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DOS DEFEITOS NOS NEGÓCIOS JURÍDICOS O vícios do negócio jurídico reside extamente no elemento: requisitos da manifestação de vontade. A vontade existe, mas está viciada, e isto gerará a nulidade do negócio jurídico Importa considerar doravante, todos os defeitos no negócio jurídico: ERRO OU IGNORÂNCIA tais erros são derivados de equívocos da própria vítima, sem que a outra parte haja necessariamente concorrido. Erro Substancial O erro, para viciar a vontade e tornar anulável o negócio jurídico deve ser essencial ou substancial, isto é, de tal força, de tal relevo, de tal consistência, que sem ele o ato não se realizaria (Art.138, CC) “Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio” Erro substancial sobre a natureza do negócio Há erro substancial sobre a natureza do negócio, quando se intenciona praticar certo negócio e no entanto se realiza outro Erro substancial sobre o objeto principal da declaração Há erro substancial sobre o objeto principal da declaração, quando a coisa concretizada no negócio em verdade não era pretendida pelo agente Erro substancial sobre alguma das qualidades essenciais do objeto principal da declaração Tal modalidade de erro substancial, se exemplifica por exemplo, quando se compra um cavalo de vaquejada, pensando ser um cavalo de corrida. Erro substancial sobre pessoas concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante Erro acidental respeito às qualidades secundária ou acessórias da pessoa ou do objeto. Tal erro nesse sentido, não induz à anulação do ato. Ex: Erro quanto ao valor do objeto contratado, erro de cálculo DOLO É conhecido por dolo, o erro intencionalmente provocado na vítima, pelo autor do dolo, ou por terceiro Duas espécies de dolo, se apresentam: Dolo Essencial ou Principal Trata-se da causa eficiente do negócio jurídico, sua única razão, o dolo que o origina sem o qual ele não se teria concluído. “Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa” Dolo Acidental É aquele que leva a vítima a realizar o negócio jurídico, porém em condições mais onerosas ou menos vantajosas. “Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo” COAÇÃO Diz-se coação, a pressão física ou moral exercida sobre alguém para induzi-lo à prática de um ato. Espécies de coação: Coação Física Trata-se do constrangimento corporal que reduz a vítima a instrumento passivo do ato. Ex: Assinatura à força. A vontade se observa, de todo, aniquilada. Coação Moral A vontade não é completamente eliminada. A vítima conserva relativa liberdade, podendo optar entre a realização do ato que se lhe exige e o dado com que é ameaçada. ESTADO DE PERIGO Remonta o Código Civil de 2002: Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias Alguns requisitos para o reconhecimento do Estado de Perigo: O dano deve ser imediato e grave; O dano é mais oneroso que a obrigação assumida; Esta é excessivamente onerosa, e disso a vítima tem conhecimento; LESÃO Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. § 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. § 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito
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