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Introdução
A Educação só se concretiza quando temos consciência da importância no desenvolvimento no plano social, político e cultural de nosso país. É essencial a consciência de nossos governantes em relação a sua importância no crescimento da nação, e para que isso se concretize há necessidade que o poder público acredite que a solução está em educação de qualidade, portanto deve-se investir, garantindo aos nossos educandos acesso à educação, oferecendo condições necessárias para que cheguem à escola.
O Governo Federal, nos últimos anos tem financiado programas, projetos e ações por intermédio do FNDE, que tem possibilitado avanços e melhorias na educação brasileira. O FNDE foi surgindo aos poucos, com a fusão de vários órgãos do governo, e existe há mais de 40 anos. Foi criado, oficialmente, pela lei nº 5.537, de 21 de novembro de 1968. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Isso quer dizer que ele é uma entidade pública, fiscalizada pelo Estado, mas que possui autonomia para sua gestão. Ele surgiu para ser um órgão de excelência na execução de políticas públicas. A função das secretarias do MEC é pensar as políticas educacionais, já a do FNDE é executá-las. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é o órgão responsável pela execução da maioria das ações e programas da Educação Básica do nosso País, como a alimentação e o transporte escolar, além de atuar também na Educação Profissional e Tecnológica e no Ensino Superior. 
 	No município de Ipiaú- Ba o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tem atendido a população, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento da educação no município através de alguns programas como: 
PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola: O recurso é depositado uma vez por ano diretamente na conta da escola, criada especialmente para isso e de acordo com o número de alunos.
PNATE – Programa Nacional de apoio ao transporte escolar que tem por finalidade a oferta do transporte exclusivamente em área rural, para que os alunos possam ter acesso e permanência na escola. O FNDE considera para transferência de recursos do programa o número de alunos informados no Censo Escolar pelas secretarias de educação do ano anterior. Esta verba é utilizada também para reformas e manutenção dos veículos escolares, e contratação de serviços terceirizados de transporte.
PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar seu objetivo é contribuir para o crescimento e desenvolvimento biopsicossocial e da aprendizagem, promover a melhoria do rendimento escolar, a formação de práticas alimentares saudáveis nos alunos das escolas públicas. Os recursos transferidos pelo FNDE para o PNAE são complementares aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal para garantir a alimentação escolar de todos os alunos da educação básica matriculados em escolas públicas, filantrópicas e comunitárias conveniadas.
PDE ESCOLA – Programa de desenvolvimento escolar, incentiva à melhoria na gestão de escolas com baixo desempenho no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), este bônus também recebem as escolas que atingem ou superam a meta deste índice.
PLI (Programa do Livro) / PNLD – Programa Nacional do Livro Didático: Após adesão pelos Prefeitos, pelo Secretário de Educação do Estado, ou pelo Diretor da Escola Federal os municípios recebem livros didáticos de boa qualidade, por prazo indeterminado ou até que seja solicitado seu cancelamento estes livros são escolhidos seguindo critérios técnicos e pedagógicos, e devem ser usados pelo período de três anos, sendo necessária uma prática de conservação.
Dentre todos estes programas o município também está inserido no Programa Dinheiro Direto na Escola Educação Integral – conhecido como Novo Mais Educação. Você está aqui: Início Novo Mais Educação. O Programa Novo Mais Educação, criado pela Portaria MEC nº 1.144/2016 e regido pela Resolução FNDE nº 5/2016, é uma estratégia do Ministério da Educação que tem como objetivo melhorar a aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino fundamental, por meio da ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes o desenvolvimento de atividades nos campos de artes, cultura, esporte e lazer, impulsionando a melhoria do desempenho educacional mediante a complementação da carga horária em cinco ou quinze horas semanais no turno e contraturno escolar. 
É certo que o consumo de drogas e a violência sempre existiu na história da humanidade. Apesar do acesso à informação em jornais, revistas e pela internet, o consumo exacerbado tem ocasionado os mais diversos problemas nas mais variadas camadas sociais. É possível perceber que este problema vem crescendo e se refletindo no contexto escolar, desencadeando grandes mazelas na sociedade. O crescente aumento do uso de drogas e a violência no contexto escolar está ligado à falta de informação fidedigna sobre os perigos, a longo e curto prazo, do uso indevido de drogas e o despreparo das instituições de ensino para tratar o assunto.
É sabido que as instituições ainda se utilizam de formas autoritárias e repressivas, abordando tais temas de forma preconceituosa, aterrorizante, amedrontadora e pragmática. A indisciplina também é um dos maiores obstáculos pedagógicos dos tempos atuais – transformou-se em um pesadelo para o professor. A maioria dos educadores não sabe como interpretar um ato de indisciplina. Deve compreendê-lo? Reprimi-lo? Ignorá-lo? Transformá-lo? Mais que uma infração ao regulamento interno ou um ataque às boas maneiras, a indisciplina na escola é a manifestação de um conflito e ninguém está protegido de situações desse tipo. Para Silva et al. (2008) a escola é o espaço essencial para lidar com estas questões de consciência, prevenção e combate ao uso de drogas, ou seja, é no âmbito escolar que se deve construir um ensino mais crítico e eficiente para se tratar de questões voltadas para a prevenção. Ainda Abramovay e Castro (2005) sinalizam que a escola é o ambiente favorável para auxiliar na prevenção das drogas, pois reúne várias competências que colaboram para a difusão de tal perspectiva na comunidade e na sociedade. 
Neste sentido, é indispensável que as instituições de ensino priorizem, de modo simultâneo com setores sociais, atitudes que conscientizem e previnam os jovens sobre os riscos de consumir tais substâncias e também de se envolver com práticas de ações delituosas: tráfico, roubos, furtos, homicídios. 
A partir das angustias que a temática violência e drogas provocam e observações diárias na escola, percebemos que não existe conversa entre os alunos no que se refere aos seus conflitos, e eles se resolvem através da agressão física e/ou psicológica, utilizando palavras de baixo calão e apelidos pejorativos, chegando muitas vezes em ameaçar aos colegas de morte. 
Queremos através deste trabalho perceber como o Novo Programa Mais Educação pode contribuir para as questões de prevenção às drogas no ambiente escolar e incentivar os alunos a práticas saudáveis que favoreçam o seu desenvolvimento intelectual, social e emocional, e para que eles possam de fato exercer sua cidadania. 
Desenvolvimento
 Neste trabalho, propomo-nos discutir como ações do Dinheiro Direto na Escola Educação Integral - Programa Mais Educação pode construir com a conscientização do aluno sobre a prevenção do uso de drogas e violência. 
Para a investigação e a execução deste trabalho, foi usada como procedimento metodológico revisão de literatura e observações diárias no contexto escolar. A revisão de literatura resultará do processo de levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema e o problema de pesquisa escolhidos. A revisão de literatura permitirá um mapeamento de quem já escreveu e o que já foi escrito sobre o tema e/ou problema da pesquisa. 
As drogas e a violência estão presentes em todos os espaços da sociedade, inclusive no universo escolar. Nota-se que, dentro do contextoescolar, houve um aumento no uso da maconha entre estudantes, tanto de escolas públicas quanto de escolas privadas, e esse aumento é um reflexo do que está acontecendo com nossa sociedade. Por seu lado, para que as escolas tenham uma influência mais efetiva no combate ao uso de drogas, faz-se necessário que os professores sejam capazes de perceber as idiossincrasias dos seus alunos e consigam se aproximar deles, entendê-los, para então poderem agir de forma incisiva no trabalho de conscientização. Partindo deste pressuposto O programa Mais educação neste contexto abre espaços, tempos e oportunidades educativas através de oficinas especificas, dando ao educando oportunidade do mesmo ter acesso a uma Educação Integral de qualidade e de forma mais ampla, vivenciando o conhecimento na teoria e trazendo a prática dentro da própria realidade escolar. 
O Programa Mais Educação tem por finalidade contribuir para a:
I - alfabetização, ampliação do letramento e melhoria do desempenho em língua portuguesa e matemática das crianças e dos adolescentes, por meio de acompanhamento pedagógico específico;
II - redução do abandono, da reprovação, da distorção idade/ano, mediante a implementação de ações pedagógicas para melhoria do rendimento e desempenho escolar;
III - melhoria dos resultados de aprendizagem do ensino fundamental, nos anos iniciais e finais;
IV - ampliação do período de permanência dos alunos na escola.
Dentre estas ações explícitas citadas acima do programa, podemos também desenvolver ações implícitas que são ações dos educadores na escola que contribuem para o desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais dos alunos, favorecendo que os alunos tenham consciência sobre seus comportamentos e saibam como atuar para fazer escolhas saudáveis, em qualquer dimensão da vida. 
Capacidade de tomar decisões
Fortalecimento da autoestima
Habilidade para resolver problemas
Desenvolvimento da capacidade de reflexão
Estabelecimento e manutenção de vínculos interpessoais
Conhecimento sobre os tipos de drogas e seus efeitos
Reflexão sobre as diferentes relações com as drogas.
Informação e reflexão sobre os padrões de consumo
Reflexão sobre formas de reduzir riscos e danos associados ao consumo de drogas
Podemos desenvolver estas ações através dos macrocampos oferecidos pelo programa. A escola, enquanto Instituição de Ensino firma-se na busca de melhorias e ou, aprimoramento que contribuam de forma corroborativa e somática aos diversos fatores instigantes de uma educação mais eficiente. Dessa forma o programa apresenta-se como um espaço onde a educação busque superar o processo de escolarização de forma diferenciada propondo novas estratégias, conhecimento prático e métodos para trabalhar os conteúdos, e tentar construir uma educação onde a aprendizagem seja significativa, para a vida e cidadã. 
Nos dias atuais faz –se necessário uma educação de aprendizado mútuo na qual tanto o aluno quanto o professor são sujeitos do processo de ensino e aprendizagem. Freire diz que “não há conhecimento sem diálogo e que a dialogicidade é a essência da educação como prática da liberdade” (FREIRE, 1998, p. 44). Uma educação dialógica faz-se importante para que de fato haja conhecimento por parte dos educandos. Com ela, abre-se uma porta para o saber do aluno e, a partir do diálogo, o próprio aluno constrói um novo saber que o levará à autonomia reflexiva. A educação deve ser problematizadora e libertadora, à medida que ela é uma permanente busca, tencionando que as pessoas transformem o mundo em que vivem (FREIRE, 1998, p. 45).
A partir dessa relação dialógica e problematizadora, o professor tem acesso ao olhar do aluno, seus objetivos, suas influências, experiências e, com base nesse conhecimento, o professor constrói essa relação, reconstrói seu próprio olhar e cria estratégias para conduzir o aluno à reflexão crítica da realidade e à conquista de sua autonomia social. 
Conclusão
As questões aqui levantadas mais do que propostas prontas a serem seguidas, buscamos sugerir novas perspectivas através do “Programa Mais Educação” diante dos desafios impostos pelo contexto atual da educação. E assim, perceber como o programa pode contribuir para prevenção ao uso indevido de drogas e combate da violência. E através do programa ofertar uma educação de qualidade, adequada ao modo de viver, que estabeleça os parâmetros para as relações entre educação e prevenção às drogas, percebendo como essas medidas acabam influenciando no ambiente escolar, na comunidade e nos lares desses alunos, que passam difundir as informações e levar as possibilidades de recuperação das pessoas que os adolescentes conhecem e que vivem esses problemas.
Referências
ABRAMOVAY, M. ; CASTRO, M. G. Drogas nas escolas (versão resumida). 1. ed. Brasília: UNESCO, 2005. v. 1. 143 p.
Disponivel em http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada7/_GT2%20PDF/PROGRAMA%20DINHEIRO%20DIRETO%20NA%20ESCOLA%20_PDDE_%20NO%20CONTEXTO%20DA.pdf. Acesso em :10/0820177
Educacaointegral. Disponível em: http://educacaointegral.mec.gov.br/mais-educacao. Acesso em : 05/10/2017 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
Parâmetros Curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. – .ed. – Brasília: A Secretaria, 2001.
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Disponível em: http://www.fnde.gov.br/programas/pdde. Acesso em : 05/10/2017
SILVA, Gerlane Barbosa da. et al., (2008). Intervindo na relação escola e drogas. Centro de Educação/Departamento de Fundamentação de Educação/PROLICEN

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