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CURSO DE ENGENHARIA – TURMA 3008 ATRAÇÃO ELETROMAGNÉTICA EM LIMALHA DE FERRO Salvador - Ba 2017 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 03 2 OBJETIVO.............................................................................................................. 04 3 MATERIAIS UTILIZADOS .................................................................................... 05 4 EQUIPAMENTOS/MATERIAIS UTILIZADOS ...................................................... 06 4.1 LIMALHA DE FERRO............................................................................... 06 4.2 BOBINA .................................................................................................... 06 5 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ................................................................ 08 5.1 SISTEMA ELÉTRICO .............................................................................. 08 5.2 LIMALHA DE FERRO .............................................................................. 09 5.3 LIMALHAS DE FERRO SOB A FOLHA DE PAPEL................................. 09 5.4 LIGANDO A CORRENTE ELÉTRICA ......................................................10 6 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 11 6.1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO..............................................................11 6.2 DESENVOLVIMENTO PRÁTICO..............................................................14 7 COMENTÁRIOS FINAIS ....................................................................................... 15 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 16 3 1. INTRODUÇÃO Nesse relatório vamos discutir a formação de campos magnéticos em condutores e a manifestação de forças nesses campos que consiste nas forças de atração e repulsão exercidas por certos metais, devido à presença de cargas elétricas em movimento. No experimento em questão os terminais ligados a um aparelho elétrico ou a um medidor de corrente esta força eletromotriz irá gerar uma corrente, chamada corrente induzida. Este fenômeno é chamado de indução eletromagnética, pois é causado por um campo magnético e gera correntes elétricas. 4 2. OBJETIVO O experimento em questão teve como objetivo associar todos os fenômenos físicos do experimento, bem como as Leis Físicas dos Teóricos Lenz, Faraday e Biot-Savart, que envolveram o mecanismo. 5 3. MATERIAIS UTILIZADOS Para o experimento em questão foram utilizados os seguintes materiais e equipamentos: Materiais a) Limalha de Ferro Equipamentos b) Fonte de alimentação e cabos de ligação c) Bobina de 6 e 300 espiras d) Lâmina de acrílico e) Conjunto de peças e suportes de ferro 6 4. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS UTILIZADOS 4.1. Limalha de Ferro As limalhas de ferro são constituídas de pequenas lascas de ferro, que, comportam-se como um punhado de pequenos grãos e não apresentam magnetização considerável. Fonte: O QUE É LIMALHA DE FERRO. Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/fisica/campo-magnetico.html>. Acesso em 25/10/2014. 4.2. Bobina A palavra bobina tem diversos significados, mas em eletrônica, é a palavra utilizada para se referir a qualquer fio condutor elétrico enrolado em si mesmo, ou ainda em volta de uma superfície também condutora. Este simples rolo de fios encontra diversos usos na eletrônica, desde os seus mais antigos desdobramentos. A sua aplicação mais evidente é a de produzir magnetismo, tornando-se a bobina num ímã elétrico ou eletroímã. Bobinas são empregadas assim, como indutor, ou seja, um dispositivo elétrico passivo que tem como utilidade armazenar energia em forma de um campo magnético. Seu funcionamento parte do princípio de que, quando a corrente elétrica passa num enrolamento de fios, gera-se um campo magnético e, inversamente, quando se interrompe um campo magnético, gera-se eletricidade em qualquer enrolamento de fio dentro das linhas de força do campo magnético. Devido ao fato de que o campo magnético ao redor de um fio ser circular e perpendicular a este, uma maneira fácil de 7 amplificar o campo magnético produzido é enrolar o fio como uma bobina. Sua potência depende ainda da espessura e da quantidade de fio utilizado em sua composição. Em fios de maior espessura, a corrente elétrica fluirá melhor, o mesmo ocorrendo em um conjunto de fio mais extenso, isso é claro, dependendo da potência que se deseja conseguir. No entanto, para as pequenas correntes usadas nos casos habituais, o magnetismo produzido pode ser muito fraco. A solução mais comum para reforçar a potência da bobina é introduzir uma peça de ferro macio em seu interior. Fonte: O que é uma bobina?. Disponível em <http://elektron.no.sapo.pt/oqueebobina1.htm>. Acesso em: 25/10/2014. 8 5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Previamente foi solicitado a observação do sistema criado. Posteriormente foi colocado limalhas de ferro sobre uma folha de papel afastada aproximadamente 5 centímetros das hastes de ferro. Ao se estabelecer corrente elétrica no sistema, observou que a corrente elétrica atuava como um imã, provocando a atração das limalhas de ferro nas hastes de ferros eletrificadas. 5.1 Sistema Elétrico Sistema criado para observação do experimento. Fotografia 1 – Sistema elétrico. Fonte: RAMOS, Fabrício. Sistema elétrico. 2014.1 fotografia. 9 5.2 Limalha de Ferro Limalhas de ferro utilizadas no experimento. Fotografia 2 – Limalha de Ferro Fonte: RAMOS, Fabrício. Limalhas de ferro utilizadas no experimento. 2014. 2 fotografia. 5.3 Limalhas de ferro sob a folha de papel Fonte: RAMOS, Fabrício. Limalhas de ferro sob a folha de papel. 2014. 3 fotografia. 10 5.4 Ligando a corrente elétrica Ligando a corrente elétrica e ocorrendo a atração das limalhas de ferro nas hastes de ferro do sistema. Fotografia 4 – Atração das limalhas de ferro nas hastes de ferro eletrificadas. Fonte: RAMOS, Fabrício. Atração das limalhas de ferro nas hastes de ferro eletrificadas. 2014. 4 fotografia. 11 6 DISCUSSÃO 6.1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO Tradicionalmente, estudam-se dois tipos de fontes de fenômenos magnéticos. A dos ímãs e as cargas livres nos condutores, que transmitem uma corrente elétrica. Determinadas pedras (magnetita) tem a propriedade de atraírem pedaços de ferro ou interagirem entre si. Estas foram chamadas de imãs, e os fenômenos, que de modo espontâneo se manifestavam na natureza, foram denominados fenômenos magnéticos. Verificou-se que os pedaços de ferro eram atraídos com maior intensidade por certas partes do ímã, as quais foram denominadas pólos do imã. Se tomarmos um imã em forma de barra e distribuirmos limalha de ferro sobre ele, notaremos que a limalha se acumulará nas extremidades da barra, isto é, ela é atraída com maior intensidade para estas extremidades. (LUZ, 2009) Quando um imã é suspenso de forma que ele possa girar livremente uma de suas extremidades apontará para o norte geográfico, que é o sul magnético do imã e a outra apontara para o sul geográfico, que é o norte magnético. Tratando-se de um imã pode-se concluir que os pólos de mesmo nome se repelem e nomes diferentesse atraem. Outro fenômeno importante é o da inseparabilidade dos pólos de um imã, isso significa que se cortamos um imã em duas partes, cada uma destas constitui um novo imã, que embora menor, continua apresentando dois pólos (norte e sul). A magnitude fundamental do campo magnético é a indução de campo, representada habitualmente pelo símbolo B e dotada de caráter vetorial, já que depende tanto de seu valor numérico como da direção e sentido de máxima variação do campo. A detecção de um campo magnético em um meio é feita pela influência que exerce sobre uma bússola ou carga elétrica em movimento. Assim, pode-se definir a indução de campo magnético como a força que este exerce perpendicularmente sobre uma carga unitária de velocidade, também igual a um. A expressão matemática desta relação, chamada de Lorentz, é F = qv x B onde a unidade fundamental no sistema internacional é o tesla (T). A física considera a existência de três tipos de material, segundo seu comportamento em presença de campos magnéticos: 12 1- substâncias ferromagnéticas, como o ferro, o cobalto, o níquel, o gadolínio, o disprósio e as ligas, minerais e derivados desses elementos, que ficam permanentemente imantadas ainda que se retire o agente do campo; 2- substâncias paramagnéticas, que apresentam uma imantação temporária e tênue, que desaparece ao eliminar-se o campo; 3- substâncias diamagnéticas, que são repelidas pelos ímãs de forma indiscriminada. Pode-se representar qualquer campo magnético, através linhas de campo magnético, também conhecidas como linhas de indução magnética, essas linhas são fechadas, saem do pólo norte em direção ao pólo sul e nunca se cruzam. Nos pólos a concentração das linhas é maior e quanto maior a concentração de linhas, mais intenso será o campo magnético numa dada região. A força que atua sobre uma partícula que se move é sempre perpendicular ao campo magnético e, portanto, é ortogonal alinha de campo magnético que passa pelo ponto onde a partícula esta. A direção da força depende da velocidade da partícula e do sinal da carga, de modo que apenas observar a direção de uma linha de campo magnético não é o suficiente para da determinação da direção da força que atua sobre uma partícula carregada arbitraria que se move. As linhas de campo magnético possuem a mesma direção da agulha magnética de uma bussola colocada em cada ponto do campo. Para determinar se um determinado material é magnético ou não, basta colocá-lo sobre a influência de um campo magnético, que é gerado pelo movimento de cargas elétricas. O material será magnético se aparecer forças ou torques. (RAMALHO, 1984). Em 1820, Oersted descobriu que os fenômenos magnéticos não são fenômenos isolados, eles têm relação íntima com os fenômenos elétricos. Oersted montou um circuito elétrico, tendo nas proximidades uma agulha magnética. Não havendo corrente no circuito, a agulha magnética se orientava na direção norte-sul. Ao estabelecer corrente no circuito, observou que a 13 agulha magnética se desviava, tendendo a se orientar em uma direção perpendicular ao fio. Interrompendo-se a corrente, a agulha retornava à sua posição inicial, ao longo da direção norte-sul. Pode-se observar que a corrente elétrica podia atuar como se fosse um imã, provocando desvios em uma agulha magnética verificando então a relação entre eletricidade e magnetismo. (LUZ, 2009) Temos então o conceito de que quando uma corrente elétrica atravessa um fio condutor, cria em torno dele um campo magnético. As linhas de indução do campo magnético gerado por um condutor retilíneo de comprimento infinito são circunferências dispostas em planos perpendiculares ao condutor, com centros neste, cujos sentidos são dados pela regra da mão direita envolvente. Se o condutor receber a forma de uma espira o campo magnético é concentrado dentro da espira e enfraquecido do lado de fora, quando há colocação de mais espiras forma um solenóide e torna o efeito mais acentuado. Estes dispositivos, também são chamados de eletroímãs ou eletromagnetos e podem gerar campos magnéticos fortes e bem controlados. Um eletromagneto infinitamente longo possui um campo magnético uniforme internamente e nenhum campo magnético do lado de fora. Um eletromagneto de tamanho finito produz um campo magnético que essencialmente é o mesmo de um magneto permanente da mesma forma e tamanho com uma intensidade (e polaridade) que é controlada pela corrente fornecida. As linhas de campo magnético são circulares nas proximidades das expiras. Perto do eixo do solenóide as linhas de campo se combinam para produzir um campo magnético paralelo eixo. As linhas de campo com pequeno espaçamento indicam que o campo magnético nessa região é intenso. Do lado de fora do solenóide as linhas de campo são mais espaçadas e o campo é muito mais fraco. (HALLIDAY,2009) Para relacionar a corrente (i) com o campo magnético (B) usa-se a lei de Ampére. A Lei de Ampére afirma que o sentido do campo magnético é determinado pelo sentido da 14 corrente. Dessa forma, invertendo o sentido da corrente, invertemos também o sentido do campo. Essa relação é representada pela regra da mão direita. Com o intuito de determinar o sentido da corrente induzida em uma espira usa-se a Lei de Lenz, a qual descreve que o sentido da corrente é o oposto da variação do campo magnético que lhe deu origem. Havendo diminuição do fluxo magnético, a corrente criada gerará um campo magnético de mesmo sentido do fluxo magnético da fonte. Havendo aumento, a corrente criada gerará um campo magnético oposto ao sentido do fluxo magnético da fonte. Quando o fluxo magnético é aumentado, a corrente induzida terá sentido anti- horário e quando o fluxo magnético for diminuído a corrente induzida terá sentido horário. Com a variação do fluxo magnético gera uma corrente elétrica, intensa ou não, depende- se do campo que se forma na espira circular. 6.1 DESENVOLVIMENTO PRÁTICO Nesta etapa, fomos instruídos à analisar as propriedades do eletromagnetismo. Para observar esse fenômeno, ligamos inicialmente a fonte de tensão por 10 segundos e desligamos rapidamente logo em seguida. Repetiu-se o processo por mais duas vezes pelo mesmo tempo. Com a passagem da corrente elétrica nas bobinas essa passa a produzir magnetismo nos fios, e elétrons se movimentavam, tornando-se a bobina num eletroímã. A bobina armazenou a energia em forma de campo magnético, transmitindo essa energia eletromagnética para as hastes de ferros, onde as mesmas atraíam as limalhas de ferros pelo um certo período, até as limalhas se despenderem novamente das hastes de ferro caindo na folha de papel. Observamos também que as hastes de ferro acabaram esquentando devido a presença de energia em movimento. 15 7 COMENTÁRIOS FINAIS Nesse experimento, no qual é disposto um corpo condutor, conduzindo corrente, entre um eletroímã, podemos confirmar a lei que diz que toda carga em movimento sofre a ação do campo magnético. A diferenciação na direção do movimento, provocado pela força, compete sempre à direção da corrente ou do campo magnético e é dada pela regra da mão direita. A intensidade dessa força depende do valor da corrente, do comprimento do fio e da intensidade do campo magnético. 16 REFERÊNCIAS 1. RAMALHO, Ivan Nicolau Toledo – Os Fundamentos da Física Eletricidade 3 – Editora Moderna – p.238, 1984. 2. LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da. – Física 3 Ensino Médio – Editora Scipione – p.206 e 210, 2009. 3. http://www.infoescola.com/fisica/magnetismo/ 4. HALLIDAY, R. W. - Fundamentos de Física - Eletromagnetismo, Ed.8 Editora LTC - p.246, 2009.
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