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AULA DE HOJE Apresentação do Grupo sobre Paternidade/ Maternidade Apresentação do Projeto a ser executado no HSM Aula expositiva- Adulto intermediário Leitura e apresentação de artigos PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO IDADE ADULTA AVANÇADA Prof. Ms. Ana Carolina P. Soares “Toda a pessoa na vida tem que plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho” O Adulto Erikson: • 6ª Idade – fase em que a identidade já está construída e o adulto está apto a desenvolver uma relação afetiva de intimidade (família) e investe na atividade profissional. • 7ª Idade – fase em que o adulto desenvolve as suas potencialidades pessoais, profissionais e sociais (generatividade). Paradoxo: Geralmente, por um lado, poderá haver uma grande satisfação conjugal e profissional; mas, por outro lado, o declínio físico começa a ficar evidente. O relógio biológico indica os primeiros sinais de envelhecimento: uso de óculos, cabelos brancos, pele com vincos, dificuldade em subir lances de escada (declínio da capacidade aeróbica), pessoas mais jovens o tratam como ”uma pessoa mais velha” (filhos adultos, colegas de trabalho jovens), a percepção da incapacidade dos pais leva a perceber a própria incapacidade futura. O relógio social indica a sensação de maior conhecimento e experiência, maior sensação de controle e escolha, há mais tempo e energia para outros papéis (esposo, esposa, avô, avó), para a aposentadoria. • Meia-idade (40 a 65 anos) Relativa deterioração da saúde física e inicia o declínio da resistência e da perícia das habilidades; A resolução dos problemas práticos é empregada de maneira sábia com experiência de vida, porém a capacidade de resolver novos problemas declina; O senso de responsabilidade continua a se desenvolver com a dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e pais idosos (stress); A busca pelo sentido da vida assume papel de importância, denominada crise da meia idade; Suportar a partida dos filhos, pode gerar sentimentos de vazio e abandono DESENVOLVIMENTO FÍSICO E MOTOR Uma série de mudanças pode preocupar o adulto nessa fase, é o período de alterações corporais: • Diminuição da densidade óssea; • Regeneração limitada da cartilagem em articulações levando ao aumento de queixas relativas à artrite; • Ganho de peso natural independente do aumento do consumo calórico Aumento em 35% na gordura corporal e diminuição em 17% da massa corporal magra e teor de água; • Decréscimo linear no funcionamento dos órgãos; • Presbiopia (dificuldade de distinguir com nitidez os objetos próximos); • A prática de exercícios físicos e o metabolismo diminuem; • A atividade sexual pode diminuir um pouco entre 40 e 50 anos, provavelmente devido a causas não fisiológicas, como monotonia num relacionamento, preocupação com negócios, fadiga, entre outros (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006). Por outro lado, algumas vezes os relacionamentos sexuais melhoram nesse período porque são desvinculados da capacidade reprodutiva e, portanto, livres do risco de gravidez A partir dos 40 anos as doenças passam a ser a causa mais comum de morte. A maior parte das pessoas de meia-idade possui boa saúde, os casos de morte ocorrem, com maior frequência, em virtude de derrame, câncer e doenças cardíacas (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006). • A menopausa aparece como um evento marcante no desenvolvimento físico na meia-idade. Ocorre tipicamente entre 45 e 55 anos. As pesquisas (DAN; BERNHARD, 1989 apud PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006) revelam que a maioria das mulheres sente pouco ou nenhum desconforto na menopausa. Há maior probabilidade dos problemas psicológicos associados à menopausa serem causados principalmente pela visão negativa do envelhecimento por parte da sociedade. • Outro aspecto que pode ser vivenciado de modo diferente nessa fase é a gravidez. Após os 40 anos, é muito mais frequente a mulher sofrer um aumento da pressão arterial em comparação com uma mulher de 25 anos. No entanto, após o parto, os órgãos de ambas tendem a funcionar igualmente. • Já o climatério masculino tende a iniciar 10 anos mais tarde que do nas mulheres. Cerca de 5% dos homens sentem depressão, fadiga, menor impulso sexual, disfunções eréteis ocasionais e queixas físicas. As causas desses sintomas podem estar associadas a mudanças hormonais; causas psicológicas (adaptações às novas demandas como, por exemplo, a morte dos pais) e atitudes culturais em relação ao envelhecimento (WEG, 1989 apud PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006). É evidente também a influência do estilo de vida sobre as condições de saúde, como por exemplo, nas doenças cardiovasculares, hipertensão, depressão, etc. Nesta fase também são estabelecidos alicerces do funcionamento físico para a vida inteira. De acordo com Papalia (2000), embora o corpo não seja mais o mesmo, a maioria das pessoas da Meia Idade está em boa forma física, cognitiva e emocional. Desenvolvimento cognitivo na meia-idade • Pode-se afirmar que a cognição na fase adulta supera a rigidez em direção à flexibilidade, ou seja, nessa fase as pessoas compreendem que determinadas coisas podem ser de uma forma, mas que, em seguida, isso pode se modificar. Compreendem também, que não existe uma única resposta certa, e as opiniões podem não ser tão válidas, sendo relativas a determinado momento ou circunstância. Logo, as questões podem ter uma causalidade múltipla e mais que uma solução. • Os adultos na meia-idade são capazes de integrar a lógica com a intuição e a emoção, integram fatos e ideias, e integram novas informações com o que já sabem. Filtram pela sua experiência de vida e aprendizagem prévia. Assim, tendem a ser bons para solucionarem os problemas. Isso significa que, nesse momento da vida, o adulto de meia-idade tem o incremento da sua inteligência cristalizada, da qual pode fazer uso, ela é a capacidade de lembrar e usar informações adquiridas durante uma vida inteira. A inteligência cristalizada é relacionada à educação e à experiência cultural. O conhecimento especializado é um exemplo desse tipo de inteligência. • Em síntese, a capacidade mental na fase adulta média pode atingir um nível excelente. Principalmente, as habilidades relativas à área de especialização e à solução de problemas práticos se encontram muito desenvolvidas. • A criatividade pode declinar, mas sua qualidade é melhor. Isso implica muitas vezes um grande sucesso na carreira, mas, por outro lado, pode ocorrer também um esgotamento ou mudança de carreira. É importante destacar que no aspecto neurológico é frequente o início da deterioração das respostas motoras complexas. Características psicossocais • Mudanças Fisiológicas: na mulher -> menopausa (a partir dos 40 anos), acompanhada de modificações emocionais intensas. • No homem: andropausa (a partir dos 40 anos), em que o aumento de peso, a diminuição da energia e da resistência física são próprias desta fase. • Muitas vezes, ocorre uma diminuição da autoestima e vivência da ansiedade (Utilidade x Possibilidades) • A atividade profissional deixa de ter um papel central na sua vida. • Alteração da vida/funções com a saída de casa dos filhos ( “ninho vazio”) • A morte do cônjuge ou de parentes leva a enfrentar a morte de modo mais direto. Fica evidente a necessidade de rever todas as condutas sociais e buscar modos significativos de viver pessoalmente. Desenvolvimento psicossocial na meia-idade • A meia-idade é para muitos um período do auge da competência, produtividade e controle. É um momento no qual o indivíduo desenvolveu um grande senso de autoconfiança e autoestima — no percurso da vida já checou várias vezes suas capacidades e sua resiliência — de tal forma, que sente que é capaz de lidar e enfrentar todas as circunstâncias e questões que aparecem. • Alguns autores (ROSA, 1994), fazendo analogia com uma peça teatral, dizem queas pessoas na meia-idade seriam os protagonistas, porque fazem parte da geração que está no comando. Ou, ainda, entendem que essa é uma “geração sanduíche” porque por um lado há os filhos, na maioria adolescentes, que ainda demandam cuidado e por outro há os pais envelhecendo, que também precisam de uma atenção especial. Segundo Erikson (1974), essa é a fase da maturidade, na qual os adultos precisam estar ativamente envolvidos no ensino e na orientação da próxima geração, é a necessidade de sentir-se útil, especialmente em relação às pessoas mais jovens. No entanto, essa necessidade de “sentir-se útil”, que Erikson denominou de generatividade, não se restringe ao fato de se ter filhos para cuidar, pelo contrário, pois não basta ter filhos ou não é preciso tê-los para alcançar essa capacidade, trata-se de uma preocupação ampla pelos outros, um compromisso para além de si mesmo, com a família, o trabalho, a sociedade e as gerações futuras. Manifesta-se na necessidade de ensinar ou guiar os mais jovens não só para ajudá-los, mas também para formar a própria identidade. A pessoa que orienta sente-se necessária, tem o feedback daquilo que produziu e do que deve cuidar, e, assim, pode-se dizer que o conceito de generatividade inclui o de produtividade e o de criatividade. A idéia de produtividade e criatividade inclui a possibilidade de não ter filhos, mas realizar a capacidade de gerar através de sua criatividade na produção artística, literária ou científica maiores produções. • Entretanto, quando as pessoas de meia-idade fracassam na capacidade generativa, elas são tomadas pela estagnação, pelo tédio e pelo empobrecimento interpessoal. Essas pessoas podem sentir que “ficaram paradas na vida” e, então, passam a buscar compulsivamente uma pseudointimidade, mas, ainda assim, permanecem com o sentimento de “vazio”. Portanto, a sétima crise psicossocial, proposta por Erikson, vivenciada pelos indivíduos nessa faixa etária é generatividade versus estagnação. • A crise da meia-idade é caracterizada por um “balanço de vida”, que é balizado em função da finitude da vida. Esse é o primeiro momento do ciclo vital em que o indivíduo se depara com a morte enquanto uma possibilidade real. Alguns amigos da mesma geração morrem; os sinais de envelhecimento são encarados de uma forma realista; algumas metas traçadas no projeto de vida não foram alcançadas e o indivíduo percebe que está na metade da sua vida. Possibilidade de mudanças, retomar metas, porém, existe um tempo e um limite. Postura mais introspectiva (auto-avaliação) É frequente o questionamento do sistema de valores que regeu sua existência, os objetivos de trabalho, sociais e econômicos, o uso que fez do seu tempo livre, dedicação à família e amizades, entre outros. A partir dessa análise, muitos indivíduos reconduzem suas vidas. Por exemplo, é o momento em que algumas pessoas optam por uma segunda carreira, ou voltam a estudar; mudam hábitos de saúde e autocuidado, como praticar esportes ou optar por um estilo de vida mais saudável; há muitos casais que se separam; outros desenvolvem uma busca espiritual, entre outras ações. • Alguns tentam recuperar a juventude envolvendo-se afetivamente com pessoas mais jovens ou adotando comportamentos próprios de outros períodos de vida. Como, por exemplo, a mulher na meia idade começa a usar as mesmas roupas que sua filha adolescente ou o homem quer acompanhar o seu filho em uma trilha com esportes radicais ou, ainda, relaciona-se com uma garota de 20 anos. • Nas famílias com pais na meia-idade e filhos na adolescência, é comum estabelecer-se uma relação de inveja: os filhos detêm a juventude; os pais detêm o poder da vida adulta, muitas vezes, simbolizado pelo poder econômico. • No final desse período, pode ocorrer uma transformação na dinâmica familiar, conhecida como “ninho vazio”, que é o momento no qual os filhos saem da casa de seus pais e estes têm que se reorganizar frente à nova realidade. Alguns casais vivem essa fase como uma segunda lua de mel, agora livres dos encargos parentais; outros entram em crise pessoal e/ou conjugal, na maioria das vezes, porque o casal não se reconhece na conjugalidade, mantinham-se juntos apenas enquanto um casal parental, quando essa função é esvaziada, não há outro ponto de intersecção. • As amizades nessa fase são especialmente importantes, atuando como uma rede de apoio frente à grande sobrecarga de funções que recaem sobre os adultos na meia-idade; no entanto, no geral, resta pouca energia para dedicar aos amigos. • O relacionamento com as respectivas famílias de origem, exceto em épocas de necessidade, tende a diminuir de importância durante a idade adulta. Nessa fase, algumas pessoas tornam-se as cuidadoras dos pais, o que pode ser um fator de estresse no relacionamento com a família de origem e/ou com a família constituída, quando não há divisão nas tarefas. Ainda nessa fase, algumas pessoas tornam-se avós, esse é um evento importante na vida de uma pessoa, mas seu momento de ocorrência e significado varia. Um avô pode servir de professor, cuidador, modelo de papel e às vezes mediador entre as crianças e os pais. Essas diferentes atribuições podem representar um prazer ou um peso físico, emocional e financeiro. Filhos e reflexos no desenvolvimento dos Pais • Uma tarefa importante para os pais é aceitar seus filhos maduros como eles são, não como esperavam que eles fossem. • Traumas no ninho: 1) O Ninho vazio – Sensações de abandono e perda por ver os filhos partir- situação como libertadora. (vide casamento prolongado, e segunda lua-de-mel) 2) O Ninho atravancado – A demora de um filho sair de casa pode trazer o mesmo estresse • O sucesso de um filho pode ser a satisfação e bem estar para um pai/ mãe durante o restante da sua vida. ATIVIDADE PARA CLASSE A turma deverá se dividir em grupos para leitura e apresentação dos artigos disponibilizados pela professora. ATIVIDADE Assista ao filme Ninho vazio (título original El nido vacío) e faça uma resenha crítica, estabelecendo relação com os conteúdos até aqui estudados (OBS:mínimo 3 laudas) ENTREGA (SOMENTE): 25.05.17
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