PÂMELA FONSECA DE SOUZAMEU TRABALHO PPE V

Prévia do material em texto

PÂMELA FONSECA DE SOUZA
BRINCAR: PRÁTICA PEDAGÓGICA EDUCATICA
JUIZ DE FORA
2017
PESQUISA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO V
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina Pesquisa e Prática em Educação V sob a orientação do ProfessoraJoana Darc Venancio.
Curso: Pedagogia
JUIZ DE FORA
2017
LINHA DE PESQUISA: PRÁTICAS EDUCATIVAS
ASSUNTO: EDUCAÇÃO DE 0 A 6 ANOS (EDUCAÇÃO INFANTIL)
TEMA: BRINCAR: PRÁTICA EDUCATIVA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................1
APRESENTAÇÃO DO TEMA..........................................................2
QUESTÕES NORTEADORES........................................................4
LEVANTAMENTO DE REFERECNIAL DE PESQUISA...........6
ÁREAS PRINCIPAIS QUE OS ITENS ESCOLHIDOS LIVRO/ARTIGO/TEXTO ABORDAM.................................6
Contribuição dos itens para a sua pesquisa?...................6
BIBLIOGRAFIA.............................................................................8
INTRODUÇÃO
O presente documento tem a finalidade de orientar os profissionais atuantes na Educação Infantil que acreditam que a brincadeira é uma proposta educativa significativa, um dos meios de expressão das crianças que possibilita a investigação e aprendizagem, capaz de transformar o meio em que a criança vive, promovendo qualidade de vida. 
 APRESENTAÇÃO DO TEMA
A partir da pesquisa realizada na área da Educação Infantil, não é possível oferecer uma proposta que não seja pautada no BRINCAR.
Alguns professores engajados na concepção empirista estão construindo uma confiança tradicionalista, fundamentando-se em uma proposta que não se preocupa com a criança.
A finalidade dessa pesquisa é fornecer informações pautadas em uma proposta em que o BRINCAR é indissociável no processo educativo da Educação Infantil.
O objetivo maior é encorajar o educador contemporâneo a repensar em suas práticas, tornando-se cada vez mais crítico e reflexivo buscando oferecer uma proposta que se torne cada vez mais significativa para os alunos.
Sabendo das dificuldades que alguns educadores têm em incentivar e promover a autonomia de cada aluno, de maneira que atenda as necessidades dos mesmos, encontra-se no presente documento sugestões de práticas educativas valorizando o brincar.
É fundamental que o educador perceba que para trabalhar seguindo essa proposta é indispensável conhecer os direitos da criança e o que constitui a sua infância. Dessa forma, poderá intervir de maneira refletida e elaborada, buscando desequilibrar e encaminhar, adequadamente, a hipótese que desafia cada aluno.
Nesse sentido, é necessário exercitar pesquisa cotidiana, como aquele que investiga e indaga sobre as hipóteses que almeja constatar na sua ação pedagógica. Caso contrário, sua intervenção será vazia, nula, mecânica.
É uma prática comum de algumas escolas oferecerem aos alunos atividades, na qual o aluno apenas recebe as informações transmitidas pelo professor, levando atividades para serem feitas em casa (o que será feita pelos familiares), trazendo um prejuízo para as crianças. De nada vale ditar para que elas copiem.
Essa prática tem levado inúmeros alunos ao fracasso, sem espaço de criatividade, sem interagir e trocar informações com o outro, sem aprender de forma significativa através do lúdico.
“Não pretendo organizar atividades para grupos de crianças conceitualmente homogêneas, porém quero reivindicar a necessidade e a importância de determinadas intervenções que têm muito a ver com o conhecimento dos níveisde conceitualização das crianças, e muito particularmente com os conflitos e contradições que os caracterizam. Tenho a noção de que é necessário pensar em intervenções específicas que signifiquem desafios para as crianças em momentos singulares desse processo”
Ana Maria Kaufman (In: Emilia Ferreiro, Os filhos do analfabetismo)
Propõe-se ao educador conhecer profundamente conhecer o seu aluno para então selecionar e elaborar atividades condizentes ao seu ritmo, além de selecionar, organizar e usar brinquedos, materiais e brincadeiras para Educação Infantil, apontando formas de organizar espaços, conteúdos, diversidade de materiais que no conjunto constroem valores para uma educação de qualidade.
Através do que é significativo, o professor diagnostica o educando, partindo daquilo que ele já sabe, instrumentalizando a busca do que ainda desconhece.
Dessa maneira, fica aqui um desafio ao educador- o de criar, repensar as atividades a partir da realidade do aluno, da sua própria história e o das crianças.
Diante disso, fica a pergunta: Como oferecer uma proposta educativa significativa na educação infantil?
QUESTÕES NORTEADORAS
Para atender a esses princípios, o educador deve adotar uma prática pedagógica que compõe a proposta curricular da Educação Infantil devendo ter as interações e brincadeiras como eixos norteadores.
Desde o início do ano escolar, o professor deve considerar as culturas, experiências e saberes diversificados. As crianças devem ser acolhidas para que elas possam se adaptar à nova rotina e ao novo grupo. As atividades e propostas devem considerar as características do grupo de forma a integrá-los e estimulá-los para crescer e aprender.
O professor, no desenvolvimento de sua proposta pedagógica, precisa, através das situações de ensino e aprendizagem, levar os alunos a respeitar as diferenças individuais.
Cada professor deve considerar a criança o centro do planejamento curricular, um sujeito histórico, de direitos, que brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, narra, produzindo cultura.
O brincar é um direito da criança, constitutivo da infância. Criança que não brinca tem o seu direito negado e infância roubada. 
Segundo a Convenção dos Direitos da Criança de 1989: “ Toda criança terá direito à brincar e divertir-se, cabendo à sociedade e as autoridades públicas garantirem à ela o exercício pleno desse direito”.
Sobre o brincar, Marco Legal estimula a criação de espaços lúdicos que propiciem o bem-estar, o brincar e o exercício da criatividade em locais públicos e privados onde haja circulação de crianças.
Propostas Curriculares que valorizam o brincar levam a experimentações, compreendendo que a criança quem deve iniciar a experiência. Ela é protagonista da própria história.
Para educar crianças pequenas, é necessário integrar a educação ao cuidado, mas também a educação e o cuidado à brincadeira. Quando a criança brinca ,ela repete e recria ações prazerosas, ela imagina, cria, compartilha brincadeiras com outros, expressa suas individualidades e sua identidade, participa da cultura lúdica. 
A brincadeira é uma oportunidade para a criança conhecer a si mesma e o mundo. Ela passa a ter experiências corporais e afetivas, experiências com cores, sons. Explora e conhece o mundo. Desenvolve linguagens e formas de expressão, sendo elas expressões gestual, verbal, dramática, plástica e musical, além de favorecer a identidade e diversidade cultural. 
Para aprender novas brincadeiras é necessário contato direto com outras crianças não só do seu agrupamento, mas em outros espaços, em espaços da própria instituição infantil e fora dela. Em situações de cumplicidade entre crianças, aprende-se novas brincadeiras.
De acordo com Vygotsky (1896- 1934) uma das funções do brincar é permitir que a criança aprenda a elaborar e resolver situações conflitantes que ela vivencia no dia a dia. Para isso, ela observa, imita e imagina. Quando imita, ela reconstrói o que vê nos outros, realizando ações além de suas capacidades (médico, mãe, professor).
Quando a criança interage com o mundo adquire experiências narrativas, podendo apreciar várias modalidades de linguagens. 
Para melhor compreensão e desenvolvimento educativo é necessário repensar nos princípiosmetodológicos que irão nortear a prática pedagógica pautada no “brincar”. É necessário adotar uma postura crítica/reflexiva, modificando a prática de educar.
A pouca qualidade na educação infantil ou a falta dela deve ser fruto de uma concepção em que o brincar depende apenas da criança ou que apenas as brincadeiras e brinquedos fazem a proposta acontecer.
Para promover qualidade no ensino é necessário buscar condições que irão emergir na prática pedagógica.
Segue abaixo conjunto de fatores que farão a diferença no processo educativo, resultando em uma educação de qualidade:
O brincar é aceito como um direito da criança?
O espaço foi planejado favorecendo um brincar de qualidade?
Houve liberdade de ação da criança?
Como ocorreu a intermediação do adulto?
Diante disso, é necessário ouvir a criança mais do que falar. Ouvir suas curiosidades, perguntas, histórias, perguntas. Desenvolver um projeto que possibilite um ambiente rico em descobertas, experimentações, ações, trocas entre colegas. Fundamentar-se em uma proposta preocupada com as crianças.
 LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA
A linguagem e o pensamento da criança (Jean Piaget)
Pedagogia da autonomia (Paulo Freire)
Portal de inovação em Educação
Seis estudos da Psicologia (Vygotsky)
Scielo (site científico) 
2-LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DE PESQUISA
A linguagem e o pensamento da criança (Jean Piaget)
Pedagogia da autonomia (Paulo Freire)
Portal de inovação em Educação
Seis estudos da Psicologia (Vygotsky)
Scielo (site científico) 
2.1. ÁREAS PRINCIPAIS QUE OS ITENS ESCOLHIDOS LIVRO/ARTIGO/TEXTO ABORDAM 
As obras são destinadas ao trabalho com alunos de Educação Infantil, fazendo com que os editores e autores busquem inovações pedagógicas e formas mais eficazes de alfabetizar crianças. Respeitando as hipóteses psicogenéticas do aluno na construção do conhecimento e intervindo em sua evolução de forma criativa, lúdica e construtivista, permitindo construir o processo de educação dentro do seu próprio ritmo. 
2.2 CONTRIBUIÇÕES DOS ITENS PARA A MINHA PESUISA
Cada obra estudada busca instrumentalizar e propiciar aos educadores um suporte para a vida prática. São eles:
A linguagem e o pensamento da criança (Jean Piaget): O objetivo é avaliar a subjetividade da criança e a sua formação.
 Pedagogia da autonomia (Paulo Freire): Essa obra reúne métodos que promovem a autonomia através de propostas de situações problemáticas, que não são fechadas em si mesmas, conduzindo novas atividades, novos desafios, novos problemas.
Portal de inovação em Educação: Promove autonomia e estimula o interesse das crianças.
Seis estudos da Psicologia (Vygotsky): Através da teoria de Vigotsky podemos montar situações didáticas dirigida especificamente para cada aluno em diferentes níveis de processo.
Scielo: Ferramenta que permite uma pesquisa científica da área de interesse.
BIBLIOGRAFIA
PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento da criança. Psicologia, 1973.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia- saberes necessários à prática educativa, 1996.
VIGOTSKY, Levi. Seis estudos da Psicologia- Psicologia do desenvolvimento e aprendizagem, 1994.
PORTAL DE INOVAÇÃO EM EDUCAÇÃO, Porvir.
SCIELO. Artigos acadêmicos, 1997.