MACHO/FÊMEA
Como a opção escolhida para a reprodução foi a inseminação artificial, isso diminui a relação macho fêmea diretamente. Ela é vista como a mais viável já que é possível utilizar um mesmo ejaculado para até 10 fêmeas, obtendo um número de filhotes bem superior ao obtido nos acasalamentos naturais (Daniela Oliva de Godoy, 2012).
O macho, que atinge maturidade sexual aos seis meses, tem um tempo estimado de vida útil para a reprodução de até três anos, sendo que não deve ser utilizado mais do que duas vezes ao dia, pela manhã e pela tarde, uma semana sim e outra não, por no máximo três dias consecutivos para ter um período de descanso. 
Já a fêmea deve iniciar sua vida reprodutiva por volta de cinco meses de idade, que é quando alcançou cerca de 3,6 a 4 kg, tendo 80% do seu peso como adulto, já que este é o parâmetro para classificar sua puberdade (Walter Motta, 2012). 
 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 
O processo se inicia na coleta espermática do macho através de uma vagina artificial, que deve ficar entre o macho e uma fêmea no momento da monta, tomando o cuidado em manter essa coleta entre 40 e 42 graus para preservação do sêmem, em seguida o mesmo é diluído de cinco a dez vezes em solução fisiológica para que se possa observar microscopicamente sua qualidade, fazer um parâmetro dos melhores e garantir bons filhotes. Para isso é necessário que a propriedade conte com o auxílio de profissionais capacitados para tal função, e também de equipamentos específicos para as análises, como o microscópio.
Coleta de sêmen sendo feita (Manual Prático de Cunicultura, 2012)
O sêmen deve ser depositado na vagina da fêmea ainda fresco e feito isso há a necessidade de induzir as fêmeas receptoras a ovular, já que elas não fazem isso sem os estímulos dos machos. Para isso é usado de injeção intramuscular de gonadotropina coriônica humana (HCG), fatores hipotalâmicos liberadores de gonadotropinas (GnRH) ou então a aproximação de machos que sejam vasectomizados (Walter Motta, 2012).
Indução da ovulação por aplicação de GnRH (Manual Prático de Cunicultura, 2012)
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO
O diagnóstico de gestação é feito atráves do processo de palpação ventral, onde a coelha é contida em uma das mãos, segurando suas orelhas e a pele do dorso enquanto se apalpa o ventre fazendo pressão para frente e para baixo com a ponta dos dedos da outra mão. O objetivo é a percepção de nódulos em cadeia, menos duras e arredondas do que fezes, o que indica a gestação positiva. 
Esse procedimento deve ser feito entre 10 a 15 dias após ser realizada a inseminação, o quefacilita a o planejamento tanto com as fêmeas que emprenharam quanto com a disponibilidade das que não estão gestantes a uma nova inseminação artificial. 
Sequência de inseminação artificial (Manual Prático de Cunicultura, 2012)
GESTAÇÃO 
O período de gestação dura de 29 a 35 dias, sendo que o feto se desenvolve de forma lenta no início e mais rapidamente aos 10 dias finais. (Gabrielle Chaiben, 2011)
Segundo Walter Motta, é preciso que haja diversos cuidados durante esse período, a fim de evitar interrupções dagestação por aborto espontâneo, acarretando prejuízos ao proprietário da cunicultura e danos à saúde da fêmea. Deve-se então ter sempre água limpa e fresca a disposição, já a alimentação deve ser restrita durante a gestação e a vontade nos últimos 11 dias, através de rações específicas para esta fase, pois é nesse período em que se tem a necessidade de maior nutrição diária. Caso o animal venha a abortar mais de uma vez mesmo com todos os cuidados sendo tomados, é recomendável que essa fêmea não seja mais reprodutora por possuir um provável problema reprodutivo. 
 PARTO
O parto costuma acontecer a noite, podendo durar até 6 horas em casos específicos, mas normalmente dura de 15 a 30 minutos, com um intervalo entre o nascimento dos láparos de a minutos. As fêmeas ficam de cócoras, lambem os filhotes que nascem, cortam o cordão umbilical e após a última cria nascer, a placenta é expulsa e engolida pela mãe como instinto para evitar a aproximação de outros animais (RIOS et al., 2011).
Na criação de coelhos em confinamento, é colocado um ninho na gaiola para que as coelhas o preparem para o nascimento dos filhotes, que pode ser feito de madeira, recoberto com feno, com 40 cm de comprimento, 27 cm de largura e possuir uma abertura, como demostrado na figura.
(BÁRBARA BRANDC MOURA, 2009)
Os níveis de progesterona diminuem acentuadamente cerca de uma semana antes do parto, o que altera o comportamento da fêmea, fazendo com que dois a três dias antes do parto, ela arranque os pelos da barriga para forrar o ninho protendo os láparos e para a exposição das tetas, facilitando a amamentação (RIOS et al., 2011). O ninho também deve contar com um furo na parte de baixo para escoamento de urina, já que é muito frequente as fêmeas fazerem suas necessidades dentro dos ninhos. 
A partir dos 20 dias de nascidos, já é considerado em os láparos não necessitam mais do ninho para proteção, então o mesmo é retirado de dentro das gaiolas (Walter Motta).
Segundo Sebastião Enes Reis, o acasalamento pode ser feito novamente, 30 dias após a fêmea dar à luz.
LACTAÇÃO E DESMAME
Durante esse período é importante manter um ambiente, limpo, tranquilo e com condições favoráveis para as coelhas e os láparos. Como água fresca e uma alimentação balanceada à vontade. Isso é tudo essencial já que os leites da fêmea contem 13,2% a 13,7% de proteína, 9,2% a 9,7% de gordura 2,4% a 2,5% de minerais e 0,8% de lactose, que são necessários para que os filhotes cresçam fortes e saudáveis. (RIOS et al., 2011).
A mãe amamenta os filhotes de uma a duas vezes por dia no máximo, durante cerca de seis minutos, tempo esse que não deve haver pessoas próximas para evitar estresse aos animais. Além disso, não deve ter mais de oito láparos no ninho, já que uns irão mamar mais que outros e a fêmea só possui de oito a dez tetas, podendo haver um aumento de mortalidade. Sendo assim, filhotes a mais são separados e levados a gaiolas de fêmeas com menores ninhadas (Walter Motta). 
Após a terceira semana de parto a produção de leite pelas glândulas mamárias começa a diminuir, e é nesse período, entre 28 a 35 dias de nascidos, que deve ser feito o desmame, já que com cerca de um mês, os láparos já conseguem ingerir alimentos sólidos (RIOS et al., 2011). 
RECRIA E ENGORDA 
Essa etapa é chamada de “etapa de adaptação”, já que essa fase é uma adaptação para a engorda, e uma das fases de mais cuidado com os coelhos. Depois do desmame há a retirada da mãe das gaiolas ao invés dos coelhos, para que não tenha nenhuma complicação na saúde da ninhada, como diarreia e outros problemas digestivos. Eles ficaram uma semana nas gaiolas, com duas semanas eles passaram para outras gaiolas. As gaiolas deveram ser de no mínimo 1m², para 15 coelhos. Nesse momento será feito a pesagem e identificação, para esses procedimentos tem que ser feito a contenção, sendo que nunca se deve levantar um coelho pelas patas ou pelas orelhas, pois são propensas a lesões de coluna vertebral e frequentes fraturas. Mas a forma mais segura de conter um coelho é apanhar com uma das mãos a pele do pescoço e com a outra as patas traseiras, segurando-o junto ao corpo. A anestesia terá que ser feita só quando for de extrema necessidade. 
A identificação tem que ser feita por um equipamento chamado tatuador, primeiro será feito a desinfecção com álcool no local de aplicação (orelha), em seguida aplicar o corante (preta, vermelha ou verde), aplicar o tatuador e finalizar com a aplicação de mais tinta e escovação. 
Aplicando o tatuador na orelha do coelho (Centro Estadual de Educação profissional Arlindo Ribeiro- CEEPAR).
A identificação é para melhor conhecimento e controle das colônias, sendo necessário a identificação individual dos coelhos, um adequado registro de tudo que ocorrerá nos trabalhos diários. 
Será feito também a separação conforme, sexo e peso, para que haja um maior controle nos manejos diários. 
CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A partir de na
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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FERREIRA, W.M.; et all. Manual prático de cunicultura. Bambuí-MG. 2012.
MERCADO DE COELHOS ESTÁ EM ALTA. Disponível em: < https://www.cpt.com.br/dicas-cursos-cpt/mercado-de-coelhos-esta-em-alta > Acesso em 06 out 2017.
MOURA, B.B. Produção de coelhos. Técnica em Agro-Pecuária, Seropédica-RJ.
Sistema de produção para coelhos. Belo Horizonte-MG. Set de 1980.
SOUZA, G.C.C.F.; Dossiê técnico de cunicultura. Paraná. 2011.

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