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Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 1 Bloco II – Parasitas Teciduais e Cavitários 1) Wuchereria bancrofti 2) Onchocerca volvulus 3) Larva Migrans Cutânea 4) Larva Migrans Visceral 5) Fasciola hepatica 6) Schistosoma mansoni 7) Echinococcus 8) Plasmodium 9) Trichomonas vaginalis 10) Toxoplasma gondii 11) Gênero Leishmania 12) Questões 1) Wuchereria bancrofti Filaríase Linfática É um nemathelminto, portanto, tem 5 larvas. Os ovos adultos não colocam ovos, já colocam a microfilária. Espécie: Wuchereria bancrofti Habitat: Adultos nos vasos e gânglios linfáticos Hospedeiro definitivo: homem Hospedeiro intermediário: Culex quinquefasciatus – Ciclo heteroxênico Morfologia - Adultos longos, delgados, e revestidos de cutícula lisa. - Microfilária (é a larva 1) embainhada – A bainha é uma das estruturas usadas para diagnóstico. Apresenta vários núcleos na região caudal (células germinativas) dispostos em filas simples. Ciclo Biológico O Homem vai ter os vermes adultos no interior dos seus vasos sanguíneos e lá vai ocorrer a cópula. A fêmea coloca as microfilárias na luz do sistema linfático. Através da linfa, a microfilária pode chegar na corrente sanguínea e é ingerida pelo hospedeiro intermediário, que é a fêmea do Culex, porque só as fêmeas são hematófagas. Mecanismo passivo-oral. Dentro do Culex, a microfilária sofre duas mudas e vira L2, L3. L3 migra para o aparato bucal do Culex. L3 vai infectar o ser humano no momento em que vai ingerir sangue novamente. A larva sai ativamente do aparato bucal atraída pela temperatura e vai migrar para a pele do homem, sendo mecanismo ativo- cutâneo. A larva precisa de uma lesão, sendo a lesão formada pelo Culex, a porta de entrada necessária. L3 migra para um vaso linfático, onde sofre as duas últimas mudas. Então, o indivíduo tem que se infectar com várias larvas, porque precisa de macho e fêmea; além de as larvas terem se desenvolvido perto. O período pré-patente é muito longo. Patogenia e Manifestações Clínicas Pode ocorrer de forma assintomática, devido ao baixo número de parasitas ou do desenvolvimento deles em lugares distantes. Ou pode ter uma infecção com muitos sintomas, dependendo do número de vermes e a quantidade de microfilárias circulantes. Os parasitos tem uma excelente capacidade de modulação da resposta imune do hospedeiro. Existem anticorpos, mas são poucos específicos. O reconhecimento de antígenos pelos ac é muito ruim, porque o desenvolvimento de anticorpos não é eficiente. Em função disso, as infecções na fase larval tende a ocorrer de forma assintomática. Sendo mais sintomática quando o parasita morre, pois quando ele morre, a resposta imune aumenta, como granuloma, fribrose. Adenite é o nome da reação inflamatório nos linfonodos. Linfantite é quando a reação inflamatória ocorre dentro do vaso linfático. A soma das duas é linfadenite. Se os parasitas se enovelarem, podem ter obstrução de vaso linfático, em quadros mais crônicos. Se há a obstrução, vai gerar o extravasamento de líquidos para a cavidade ou para os tecidos. Se for para cavidade, temos edemas. Precisa de uns 10 anos para evoluir para um quadro de elefantíase. O edema de membros inferiores regride com o descanso. Mas com o tempo, começa a ter reação inflamatória, tendo fibrose. A fibrose retém a linfa que extravasa, não regredindo mais com descanso, são os edemas permanentes, aumentando de tamanho. Vamos ter dobras de pele, podendo ter infecções secundárias, porque o indivíduo higieniza menos o local. Por que se chama elefantíase? Porque a pele fica muito semelhante a pele de um elefante. A pele, em função do edema, fica com sua elasticidade comprometida e tem alteração de coloração. Quando a pele fica ressecada, com perda de coloração, temos a elefantíase. Isso demora em média, uns 10 anos pra ocorrer. É irreversível, a não ser com cirurgia plástica. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 2 Ocorre pequenas bolhas nas extremidades, que podem fistular e começar a drenar linfa dali, sendo uma excelente porta de entrada pra infecção secundária. Pode ter infecção secundária por necrose, podendo levar a amputação. É mais comum no sexo masculino o acometimento de membros genitais. Associado a obstrução de vasos linfáticos. Pode ter o aumento de linfonodos na região inguinal. Pode ocorrer uma reação inflamatória no ducto espermático, que pode gerar o acometimento reprodutivo. Outra coisa, se linfa extravasar para a Cavidade peritoneal tem a possibilidade de eliminação de linfa pela urina. É chamada de quilúria. No sangue, existem microfilárias circulando, mas não todo o tempo. Existe a microfilaremia periférica é a presença de microfilárias no sangue, ocorre no ser humano em 22h e 4h da manhã. E onde ela está no resto do tempo? Fora desse horário, ela fica na circulação pulmonar. Se inverter os horários do indivíduo, depois de alguns dias, a microfilaria se inverte. Outra teoria válida seria a adaptação do parasita ao Hospedeiro Intermediário, porque o Culex só pica a noite. Existem outras teorias também. Alguns indivíduos, menos de 1%, podem desenvolver um quadro de Pneumonia Eosinofílica Tropical. O indivíduo pode estar infectado, mas não ter microfilaremia, quando tem só macho ou só fêmea, ou quando eles não se encontram. Agressão do sistema linfático pelos vermes adultos e juvenis (agressão traumática e irritativa). Diagnóstico: Em regiões endêmicas, faz-se buscas ativas, buscando nos períodos ativos. Ou pode se induzir a microfilaremia periférica, dando uma medicação, e coleta o sangue uma hora depois. Quando se mata os parasitas, você libera olbacters em grande quantidade, podendo gerar a Síndrome de Mazzot, que é uma síndrome muito grave, podendo levar a óbito por choque anafilático. Esfregaço sanguíneo comum. Usa pequena quantidade de sangue, por isso a chance de dar negativo é alta. Usar uma técnica de sedimentação, coletando o centrifugado e analisa do microscópio. Encontrar uma microfilária é sinal de que o individuo está infectado? Nem sempre, porque existem outras filárias que infectam o ser humano, mas não são patogênicas. Pode-se fazer uma biópsia de linfonodo. Utilizar exames de imagem. Pra triagem, o que é mais usado são os métodos imunológicos. Busca antígenos circulantes do parasita. - Biópsia de linfonodo - Ultra-sonografia - Testes imunológicos: ELISA e imunofluorescência indireta Epidemiologia: - Ocorre no Brasil na Região Nordeste Profilaxia: - Tratamento dos indivíduos parasitados, que é a fonte infecção - Controle dos insetos do Culex, que tem o mesmo hábito. Usar repelentes, mosquiteiro 2) Onchocerca volvulus Introdução: Maior número de infecções ocorre na Amazônia. Causa Oncocercose ou Cegueira dos Rios ou Mal do Garimpeiro. Habitat: nódulos no tecido subcutâneo (ou seja, não é de sistema linfático) Hospedeiro Definitivo: homem Hospedeiro intermediário: gênero Simulium (conhecido vulgarmente como borrachudo) Ciclo Biológico Adultos no tecido subcutâneo. Cópula, liberação de microfilárias. A larva vai ficar migrando na pele. O ciclo Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 3 ocorre basicamente na pele. Mecanismo de infecção passivo-oral. Ciclo dentro do borrachudo até L3. A infecção do homem ativo cutânea. Essa larva vai migrar no tecido cutâneo e se desenvolver no tecido adulto. Patogenia: Oncocercomas:nódulos formados pela reação inflamatória ao verme adulto. São tumores benignos e centros produtores de microfilárias. Dermatite oncocercosa: causada pelas microfilárias em migração. Alterações linfáticas (eventualmente as larvas podem cair na circulação linfática e causar uma adenites presença das microfilárias nos linfonodos) É raro o aparecimento de edemas. Lesões oculares (algumas microfilárias podem migrar para região de globo ocular) – conhecida como cegueira dos rios; porque o ciclo do borrachudo ocorre perto de rios de águas correntes (cachoeiras). Diagnóstico: Punção dos nódulos suspeitos e demonstração de microfilárias no líquido aspirado Biópsia ou escarificação da pele nas proximidades dos nódulos Exame oftalmoscópico principalmente em indivíduos que possuem nódulos ou vivem em áreas endêmicas. Epidemiologia A nossa área endêmica é fronteiriça com outros países. 3) LARVA MIGRANS CUTÂNEA Introdução: É o conhecido Bicho Geográfico. É uma infecção causada por larvas do gênero Ancylostoma, que acomete cães, e gatos de forma eventual. O cão elimina ovos que evolui no solo até L3. Penetra acidentalmente no homem, não vai evoluir e migra até morrer. Agentes Etiológicos: O principal é o Ancylostoma braziliense, entretanto também pode ser causada por Ancylostoma caninum, A. duodenale, Necator americanus, Uncinaria stenocephala, Bunostomum phlebotomum e algumas espécies dos gêneros Strongyloides e Gnathostoma. Patogenia e Manifestações Clínicas A migração gera uma reação inflamatória que vai levar a uma agressão traumática, lítica e irritativa, gerando um infiltrado inflamatório e uma lesão que vai acompanhar a migração da larva. Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum os pés, mãos. Evolução lenta, mas auto-limitante. RI (dermatite serpiginosa) pontos eritematosos ou pápulas, acompanhadas de prurido, sendo porta de entrada para infecções secundárias. túneis de trajeto sinuoso reação inflamatória com infiltrado de eosinófilos e mononucleares. Diagnóstico Normalmente através do aspecto dermatológico das lesões e sua evolução, além do paciente revelar que teve contato com solo arenoso, foi a praia. Epidemiologia Amplamente distribuída em áreas tropicais e subtropicais (Brasil, Uruguai, Argentina, México, Caribe, Estados Unidos, África, Austrália, Índia e Filipinas) Países de clima quente e úmido têm ocorrência da infecção durante todo o ano. É o caso do Brasil. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 4 Áreas de praias e terrenos arenosos são mais propensos à contaminação. Locais banhados diretamente pelo mar não oferecem riscos. A incidência direta de raios solares também atua como fator limitante. Profilaxia Proibir ou restringir o acesso de animais a áreas de lazer. Evitar andar descalço em terrenos arenosos. Evitar áreas sombreadas que não são banhadas pelo mar. Utilizar luvas ao manipular terra (ex: jardineiros). Educação sanitária. 4) Larva Migrans Visceral Introdução: O homem é o hospedeiro acidental. Os nemathelmintos podem infectar acidentalmente o ser humano por ingestão ou por penetração cutânea. Não consegue atingir seu processo migratório e morre. É mais comum em crianças e acomete o fígado. É uma infecção que em crianças pequenas que podem ser graves e levar ao óbito. Agentes Etiológicos: principalmente o Toxocara canis, mas também Toxocara cati e Ancylostoma caninum. Conceito: síndrome complexa que tem como causa a presença de larvas de nematóides de outros mamíferos que eventualmente infectam o homem. Estas larvas não completam seu ciclo, pois não estão no seu hospedeiro habitual, de modo que ficam condenadas a morrerem após uma longa permanência nas vísceras. Ciclo: O toxocara faz um ciclo no animal muito semelhante ao que o Ascaris faz no homem. Infeção de ovos contendo L2 em seu interior. O contato próximo com o animal não significa que existe um risco maior, porque o ovo eliminado nas fezes é não-infectante. Ele precisa de um tempo no solo para a evolução para evoluir para L1 e L2. Crianças que comem areia são fatores de risco. Eclosão do ovo no ID, no sangue não consegue chegar no pulmão, parando no fígado, migrando pelo parênquima hepático, gerando lesões hepáticas. Pode ter lesões em outros órgãos. Podem ter larvas que não abandonam o fígado e chegam ao pulmão, levando a lesões no pulmões. Pode chegar ao SNC, causando lesões mais graves. Patogenia e Manifestações Clínicas: A reação inflamatória é mais grave. O infiltrado eosinofilico e a eosinofilia. É muito comum em uma fase mais tardia a formação de grandilomas. Nos adultos ocorre de forma assintomática, porque se infecta com poucas larvas. Sintomáticas variam de lesões hepáticas, pulmonares... Em crianças pequenas, podem ter hepatite, dor a palpação, semelhante a síndrome asmatiforme, febre. É muito comum eosinofilia persistente. Se só tem lesão visceral e sintomas inespecíficos, como diagnosticar? A eosinofilia é um primeiro indício, que diz que é uma reação alérgica ou infecção por helmintos. O EPF vai dar negativo. Infecção no SNC: Encefalite e até coma. Ocular: mais observada em adultos, por pequenas larvas. Se não tratada rapidamente, evolui pra perda da visão. O crescimento desse granuloma é muito rápido e pode ser confundido com retinoblastoma, onde se retira o globo ocular. A perda da visão é irreversível. Na maioria das vezes, é considerada uma síndrome benigna que não precisa intervir. Quadro Clinico: Criança com larva migrans visceral, com hepatomegalia. Tomografia revelou várias lesões nos tecidos hepáticos. Dor à palpação. Aumento abdominal. Depois de 1 ano teve a volta do tamanho normal. Adultos: infecção geralmente assintomática ou leve. Crianças pequenas: quadros mais graves hepatite com hepatomegalia dolorosa e esplenomegalia em alguns casos; fenômenos de hipersensibilidade levando a tosse, dificuldade respiratória e infiltração pulmonar; acessos asmáticos; febre alta; anorexia; mialgia; artralgia; náuseas; vômitos e linfadenopatia Sinais mais freqüentes: eosinofilia persistente e leucócitos. Crianças maiores e adolescentes: durante a primeira semana de infecção pode haver febre, acessos de tosse, náuseas, vômitos e dispneia (ou seja, inespecífico). Pode haver envolvimento do SNC com convulsões, meningite e encefalite. Localizações oculares: abscessos eosinofílicos podem provocar descolamento da retina e opacificação do humor vítreo, se não tratada pode evoluir para perda completa da visão. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 5 Os casos de LM Ocular, muitas vezes são confundidos com retinoblastoma, o que leva à extirpação desnecessária do globo ocular. Geralmente são benignos e autolimitantes, não necessitando de tratamento. Diagnóstico da LMV Ainda é muito difícil, porque vai depender do diagnóstico imunológico associado a clínica. Os laboratórios normalmente fazem. Presença de eosinofilia, leucocitose, hipergamaglobulinemia juntamente com a sintomatologia ajudam a direcionar. Diagnóstico pode ser confirmado por biópsia do fígado para exame histopatológico Os métodos mais indicados são os imunológicos para detecção de anticorpos específicos contra T. canis no soro, mas vai ter que associar com exames de imagem, clínica, porque o indivíduo pode manter anticorpos positivos após o cessamento da infecção. Epidemiologia Cosmopolita O convívio com os animais hospedeiros não é essencial para adquirir a síndrome. Existemmais chances de adquirir numa praia, num parquinho. Parasitose transmitida pelo solo contaminado com as fezes de animais. A raridade dos casos registrados deve-se à dificuldade de diagnóstico. A população mais sujeita à infecção é constituída principalmente por crianças entre 2 e 5 anos de idade Profilaxia Diminuição do número de animais errantes pelas ruas. Evitar que cães de companhia defequem nas ruas. Proibir a entrada de animais em locais de recreação, como praias, parques. Higiene pessoal, principalmente das mãos, unhas. 5) Fasciola hepatica Introdução: Existem duas espécies: Gigante e Hepática. A Hepática é comum no sul. A infecção humana é mais rara que a animal. Está mais relacionada aos hábitos alimentares. É adquirida através de vegetais ingeridos crus. Agrião é a principal fonte de transmissão, porque o cultivo necessita de água. FAMÍLIA FASCIOLIDAE GÊNERO Fasciola ESPÉCIE Fasciola hepatica HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ovino, bovino, caprino, suíno, eqüino, coelho, homem. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Caramujo anfíbio do gênero Lymnaea. HABITAT: Sistema biliar. Adultos nos ductos biliares e jovens no parênquima hepático. MORFOLOGIA: Adulto de aspecto foliáceo (ou seja, com aspecto de folha), castanho-acinzentado com 3,5 cm comprimento por 1 cm de largura. Possui uma ventosa oral e uma ventral para fixação, além de espinhos no tegumento. Ovo é ovóide, grande, de fácil visualização nas fezes, operculado, amarelado com massa embrionária no interior. Miracídio piriforme com cílios ao redor. O verme é hermafrodita, mas não podem se auto- fecundar. CICLO BIOLÓGICO: Os ovos são eliminados nas fezes com massa embrionária. O embrionamento vai ocorrer no meio externo, na presença de água. Tem a formação do miracídio. Dentro do molusco vai gerar no final a cercária. Cercárias saem ativamente do molusco e voltam para a água. A cercária não é a estrutura infectante. Ela vai migrar para uma vegetação próxima, saindo do meio aquático e indo para o vegetal. Perde sua cauda e começa o processo de encistamento, formando a metacercária. Por mecanismo passivo-oral, ocorre a contaminação com a metacercária. No estômago começa a digestão da membrana, no ID ocorre a liberação dos parasitos jovens. Proporção 1:1. Parasitos Jovens penetram na parede intestinal pra cair na cavidade abdominal. Através da cavidade migra para o fígado. Essa migração pode durar mais de 2 meses, se alimentando das células do próprio parênquima. O adulto se forma nos últimos momentos da migração no parênquima. Se estabelece no sistema biliar e se alimenta de bile. A bile é lançada nas fezes. PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Parasitos jovens: Migração pela cavidade abdominal, gerando uma agressão irritativa. Ação traumática pelas perfurações. Podendo gerar peritonite, aderência de vísceras. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 6 Poucas migrações podem ser assintomáticas. A migração hepática pela fase larvar, pode gerar um quadro de hepatite. Há a possibilidade de hemorragias. Parasitos adultos: Apesar deles serem grandes e poderem obstruir o sistema biliar, tendem a ser silenciosas. Agressão traumática (fixação através de ventosas e espinhos) e irritativa, porque o parasita é grande e vai estar em contato gerando uma reação inflamatória chamada de colangite. O espessamento da parede tem a diminuição da luz. Estase biliar, circulação mais lenta da bile, podendo gerar cálculos ou icterícia obstrutiva. Espoliação de sangue levando a um quadro de anemia. Migrações erráticas, podem ir pra qualquer órgão abdominal. CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO: EPF (pesquisa de ovos) por métodos de sedimentação, mas a eliminação de ovos não é constante, porque os ovos não são eliminados na luz do intestino, porque são eliminados na bile. Risco grande falso negativo. É POSSIVEL TER UM FALSO POSITIVO? Ingestão de fígado contaminado com ovos de Fasciola. Dica: Diagnóstico positivo para Fasciola no EPF tem que perguntar se comeu fígado na última semana e repetir o exame. Existe um quadro chamado de How, que é a ingestão de fígado cru ou mal passado, onde as fases jovens podem se fixar no esôfago ou na faringe, causando uma lesão. Análise da função hepática: principalmente, na migração da forma jovem. Ultra-sonografia e tomografia computadorizada Biópsia hepática: é a ultima ferramenta, ou utilizar o material colhido durante retirada de cálculos biliares. Reação intradérmica e Fixação de complemento: são possíveis ferramentas de diagnóstico, mas não mais usadas pelos laboratoriais. A reação intradérmica é bem falha. EPIDEMIOLOGIA: Cosmopolita Baixa especificidade de hospedeiro definitivo O homem é infectado principalmente ao ingerir agrião com metacercária. Outras verduras também são cultivadas de forma hidropônica. O Brasil é o maior produtor de carne para consumo, tendo altíssimo risco de fascíola. PROFILAXIA: Combate ao HI, que é o molusco. Evitar o cultivo de vegetais em ambientes alagadiços que tenham contato com fezes. Higiene de verduras que vai ser ingerida de forma crua. 6) Schistosoma mansoni FAMÍLIA SCHISTOSOMATIDAE GÊNERO Schistosoma ESPÉCIE: Schistosoma mansoni Introdução: É endêmico em 74 países, sendo a maioria na África. Existem 6 espécies que podem infectar o ser humano, mas aqui no Brasil, só S. mansoni. Tem uma relação muito antiga com o ser humano, pois já foram encontrados em múmias. Pode sobreviver 30 anos na circulação sanguínea. Foi introduzida na época da escravidão. É um plathelminto. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 7 MORFOLOGIA: É um platheminto. São vermes delgados, mas que se olhados de lado, parecem cilíndricos. Tem duas ventosas e espinhos pelo corpo. São dióicos, ou seja, tem macho e fêmea. O macho apresenta um sulco chamado de canal ginecóforo, pois nele costuma ficar alojada uma fêmea. A fêmea tem um corpo cilíndrico, mais longo e mais fino que o macho. Ciclo heteroxênico. Ovo de casca fina, dupla e apresentando um espinho lateral. Por dentro dele desenvolve-se o embrião (miracídio). HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Homem e animais silvestres HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Caramujo aquático (Gênero Biomphalaria) HABITAT: vênulas do intestino grosso, da parede do reto e sigmóide (plexo hemorroidário superior) e ramificações mais finas das veias mesentéricas. Podem ser encontrados no sistema porta, não sendo tão comuns. Localizações entópricas: pulmão. CICLO: Vermes adultos nos vasos da região intestinal. Como ele tem ventosas e espinhos, pode permanecer fixado ali. O humano elimina ovos nas fezes. Como, se ele não está na luz? O casal está nos vasos de maior calibre. A fêmea coloca os ovos nos vasos de menor calibre. Em função do tamanho e espinho, o ovo fica retido no vaso de menor calibre. Esse ovo tem dentro, o embrião que começa a produzir uma substância/ enzima que começa a se acumular e se dispersa no tecido ao redor. Isso gera uma lesão inflamatória tecidual, que é do tipo necrótica oxidativa, formação de pus. Isso leva a uma expulsão, ou seja, vai ser expulso para a luz do IG. O ovo em si, não tem capacidade migratória, mas sua migração é em resposta ao sistema imunológica do hospedeiro. Pra que o miracídio ecloda do ovo, precisa de água. O miracídio é a estrutura infectante para o HI, o caramujo. O miracídio é uma estrutura ciliada. Infecção ativa-cutânea. Vai penetrar no tegumento do parasita. Entra miracídio e sai uma cercaria.Essas cercarias vão sair ativamente pelo tegumento. A cercaria volto para o meio aquático, tem uma cauda. E é atraída pelo hospedeiro de sangue quente. Pra penetrar no tegumento, tem glândulas de penetração. Mecanismo ativo-cutâneo. A cercaria também pode penetrar por mecanismo passivo-oral, ou seja, ingerindo água com cercarias. Quando a cercaria penetra, ela perde a cauda, e recebe o nome de esquistossômulos. Vai migrar pelo tegumento até alcançar um vaso, caindo na circulação. Esse tempo de migração é de dois dias. A penetração da cercaria não é a garantia de um verme adulto, pois mais da metade das cercarias não resistem a migração cutânea, morrendo. Os esquistossômulos que chegam na circulação pulmonar. É muito comum ficarem retidos lá nos vasos de menor calibre. Os que passam e sobrevivem, alcançam o sistema porta-hepático, lá se maturam e formam vermes adultos. O casal migra pela luz do vaso para o habitat final, que é o IG. PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Formas larvares Penetração das cercarias, gera uma agressão traumática, lítica, irritativa e antigênica. Tudo isso gera uma reação inflamatória chamada de dermatite cercariana. Esquistossômulos que migram pelos pulmões, podem ficar retidos na microcirculação pulmonar, gerado uma lesão pulmonar, gerando comprometimentos visíveis clinicamente, como dispneia, tosse, tosse acompanhada de sangue que é chamada de hemoptise, aumento de secreção do trato respiratório. Vai gerar lesão imunológica. Na circulação sanguínea, geram febre, altragia, cefaleia. Parasitos adultos A própria presença do parasito adulto gera agressão traumática (porque tem espinhos) e espoliativa (porque é hematófago, mas não é uma ingestão de sangue tão significativa). Só vai gerar anemia se o Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 8 parasitismo for crônico ou se o indivíduo já tiver baixa de ferro. A reação inflamatória para expulsar o ovo é um granuloma. A nível intestinal, vai ter um aumento do peristaltismo, aumento da produção de muco, o que altera a consistência, diminuição da absorção de água, alteração de cor se tiver a presença de sangue vivo. Hemosoina: pigmento formado e é depositado nos tecidos. Fase aguda (entre 50 e 120 dias da infecção) Hepatite – maturação dos parasitos infiltração eosinofílica abundante hepatomegalia Disseminação dos ovos, principalmente na parede do intestino necrose colite aguda (sintomas: cólica, diarréia com sangue, perda de apetite e dispepsia, desconforto abdominal, sensação de plenitude gástrica, flatulência). Forma Toxêmica da Esquistossomose febre, eosinofilia, linfadenopatia, esplenomegalia e urticária. Admite-se ser uma forma de reação imunológica, provocada por imunocomplexos. Hipertrofia ganglionar generalizada e aumento de células imunocompetentes acompanham o quadro toxêmico. Fase crônica Ao longo do tempo, a reação ao redor dos ovos se torna cada mais vez mais específica para aquele antígeno, é a modulação. Se não tem como destruir, ele isola, formando um granuloma. Forma no intestino e no vaso. Vai chegar uma hora que não vai ter mais onde colocar os ovos ou eles vão obstruir. Essa resposta organizada leva a uma lesão tecidual muito menor. Se não tem como colocar no vaso de menor, ela coloca no de maior calibre. Aí ele é levado pela circulação e vai formar granulomas. Mais de 80% dos ovos vão chegar ao fígado. Fica retido no vaso de menor calibre do fígado. Onde ficar retido, induz a formação de granuloma e, consequentemente, fibrose. Isso é chamado de Fibrose Periportal ou Fibrose de Simens. Fibrose e obstrução do vaso leva a uma hipertensão do Sistema Porta. Congestão da drenagem venosa. Ascite. Barriga d’água. Ativação da circulação co- laterais, normalmente, na região abdominal. Varizes esofagianas sangram com muita facilidade. É muito mais comum ter melena devido as varizes esofagianas. É muito comum ovos ao invés de ficarem retidos, eles fazerem um quadro de neuroesquistossomose. São lesão medulares devido aos ovos. Lesão do fígado gera hepatite, acarretando em hepatomegalia e dolorido à palpação. O baço estaria aumentado, devido a uma demanda maior devido ao ciclo do hospedeiro e a congestão esplênica. Pode ter insuficiência renal crônica, porque os ovos que estão no fígado podem se desviar e ir para os rins. Deposição de antígeno-anticorpo. Icterícia. Se vê muito no caso de fibrose no fígado, vai ter neovascularização. Pode ter lesão cardiopulmonar. O ovo pode ficar retido, dispneia, hipertensão pulmonar. Quem sofre com a hipertensão pulmonar é o coração direito. Leva a uma dilatação da câmera direita, gerando corpulmonare. Sangue venoso pode se misturar com sangue arterial, prejudicando as extremidades. Apresenta extremidades arrocheadas. Intestino: diarréia mucosanguinolenta, dor abdominal, diminuição do peristaltismo e constipação constante. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 9 Fígado: Muitos ovos podem ser arrastados pela corrente sangüínea e ficam retidos nos capilares dos espaços porta do fígado. Os granulomas se acumulam, levando ao desenvolvimento de uma fibrose periportal (fibrose em haste de cachimbo) obstrução de vasos do sistema porta hipertensão porta. Esplenomegalia – Hiperplasia do tecido reticular e dos elementos do SFM. Varizes – desenvolvimento de circulação colateral anormal intra hepática e anastomoses. Ascite (Barriga d’água) – decorre da hepatoesplenomegalia – alterações hemodinâmicas, principalmente a hipertensão. Forma cardiopulmonar Localizações ectópicas ovos, larvas e vermes e podem levar ao desenvolvimento de granulomas periovulares grandes, necrótico-exsudativos. O envolvimento neurológico é facilitado por anastomoses entre veias mesentéricas, pélvicas e espinhais, meios pelos quais vermes e ovos podem chegar ao SNC. CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO EPF para pesquisa de ovos, com métodos de sedimentação (Hoffman, Pons & Janer – Lutz) ou Kato-katz (semiquantitativo). Eclosão de miracídios Biópsia ou raspagem retal só é usada em situações especiais Exame Físico Métodos imunológicos EPIDEMIOLOGIA O Brasil apresenta uma situação paradoxal com redução da prevalência com a instituição da quimioterapia em larga escala, mas ainda encontra-se em franca expansão geográfica, com surgimento de novas áreas endêmicas (em SC e sul de MG). A sobrevida do parasita no homem ao que parece pode chegar a mais de 30 anos. A distribuição geográfica mostra uma estreita relação entre a presença de áreas de média e alta endemicidade e a presença do caramujo. Roedores, marsupiais, carnívoros, primatas e bovinos já foram encontrados com infecção natural. O problema central da presença de focos de transmissão se relaciona com a contaminação fecal humana das coleções aquáticas. O clima apropriado e as condições sócio-econômicas precárias permitem a manutenção da endemia nas áreas onde foi implantada. Maior prevalência depois da Malária • Presente em 75 países • 80% dos infectados estão na África e Brasil • 200 milhões de infectados • 600 milhões em risco • 200.000 mortes por ano Popularmente conhecida como xistossomose, xistosa, doença do caramujo, moléstia de Pirajá da Silva, barriga d`água. Brasil: maior transmissão de esquistossomose mansônica do mundo (5 a 6 milhões de infectados) Doença endêmica em 17 estados A partirde 1976, o Ministério da Saúde passou a realizar, anualmente, inquéritos parasitológicos em todos os Estados da região Nordeste. Os inquéritos realizados até o presente momento indicam que não ocorreram grandes alterações do padrão espacial de distribuição da esquistossomose, excetuando-se a expansão para áreas anteriormente não infestadas, com surgimento de alguns focos no sul do país. PROFILAXIA Educação Sanitária: pré-requisito de todas as medidas de controle; Combate ao caramujo; Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 10 Destinação apropriada de fezes; Evitar águas infestadas por caramujos Possível??? Uso da niclosamida na forma de loção 1% à pele antes do contato com águas infestadas por caramujos evita a penetração de cercarias; Programas de tratamento em massa de seres humanos e saneamento básico. Notificação: todos os casos confirmados laboratorialmente provenientes ou não de áreas endêmicas (autóctones ou não-autóctones) devem ser notificados obrigatoriamente à vigilância epidemiológica local. 7) Echinococcus granulosus Filo: Paltyhelminthes Classe: Cestoda Ordem: Cyclophyllidea Família: Taeniidae Gênero: Echinococcus Espécie: Echinococcus granulosus Introdução: Causa Hidatidose. A fase larvar chama cisto hidático. É formado por membranas e pode chegar ao tamanho de uma bola de basquete. Primeira membrana é reacional, formada a partir da resposta do hospedeiro. A segunda é membrana anista, formada por lâminas concêntricas, protegendo contra choques mecânicos. A última, é a mais interna, membrana germinativa, formada por células germinativas que vão originar o interior do cisto e a membrana de fora também. Dentro do cisto temos vesículas prolígeras que tem dentro protoescólices, que são os precursores do verme adulto. O líquido hidático fica lá dentro. A anatomia do cisto hidático é importante, porque a retirada é feita pelo médico e retirar o rompimento dele leva a morte do indivíduo por choque anafilático. Morfologia São cestóides pequenos medindo de 4 a 6 mm de comprimento. Corpo formado por: a) escólice, onde encontramos os órgãos de fixação: 4 ventosas e 2 coroas de acúleos localizados no rostelo b) colo c) estróbilo que possui cerca de três proglotes (1 imaturo, 1 maduro e 1 gravídico) sendo somente a última grávida. Precisa de outro verme para se fecundar, apesar de ser hermafrodita. Ovo parece o ovo de tênia, que possui o embrião hexacanto. HD: cães domésticos e outros canídeos silvestres. HI: ruminantes domésticos e silvestres, eqüídeos, suínos, coelhos, primatas e o homem (é considerado fim de cadeia, porque o cão não se alimenta do homem). Habitat HD: intestino delgado HI: as formas larvais são encontradas em tecidos como: fígado (principalmente), pulmões, medula óssea, SNC e coração. Ciclo Evolutivo: O cão é o HD, vai eliminar os ovos nas fezes. Esses ovos são ingeridos pelo HI, que pode ser um ruminante ou o ser humano. Penetra na parede intestinal, ganha a corrente sanguínea e chega ao fígado, começando a se desenvolver formando o cisto hidático. A contaminação vai ser ingerindo as vísceras contendo o cisto hidático. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 11 No interior, no abatimento de bovinos, as vísceras são dadas para os cachorros, gerando infecções. Cães de pastoreio se alimentam das vísceras de animais que morrem. Patogenia e Manifestações Clínicas O embrião microscópio cresce e origina o cisto hidático, passando para macroscópico. O crescimento gera uma reação inflamatória em volta dele. Irritativa em função do crescimento, e mecânica-compressiva. Na região do pulmão pode ter uma dispneia respiratória. Presença de sangue na secreção respiratória. Existe a possibilidade de rompimento do cisto. Exemplo, indivíduo sofre um acidente, ato cirúrgico sem preparo adequado; pode haver o choque anafilático ou semeadura da membrana germinativa (células da membrana germinativa saem do cisto e se depositam na membrana do hospedeiro e cada pedaço gera um novo cisto). Confirmação Diagnóstica Imagens: dá um caminho, mas não o diagnóstico 100%. Sorologia: com a imagem, confirma com sorologia. PCR: nem todo o laboratório faz Epidemiologia Cosmopolita (Argentina, Uruguai e Austrália) Brasil - principalmente nos estados da região sul, em função da criação de ruminantes. Ciclo pastoril / ciclo doméstico / ciclo silvestre Ovos – resistentes, podendo sobreviver por muito tempo no meio externo. Profilaxia Diagnóstico e tratamento periódico dos cães; Melhorar as condições das criações de ovinos de modo que não seja mais necessária a utilização de cães de pastoreio; Uso de cerca para evitar que os cães entrem na propriedade e contaminem o ambiente do HI; Abate dos animais sob condições higiênico-sanitárias adequadas e evitar dar vísceras para os cães; Higiene no preparo dos alimentos e ferver a água para eliminar os ovos; Dar destino adequado às fezes dos cães que é o vaso sanitário; Controle de cães errantes, pra evitar que eles contaminem o ambiente. Echinococcus vogeli HD: canídeos silvestres (ex: cão do mato – Speothus venaticus) e domésticos HI: Paca (Agouti paca), cutia (Dasyprocta aguti) e homem Habitat: Fígado (Echinococose policística) 8) Plasmodium Filo Apicomplexa Subordem Haemosporina Família Plasmodidae Gênero Plasmodium Introdução: O causador da Malária é um protozoário. Tem 4 espécies que circulam no hospedeiro humano, que são: P. falciparum , P. vivax , P. malariae , P. ovale. As duas primeiras são as mais comuns no Brasil. O Anopheles é o Hospedeiro Definitivo e o homem é o Hospedeiro Intermediário. O Anopheles só é hematófago na fêmea e tem um ciclo de água, por isso, o que serve para prevenir a dengue serve para malária. São conhecidas mais de 400 espécies de Anopheles, dessas apenas 60 transmitem a malária. Ciclo evolutivo: No homem só ocorre a reprodução assexuada. O homem é infectado por passivo-cutâneo por esporozoítas, sendo inoculados pelas fêmeas do Anopheles, pois estão na saliva do Anopheles que sai primeiro. São inoculados no vaso sanguíneo. Vão para o fígado, onde penetram no interior de hepatócitos. Vão realizar uma reprodução assexuada chamada esquizogonia, gerando meronte ou esquizonte, que gera no final, merozoítas. A penetração do hepatócito e reprodução assexuada é chamada esquizoerotrocítica, ou seja, ocorre fora dos eritrócitos. Os merozoítas geram merossomas (conjuntos de merozoitas) que liberam merozoítas no sangue. Antes da fase eritrocítica. Episonoítas são estágios de latência dentro do hepatócito podendo ficar em latência por anos no hospedeiro, então, o individuo pode desenvolver a malária mesmo estando fora de uma área endêmica. Merozoítas começam a fase eritrocítica, penetrando no eritrócito. Quando ele entra no eritrócito, ele se Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 12 chama trofozoíta (porque muda de conformação), começando mais uma reprodução assexuada. Formando merozoítas que vão romper o eritrócito e vão para o sangue. Esse ciclo de formação de merozoítas vai ocorrer no hospedeiro eternamente até que ele morra, se trate ou até que uma resposta imune de forma muito lenta mate os parasitas. Alguns dos merozoítas formadas que penetram no eritrócito, ao invés de fazer reprodução assexuada, FORMAM gametócitos. A infecção do Anopheles: a fêmea vaiingerir sangue e junto, vem o gametócito eu tá dentro do eritrócito – Passivo Oral. Dentro do Anopheles, o macro e o microgametócito sofrem diferenciação para macrogameta ou microgameta, sendo essa diferenciação dependente de temperatura. O micro fecunda o macrogameta, formando um zigoto chamado oocineto (tem capacidade de se locomover). O oocineto migra para a parede intestinal do Anopheles, sofre a formação de oocisto não esporulado. A esporulação do oocisto vai ocorrer no mesmo local, gerando esporozoítas. Vão romper o oocisto, migrando para a glândula salivar do Anopheles. Formas de transmissão: além da picada do Anopheles, por transfusão de sangue (os bancos de sangue não fazem triagem para malária), transplante de órgão, malária congênita (a mãe pode passar por feto) e pelo compartilhamento de agulhas. Patogenia: É uma doença sistêmica. Tem febre, mas que não é a clássica, ou é todos os dias. A malária pode ser benigna. Tem febre, mas aos poucos, o sistema vai eliminando. É raro. A maioria dos órgãos é acometida, porque envolve a lise de eritrócitos, circulação de parasitas no sangue. Lise de eritrócitos gera anóxia tecidual. Tudo vai ser desencadeado a partir das esquizogonias sanguíneas. A infecção dos hepatócitos não gera sintomatologia muito grave, porque a presença nos hepatócitos é transitória. Toda a patogênese está relacionada a esquizogonia sanguínea. Para cada lise sanguínea tem a liberação de substancias na corrente sanguínea, como restos de hemácias, restos de eritrócitos, tudo isso desencadeando o quadro febril da malária. Acesso malárico: é a tríade de sintomas. Cala frio, febre e sudorese. Nessa ordem. Cala frio vem antes da febre, começa com o rompimento dos eritrócitos e lançamento de substância na corrente sanguínea. E a febre induz a sudorese. Acontece em tempos definidos para cada espécie e estão relacionados aos ciclos esquizogônicos. Rompimento de eritrócitos gera o acesso malárico. O tempo esquizogônico é diferente. Nem sempre vai ser assim. No início da infecção, os ciclos não vão ocorrer de forma sincronizada. Assim, o individuo pode ter febre todos os dias. Pode ter dois tipos de plasmodium, assim os ciclos nunca vão sincronizar. Febre terçan maligna: 36 a 48h. Terçan Benigna: 48h Oválica: 48h Quartan: 72h Anemia devido ao rompimento de eritrócitos, onde não tem reposição na mesma escala de lise. O parasitismo dos eritrócitos varia conforme a espécie. A malária com Fascipurum é mais grave. Porque o ciclo esquizogônico é mais rápido e é capaz de infectar todos os tipos de eritrócitos. Todo eritrócito parasitado por Fascipurum tem na membrana do eritrócito, proteínas do parasita. Essas protuberâncias são chamadas de quinoides. É o grande vilão do Fascipurum. Se torna estranho ao organismo. O eritrócitos ficam retidos e são eliminados. Essa ptnas são reconhecidas por receptores no endotélio vascular e vai ter o acumulo de eritrócitos, e devido ao acumulo de plaquetas, vão formar trombos. São os ICAMS. O eritrócito parasitado pode induzir a agregação de eritrócitos não parasitados, formando uma roseta. Recapitulando: Por que o Plasmodium Fascipurum é tão ruim? Porque temos o ciclo esquizogônico mais rápido, pode infectar diversos eritrócitos, agregação no endotélio e a possibilidade da formação de um trombo, agregação de eritrócitos e formação de êmbolos que podem destruir o vaso. Além disso, essas proteínas de superfície, quando o eritrócito se rompe pode ser reabsorvido Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 13 por eritrócitos saudáveis e esses serão marcados como corpos estranhos. A anemia tem diversos fatores e costuma ser mais grave no fascipurum por fatores supra-citados. E também em função de poder gerar com maior frequência a malária cerebral. A formação de quinobes pode gerar anoxia do tecido, tendo uma lesão cerebral. A malária cerebral é mais comum em crianças até 5 anos. Hemosoina: tem dois problemas. Um é o sequestro do Heme e o outro, é o acúmulo de células não fagocitárias. A malária cerebral é a complicação mais séria por Fascipurum, excetuando nos casos de gravidez que existem outras complicações. O inicio normalmente é súbito. Começa com cefaleia, confusão mental e comprometimento de órgãos vitais, levando ao óbito. O pigmento malárico é um indicio da Malária, mas não é confirmatório, pois há pigmento por esquistossomose. É muito comum em fase aguda hepatoesplenomegalia. A causa principal: está relacionada ag circulantes, produção de ac, própria hemosoina. Também tem agravamento por anóxia. Vai ter insuficiência renal (quadro final). Insuficiência Renal Crônica ocorre por Malarium. A possibilidade de trombos e embolos podem gerar obstrução e edemas. O individuo faz anemia. Para controlar, os médicos tentam fazer uma hidratação. Mas se não controlada, pode piorar o edema pulmonar, que é associado ao edema dos vasos e o aumento da permeabilidade vascular. Esplenomegalia: é considerada grave quando a parasitologia é maior que 5% ou quando o hematócrito é menor que 15%. Febre hemobinúria: não é só característica só da malária. Qualquer que gere hemólise pode gerar isso. Sintomas Pandrômicos: sintomas que são completamente inespecíficos, mas que ocorrem na malária. Dor de cabeça, fotofobia, anorexia. Por isso, podem passar por dengue, principalmente, se o caso não for de uma área endêmica. Qual a diferença de recaída pra recrudescência? Recaída é reativação do episoíta. Recrudescência vai acontecer um pico de parasita circulante, o número de parasitas caem e voltam de novo. Malária na Gestação: gravíssima, porque além de todo o estrago, há a lesão plascentária. Podendo haver morte fetal, bebê com alterações em razão da anóxia. A gestante pode ter um quadro de recaída durante a gestação. O tratamento com quinino induz a liberação de insulina pelo pâncreas, porque a gestante já tem uma tendência a hiperglicemia. Diagnóstico: Buscar o parasita no sangue, por esfregaço sanguíneo. O diagnóstico clinico pode ajudar se tiver o quadro febril clássico. Pode ser por esfregaço ou Gota Espessa. Pode fazer a detecção de antígenos circulantes. Na fase crônica, a parasito diminui. O desenvolvimento de anticorpos pode ser feito na fase aguda. Existem kits de triagem que buscam antígenos em áreas endêmicas, não adiantando buscar anticorpos. Epidemiologia África, Ásia, América do Sul, América Central e Europa Oriental. Regiões endêmicas no Brasil: Norte (Amazônia legal), Centro-oeste (MT e GO). Casos isolados nas regiões Sul e Sudeste. Principal mecanismo de infecção = passivo-cutâneo. Outros: transfusão sangüínea e transplacentário. Elos fundamentais: gametóforos + mosquito + hospedeiro suscetível. Imunidade natural ou adquirida (ativa ou passivamente) (Nyssorhynchus) darlingi (interior do país); A. (Kerteszia) cruzii e A. (K) bellator (região Sul do país; zona de bromélias) Profilaxia Evitar o contato HD e HI Diagnóstico e tratamento dos parasitados; Proteção individual: quimioprofilaxia, repelentes, telas,... Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 14 Combate ao mosquito (larvas e adultos); Estratégias de acordo com características de cada região. Não tem vacina. Todo individuo é suscetivel a Malária, mas existem indivíduos que por alterações nos eritrócitos não se infectam com certos tipos de Plasmodium. Exemplo: Quem não tem o fator Duff não se infecta por Vivax. Anemia falciforme impede o desenvolvimentodo Fascipurum. 9) Trichomonas vaginalis Introdução: É uma DST, e apesar do nome, também ocorrem no sexo masculino. Não é a única espécie do gênero, mas é a mais importante. É muito comum casos de infertilidade, crônica ou temporária, sendo mais comum nas mulheres. Só tem uma forma evolutiva, que é a forma flagelada, o trofozoíta. Portanto, ele não sobrevive muito tempo no meio externo. Hospedeiro: Ser humano. Habitat: trato urogenital. Na mulher é mais comum em vulva e vagina. No homem, na região do pênis, dependendo do número de parasitas e da imunidade do hospedeiro. Ciclo Biológico: É um ciclo simples. A transmissão por via sexual. O indivíduo infectado vai transmitir para o parceiro através de trocas de secreções no ato sexual. O parasita que está na região urogenital é depositado na região genital do parceiro não infectado, se fixa e vai colonizar, se reproduzindo por divisão binária. De que outra maneira pode-se ter infecção? Durante a passagem do bebê pelo canal do parto (não é transplacentário), acontecendo mais em bebês femininos. Outra forma é compartilhamento de fômites (toalhas úmidas, assento do vaso sanitário, aparelhos para exames ginecológicos que não sejam descartáveis, uso de lençóis ginecológicos sem troca entre pacientes, compartilhamento de roupas íntimas). Fômite é qualquer objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e transportar organismos contagiantes ou infecciosos (de germes a parasitas), de um indivíduo a outro Transmissão: Toda a patogênese do Trichomonas Vaginalis é dependente do parasita e da célula, dependendo de receptores. Ocorre liberação de substâncias que vão gerar citotoxidade, levando a morte celular. O parasita também é capaz de causar apoptose. É capaz de fagocitar células epiteliais e bacilos do Trato genital feminino. Também pode fagocitar hemácias. No período menstrual tem um aumento na produção de parasitas, aumenta também durante o período gestacional, devido as alterações hormonais e mudanças de pH. O que acontece? A morte tecidual leva a destruição tecidual. A reação inflamatória vai ser visualizada com aumento da vascularização (representada pela vermelhidão), dor, aparecimento de corrimento esbranquiçado e espumoso, não necessariamente com presença do odor (odor pode estar associado a presença de bactérias), aparecimento pequenos pontos hemorrágicos (cérvices com aspecto de morango). A sintomatologia está relacionada a questão hormonal, a menstruação e ao próprio pH. É muito comum a presença de prurido na região de vulva. No sexo masculino, 90% é assintomático, porque o zinco é inibitória ao crescimento e motilidade do parasito. A fisiologia normal já inibe o crescimento do parasita. Sintomatologia: Corrimento uretral, visualizado mais facilmente na primeira urina da manhã, dificuldade de Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 15 urinar, prurido na região da uretra. Como o homem é assintomático, ele acaba sendo o reservatório. Mulher gestante que se infecta durante a gestação: pode ser prejudicial ao feto, podendo ter comprometimento do crescimento, nascimento prematuros ou abortos espontâneos. Crianças menores de 1 ano de idade positivas para Tricomonas vaginalis devem ser investigados a abuso sexual. Mas por que MAIORES DE 1 ANO? Porque a criança pode ter se infectado no canal do parto e vai desenvolver a parasitose durante esse tempo. O indivíduo que tem tricomoníase tem 8 vezes mais chances de se infectar com o vírus da AIDS. Primeiro, porque ele, provavelmente, tem relações sem preservativo. Segundo, porque o parasita induz uma reação inflamatória local, podendo ter sangramento e facilitando a transmissão do vírus do HIV. E terceiro e pior, é que o tricomonas tem capacidade de fagocitar o vírus do HIV, se tornando um “cavalo de tróia”. Nesse caso, o indivíduo se infecta por Trichomonas e por HIV ao mesmo tempo. Pode acometer o trato respiratório dos bebês no canal de parto. Diagnóstico: É dependente do sexo paciente. No sexo feminino, é feito durante os exames normais, como Papa Nicolau. Coleta de material. Se houver corrimento, coleta o corrimento e observa o parasita. No sexo masculino, ocorre em duas situações: 1) se for sintomático; 2) se a parceira sexual dele for diagnosticada e informá-lo. Como fazer o diagnóstico correto? Urina ou sêmen. Como os parasitas estarão mais diluídos, ficando difícil de se observar o trofozoíta, por isso, faz-se pesquisa de antígenos nas secreções. Pode-se fazer cultura, mas não é melhor pesquisar antígenos. Epidemiologia: Essa parasitose que tem prevalência em determinada faixa etária que tem alta atividade sexual. O sexo masculino é o reservatório. É uma DST. Transmissão por canal de parto, fômites. Observar abuso sexual em crianças positivas maiores de 1 ano. Facilitação da transmissão de outros agentes sexualmente transmissíveis, como HIV. Profilaxia: Uso de preservativos. Diagnóstico nas gestantes. Incentivar a diminuição do número de parceiros sexuais. Cuidado com fômites. 10) Toxoplasma gondii Introdução: É um apicomplexo, caracterizado por um complexo de estruturas importante para a penetração do parasita na célula hospedeira. HD: felinos, pois neles ocorrem a reprodução assexuada. HI: mamíferos e aves. Como o gato é um mamífero, ele também pode ser um HI. Então, dizemos que o Toxoplasma tem um ciclo heteroxênico facultativo. No felino, o ciclo se divide em intestinal e extra- intestinal, que ocorre nos HI. HD Habitat: células epiteliais do ID. HI Habitat: taquizoitas presentes em qualquer célula do hospedeiro, desde que ela tenha núcleo. Os cistos contém bradizoítas presentes em qualquer célula nucleada, mas são encontrados com mais facilidade no músculo estriado esquelético, globo ocular e SNC. Estruturas: Taquizoítas: formas de reprodução rápida, presente em HI na fase aguda da infecção. A sua divisão ocorre de forma assexuada chamada endodiogenia rápida. Bradizoita: parasita intracelular. Característico de fase crônica. Se reproduz de forma assexuada. É uma endodiogenia lenta. Esporozoítas: encontrados no interior de oocistos esporulados e é o produto da reprodução assexuada do ciclo. Ou seja, são eliminados APENAS pelos felinos. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 16 Oocisto do Toxoplasma: vai ter dois esporocistos e dentro de cada esporocisto vai ter quatro esporozoítas. Ciclo Biológico: Estruturas infetantes: oocistos esporulados, cisto de bradizoitas e taquizoítas. Elas são infectantes tanto para HI e HD. O felino se infecta pela predação de pequenos roedores e pequenas aves, ele ingere os bradizoítas. O tecido desses pequenos animais tem os cistos de bradizoítas. Esse cisto passa pelo estômago e começa a ser rompido. Chega no ID. Esse bradzoita penetra nas células dos enterócitos. Começa a esquizogonia, onde começa a se diferenciar em estruturas trofozoitas, depois esquizontes e depois merozoitas. O enterócito não suporta a carga parasitária e acaba rompendo, liberando merozoítas. Então, esses merozoitas penetram em outras células. Faz esquizogonia, trofo, esquizonte e libera outros merozoitas. Não existe um número de esquizogonias, mas no mínimo são duas. No final da segunda esquizogonia, temos merozoitas que vão penetrar em enterocitos e estão maduros para originar macro ou microgametócito. Macro e microgameta. Esse último é flagelado. Rompe a célula intestinal e sai em busca do macrogameto. Reprodução sexuada. Esse zigoto dentro da célula vai se diferenciare originar o oocisto não esporulado. A célula rompe e o oocisto não esporulado vai se misturar ao conteúdo fecal. Ele precisa de NO MINIMO, 24h no meio ambiente para se tornar esporulado. O não esporulado não é infectante. Os felinos podem defecar em plantações. Ai entra os HI. Uma das infecções é pela ingestão do oocisto. Quando o felino ingere o oocisto (não é a principal forma de infecção), o esporozoita que está dentro do oocisto penetra, esquizogonia, etc. Tanto esporozoita quanto bradzoita tem condições de infectar. O ciclo intestinal só ocorre no HD, que são os felinos. Quem entrou em contato com o oocisto agora é o homem, suíno, aves; ai chega no ID, penetrar na mucosa, porque não tem condições de se reproduzir em enterócitos que não sejam o dos felinos. Vai alcançar a corrente sanguínea e faz o ciclo extra- intestinal. Esse ciclo que tem o esporozoita penetrado pela ingestão do oocisto esporulado. Na corrente sanguínea precisa entrar em celular, então, inicialmente, entra em monócito, endotélio. Quando penetra se diferencia em trofozoita. Entra, faz um vacúolo parasitófilo, faz a reprodução sexuada. A célula vai ficar repleta de parasitas, rompe e os zoitas liberados vão precisar entrar em outras células, caracterizando a fase aguda da infecção. O sistema imunológico começa a atuar. O toxoplasma é muito inteligente, pois começa a perceber a ação do SI. O taquizoita se diferencia dentro do vacúolo em bradizoita, que induz a formação de uma membrana cística que protege o parasita da ação do SI. Dentro desse cisto, o parasita também se multiplica, mas de forma lenta. Os cistos se formam na musculatura esquelética, cardíaca, SNC. Quando o número aumenta muito dentro da célula, a célula se rompe. Então, fora do cisto o SI consegue matar o bradizoita, mas como são centenas de bradzoitas liberados, alguns conseguem escapar e infectar outras células. A infecção perpetua por toda a vida do hospedeiro. Quando o homem come carne de boi infectada, ele se infecta também. Sujeito infectado, redução do SI, o parasita volta a taquizoita e começa a se multiplicar de forma muito intensa. Todas as estruturas são infectantes para todos os hospedeiros. O Taquizoita é transmitido por via transplacentária. O Taqui está presente em fluidos biológicos. Nada se provou sobre o leite humano, mas já é transmitido pelo leite de cabra in natura. O ovo cru também é uma fonte de transmissão de taquizoita. Mas a importância do taqui está na transmissão transplacentária. Gestante na fase crônica, a não ser que ela tenha alguma doença que comprometa o SI, não precisa de cuidados. O parasita está na água, solo, carne, verduras. O único hospedeiro que transmite pelas fezes é o gato. Cães e pombos, só pela ingestão da carne dos mesmos. Carne de peixe não é transmitido. Patogenia e Manifestações Clínicas: O gato tem lise celular, mas é assintomático. Pode ter diarreia, mas não é regra. Humanos: causa destruição celular e necrose onde ele está se multiplicando. A fase aguda pode ter sintomatologia. Na fase crônica, vai haver o aparecimento de anticorpos. Se tem sintomas, que nem sempre tem, tem a cura clínica. A toxo é dividida. É geralmente benigna, auto- limitada. Dependendo do sistema no hospedeiro, pode ter sintomatologia de febre, adenopatia (pode ser generalizada ou localizada, dependendo do SI do hospedeiro), os lindonodos cervicais são mais acometidos. Anorexia, estenia. Parece com virose. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 17 Congênita: Só mulheres em fase aguda pode transmitir para o filho. Se a mulher tiver a fase aguda no primeiro trimestre da gestação, vai ter 15% de chance de passar pela plascenta, podendo haver morte fetal. No segundo trimestre: nascimento prematuro, 30 a 35%. Terceiro trimestre: nascimento de criança saudável, aparentemente saudável mais com sintomatologia mais tarde, hidrocefalia, calcificações cerebrais; chance de 60%. Pode existir gestante que não vai passar o parasita para o filho, dependendo do seu sistema imunológico. Em imunocomprometidos: doença aguda e a reativação. Os dois casos são muito grave. Confusão mental, coma, e até morte se não tratar a causa da imunossupressão. Toxoplasmose ocular: mais comum congênita ou podem surgir anos depois. Lesão de retina podem causar estrabismo, lacrimejamento. Se o cisto romper na retina, pode levar a cegueira. Acompanhar uma vez por ano. Diagnóstico: Pode ser feito de duas formas: evidenciação do Parasita ou pesquisa dos anticorpos. Histopato ou histoquímica: evidenciação do Parasita. Sorologia. Detecção do DNA específico em fluidos biológicos importante na gestação. O diagnóstico do feto é feito por punção e PCR. Se descobre uma mãe em fase aguda, o tratamento é diferente pra não deixar passar pela placenta ou para tratar o feto já infectado. Usado na rotina. Pesquisa de anticorpos. Técnica do corante: não identifica parasitas vivos. É substituída pela reação de Imunofluorescência indireta somada ao ELISA. Avidez de IgG: Algumas mulheres mantém o IgM alto mesmo estando em fase crônica. A avidez de IgG veio pra eucidar esse IgM alto. Se se ligarem rápido, o IgM é residual. Afinal, é sinal de que eles já se conhecem a muito tempo. O ideal é que se a mulher for engravidar, faça o teste para Toxo. O IgG positivo começa alto, depois baixa e se mantém baixo. Epidemiologia: É uma doença zoonótica mais comum. É cosmopolita. 70% da população é portadora. O Brasil tem o maior índice de toxoplasmose ocular do mundo. Existem cepas diferentes. O tipo I é muito virulenta e os tipos II e III são menos. O Brasil possui mais o tipo I. Mecanismo de infecção: Passivo-Oral por oocistos esporulados presentes na água, carne cru, mal preparo de alimentos, churrasco não atinge a temperatura nem o cozimento de micro- ondas. Transplante de órgãos Transplacentária Transfusão de sangue em fase adulta. Mas, normalmente, quando vai pra geladeira, o parasita morre. Acidentes laboratoriais. Inalação: o oocisto é muito comum e muito leve, na jardinagem. O gato infectado pode eliminar de 2 a 20milhões de oocistos em uma única evacuação, normalmente, na infância. Se o gato tem 17 anos e sempre viveu em apartamento, não tem motivo para a gestante se livrar do gato. A dispersão do oocisto pode ser feita pode ser feita por chuva, mecânica. Não tem cura parasitológica. Se a caixa de areia for limpa todos os dias, não tem problema pra gestante. Não dar carne mal cozida para os gatos. Gestante não deve fazer jardinagem. As pessoas devem usar luva para mexer com terra e jardins. Cuidar dos tanques de areia onde as crianças brincam. Beber água filtrada ou ferver. O bovino é herbívoro e se infecta só pelo oocisto que vem da vegetação. Carne seca inviabiliza o cisto. Verduras devem ser bem lavadas, porque o oocisto só sai mecanicamente. O acompanhamento sorológico da gestante: nào obrigatório no Brasil, na rede particular é feito de 3 em 3 meses. Prevenção primária é muito importante na profilaxia. Não tem vacina. Tanto ginecos quanto oftalmos, neuro e psiquiatra tem que saber toxo. O parasita altera o sistema nervoso dos ratos e torna eles atraídos pelo gato. Se a pessoa tem predisposição genética e tem o parasito, ele terá 3 vezes mais chances de desenvolver esquizofrenia. Depressão está muito relacionada a presença do parasito. Doença de Alzheimer também. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 18 11) Leishmania Leishmania Tegumentar Tem tegumentar e visceral. Ordem: possui um quinetoplasmo, que é um material genético localizado fora do núcleo.Também utilizado para diagnóstico. Existem técnicas que diagnosticam esse material. É um trypanossomatídeo. Existe muita semelhança com o T. cruzy. Se adota uma classificação em subgêneros. São trinominais. Existe uma divisão em complexos: um deles é o comportamento do parasita no Hospedeiro ou localização e reprodução em Hospedeiro Invertebrado. São divididos em 3 complexos: leishmania mexicana (não tem tropismo visceral, forma lesões benignas que tem cura espontânea clínica, não há tendências a metástases); leshimania dunovane (chagase circula no Brasil, fazem viscerização, lesões benignas ou ausentes); l. brasiliensis (é o que mais circula, é traiçoeiro, não tem tendência a viscerização, lesões complicadas, múltiplas e com tendência as metástases). Hospedeiro Vertebrado: mamíferos (homem), cão Hospedeiro Invertebrado: flebotomíneo (não é um mosquito, são menores) Lesões precisa de diagnostico diferencial, porque pode ser confundida com diversas doenças. Habitat do Invertebrado: protozoário intracelular que habita células macrófagos do sistema imunitário. Formas morfológicas: 1) Amastigota: acontece no vertebrado, intracelular obrigatória capaz de ser reproduzir por divisão binaria simples, sem flagelos. 2) Promastigota: inv, flagelado, extracelular e divisão binária. São diferentes quando ao H e flagelo, mas amastigotas possuem reprodução Por divisão binária. Ciclo Biológico: Como o homem se infecta? Pela picada do flebotomineo. Infecção passivo-cutâneo. Durante a picada, promastigotas estão no tubo digestório e glândulas salivares do flebotomieo. Quando ele inocula a saliva, ele inocula as promastigotas. A estrutura infectante é a promastigota. Promastigota tem vários antígenos na sua superfície que são reconhecidas por células fagocitárias presentes na pele e são fagocitadas. Numa fagocitose normal se forma um fagossoma que tem que se fundir com o lisossoma. Exatamente isso ocorre aqui. Toda essa alteração do meio induz a modificação do parasita em amastigota. A forma amastigota tem um metabolismo especial que faz com que ela sobrevive no fagolisossoma, se reproduz e ainda mata a célula. Se chama de Vacúolo Parasitófilo. Alguns pontos importantes: Se inoculasse uma seringa cheia de promastigotas a infecção não se completa, porque não é só o promastigota que induz essa resposta dos macrófagos. Precisa dos antígenos da saliva do Flebotomineo. Existe uma substancia na saliva que provoca a vasodilatação O ciclo só continua dentro do macrófago e colonização se promastigotas se transformar em amastigotas. Se não se transformarem, vão morrer e seus antígenos serão apresentados e vai ter toda uma reação. Amastigotas no interior no macrófago gera seu rompimento e são eliminadas no meio extracelular e geram um novo processo, pois são fagocitadas por outros macrófagos. Como o flebotomineo se infecta? Vai picar o individuo infectado que tem amastigotas no interior de macrófagos da pele. Essas células ingeridas, no tubo digestório é digerida e libera amastigotas. Amastigota vira promastigota, que se multiplicam e colonizam o tubo digestório. Acabou o ciclo tegumentar. A visceral é muito diferente? O ciclo é basicamente esse, mas há chegada na corrente sanguínea, infecção de monócitos e a chegada a outros órgãos. Patogênese: Todo o ciclo clinico envolve a resposta do Hospedeiro. A nível celular tem agressão traumática, devido a lise. Agressão espoliativa da célula, porque a amastigota desvia o metabolismo da célula. O primeiro momento, de infecção, o individuo saudável tem a proliferação de células de defesa. E a partir de como essa resposta acontece, tem as diversas formas clinicas de leishmaniose acontecendo. Tem a Leishmania Clássica ou Cutanea, podendo ser benigna, tendo cura Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 19 espontânea. L. Mucosa. L. Cutanea-Mucosa. L. Cutanea Difusa. L. Visceral. A inoculação pode ocorrer na derme ou na epi. Vão ser reconhecidas por macrófagos. Para que o macrófago fagocite, tem que ter essa fagocitose e formação de amastigotas. Ambiente Th-1 é selo protetor, tem uma redução do numero de parasitas. Reposta eficaz, mas morte tecidual, gerando úlceras. É o que normalmente ocorre com indivíduos. Resposta Th-2: tem relação com a genética pra montar essa resposta. Tem uma resposta menos eficaz. Tendência a dispersão do parasita. Viscerização sem resposta eficiente. Por isso, o parasita consegue se dispersar dessa maneira. O importante é que independente da forma que o hospedeiro responder, sempre haverá uma resposta humoral. Resposta TCD8: é citotóxica, tem abrandamento dos sintomas, nem forma lesões intensas. Morte celular rápida. Forma uma pequena pápula, pode se disseminar por via hematogênica, que se assemelha muito a uma picada por inseto. Pode ser pruriginosa em função da saliva do Flebotomíneo, aumento ganglionar. Se forma um nódulo na região da lesão, que esta relacionado a resposta do hospedeito. Em alguns, tem a formação da úlcera. Normalmente, existe uma proporção da resposta com o numero de parasitas. Vai haver morte celular, mas morte de parasitos também. É o efeito colateral. Ulcera por leis: bordo elevado e fundo grosseiro e que sangra com facilidade, indolor. É uma porta de entrada pra infecção secundária. Haverá uma ulcera só? Não, pode ter várias, nem sempre ao mesmo tempo. Nem sempre é redondinha. Onde é mais fácil achar a leishimania na ulcera? Na borda ou no tecido são ao redor da borda. Após a cicatrização, a cicatriz fica de cor mais clara que a normal. A ulcera demora a cicatrizar. Se ocorrer um trauma na cicatriz, pode haver o reaparecimento da lesão. A cura da leishimania é muito discutida. Mas se tem a cura clinica. Já se comprovou que indivíduos curados clinicamente, com traumas na lesão, podem reaparecer. A cura clinica existe. A parasitológica está em discussão. Tem vários espectros clínicos relacionados com a resposta do individuo. Dois polos: anergico e hipergico. No polo anergico é o não responsivo. O individuo fagocita mas não tem ativação de linfócitos. Não forma ambiente Th 1 ou 2. Disseminacão do parasita por todo o organismo. Difusa: grande quantidade de parasitas dispersas e nào tem formação de ulceras (pq a ulcera é em resposra a Th1), vai ter nódulos.É disfigurante. A espécie não tem tropismo visceral. Os nódulos se formam ao longo de muitos anos, uma vez que a resposta é lenta. Esse paciente é o pior, porque o tratamento é em resposta a resposta imune do Hospedeiro e como ele não responde bem.... Hipergico: leish brasilienses. responde ao ag de leish mais do que deveria. Resposta destrutiva. Lesões desfigurantes, ocorrendo tanto em mucosas ou cutâneas. Pode ocorrer lesões cutâneas e somente anos depois, lesões mucosas. Numero de parasitas pequenos na lesão, numero menor de macrófagos, imunidade celular em grande intensidade. Produção de ac, INF Gama. Polo mediano: a resposta celular é de menor intensidade. Polo Anergico: Grande quantidade parasitas e macrófagos. Sem resposta celular, mas tem produção de anticorpos. Sem resposta de Th1 e sem IFN gama. Lesoes: Amazonenses: é uma resposta mais demorada. Brasilenses: ulceras e hipergegica. Diagnostico Diferencial: Granulomas por micobacterias Hanseníase Doença da Arranhadura do Gato Diagnostico: O diagnostico diferencial baseado na clinica nem sempre é eficiente. Hoje se faz uma biopsia da lesão cutânea, em um corte que pegue a corda, o tecido não lesionado e um tecido de granulação. Imprint: impressão na lamina. Parasitologia– Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 20 Não confiar me uma única forma de diagnostico, principalmente, em L. brasiliensis, porque tem poucos parasitas e existe a possibilidade de não achar nada. O ideal é dividir fragmento em 4 porções: 1) Imprint; 2) Inocular no meio de cultura. Meio NNN. Só pode confirmar como negativo em 30 dias; 3) Histopatológico, Imunohistoquimica; 4) PCR Imunologico é o de Monte Negro: Inocula amastigostas e espera 24h para fazer a leitura. Dependendo do tempo de resposta, vai ser classificado como Reativo ou não reativo. Nem todo individuo com L. tegumentar dá positivo. Em hiperergicos é imensa, rápida e forma uma lesão que forma pus, olha, assustadora. Ser positivo em Montenegro nào significa estar infectado, mas significa que já teve contato com leishmania. Em anergicos pesquisar os ac é a melhor opção. É comum o individuo ao recém contaminado ter indeterminado ou não reativo. Leishmania Visceral Acontece quanto tem tendência a viscerização e são levados aos órgãos pela corrente sanguínea. Ela ínsita no H uma resposta Th-2 e por isso, nào é tão eficiente. Vai ter uma fase cutânea, geralmente assintmática, com a ulcera clássica nào acontecendo, mas tem uma lesão, nào em grande escala. A fase cutânea é branda, portanto. Amastigoto dentro dos monócitos está no sangue, pode ir pra qualquer órgão. O acometimento do fígado e do baço é muito comum. Outro local bem acometido é a medula óssea. Destruição celular, proliferação de células fagocitárias, aumento dos órgão, como hepato e esplenomegalia, relacionado ao aumento das células de defesa. O aumento abdominal é basicamente dado pelo aumento do baço e fígado. Não temos uma ascite motivando esse aumento. Triade: febre (sem período definido, não muito alta, o individuo não perde suas funções, não ficando cansado, podendo se manter durante todo o período de infecção); aumento de linfonodos e aumento de baço. Essas três na mesma ordem. Em seguida da esplenomegalia, vem a hepatomegalia. Individuos podem ter todos esses sintomas e viver normalmente. Sangramentos de mucosas. Em áreas de transmissão de leishmaniose visceral, desconfiar de pacientes que tem febre por longos períodos. Chagase produz visceral. Existe alguma possibilidade de o individuo desenvolver leish visceral não sendo portador de uma espécie que cause isso? Sim! Individuos com imunupressão ou HIV, podem fazer leish de forma anormal, porque a resposta celular dele é toda bagunçada. Também pode acontecer o contrário: leish chagase pode fazer lesão cutânea em HIV. Na infância tende a ser mais grave vindo a óbito mais facilmente. Diagnóstico: Pesquisar o parasita nos tecidos: biopsia ou aspirado. Punção por agulha fina. Biopsia de fígado, baço e linfonodos (DAR PREFERENCIA AO LINFONODO). Por ultimo, punção de medula. Histopatologia. Achar uma leishmania em um leucócito em uma lamina é raro. É preciso que o individuo tenha muitas. Cultura: nào deve ser interpretada como negativa em um período curto de tempo. Imunologico: visceral não respondem de forma adequada. São não Reativos para Montenegro, porque a fase cutânea é muito rápida. Como resolver? Pesquisar ac., pq o individuo tem muitos ac circulantes. Epidemiologia: Endemica no novo e velho mundo. Com relação as espécies que ocorrem em cada local são diferentes. Inv são os flebotomineos. Flebo tem importância como transmissor dependendo de ser mais ou menos domiciliado. BH e Campo Grande são áreas de transmissão. Esta deixando de ser rural para ser urbana. Parasitologia – Bloco II: Parasitas Teciduais e Cavitários Aulas Transcritas por Lilian Shio Página 21 Leishmania visceral tem focos no RJ. Não existe vacina para o ser humano. Pessoa que tem cachorro: controlar o flebo, que é o transmissor. Se positivo, tem que sacrificar. Profilaxia: Combater o Hospedeiro Invertebrado Usar inseticidas, telas, cortinados. O Flebo tem hábitos noturnos. Proteção pessoal ao entrar na mata. Se vc tem canil, usar telas. 12) Questões 1) Uma mulher deseja engravidar e foi diagnosticada como Toxoplasma negativa. Quais medidas essa futura gestante deve tomar antes e durante a gestação? 2) J.H.M., morador do Nordeste, procurou a Unidade de Saúde por apresentar um “inchaço” nos membros inferiores que não regride mais com o descanso. Foi colhido seu sangue às 8h da manhã e teve-se resultado negativo para microfilaremia periférica. O médico resolveu fazer a punção dos linfonodos, obtendo um resultado positivo para sua suspeita. a) Qual o possível parasito causador dos sintomas de J.H.M.? b) O que o médico deveria fazer para evitar que os resultados dessem negativos mesmo em pacientes positivos? c) Como o paciente em questão pode ter sido infectado? 3) Um indivíduo foi diagnosticado com Malária. Pergunta-se: a) Por que a infecção por Plasmodium falcipurum é mais perigosa? b) Quais são os perigos de uma gestante adquirir malária? c) Quais são e como acontecem os três sintomas característicos da Malária?
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