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1 AULA 27 TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO Trabalho e energia cinética de rotação: Seja uma força externa 𝑭𝒊 aplicada a uma partícula no ponto P. O trabalho infinitesimal num deslocamento 𝒅𝒔𝒊 = 𝒓𝒊 ∙ 𝒅𝜽 é: iF ir isd 𝒅𝑾𝒊 = 𝑭𝒊 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝝋 ∙ 𝒓𝒊 ∙ 𝒅𝜽 𝒅𝑾𝒊 = 𝝉𝒊 ∙ 𝒅𝜽 Componente tangencial de 𝑭𝒊 O trabalho de 𝑭𝒊 pode ser encontrado pela integral da equação acima: 𝑾𝑭𝒊 = න𝝉𝒊 ∙ 𝒅𝜽 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 2 𝒅𝑾𝒊 = 𝑭𝒊 ∗ 𝒅𝒔𝒊 = 𝑭𝒊 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝜽 ∙ 𝒓𝒊 ∙ 𝒅𝜽 𝑾 = න𝝉 ∙ 𝒅𝜽 Então o trabalho W realizado por uma força que causa um torque 𝝉 sobre um corpo em rotação é dado por: Quando o torque 𝝉 for constante, teremos: 𝑾 = 𝝉 ∙ ∆𝜽 Unidade: [J] AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 3 O trabalho total WTot realizado sobre um corpo em rotação é dado pela soma dos trabalhos de todos os torques agindo ou, equivalentemente, pelo trabalho do torque resultante: 𝑾𝑻𝒐𝒕 = න𝝉𝑹𝒆𝒔 ∙ 𝒅𝜽 Lembrando que 𝝉𝑹𝒆𝒔 = 𝑰 ∙ 𝜶 e 𝝎 = Τ 𝒅𝜽 𝒅𝒕 , podemos escrever: 𝑾𝑻𝒐𝒕 = න𝑰 ∙ 𝜶 ∙ 𝝎 ∙ 𝒅𝒕 E como 𝜶 = Τ 𝒅𝝎 𝒅𝒕 , temos: 𝑾𝑻𝒐𝒕 = න𝑰 ∙ 𝒅𝝎 𝒅𝒕 ∙ 𝝎 ∙ 𝒅𝒕 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 4 𝑾𝑻𝒐𝒕 = 𝑰 ∙ න 𝝎𝒊 𝝎𝒇 𝝎 ∙ 𝒅𝝎 𝑾𝑻𝒐𝒕 = 𝑰 ∙ 𝝎𝒇 𝟐 𝟐 − 𝝎𝒊 𝟐 𝟐 𝑾𝑻𝒐𝒕 = 𝟏 𝟐 ∙ 𝑰 ∙ 𝝎𝒇 𝟐 − 𝟏 𝟐 ∙ 𝑰 ∙ 𝝎𝒊 𝟐 = ∆𝑲 Teorema trabalho – energia cinética na forma rotacional AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 5 Potência: Lembrando da definição de potência, ela é a taxa com que se realiza trabalho. Então: 𝑷𝒐𝒕 = ∆𝑾 ∆𝒕 Quando o torque 𝝉 for constante, poderemos escrever: 𝑷𝒐𝒕 = 𝝉 ∙ ∆𝜽 ∆𝒕 = 𝝉 ∙ 𝝎 Unidade: [W] AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 6 Energia potencial gravitacional para um corpo extenso: Deve sempre ser calculada em função das coordenadas do centro de massa do corpo. y = 0 h L Qual a Ug da barra metálica de massa M e comprimento L suspensa acima do solo como na figura? CM 𝑼𝒈 = 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝒉 + 𝑳 𝟐 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 7 Exemplo: Uma haste fina e homogênea, de massa M e comprimento L, é articulada em uma de suas extremidades, estando livre para girar em torno de um eixo fixo localizado ali. A haste é solta do repouso, a partir de uma posição horizontal. Desprezando o atrito e a resistência do ar, determine: a) a velocidade angular da haste quando ela passa pela posição vertical. b) a velocidade do centro de massa da haste quando ela passa pela posição vertical. c) a força exercida sobre a haste pelo pivô nesse ponto. d) a velocidade angular inicial necessária para a haste chegar até a posição vertical no topo de sua oscilação. AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 8 a) Sem forças dissipativas a energia mecânica se conserva 𝑬𝑴𝒊 = 𝑬𝑴𝒇 𝑼𝒈𝒊 +𝑲𝒊 = 𝑼𝒈𝒇 +𝑲𝒇 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝟎 + 𝟎 = 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ − ൗ𝑳 𝟐 + 𝟏 𝟐 ∙ 𝑰 ∙ 𝝎𝟐 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝑳 𝟐 = 𝟏 𝟐 ∙ 𝑰 ∙ 𝝎𝟐 Haste com eixo que passa pela sua ponta: 𝑰 = 𝟏 𝟑 𝑴𝑳𝟐 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 9 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝑳 ൗ𝟏 𝟑 ∙ 𝑴 ∙ 𝑳 𝟐 = 𝝎𝟐 𝝎 = 𝟑 ∙ 𝒈 𝑳 Não depende de M !! b) CM no meio da haste 𝒗𝑪𝑴 = 𝝎 ∙ 𝒓𝑪𝑴 𝒓𝑪𝑴 𝒗𝑪𝑴 = 𝟑 ∙ 𝒈 𝑳 ∙ 𝑳 𝟐 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 10 𝒗𝑪𝑴 = 𝟑 ∙ 𝒈 𝑳 ∙ 𝑳𝟐 𝟒 𝒗𝑪𝑴 = 𝟑 ∙ 𝒈 ∙ 𝑳 𝟒 c) Força na haste pelo pivô Normal da haste 𝑷 𝑵 Se a haste estivesse em equilíbrio estático, teríamos N = M.g Como a haste está girando, existe uma força centrípeta mantendo-a no movimento circular, o que exige que N > M.g nesse ponto da trajetória da haste. AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 11 𝑭𝒓𝒆𝒔 = 𝑭𝒄𝒆𝒏𝒕 𝑵−𝑴 ∙ 𝒈 = 𝑴 ∙ 𝒗𝑪𝑴 𝟐 𝒓𝑪𝑴 𝑵 = 𝑴 ∙ 𝒈 + 𝟑 ∙ 𝒈 ∙ 𝑳 𝟒 𝑳 𝟐 𝑵 = 𝑴 ∙ 𝒈 + 𝟑 ∙ 𝒈 𝟐 𝑵 = 𝟓 𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝒈 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 12 d) 𝝎𝟎 para atingir ponto mais alto 𝑬𝑴𝒊 = 𝑬𝑴𝒇 𝑼𝒈𝒊 +𝑲𝒊 = 𝑼𝒈𝒇 +𝑲𝒇 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝟎 + 𝟏 𝟐 ∙ 𝑰 ∙ 𝝎𝟎 𝟐 = 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ ൗ𝑳 𝟐 + 𝟎 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝑳 ൗ𝟏 𝟑 ∙ 𝑴 ∙ 𝑳 𝟐 = 𝝎𝟎 𝟐 𝝎𝟎 = 𝟑 ∙ 𝒈 𝑳 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 13 a) a aceleração angular da haste imediatamente após ser solta. b) a magnitude da força exercida sobre a haste pelo pivô nesse instante. c) a aceleração do centro de massa da haste nesse instante. O que aconteceria com uma moeda colocada sobre o centro de massa, à medida que a haste gira? d) a aceleração linear na extremidade livre da haste nesse instante. O que aconteceria com uma moeda colocada sobre a extremidade livre, à medida que a barra gira? Exemplo: Considere a mesma situação do exemplo anterior. Desprezando o atrito e a resistência do ar, determine: AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 14 a) a no instante em que a haste é solta 𝝉𝑹𝒆𝒔 = 𝑰 ∙ 𝜶 𝒓𝑪𝑴 𝝉𝒓𝒆𝒔 = 𝝉𝑵 + 𝝉𝑷 𝝉𝑵 = 𝒓𝑵 ∙ 𝑵 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝝋𝑵 𝒓𝑵 = 𝟎Como N age no eixo de rotação, 𝝉𝑷 = 𝒓𝑷 ∙ 𝑷 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝝋𝑷 Como P age no centro de massa, 𝝉𝑵 = 𝟎 𝒓𝑷 = 𝒓𝑪𝑴 𝝉𝑷 = 𝑳 𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝝋𝑷 Causa giro no sentido HORÁRIO 𝑷 𝑵 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 15 𝝉𝒓𝒆𝒔 = 𝟎 − 𝑳 𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝝋𝑷 𝜶 = − 𝑳 𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝝋𝑷 𝑰 𝜶 = − 𝑳 𝟐 ∙ 𝑴 ∙ 𝒈 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝝋𝑷 𝟏 𝟑𝑴𝑳 𝟐 𝜶 = − 𝟑 𝟐 ∙ 𝒈 𝑳 ∙ 𝐬𝐞𝐧𝝋𝑷 a não é constante !! CM CM 𝒓𝑪𝑴 w 𝑷𝝋𝑷𝒓𝑪𝑴 𝑷 𝝋𝑷 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 16 𝜶 = − 𝟑 𝟐 ∙ 𝒈 𝑳 imediatamente após ser solta, a haste tem aceleração angular b) N no instante em que a haste é solta 𝑷 𝑵 𝒓𝑪𝑴𝑭𝑹𝒆𝒔 = 𝑵− 𝑷 𝑵 = 𝑴 ∙ 𝒂𝑪𝑴 +𝑴 ∙ 𝒈 Parte do repouso, 𝒗𝟎 = 𝟎 e 𝝎𝟎 = 𝟎 𝒂𝒓𝒂𝒅 = 𝝎 𝟐 ∙ 𝒓 = 𝟎 𝒂 = 𝒂𝒕𝒂𝒏 = 𝜶 ∙ 𝒓 𝒂𝑪𝑴 = 𝜶 ∙ 𝒓𝑪𝑴 AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 17 𝑵 = 𝑴 ∙ 𝜶 ∙ 𝒓𝑪𝑴 +𝑴 ∙ 𝒈 𝑵 = 𝑴 ∙ − 𝟑 𝟐 ∙ 𝒈 𝑳 ∙ 𝑳 𝟐 + 𝒈 𝑵 = 𝑴 ∙ − 𝟑 𝟒 ∙ 𝒈 + 𝒈 𝑵 = 𝟏 𝟒 ∙ 𝑴 ∙ 𝒈 (compare com o valor da força normal na base da oscilação, calculada no exemplo anterior) AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 18 c) a aCM nesse instante. O que aconteceria com uma moeda colocada sobre o centro de massa, à medida que a haste gira? 𝒂𝑪𝑴 = 𝜶 ∙ 𝒓𝑪𝑴 𝒂𝑪𝑴 = − 𝟑 𝟐 ∙ 𝒈 𝑳 ∙ 𝑳 𝟐 𝒂𝑪𝑴 = − 𝟑 𝟒 ∙ 𝒈 A tendência da moeda é cair com aceleração – g, devido à atração gravitacional da Terra Como o CM da haste cai com uma aceleração menor que – g, a moeda continua em contato com a haste até que a inclinação seja grande o suficiente para a moeda começar a deslizar haste abaixo AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 19 d) a al na extremidade livre da haste nesse instante. O que aconteceria com uma moeda colocada ali ? 𝒂𝒆𝒙𝒕 = 𝜶 ∙ 𝒓𝒆𝒙𝒕 𝒂𝒆𝒙𝒕 = − 𝟑 𝟐 ∙ 𝒈 𝑳 ∙ 𝑳 𝒂𝒆𝒙𝒕 = − 𝟑 𝟐 ∙ 𝒈 = −𝟏, 𝟓 ∙ 𝒈 A tendência da moeda é cair com aceleração – g, devido à atração gravitacional da Terra Como a extremidade da haste cai com uma aceleração maior que – g, a moeda perde contato com a haste desde o início e executa um movimento de queda livre AULA 27 – TRABALHO E ENERGIA NA ROTAÇÃO 20
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