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Meios Corrosivos
Fonte: Gentil, 2007.
Profa. Rita Superbi
Universidade Federal de Viçosa
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas
Curso de Engenharia Química 
ENQ 430 - Corrosão
Pag  2
MEIOS DE CORROSÃO
 O ar contém umidade, sais em suspensão, gases industriais,
poeira, etc.
 O eletrólito constitui-se da água que condensa na superfície
metálica, na presença de sais ou gases presentes no ambiente.
 Outros constituintes como poeira e poluentes diversos podem
acelerar o processo corrosivo.
Atmosfera
Pag  3
Atmosfera
A ação corrosiva da atmosfera depende fundamentalmente dos
fatores:
• Umidade relativa;
• Substâncias poluentes: particulados e gases;
• Temperatura;
• Tempo de permanência do filme de eletrólito na superfície
metálica.
Além destes fatores devem ser considerados os fatores
climáticos como intensidade e direção dos ventos, variações
cíclicas de temperatura e umidade e chuvas e insolação (radiações
ultravioleta).
Pag  4
Corrosão atmosférica
Corrosão Atmosférica
Pag  5
A poluição e a destruição dos monumentos e mobiliários urbanos
Corrosão Atmosférica
Pag  6
A poluição e a destruição dos monumentos e mobiliários urbanos
Corrosão Atmosférica
Pag  7
A corrosão atmosférica pode ser classificada em três tipos:
 Seca 
 Úmida
 Molhada
em função do grau de umidade na superfície metálica.
Corrosão Atmosférica
Pag  8
• Ocorre em atmosfera isenta de umidade sem qualquer
presença de filme de eletrólito na superfície metálica.
• Neste caso, tem-se uma lenta oxidação com formação de
produtos de corrosão, podendo o mecanismo ser considerado
puramente químico : caso do escurecimento de prata ou de
cobre por formação de Ag2S e CuS, respectivamente, devido à
presença de gás sulfídrico, H2S, na atmosfera ou meio
ambiente.
Corrosão atmosférica seca
Corrosão Atmosférica
Pag  9
• Ocorre quando a atmosfera apresenta umidade relativa
menor que 100%, formando-se um fino filme de eletrólito
depositado na superfície metálica.
• A velocidade do processo corrosivo dependerá da umidade
relativa, dos poluentes atmosféricos e higroscopicidade dos
produtos de corrosão.
Corrosão atmosférica úmida 
Corrosão Atmosférica
Pag  10
• Quando os materiais estão em contato com uma atmosfera
com umidade relativa perto de 100%.
• Ocorre condensação na superfície metálica observando-se
que a superfície fica molhada com o eletrólito como, por
exemplo, chuva e névoa salina depositadas na superfície
metálica.
Corrosão atmosférica molhada
Corrosão Atmosférica
Pag  11
A composição nominal aproximada da atmosfera, excluindo
impurezas, é dada na Tabela 1.
Atmosfera
Tabela 1. Composição nominal da atmosfera.
Pag  12
• A maioria dos constituintes é relativamente constante, exceto os
de vapor de água, que seguem as variações climáticas, estação do
ano e localização.
• Entre os outros constituintes, O2 e CO2 são importantes do ponto
de vista de corrosão. O oxigênio dissolvido no eletrólito é o reagente
catódico nos processos de corrosão. Além disso, desde que filmes
eletrólitos são finos, a difusão de oxigênio através do filme, de uma
interface para outra, é rápida.
• A influência do CO2 é importante apenas no caso de uns poucos
metais: por exemplo, na corrosão do Zn e, em uma extensão menor,
na corrosão dos aços.
Atmosfera
Pag  13
As concentrações dos principais contaminantes na atmosfera estão
apresentadas na Tabela 2.
Contaminantes na atmosfera 
Tabela 2. Concentrações típicas de impurezas na atmosfera.
Pag  14
Contaminantes na atmosfera 
Particulados
As partículas sólidas, sob a forma de poeiras, existem na
atmosfera e a tornam mais corrosiva, pois pode-se verificar:
• Deposição de substâncias que retêm umidade, isto é são
higroscópicas, acelerando o processo corrosivo, pois aumentam o
tempo de permanência da água na superfície metálica, como por
exemplo, o cloreto de cálcio e o cloreto de magnésio;
• Deposição de sais que são eletrólitos fortes, como o sulfato
de amônio (proveniente da reação entre amônia e óxidos de
enxofre presentes na atmosfera) e também de NaCl (ação
corrosiva de atmosferas marinhas).
Pag  15
Estátua de Pedro 
Álvares Cabral (RJ) com 
a característica pátina 
esverdeada, de sais de 
cobre, devida à 
atmosfera salina.
Contaminantes na atmosfera 
Pag  16
Contaminantes na atmosfera 
Cúpula do Teatro Municipal (RJ) com a pátina esverdeada.
Pag  17
Contaminantes na atmosfera 
Particulados
• Deposição de material metálico: se a natureza
química do material depositado for diferente daquela da
superfície sobre a qual estiver depositado, poderá
ocorrer formação de pilhas de eletrodos metálicos
diferentes, com conseqüente corrosão galvânica;
Pag  18
Contaminantes na atmosfera 
Particulados
• Deposição de partículas sólidas que, embora inertes para
o material metálico, podem reter sobre a superfície metálica
gases corrosivos existentes na atmosfera ( caso de partículas
de carvão que, devido ao seu grande poder de adsorção,
retiram gases de atmosferas industriais, os quais com a
umidade formam substâncias corrosivas como o ácido sulfúrico
e o nítrico.
Pag  19
• Um tipo de contaminante atmosférico são as partículas salinas de
cloreto de sódio. A atmosfera marinha está carregada com
partículas de cloreto de sódio trazidas pelo vento e depositada nas
superfícies expostas.
• A quantidade de contaminação em sal é grandemente afetada
pelos ventos (intensidade e direção).
• O sal marinho, contém quantidades apreciáveis de íons de
potássio, magnésio e cálcio que são higroscópicos. O íon Cl- é
agressivo aos aços inoxidáveis, provocando corrosão por pites.
Atmosfera marinha 
Contaminantes na atmosfera 
Pag  20
Particulado vermelho 
de óxidos de ferro em 
atmosfera industrial 
siderúrgica.
Corrosão Atmosférica
Pag  21
Particulado 
vermelho de 
óxidos de ferro 
em atmosfera 
industrial 
siderúrgica
Corrosão Atmosférica
Pag  22
Contaminantes na atmosfera 
Gases 
Além dos gases constituintes da atmosfera, principalmente
oxigênio e nitrogênio, são freqüentemente encontrados:
monóxido de carbono, CO; dióxido de carbono, CO2;
ozônio,O3; dióxido de enxofre, SO2; trióxido de enxofre, SO3;
monóxido de nitrogênio, NO; dióxido de nitrogênio, NO2;
e, em áreas mais localizadas: gás sulfídrico, H2S; amônia, NH3;
cloreto de hidrogênio, HCl; fluoreto de hidrogênio, H2F2; e cloro,
Cl2.
Pag  23
Contaminantes na atmosfera 
Dióxido de carbono
• O gás carbônico, juntamente com o monóxido de carbono, são
normalmente originados da queima de combustíveis, como os
hidrocarbonetos (gasolina, óleo) e carvão.
• Em temperaturas normalmente encontradas em atmosferas
ambientais, não costumam ser corrosivos para materiais metálicos,
embora o gás carbônico forme H2CO3, ácido fraco.
• Entretanto, gás carbônico e umidade ocasionam a carbonatação
de concreto, responsável pela deterioração deste material.
Pag  24
Contaminantes na atmosfera 
Ozônio
O ozônio é prejudicial para elastômeros, como a borracha, que
sob ação prolongada desse gás sofre oxidação, perdendo sua
elasticidade e chegando a ficar quebradiça.
Pag  25
Contaminantes na atmosfera 
Dióxido de enxofre
O dióxido de enxofre, SO2 e o trióxido de enxofre, SO3, são os
mais freqüentes constituintes corrosivos de atmosferas
industriais, em razão de as indústrias usarem óleos combustíveis
contendo geralmente 3 a 4% de enxofre.
Estes gases formam, com a umidade presente no ar,
respectivamente, ácido sulfúrico e ácidosulfídrico, justificando o
fato de as atmosferas industriais serem bastantes corrosivas.
Pag  26
Atmosfera industrial
• Embora outros contaminantes agressivos estejam presentes, o
dióxido de enxofre (SO2) é mais importantes.
• Sob condições de umidade, em presença de SO2, forma-se ácido
sulfúrico, que se deposita em gotículas microscópicas nas
superfícies expostas.
• O resultado é que os contaminantes de uma atmosfera industrial
juntamente com a umidade atmosférica, produzem uma película de
ácido altamente corrosiva nas superfícies expostas.
Contaminantes na atmosfera 
Pag  27
• Tem-se observado que o dióxido de enxofre é adsorvido
seletivamente sobre vários metais.
• Aços com ferrugem, por exemplo, adsorvem quantidades
consideráveis de SO2.
• Metais como cobre, chumbo e níquel são atacados por H2SO4,
formando seus sulfetos.
• Alguns dos sulfatos, como o PbSO4, sendo insolúveis, propiciam
proteção ao substrato, enquanto que outros sulfatos, como os de
níquel e de cobre são solúveis sob ação da umidade e protegem
os metais somente após certo período.
Contaminantes na atmosfera 
Pag  28
Meio ambiente com 
poluente atmosférico 
contendo particulados, 
como fuligem de carbono 
e óxidos de enxofre, SO2
e SO3, possibilitando a 
formação da chamada 
chuva ácida contendo 
ácido sulfúrico, H2SO4.
Contaminantes na atmosfera 
Pag  29
Os óxidos de nitrogênio, NO e NO2, cuja principal origem é a
exaustão de veículos automotivos, podem ainda resultar da
combinação de nitrogênio e oxigênio atmosféricos, por meio de
descargas elétricas.
Estes óxidos dão lugar à formação de ácido nítrico.
Óxidos de nitrogênio
Contaminantes na atmosfera 
Pag  30
Área industrial sujeita à poluição
Contaminantes na atmosfera 
Pag  31
Área industrial sujeita à poluição.
Contaminantes na atmosfera 
Pag  32
Contaminantes na atmosfera 
O gás sulfídrico, H2S, nas atmosferas próximas às refinarias de
petróleo, mangues e pântanos, é o gás responsável pelo
escurecimento do cobre, ou de suas ligas, pois há formação de
sulfetos de cobre preto, CuS;
• aparecimento de coloração amarela, em materiais com
revestimento de cádmio, devido à formação de sulfeto de
cádmio, CdS;
Gás sulfídrico
Pag  33
Contaminantes na atmosfera 
Gás sulfídrico
• decomposição de revestimentos com tintas à base de zarcão
(óxido de chumbo, Pb3O4), que ficam pretas devido à formação
de sulfetos de chumbo, PbS;
• escurecimento de contatos telefônicos ou de equipamento de
telecomunicações de prata devido à formação de sulfeto de
prata, Ag2S, prejudicando o funcionamento dos mesmos.
Por isso, em contatos ou equipamentos de maior importância,
são usados contatos de ouro ou revestidos com ródio.
Pag  34
• A amônia, NH3, ocorre nas atmosferas vizinhas às fábricas de
ácido nítrico, HNO3, e de uréia, que usam amônia como matéria-
prima, e de fertilizantes, onde amônia é usada para posterior
fabricação de fertilizantes, como sulfato de amônio, o fosfato mono
ou diamônio.
• Deve-se evitar, nestas regiões, a presença de instalações de
cobre ou suas ligas, pois são bastante atacadas pela ação
conjunta de amônia, oxigênio e água.
• O sulfato de amônia é higroscópico e ácido estimulando o início
de processos de corrosão.
Contaminantes na atmosfera 
Amônia 
Pag  35
Contaminantes na atmosfera 
Cloreto de hidrogênio
O cloreto de hidrogênio, HCl(g), está presente nas
proximidades de fábricas de PVC (cloreto de polivinila), que
o utilizam como matéria-prima, em contato com a umidade
atmosférica forma o ácido clorídrico, forte agente corrosivo
(quando diluído é chamado de ácido muriático).
Pag  36
Contaminantes na atmosfera 
Fluoreto de hidrogênio
• O fluoreto de hidrogênio, HF(g), está presente nas
proximidades de fábricas de fertilizantes.
• Geralmente, a matéria-prima destas fábricas, que é a apatita
– fosfato de cálcio, Ca3(PO4)2 –, tem como impurezas cloreto e
fluoreto de cálcio, CaCl2 e CaF2.
Pag  37
• Quando a apatita é tratada com ácido sulfúrico, para
obtenção de superfosfato, ocorre o desprendimento de HCl(g)
e HF(g), provenientes respectivamente do cloreto e do fluoreto
de cálcio.
• Estes gases, em presença de umidade, formam os
respectivos ácidos clorídrico e fluorídrico, que são agentes
corrosivos, sendo que o ácido fluorídrico ataca também vidros.
Contaminantes na atmosfera 
Fluoreto de hidrogênio
Pag  38
Meio ambiente com poluentes atmosféricos: 
ácido clorídrico e traços de ácido fluorídrico.
Contaminantes na atmosfera 
Pag  39
Contaminantes na atmosfera 
Chaminés com emanações de 
ácidos clorídrico e fluorídrico 
tornando agressiva a atmosfera.
Pag  40
Contaminantes na atmosfera 
Detalhe da estrutura que aparece na foto anterior e que sofreu 
ação corrosiva dos ácidos clorídrico e fluorídrico.
Pag  41
Contaminantes na atmosfera 
Cloro 
• O cloro, Cl2, pode ser encontrado nas proximidades de fábricas de soda
cáustica, NaOH.
• Nestas fábricas, ocorre a eletrólise de salmoura, solução concentrada de
cloreto de sódio, obtendo-se soda cáustica, hidrogênio e cloro.
• Havendo deficiente controle da emissão de gases, a atmosfera pode ficar
poluída com cloro que, reagindo com a umidade atmosférica, formará ácido
clorídrico.
• O cloro poderá, ainda, ser originado de estações de tratamento de água,
que o usam para controle microbiológico, e de fábricas de celulose, que o
usam para branqueamento.
Pag  42
• A atmosfera rural não contém contaminantes químicos
fortes, mas pode conter poeiras orgânicas e inorgânicas.
• Seus principais constituintes são a umidade e elementos
gasosos como oxigênio e dióxido de carbono.
• As atmosferas áridas ou tropicais são casos especiais de
atmosfera rural.
Atmosfera rural 
Atmosfera
Pag  43
• Em climas áridos há pouca ou nenhuma chuva mas pode
haver às vezes umidade relativa elevada e condensação.
• Nas regiões tropicais, alem da temperatura média elevada, o
ciclo diário inclui uma umidade relativa elevada, insolação
intensa e longos períodos noturnos de condensação.
• Em regiões confinadas, a umidade de condensação pode
persistir bastante tempo após o nascer do sol.
• Tais condições podem provocar ambientes bastante
corrosivos.
Atmosfera
Pag  44
• Uma outra fonte de contaminação atmosférica rural é o composto
de nitrogênio.
• Estes compostos podem ser originados de fontes naturais: por
exemplo, a formação de amônia durante tempestades elétricas e de
fontes sintéticas, tais como aquelas formadas devido ao uso
crescente de fertilizantes artificiais.
• A presença de amônia causa corrosão sob tensão de latão
trabalhado a frio.
Atmosfera
Pag  45
Atmosfera
Outros fatores
Quanto aos outros fatores que podem influenciar a ação corrosiva
da atmosfera, é preciso considerar ainda:
A temperatura
Em alguns casos, se for elevada, poderá diminuir a possibilidade
de condensação de vapor d`água na superfície metálica e a
adsorção de gases, minimizando a possibilidade de corrosão.
Pag  46
Atmosfera
O tempo de permanência do filme de eletrólito na superfície metálica
É evidente que, quanto menor este tempo, menor a ação
corrosiva da atmosfera.
Os fatores climáticos podem ter grande influência neste caso; as
chuvas podem ser benéficas, solubilizando os sais presentes na
superfície metálica e retirando-os da mesma; mas, se houver
frestas ou regiões de estagnação, as soluções dos sais podem
ficar depositadas e aumentam a condutividade do eletrólito,
acelerando o processo corrosivo.
Pag  47
Atmosfera
Os ventos
Podem arrastar,para as superfícies metálicas, agentes poluentes e
névoa salina;
Dependendo da velocidade e da direção dos ventos, estes
poluentes podem atingir instalações posicionadas até em locais
bem afastados das fontes emissoras.
Pag  48
As estações climáticas 
Atmosfera
Em função das estações do ano, pode-se ter uma ação mais
intensa destes fatores climáticos;
em certos países, aumenta muito o teor de SO2 durante o
inverno, devido à maior queima de carvão para alimentar os
sistemas de aquecimento, ocasionando maiores taxas de
corrosão;
Pag  49
Insolação (raios ultravioleta)
Atmosfera
Causa deterioração (calcinação ou empoamento) em películas de
tintas à base de resina epóxi e em PRFV (plástico reforçado com
fibra de vidro, como poliéster reforçado com fibra de vidro) e
ocasiona ataque no material plástico.
No caso de revestimentos de estruturas metálicas ou
equipamentos, expostos à insolação, recomenda-se o uso de
tintas à base de revestimento poliuretânica, que são resistentes á
radiação ultravioleta.
Pag  50
Tubos de PRFV (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro) aparecendo 
a fibra de vidro devido à deterioração por radiações solares.
Corrosão atmosférica
Pag  51
Tubulação com gizamento ou empoamento na parte superior 
exposta à incidência solar.
Corrosão atmosférica
Pag  52
Tanque de PRFV revestido com tinta para evitar a deterioração 
causada por radiações solares.
Corrosão atmosférica
Pag  53
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Ferro 
• Os óxidos de enxofre são os principais poluentes existentes no ar
e os principais responsáveis pela corrosão do ferro.
• Em atmosferas contendo óxidos de enxofre e óxidos de
nitrogênio, a corrosão do aço-carbono é severa.
• Os chamados aços patináveis ou aclimatáveis são aqueles
que dentro de certas condições se recobrem de uma ferrugem
protetora, não necessitando da aplicação de tintas ou
revestimentos.
Pag  54
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Ferro
• Estes aços, embora não tenham resistência à corrosão como a
de um aço inoxidável, apresentam maior resistência à corrosão
atmosférica que o aço-carbono.
• Essa maior resistência de deve ao fato de que durante o
período inicial de corrosão atmosférica há formação de ferrugem
e, ao contrário do aço carbono, essa ferrugem tende, após algum
tempo, a se estabilizar: o filme de óxido é muito denso, e nem a
água nem o oxigênio podem atravessá-lo.
Pag  55
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Ferro
• Esses aços vem sendo muito usados em construções de
edifícios, pontes, viadutos, monumentos e vagões de estradas de
ferro, sem que haja necessidade de pintá-los: após o período de
estabilização da ferrugem, cerca de um a dois anos, o aço fica
com uma coloração castanha-escura característica da ferrugem
deste tipo de aço.
• Esse aços resistem a atmosferas rurais, urbanas e industriais,
e a atmosfera vizinhas ao mar, mas sem incidência direta de
névoa salina. Quando sujeitos à ação direta de névoa salina,
necessitam também de proteção com revestimento de tintas.
Pag  56
Estrutura de aço patinável ou aclimável ainda com carepa.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  57
Estrutura de aço patinável 
com o aspecto final, isto é, 
sem a carepa após 
exposição atmosférica.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  58
Estruturas de concreto e aço patinável já expostas durante cerca de 10 anos.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  59
Estruturas de concreto e aço patinável já expostas durante cerca de 10 anos
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  60
Monumento aos Açorianos, em aço patinável – Porto Alegre, R.S.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  61
Monumento aos Açorianos, em aço patinável – Porto Alegre, R.S.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  62
Ponte sobre a Rodovia Presidente Dutra (RJ-SP) com estrutura em aço patinável.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  63
Trecho mais próximo da ponte.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  64
Detalhe de componente 
estrutural (aspecto 
escuro devido à provável 
deposição de carbono, 
finamente dividido, 
proveniente da queima 
de combustível pelos 
veículos).
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  65
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Zinco
O zinco é muito usado em revestimento, como o aço
galvanizado, que é bastante utilizado em componentes de linhas
de transmissão, em chapas para recobrimento ou tapamento
lateral de instalações industriais, em tubos usados como
eletrodutos, em componentes de sistemas de telefonia e de
transmissão de corrente elétrica e em silos para armazenamento
de cereais em áreas agrícolas.
Quando o aço galvanizado é exposto a atmosferas não poluídas,
há formação de óxido de zinco, ZnO, ou hidróxido de zinco,
Zn(OH)2, que, sob ação do gás carbônico, forma o carbonato
básico de zinco, insolúvel (3Zn(OH)2.ZnCO3).
Pag  66
• Esses compostos, que são brancos, recobrem a superfície do
zinco e tem características protetoras.
• Entretanto em atmosferas poluídas, principalmente com produtos
ácidos, como óxidos de enxofre, o zinco sofre severa corrosão.
• Em estruturas galvanizadas sujeitas à ação direta de óxidos de
enxofre, ocorre corrosão do zinco com formação de sulfato de
zinco, solúvel e, portanto, não protetor.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Zinco
Pag  67
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Alumínio 
• O alumínio e suas ligas são usados sob as formas de chapas
corrugadas ou trapezoidais, para cobertura ou tapamento lateral de
estruturas tubulares e de componentes anodizados, principalmente
na indústria de construção civil, visando não só à maior resistência à
corrosão do alumínio anodizado como também ao bom aspecto
decorativo.
• A película de óxido de alumínio formada quando exposto ao ar, ou
quando submetia ao processo de anodização, é responsável pela
resistência que o alumínio, ou suas ligas, apresenta à corrosão
atmosférica.
Pag  68
• Entretanto, em atmosferas contendo poluentes ácidos,
principalmente HCl, ocorre a solubilização do óxido de alumínio e
posterior solubilização do alumínio, com formação de cloreto de
alumínio, AlCl3, solúvel. No caso de atmosferas contendo óxido de
enxofre, tem-se observado que o alumínio apresenta maior
resistência de que o zinco à ação do ácido sulfúrico diluído.
• Em atmosferas marinhas o fator mais influente é a deposição de
particulados, principalmente se forem higroscópicos: embaixo do
depósito há processo corrosivo por aeração diferencial, com
formação de pites.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Alumínio 
Pag  69
Chapas de alumínio manchadas em decorrência do armazenamento: 
chapas superpostas
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  70
Manchas escuras em alumínio usado em coberturas de instalações industriais
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  71
Cobre 
Quando expostos à atmosfera ambiental o cobre e suas ligas
(latão amarelo ou bronze) formam, inicialmente, óxido de
cobre, Cu2O, cuprita, de coloração castanha, que tem
características protetoras, e com o tempo, na presença de
oxigênio, forma-se o CuO, de cor preta. Por fim, com a
presença de umidade e gás carbônico, CO2, aparece a
coloração esverdeada, devido à formação dos carbonatosbásicos:
CuCO3 . Cu(OH)2 (malaquita)
2 CuCO3 . Cu(OH)2 (azurita)
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  72
Em atmosferas poluídas, como as industriais, contendo SO2, H2S ou 
NH3, ocorrem as possíveis reações corrosivas:
2 Cu2O + SO2 + 3/2 O2 + 3 H2O = CuSO4 . 3 Cu(OH)2 
(brochantita)
3 CuO + SO2 + ½ O2 + 2 H2O = CuSO4 . 2 Cu(OH)2 (anterita)
sulfatos básicos, que são insolúveis e esverdeados.
Cu2O + H2S = Cu2S + H2O
CuO + H2S = CuS + H2O
Cu + ½ O2 + H2S = CuS + H2O
sulfetos de cobre que são insolúveis e pretos.
Cu + 4 NH3 + ½ O2 + H2O = Cu(NH3)4(OH)2 (azulado)
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  73
Tubo de cobre com perfuração e produto de corrosão com coloração 
azulada de sulfato de cobre.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  74
Tubo de cobre com produto de corrosão 
esverdeado de cloreto de cobre.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  75
Componente de latão com ataque localizado nas áreas de solda formando o 
produto de corrosão, Cu(NH3)4(OH)2, de coloração azulada.
Corrosão atmosférica de ferro, zinco, alumínio e cobre
Pag  76
Observações gerais
Corrosão atmosférica
• No início da corrosão, a sua velocidade só depende da composição
da atmosfera, independente da composição do material metálico;
• Quando se forma o produto de corrosão, o material passa a se
corroer numa velocidade que depende da composição do material e
do produto de corrosão;
• Em atmosferas poluídas (SOx, NaCl, umidade relativamente alta), a
velocidade de corrosão vai depender da composição do material
metálico pois, neste caso, o produto de corrosão não tem geralmente
características protetoras;
Pag  77
Corrosão atmosférica
• Em atmosferas não-poluídas, a ferrugem (produto de corrosão) é
constituída pelo composto Fe2O3H2O, insolúvel – logo, uma vez
formada, esta camada de óxido dá uma relativa proteção contra
posterior ataque;
• Em atmosferas não-poluídas, pode usar aço ao carbono,
reservando-se o uso de aços mais caros, de baixa liga, para
atmosferas poluídas, pois aí a composição do material metálico é o
fator determinante;
Observações gerais
Pag  78
• As chuvas podem ter uma ação benéfica em atmosferas poluídas,
pois lavam a superfície metálica exposta, impedindo a concentração
do agente atmosférico corrosivo sobre o material;
• Em atmosferas poluídas, é conveniente o emprego de
revestimentos protetores, como películas de tintas de alto
desempenho, como aquelas à base de resinas poliuretana, epóxi,
vinílica,acrílica ou de silicatos inorgânico ou orgânico de zinco.
Observações gerais
Corrosão atmosférica
Pag  79
Os processos de corrosão em água são complexos,
dependendo de muitos parâmetros do próprio metal, da água e
das condições de funcionamento (por exemplo; caldeiras,
tubulações, etc.).
Água naturais 
MEIOS CORROSIVOS
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• O ambiente marinho é o mais corrosivo de todos os meios
naturais.
• Compreende desde a atmosfera contaminada com sal do mar até
regiões mais profundas do oceano e o lodo sobre o fundo do mar.
• Os componentes e estruturas que estão normalmente expostos a
meios marítimos são, por exemplo, as bombas e tubulações de água
do mar, navios, submarinos, cais, estacas e plataformas de petróleo
costeiras.
Água do mar 
Pag  81
Água do mar 
• A água do mar contém cerca de 3,4 % de sais dissolvidos e é
levemente alcalina (pH ≈ 8,0). Devido a isto ela é um bom
eletrólito.
• A corrosão em água do mar é afetada pela velocidade e
temperatura da água e pelo conteúdo de oxigênio e organismos
biológicos presentes na mesma.
• É importante ressaltar que a velocidade de corrosão em água
do mar pode variar segundo as condições locais e isto deve ser
levado em consideração ao se comparar resultados.
Pag  82
Os materiais metálicos em contato com a água tendem a sofrer
corrosão, a qual vai depender de várias substâncias que podem estar
contaminando a mesma. Entre os contaminantes mais freqüentes
estão:
• Gases dissolvidos: oxigênio, nitrogênio dióxido de carbono, cloro,
amônia, dióxido de enxofre e gás sulfídrico;
• Sais dissolvidos: cloreto de sódio, de ferro e de magnésio,
carbonato de sódio, bicarbonato de cálcio, de magnésio e de ferro;
• Matéria orgânica de origem animal ou vegetal;
• Bactérias, limos e algas;
• Sólidos suspensos.
Águas naturais 
Pag  83
Na apreciação do caráter corrosivo da água, também devem ser
considerados o pH, a temperatura, velocidade e ação mecânica.
Assim, por exemplo, em água:
• potável, é de fundamental importância a qualidade sanitária,
procurando-se evitar presença de sólidos suspensos, de sais
como de mercúrio e de chumbo e de microorganismos;
• para sistemas de resfriamento, procura-se evitar a presença
de sólidos suspensos ou sais formadores de depósitos, e
crescimento biológico, que poderiam, ao se depositarem, criar
condições para corrosão por aeração diferencial;
Águas naturais 
Pag  84
• para a geração de vapor, evita-se a presença de oxigênio e de
sais incrustantes como bicarbonatos de cálcio e de magnésio. No
caso de caldeiras, o oxigênio oxida a magnetita, Fe3O4, protetora,
formando Fe2O não protetor, e os sais incrustantes depositariam,
por exemplo, CaCO3, carbonato de cálcio, dificultando a troca
térmica;
• para processo de fabricação de produtos químicos ou
farmacêuticos, evita-se a presença de impurezas, como sais,
usando-se água desmineralizada ou deionizada, e, no caso do
produto farmacêutico ou medicamentos, também esterilizada.
Águas naturais 
Pag  85
A corrosão provocada por águas naturais depende, portanto, de
muitos fatores, dentre os quais pode-se destacar teores de cloreto,
enxofre e oxigênio, além da dureza da água.
O teor de cloreto pode variar desde poucas partes por milhão (ppm)
até centenas de ppm, em um mesmo país. Os compostos de
enxofre também variam de região para região, dependendo de sua
principal atividade econômica.
A dureza da água está relacionada com a quantidade de sais
minerais dissolvidos. É importante assinalar que águas moles são
mais corrosivas que as duras, pois os carbonatos presentes nestas
últimas depositam sobre o metal, protegendo-o.
Águas naturais 
Pag  86
 Os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias.
 Alguns solos apresentam também, características
ácidas ou básicas.
 O eletrólito constitui-se principalmente da água com
sais dissolvidos.
MEIOS DE CORROSÃO
Solos
Pag  87
MEIOS DE CORROSÃO
Solos
O comportamento do solo como meio corrosivo dever ser
considerado de grande importância, levando-se em consideração
as enormes extensões de tubulações enterradas, como oleodutos,
gasodutos, adutoras e minerodutos, e a grande quantidade de
tanques enterrados armazenando combustíveis.
A velocidade de corrosão no solo é muito influenciada pela
natureza do solo. Esta natureza se relaciona a diversas variáveis
evidenciadas a seguir.
Pag  88
Corrosão em solos 
• O solo pode ser considerado como um dos meios mais
complexos para se determinar previamente sua ação agressiva
para o materiais metálicos.
• Essa complexidade fica evidenciada na tomada de amostras
de solos para análises físico-químicas.
• Dois problemas costumam ocorrer: a variabilidade dos solos
dificultando a tomada de amostras no campo e a divergência dos
tipos de análises.
Pag  89
Tomada de amostra – variabilidade:
• aeração, 
• umidade, 
• pH
• potencial redox, 
• microorganismos
• condições climáticas
• heterogeneidade do solo.
Corrosão em solos 
Pag  90
AsCaracterísticas físico-químicas do solo que podem influir 
mais diretamente na sua ação corrosiva são:
• presença de água, 
• sais solúveis e gases
• acidez
• pH
• resistividade elétrica
• potencial redox.
Corrosão em solos 
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Corrosão em solos 
Condições operacionais: 
• condições climáticas 
• emprego de fertilizantes
• despejos industriais 
• profundidade 
• aeração diferencial
• contato bimetálico
• correntes de fuga.
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Corrosão em solos 
• Os solos variam largamente nas características físicas e químicas
que influenciam na sua agressividade.
• As características físicas de importância na corrosão são aquelas
que determinam a permeabilidade do solo ao ar e à água.
• As substâncias químicas que influenciam na corrosão são aquelas
solúveis na água. A presença de algumas aumenta e de outras
diminui a agressividade do meio.
• A resistividade iônica do solo é determinada não só pela natureza
e concentração de íons condutores como pelo teor de umidade, pela
temperatura, etc.
Pag  93
• Além disso, ainda há possibilidade de corrosão por correntes
parasitas e corrosão por bactérias.
• A corrosão nos solos também é um fenômeno eletroquímico,
mas tendo em vista os muitos fatores em jogo e ainda a inter-
relação dos seus efeitos, o mecanismo ainda assim é mais
complexo do que a corrosão em água, o que torna também
mais complexo o seu estudo em laboratório e em condições
naturais.
Corrosão em solos 
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• Os ensaios normalmente efetuados para avaliar a agressividade
dos solos são: resistividade iônica, pH, capacidade de retenção de
água, acidez total, alcalinidade, teor em cloretos, sulfatos, sulfetos e
bactérias.
• É muito freqüente a determinação apenas da resistividade iônica,
já que está depende da maioria dos fatores mencionados acima,
que apresenta a vantagem de poder ser feita no local, sem retirada
de amostra, com determinações a diversas profundidades.
• Os solos com alta condutividade iônica são, geralmente, muito
mais corrosivos.
Corrosão em solos 
Pag  95
• Ferro fundido e aço carbono com ou sem revestimentos orgânicos
e proteção catódica são os materiais comumente utilizados em
estruturas enterradas.
• Os demais materiais não são, na maioria dos casos,
economicamente viáveis.
• A corrosão do solo ocorre, usualmente na forma de pite, e é
causada por diferenças locais no potencial, devido principalmente a
diferenças nas concentrações de oxigênio e de sais.
Corrosão em solos 
Pag  96
• A atividade biológica de organismos vivos presentes em um dado
meio (água, solo, etc.) pode afetar, direta ou indiretamente, o
processo de corrosão de um metal.
• Observa-se que os organismos vivos vivem e se reproduzem em
meios de pH entre 0 e 11, a temperaturas de 0 a 80 oC e sob
pressões de até 1000 atm.
• Portanto, a atividade dos organismos vivos pode afetar a corrosão
de um metal numa grande variedade de ambientes.
Corrosão em outros meios 
Corrosão biológica 
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Corrosão em outros meios 
Corrosão biológica 
Os organismos vivos são mantidos por reações químicas, isto é,
ingerem um reagente ou alimento e eliminam produtos que podem
ser agressivos.
Esses processos podem afetar a corrosão metálica através de uma
das seguintes maneiras:
• influenciando diretamente as reações anódica e catódica;
• influenciando as películas protetoras formadas sobre o metal;
• criando condições corrosivas;
• produzindo depósitos.
Pag  98
Microorganismos
• Os microorganismos são classificados de acordo com sua
capacidade de crescer em presença ou ausência de oxigênio.
• Os microorganismos que necessitam de oxigênio no seu processo
metabólico são chamados de aeróbicos; os que não necessitam de
oxigênio são chamados anaeróbicos.
• Uma das mais importantes bactérias anaeróbicas que afetam a
velocidade de corrosão de estruturas de aço enterradas é a bactéria
Desulfovibrio desulfurican. Esta bactéria reduz os íons sulfato a íons
sulfeto.
Corrosão biológica 
Pag  99
A Thiobacillus thioxidans é uma bactéria aeróbica capaz de oxidar o
elemento enxofre em ácido sulfúrico de acordo com a seguinte
reação química:
Este tipo de bactéria se desenvolve preferencialmente em baixos
valores de pH e pode produzir ácido sulfúrico cuja concentração
pode atingir 5% em áreas localizadas.
Portanto, estas bactérias atuam no sentido de criar condições
extremamente corrosivas.
Corrosão biológica 
Pag  100
• Bactérias redutoras de íons sulfatos e oxidantes do elemento
enxofre podem atuar de maneira cíclica de acordo com as
mudanças de solo.
• Assim, quando o solo está molhado e a quantidade de oxigênio
diminui, desenvolve-se a bactéria redutora de íons sulfato;
quando o solo está seco e rico em oxigênio desenvolve-se a
bactéria oxidante do elemento enxofre.
• Estes ciclos diminuem ainda mais a vida útil de uma estrutura
metálica.
Corrosão biológica 
Pag  101
• Existem ainda, vários outros microorganismos que podem afetar,
direta ou indiretamente, a velocidade de corrosão dos metais.
• Existe, por exemplo, um grupo de microorganismo que assimilam
os íons ferrosos presentes numa solução, precipitando-os como
hidróxido ferroso ou férrico ao redor de suas paredes celulares.
• O crescimento destas bactérias em superfícies de aço tende a
produzir corrosão por frestas.
• Certas bactérias são capazes de oxidar amônia em ácido nítrico,
produzindo soluções diluídas de ácido nítrico que são bastante
corrosivas para o ferro e outros metais.
Corrosão biológica 
Pag  102
• Outros tipos de bactéria também produzem dióxido de carbono
que pode contribuir para a formação de ácido carbônico,
aumentando também a corrosividade do meio.
• Para prevenir a corrosão microbiológica é importante,
inicialmente, certificar-se da presença dos microorganismos. Isto
pode ser feito fazendo-se uma cultura da amostra.
• No caso da bactéria redutora de sulfato, a existência de sulfeto
ferroso como produto de corrosão de estruturas de aço é uma forte
indicação de atividade biológica.
Corrosão biológica 
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• Deve-se lembrar, entretanto, que o sulfato ferroso nem sempre é
gerado pela bactéria redutora de sulfato.
• Uma das formas de proteger as estruturas metálicas enterradas de
corrosão microbiológica é separando-as do solo com revestimentos
de asfalto, verniz, plástico ou concreto.
• Este último é pouco eficaz na presença de bactérias oxidantes do
elemento enxofre porque é rapidamente atacado pelo ácido
sulfúrico.
• Em alguns casos é possível reduzir a corrosão microbiológica
alterando o meio corrosivo. Um exemplo disto é a freqüente
eliminação de enxofre de águas de esgoto através de aeração.
Corrosão biológica

Outros materiais