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Plexo braquial, nervos - DYCE

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DYCE - Trecho sobre plexo braquial e os nervos
O plexo braquial supre quase todas as estruturas do membro torácico - exceto os músculos trapézio, o omotransverso, o braquiocefálico e o romboide - e a pele sobre a região dorsal do ombro.
(...)
O plexo atinge a axila ao passar entre as partes do músculo escaleno e rapidamente se divide em ramos periféricos que divergem em direção a seus destinos reparados.
Vários ramos têm distribuições locais muito restritas, e a mera menção a seus nomes e destinos é suficiente; são o nervo torácico longo, que segue até o músculo serrátil ventral, o nervo toracodorsal, que inerva o músculo grande dorsal, os nervos peitorais cranial e caudal, para os músculos peitorais (incluindo o subclávio), o nervo subescapular, para o músculo subescapular, e o nervo torácico lateral, que chega ao músculo cutâneo do tronco e à pele sobre a região ventral do tórax e do abdome.
O nervo supraescapular deixa a parte cranial do plexo braquial (C6-C7) e passa entre os músculos supraespinhoso e subescapular até chegar à margem cranial do colo da escápula, ao redor do qual se curva para a face lateral do osso, onde serve os músculos supraespinhoso e infraespinhoso. Como outros nervos diretamente relacionados ao osso, o supraescapular é VULNERÁVEL A LESÕES; nesse caso, o nervo é geralmente estirado contra a escápula quando o músculo sofre uma superabdução ou é retraído de maneira violenta. A paralisia resultante dos músculos laterais do ombro não afeta a postura em estação, mas pode provocar um movimento lateral característico da articulação ("queda do ombro", [ou "ombro caído", como o Tarcízio comentou em sala]) durante a deambulação. Essa condição é frequentemente observada em cavalos, onde também é denominada "paleta caída', e se manifesta tempos depois, dado o desgaste óbvio dos músculos laterais à espinha da escápula.
O nervo musculocutâneo também tem origem cervical (c7-c8). Após um curto trajeto na axila, o nervo se ramifica a partir do ramo muscular proximal, que supre o músculo coracobraquial e o bíceps braquial, no terço proximal do membro torácico. Em cães, a continuação além do ramo muscular proximal permanece separadada do nervo m ediano até que, no terço distal do membro torático, um ramo comunicante passa distocaudalmente a ele. O nervo que segue adiante passa sob a parte terminal do bíceps braquial, onde se divide em ramo muscular distal, que inerva o músculo braquial; e nervo cutâneo medial do antebraço, que cruza a face flexora do cotovelo antes de se ramificar na pele. Em ungulados, de modo geral, o nervo musculocutâneo faz uma alça ao redor da artéria axilar, unindo-se ao nervo mediano, onde sua identidade é por um tempo encoberda; as fibras musculocutâneas novamente se separam do nervo mediano nos terços proximal e distal do braço, onde formam os ramos musculares proximal e distal do nervo musculocutâneo. Em equinos,somente o ramo cutâneo se estende além do carpo, chegando ao boleto. A secção do tronco musculocutâneo principal é uma lesão improvável, que paralisaria os principais flexores do cotovelo, embora com certa compensação, graças à atividade dos extgensores do carpo e dos dedos.
O nervo axilar (c8) passa atrás da articulação do ombro para chegar à face lateral do membro. Em seu trajeto, inerva os músculos redondo maior, redondo menor, capsular e deltoide - os verdadeiros flexores da articulação do ombro. Esse nervo também emite ramificações para a parte distal do músculo braquiocefálico que - é importante lembrar - é de origem deltoide. (...)
Os três ramos restantes do plexo seguem trajetos mais complexos e distribuições mais extensas. O nervo radial se origina dos dois últimos nervos cervicais e dois primeiros nervos torácicos (c7 e t1). (...) 	Enquanto encoberto pelo músculo tríceps, o nervo radial emite ramos para as várias cabeças desse músculo e para os músculos tensor da fáscia do antebraço e o ancôneo. No terço distal do braço, o nervo emite outro grupo de ramos musculares a todos os músculos extensores do carpo e dos dedos, incluindo o anômalo músculo ulnar lateral. (...) Lesões no nervo radial podem ter três consequências óbvias: paralisia dos extensores do cotovelo, paralisia dos extensores do carpo e dos dedos e anesteria do território cutâneo. A combinação dessas três deficiências aponta para a existência de uma lesão proximal na metade do braço; a segunda e a terceira deficiências juntas indicam que a lesão ocorreu no terço distal do braço, e um déficit piramente sensorial sugere que a lesão se deu além da origem dos ramos motores distais. Lesões no membro torácico são muito comuns, já que a camada de músculo que separa o nervo do úmero é muito fina, e ele pode ser acometido caso o osso seja fraturado ou desenvolva neoplasias. Lesões extensas no nervo radial, proximal a origem dos ramos para o tríceps, são graves, já que impedem a fixação do cotovelo, impedindo que o membro suporte peso; mão é arrastada, com sua face dorsal virada para o solo. Lesões mais distais têm gravidade menor, já que o ocotovelo pode ser fixado além disso, a maioria dos animais aprende a compensar a paralisia dos músculos do antebraço jogando o membro para a frente e fixando a mão antes de perder o impulso.
O nervo mediano é proveniente, principalmente, do último nervo cervical e primeiro nervo torácico (c8 t1). (...) O nervo mediano inerva grande parte dos músculos flexores do carpo e dedos, em um padrão que se sobrepõe (mas não chega a coincidir) com a distribuição do nervo ulnar. Por causa disso, lesão confinada ao nervo mediano geralmente não se manifesta por uma anomalia de postura ou de marcha.
O nervo ulnar deixa a parte caudal do plexo. Esse nervo desce pelo braço e, possivelmente (como em cães), une-se por certo período ao nervo mediano, antes de se desviar em direção ao olécrano e cruzar a face caudal da articulação do cotovelo. (...) De modo geral, lesões restritas a esse nervo não prejudicam a locomoção; os déficits sensoriais apresentam considerável variação interespecífica.

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