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6 Capacidades Consumidor

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Universidade São Judas Tadeu 
Curso Design – 4º. Ano - 2014 
Disciplina: Mercado e Consumo - Prof. Gisele Leiva 
 
 
As novas capacidades do consumidor 
 
A popularização da Internet disponibilizou a consumidores e empresas uma série de novas 
ferramentas. 
 
Comparação de produtos 
Com as ferramentas de busca e comparação das características dos produtos, os clientes 
obtêm respostas rapidamente pela Internet, sem precisar sair de casa, esperar em filas, nem 
conversar com vendedores. Os fóruns são ferramentas fortes para que possíveis compradores 
tenham a impressão dos já usuários sobre produtos. Os compradores de empresas têm 
possibilidade de fazer concorrência entre fornecedores. Além dos benefícios que a compra on 
line oferece como preços mais baixos, por exemplo. 
 
 
Variedade de produtos 
Pode-se comprar quase tudo pela Internet: eletrodomésticos, móveis, vestuário, alimentos, 
remédios, serviços. A vantagem dessas vendas é o aumento da variedade de produtos sem a 
necessidade de um espaço físico para estoque. Da mesma forma que o consumidor 
“encomenda” um produto da loja virtual, a empresa “encomenda” produtos de seus 
fornecedores. Além da facilidade de envio para toda parte do mundo. 
 
 
Acesso à informação 
Os consumidores têm a sua disposição um vasto conteúdo on line. Jornais, revistas, 
enciclopédias, dicionários, críticas de filmes e produtos, relatórios de órgãos oficiais de testes 
de produtos entre outros documentos podem ser consultados em qualquer idioma. 
 
 
Facilidade de compra 
Atualmente, há inúmeras lojas on line. Os compradores podem fazer seus pedidos de qualquer 
lugar que tenha um computador com conexão à Internet, 24 horas por dia, 7 dias por semana. 
Com a facilidade de receber o produto aonde desejar. 
 
 
 
Modismo, tendência e megatendência 
 
As necessidades e as tendências não atendidas através de produtos ou serviços são 
possibilidades de grandes negócios para as empresas. Qualquer um ganharia uma fortuna se 
conseguisse descobrir a cura do câncer, curar doenças metais com química, desenvolver 
alimentos nutritivos e saborosos que não engordassem ou inventar carros elétricos práticos e 
casas baratas de construir. 
 
Alguns exemplos de empresas empreendedoras que criaram produtos ou serviços para 
necessidades não atendidas: 
 
 2 
A FedEx foi criada para atender às necessidades de entrega de encomendas em 24 horas. 
A Dockers foi criada para atender às necessidades dos baby-boomers que não conseguiam 
mais usar seus jeans – ou entrar neles – e queriam calças mais confortáveis. 
A Amazon foi criada para oferecer mais opções e informações de livros e outros produtos. 
 
Há diferença entre modismos, tendências e megatendências. O modismo é “imprevisível, de 
curta duração e não tem significado social, econômico e político”. Uma empresa pode faturar 
com modismos como o bichinho virtual Tamagoshi, mas isso é mais uma questão de sorte e 
senso de oportunidade do que de outra coisa. Quando passa a moda do tal produto, a 
empresa precisa se reinventar para produzir outra coisa. 
 
A tendência é um direcionamento ou uma seqüência de eventos com certa força e 
durabilidade. São mais previsíveis, duradouras, revelam como será o futuro e oferecem muitas 
oportunidades. Por exemplo, o percentual de pessoas que valorizam o bem-estar físico 
aumentou nos últimos anos de maneira consistente, especialmente no grupo com faixa etária 
dos 30 anos, de mulheres jovens e com alto poder aquisitivo e das pessoas que vivem no 
Ocidente. Empresas de alimentos saudáveis e equipamentos de ginástica suprem essa 
tendência com produtos e comunicações apropriadas. 
 
As megatendências têm sido descritas como “grandes mudanças sociais, econômicas, políticas 
e tecnológicas que se formam lentamente e, uma vez estabelecidas, nos influenciam por 
algum tempo – de sete a dez anos, no mínimo”. 
 
Muitas oportunidades são descobertas identificando tendências e megatendências, que 
merecem cuidadosa atenção. Um novo produto ou programa de marketing provavelmente 
terá mais sucesso se estiver em concordância com fortes tendências, e não contra elas. No 
entanto, detectar uma nova oportunidade de mercado não garante seu sucesso, mesmo que 
ela seja tecnicamente viável. Os e-books, por exemplo, livros eletrônicos portáteis nos quais é 
possível inserir diferentes livros em disco para leitura. Talvez não haja um número suficiente 
de pessoas interessadas em ler um livro em uma tela de computador ou dispostas a pagar o 
preço pedido. 
 
Para ajudar as organizações a identificar mudanças culturais que possam trazer novas 
oportunidades ou ameaças, várias empresas oferecem previsões socioculturais. A Yankelovich 
Monitor, por exemplo, entrevista 2500 pessoas anualmente nos Estados Unidos e já 
identificou 35 tendências sociais desde 1971, como a antigrandeza, o misticismo, o viver o 
presente, o despojamento e a sensibilidade. O estudo publicado todo ano descreve o 
percentual da população que compartilha o mesmo comportamento e o percentual que não o 
faz. 
 
 
Pesquisa de mercado 
 
Existem abordagens ou técnicas de pesquisa favoritas entre os pesquisadores de mercado, 
embora cada pesquisador tenha uma de sua preferência. Alguns sustentam que a única 
maneira para de fato obter informações sobre consumidores e marcas é uma pesquisa 
qualitativa detalhada (obtenção de dados descritivos). Outros argumentam que a única forma 
sustentável de pesquisa de marketing envolve avaliações quantitativas (dados estatísticos). 
 
As empresas podem conduzir sua pesquisa de marketing ou contratar organizações 
especializadas para fazer este trabalho. O processo de pesquisa consiste em definir o 
 3 
problema, as alternativas de decisão e o objetivo da pesquisa, desenvolver o plano de 
pesquisa, coletar e analisar as informações, apresentar os resultados e tomar as decisões. 
 
Ao conduzir pesquisas, as empresas têm de decidir entre coletar suas informações ou fazer uso 
das já existentes. Também devem decidir quanto à abordagem a ser adotada (por observação, 
grupo de foco, levantamentos, dados comportamentais ou experimental) e ao instrumento de 
pesquisa (questionários, pesquisa qualitativa ou instrumentos mecânicos) que serão utilizados. 
Além disso, devem determinar um plano de amostragem e os métodos de contato. 
 
Para o trabalho do designer, o aconselhado é a contratação de empresa especializada em 
pesquisa ou a obtenção de dados previamente coletados e analisados. Com os resultados em 
mãos é possível analisar e decidir pelo caminho a ser seguido. [Nielsen / Ibope / Marplan / 
Abril / Data Kirsten / Datafolha / Box 1824 / ver mais em abep.org] 
 
No livro Decision traps, Jay Russo e Paul Schoemaker revelam os dez erros mais comuns 
cometidos pelos gerentes de projeto em suas decisões: 
 
1. Precipitação: Começar a coletar informações e tirar conclusões sem antes gastar 
alguns minutos pensando no X da questão e em como você acha que decisões como 
essa devem ser tomadas. 
2. Cegueira estrutura: Empenhar-se na solução do problema errado porque você criou 
uma estrutura mental para sua decisão, sem pensar muito, a qual o levou a 
negligenciar opções melhores e a perder de vista objetivos importantes. 
3. Falta de controle da base de análise: Deixar de definir racionalmente o problema sob 
várias perspectivas ou ser excessivamente influenciado pelo conteúdo dos outros. 
4. Excesso de confiança no próprio julgamento: Deixar de coletar informações factuais 
importantes porque você está demasiadamente confiante em suas suposições e 
opiniões. 
5. Atalhos míopes: Basear-se em regras práticas, como confiar implicitamente em 
informações de fácil acesso ou embasar-se em fatos convenientes. 
6. Falar sem pensar: Acreditar que você pode guardar na cabeça todas as informações 
que descobriu e, portanto, improvisar em vez de usar umprocedimento sistemático na 
hora de tomar uma decisão final. 
7. Falta de gerenciamento de grupo: Supor que o fato de ter pessoas inteligentes 
envolvidas resultará automaticamente em boas escolhas e, portanto, deixar de 
gerenciar o processo de tomada de decisão em grupo. 
8. Iludir-se com o feedback: Deixar de interpretar o verdadeiro significado dos resultados 
passados, seja porque você está protegendo seu ego, seja porque está se iludindo com 
os efeitos de uma análise retrospectiva. 
9. Falta de acompanhamento: Supor que a experiência disponibilizará suas lições 
automaticamente e, portanto, deixar de manter registros sistemáticos para 
acompanhar os resultados de suas decisões, assim como deixar de analisá-los de forma 
que eles revelem suas importantes lições. 
10. Falta de avaliação do processo de decisão: Deixar de criar uma abordagem organizada 
para entender seu próprio processo de tomada de decisão e, portanto, estar 
permanentemente exposto às outras nove armadilhas. 
 
 
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Adminstração de marketing: a Bíblia do marketing. 12ª ed. 
São Paulo: Prentice Hall, 2006. 750 p.

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