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Principais características Prof. Ribas Sinais e Sistemas Lineares II Análise da resposta de sistemas no domínio do tempo Sistemas de segunda ordem ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Sistemas de segunda ordem Diferentemente dos sistemas de primeira ordem, em que um parâmetro muda a velocidade de resposta, nos sistemas de segunda ordem, a mudança nos valores dos parâmetros pode mudar a forma da resposta no tempo. O desempenho dos sistemas de controle são especificados em termos de resposta transitória* e resposta em regime permanente**. * Parte da resposta que desaparece no tempo. ** Parte da resposta que ocorre muito tempo depois da aplicação de um sinal de entrada. 2 Sistemas de segunda ordem A forma geral de um sistema de segunda ordem é representado na Figura 01. Figura 01 – Forma geral de um sistema de segunda ordem. Neste caso, o termo do numerador é simplesmente um escalar ou um fator multiplicativo da entrada que pode ter qualquer valor sem afetar a forma dos resultados deduzidos. Atribuindo-se valores apropriados a a e b, pode-se mostrar todas as formas de onda possíveis de resposta transitória. 3 Sistemas de segunda ordem – Resposta superamortecida A Figura 02 contém um sistema de segunda ordem com resposta superamortecida. Figura 02 – Sistema com resposta superamortecida. 99 9 2 ss )146,1)(854,7( 9 )99( 9 )( 2 ssssss sY Para a entrada a degrau unitário tem-se: Escrevendo de forma geral a resposta no tempo: tt eKeKKty 146,12 854,7 10)( 4 Sistemas de segunda ordem – Resposta superamortecida Figura 03 – Polos do sistema no Plano S e esboço da resposta superamortecida. Observe que este tipo de sistema tem dois polos reais. tt eety 146,1854,7 171,1171,01)( 5 Sistemas de segunda ordem – Resposta subamortecida Considere agora o sistema de segunda ordem da Figura 04. Figura 04 – Sistema com resposta subamortecida. )81)(81( 9 )92( 9 )( 2 jsjsssss sY Para a entrada a degrau unitário tem-se: Escrevendo de forma geral a resposta no tempo: )8cos()( 110 teKKty t9292 ss 6 Sistemas de segunda ordem – Resposta subamortecida Figura 05 – Polos do sistema no Plano s e esboço da resposta subamortecida. Este tipo de sistema possui uma ultrapassagem além da amplitude do valor do degrau. 7 ]8sen 8 8 8[cos1)( 1 ttety t ]47,198[cos06,11 1 te t Sistemas de segunda ordem – Resposta subamortecida Figura 06 – Componentes da resposta ao degrau de um sistema de segunda ordem gerados por polos complexos. Como pode ser observado, este tipo de sistema possui dois polos complexos. Esse tipo de sistema apresenta uma resposta como esboçado na Figura 06. 8 Sistemas de segunda ordem – Resposta sem amortecimento A Figura 07 contém um sistema de segunda ordem com resposta sem amortecimento. Figura 07 – Sistema com resposta sem amortecimento. )3)(3( 9 )9( 9 )( 2 jsjssss sY Para a entrada a degrau unitário tem-se: A resposta no tempo deste sistema fica então: )3cos()( 10 tKKty 9 9 2 s 9 Sistemas de segunda ordem – Resposta sem amortecimento Figura 08 – Polos do sistema no Plano s e esboço da resposta sem amortecimento. Observe que neste sistema, os polos não possuem a parte real, o que implica que a resposta não apresenta um decaimento exponencial com o tempo. 10 )3cos(1)( tty Sistemas de segunda ordem – Resposta criticamente amortecida Para o sistema com resposta criticamente amortecida, representado na Figura 09, Figura 09 – Sistema com resposta criticamente amortecida. 22 )3( 9 )3)(3( 9 )96( 9 )( ssssssss sY a aplicação de um degrau unitário na entrada resulta: A resposta no tempo deste sistema fica então: tt eKteKKty 32 3 10)( 96 9 2 ss 11 Sistemas de segunda ordem – Resposta criticamente amortecida Figura 10 – Polos do sistema no Plano s e esboço da resposta criticamente amortecida. Veja que o sistema possui polos repetidos em –3. Respostas criticamente amortecidas são as mais rápidas possíveis sem a ultrapassagem que é a característica da resposta subamortecida. 12 tt etety 33 131)( Respostas ao degrau de sistemas de segunda ordem com amortecimento Figura 11 – Respostas ao degrau de sistemas de segunda ordem para os casos de amortecimento. 13 Exercício 01 Escreva, por inspeção, a forma geral da resposta ao degrau unitário para cada uma das seguintes funções de transferência. 20010 200 )( 2 ss sG a) b) c) d) e) 40012 400 )( 2 ss sG 90090 900 )( 2 ss sG 22530 225 )( 2 ss sG 625 625 )( 2 s sG 14 Exercício 01 – Respostas )23,13cos()( 5 10 teKKty t a) b) c) d) e) )08,19cos()( 610 teKKty t tt eKeKKty 46,112 54,78 10)( )25cos()( 10 tKKtytt teKeKKty 1521510)( 15 Sistemas de segunda ordem – Análise quantitativa Existem duas grandezas com significado físico que definem as especificações de resposta de um sistema de 2ª ordem: Frequência natural (ou não amortecida), (ωn): é a frequência de oscilação do sistema sem amortecimento. Relação de amortecimento (ou coeficiente de amortecimento), (ζ): )( natural Frequência )( decaimento de rad/s rad/s )( lexponencia tempode Constante )( natural Período 2 1 s s Frequência exponencial 16 Sistemas de segunda ordem – Análise quantitativa Considere o sistema: bs b sG 2 )( bass b sG 2 )( Sem amortecimento, os polos do sistema estariam sobre o eixo jω e a resposta seria uma senóide sem amortecimento. Para os polos serem puramente imaginários, a = 0. 17 Sistemas de segunda ordem – Análise quantitativa Por definição, a frequência natural (ωn) é a frequência de oscilação deste sistema. Como os polos estão sobre o eixo jω em , bj Portanto: .bn .2 bn 18 Sistemas de segunda ordem – Análise quantitativa Supondo o sistema subamortecido, os polos complexos possuem uma parte real, σ (fator de atenuação), igual a –a/2. A magnitude deste valor é então a frequência de decaimento exponencial. Assim: e então: .2 na )( natural Frequência )( decaimento de rad/s rad/s Frequência exponencial nn a 2 19 Sistemas de segunda ordem – Análise quantitativa A função de transferência de 2ª ordem genérica finalmente adquire a forma “forma-padrão”: Colocando na forma de diagrama de blocos 22 2 2)( )( )( nn n sssR sY sG Figura 12 – Sistema de segunda ordem. 20 Sistemas de segunda ordem – Análise quantitativa O comportamento dinâmico dos sistemas de segunda ordem é determinado pelos parâmetros ζ e ωn. Os polos da função de transferência acima são: 1 2 442 2 222 2,1 nnnnns 21 Sistemas de segunda ordem – Análise do parâmetro ζ Para que o sistema seja estável é necessário que os polos s1 e s2 estejam localizados no semiplano esquerdo (SPE) aberto do Plano s, isto é, o coeficiente de amortecimento ζ > 0 pode assumir os seguintes valores: • 0 < ζ < 1: os polos s1 e s2 são complexos conjugados e o sistema é subamortecido; • ζ = 1: os polos s1 e s2 são reais e iguais e diz-se que sistema tem amortecimentocrítico; • ζ > 1: os polos s1 e s2 são reais e diferentes e o sistema é superamortecido ou sobreamortecido; • Se o ζ = 0, o sistema não é estável e a resposta é oscilatória, isto é, sem amortecimento. 22 Sistemas de segunda ordem – Análise do parâmetro ζ plano s plano s plano s plano s Polos Resposta ao degrau Não-amortecido Subamortecido Criticamente amortecido Superamortecido Figura 13 – Respostas de segunda ordem em função da relação de amortecimento. y(t) y(t) y(t) y(t) 23 Sistemas de segunda ordem – Sistema superamortecido: ζ > 1 Para ζ > 1 os polos do sistema são reais e diferentes, ou seja: 121 nns . 122 nns e Para ζ > 1 os polos do sistema são reais e diferentes, ou seja: 24 Sistemas de segunda ordem – Sistema superamortecido: ζ > 1 Quando a entrada no diagrama de blocos da forma- padrão é um degrau unitário, isto é, R(s) = 1/s, tem- se: . ))(()2( )( 21 2 22 2 ssssssss sY n nn n ns ) 1( 21 Aplicando a transformada de Laplace inversa ou: .0 para ; 1212 1)( 21 2 2 2 1 te s e s ty tsntsn , 12 1)( 21 2 21 s e s e ty tsts n com e .) 1( 22 ns 25 Sistemas de segunda ordem – Sistema superamortecido: ζ > 1 ζ ζ Figura 14 – Respostas de segunda ordem para dois valores diferentes de ζ assumindo ωn constante. 26 Sistemas de segunda ordem – Sistema oscilatório: ζ = 0 Quando ζ = 0, os polos do sistema são complexos conjugados (s1 = jωn, s2 = –jωn), e estão localizados no eixo imaginário. 27 Sistemas de segunda ordem – Sistema oscilatório: ζ = 0 Fazendo ζ = 0 na FT padrão e aplicando um degrau unitário na entrada, tem-se: . 1 )( )( 22 2 22 2 n n n n ssss sY Aplicando a transformada de Laplace inversa .0 para );cos(1)( ttty n 28 Sistemas de segunda ordem – Sistema com amortecimento crítico: ζ = 1 Quando ζ = 1, a FT padrão resulta em: . )()2)( )( )( 2 2 22 2 n n nn n ssssR sY sG Nesse caso a FT tem dois polos reais negativos e iguais a –ωn. 29 Sistemas de segunda ordem – Sistema com amortecimento crítico: ζ = 1 Aplicando R(s)= 1/s, na equação acima obtém-se: . )( 11 )( )( 22 2 n n nn n sssss sY Aplicando a transformada de Laplace inversa .0 para ;1)( tteety tn t nn 30 Sistemas de segunda ordem – Sistema subamortecido: 0 < ζ < 1 Quando 0 < ζ < 1, os polos são complexos conjugados, a resposta é subamortecida e os polos são: . ))(()( )( )( 2 dndn n jsjssR sY sG sendo dnnn jjs 22,1 1 01 2 nd chamada de frequência natural amortecida. Nesse caso, Y(s)/R(s) pode ser escrita como: 31 Sistemas de segunda ordem – Sistema subamortecido: 0 < ζ < 1 Os polos do sistema estão representados na figura a seguir: O coeficiente de amortecimento ζ é dado por: 1coscos 32 Sistemas de segunda ordem – Sistema subamortecido: 0 < ζ < 1 Quando ζ varia com o valor de ωn constante, as raízes complexas conjugadas percorrerão um lugar circular conforme mostra a figura abaixo. ζ aumentando 33 Sistemas de segunda ordem – Sistema subamortecido: 0 < ζ < 1 Para uma entrada a degrau na FT na forma-padrão, tem-se: . 2 21 )2( )( 2222 2 nn n nn n ss s ssss sY A partir de tabelas tem-se que: .0 para ;sen 1 cos1)( 2 tetety d t d t nn 34 Sistemas de segunda ordem – Sistema subamortecido: 0 < ζ < 1 A figura a seguir é o gráfico da resposta ao degrau para ζ = 0,3. 21 tne 21 tne n 1 35 Sistemas de segunda ordem – Sistema subamortecido: 0 < ζ < 1 A figura a seguir é uma descrição de y(t) em função de ωnt para a FT padrão de 2ª ordem a uma entrada a degrau. 36 Sistemas de segunda ordem – Sistema subamortecido: 0 < ζ < 1 Resposta transitória de um sistema de 2ª ordem a uma entrada em degrau, em função de ζ e ωnt. 37 Sistemas de segunda ordem – Localização das raízes no Plano s e a resposta transitória A figura abaixo contém a resposta impulsional para diversas localizações de raízes no plano s (a raiz conjugada não está mostrada). Raiz do sistema a malha fechada. 38 Sistemas de segunda ordem – Sistema subamortecido: 0 < ζ < 1 Resposta transitória de um sistema de 2ª ordem a uma entrada impulso unitário, em função de ζ e ωnt. 39 Sistemas de ordem superior – com mais de dois polos Considere o sistema representado por: A FT de malha fechada é: Uma vez que esta equação pode ser reescrita em forma de polinômios em s, tem-se: . )()(1 )( )( )( sHsG sG sR sY . )( )( 1 1 10 1 1 10 nn nn mm mm asasasa bsbsbsb sR sY 40 Sistemas de ordem superior – com mais de dois polos Se todos os polos forem reais, para uma entrada a degrau unitário, pode-se reescrever esta equação como: onde ai é o resíduo do polo em s = –pi. Considerando que todos os polos de malha fechada estão no SPE do plano s, os resíduos determinarão a importância relativa dos componentes na forma expandida de Y(s). n i i i ps a s a sY 1 )( Polos da FTMF são todos reais 41 Sistemas de ordem superior – com mais de dois polos Se um par de polos e zero estiverem muito próximos, vão se cancelar. Se um polo estiver localizado muito longe da origem, o resíduo será pequeno e vai contribuir pouco para a resposta transitória. 42 Sistemas de ordem superior – com mais de dois polos Nesse caso, supondo que todos os polos a MF sejam distintos, tem-se: Pode ser visto que a resposta de um sistema de ordem superior é composta de uma série de termos que contém funções simples que são encontradas em respostas de 1ª e 2ª ordem. r k kkk kkkkkk q j j j nrq ss csb ps a s a sY 1 22 2 1 ).2( 2 1)( )( Polos da FTMF são reais e de pares complexos conjugados 43 Sistemas de ordem superior – com mais de dois polos Para uma entrada a degrau unitário e aplicando-se a transformada de Laplace inversa, tem-se: Assim, a curva de resposta de um sistema estável de ordem superior é a soma de uma série de curvas exponenciais e curvas senoidais amortecidas, ou seja a soma das respostas de sistemas de 1ª e 2ª ordem. .0 para ;1sen 1cos)( 1 2 1 2 1 tte teeaaty r k kk t r k kk t q j tp j kk kkj 44 Exemplo 1 – Sistemas de ordem superior Considere os sistemas de 3ª ordem com ganho estático igual a 1 e sem zeros. G1(s) é de 2ª ordem com ζ = 0,28 e com ωn = 5 rad/s. A parte real dos polos complexos conjugados é –ζωn = –1,4. Os sistemas G2(s), G3(s) e G4(s) são de 3ª ordem com polo real em s = –3, s= –7 e s = – 20, respectivamente. 258,2 25 )( 21 ss sG )258,2)(3( 75 )( 22 sss sG )258,2)(20( 500 )( 24 sss sG )258,2)(7( 175 )( 23 sss sG 45 Exemplo 1 – Sistemas de ordem superior As respostas desses sistemas a uma entrada a degrau são mostradas na figura abaixo. 46 258,2 25 )( 21 ss sG )258,2)(3( 75 )( 22 sss sG )258,2)(20( 500 )( 24 sss sG )258,2)(7( 175 )( 23 sss sG Sistemas de segunda ordem com zeros Considere um sistema de 2ª ordem subamortecido com um zero no eixo real em s = –1/τ, cuja FT seja dada por: Aplicando um degrau unitário na entrada e calculando a transformada de Laplace inversa chega-se a: . 2 )1( )( )( )( 22 2 nn n ss s sR sY sG .0 para ;)sen()cos(1)( 2 tttety d d nn d tn 47 Sistemas de segunda ordem com zeros Analisando a equação anterior, verifica-se que quando τ é pequeno, ou seja, quando o zero real em s = 1/τ está distante dos polos complexos conjugados dominantes no plano s, tem-se que ζωn – ζωn 2τ ≈ ζωn. Assim a resposta será semelhante a um sistema de 2ª ordem sem zero, pois o zero terá pouca influência na resposta. 48 Exemplo 2 – Sistemas com zeros Considere os sistemas de 2ª ordem com as seguintes FT: G1(s) é de 2ª ordem com ζ = 0,28 e com ωn = 5 rad/s. A parte real dos polos complexos conjugados é –ζωn = –1,4. Os sistemas G2(s), G3(s) e G4(s) possuem um zero real em s = –2, s = –20 e s = +2, respectivamente. 258,2 25 )( 21 ss sG )258,2( )15,0(25 )( 22 ss s sG )258,2( )15,0(25 )( 24 ss s sG )258,2( )105,0(25 )( 23 ss s sG 49 Sistemas de segunda ordem com zeros As respostas desses sistemas a uma entrada a degrau são mostradas na figura abaixo. 50 258,2 25 )( 21 ss sG )258,2( )15,0(25 )( 22 ss s sG )258,2( )15,0(25 )( 24 ss s sG )258,2( )105,0(25 )( 23 ss s sG Resposta ao degrau de sistemas de segunda ordem com e sem zeros 51 Resposta ao degrau de sistemas de terceira ordem com para diferentes posições dos zeros e com polos reais 52 Características das respostas transitórias As respostas ao degrau têm importâncias porque na prática podem ser facilmente medidas, bastando para isso modificar o patamar das entradas e registrar as saídas. Na especificação das características transitórias de um sistema de controle a uma entrada em degrau unitário, são utilizados os parâmetros e seus nomes internacionais, conforme representados na figura a seguir. 53 Características das respostas transitórias Curva de resposta em degrau unitário que mostra, td, tr, tp, Mp e ts. 54 Características das respostas transitórias Os parâmetros que aparecem na figura anterior são: • Tempo de atraso, td (delay time); • Tempo de pico, tp (peak time); • Sobressinal máximo, Mp (overshoot ou maximum peak); • Tempo de acomodação, ts (settling time); • Tempo de subida, tr (rise time). 55 Características das respostas transitórias Tempo de atraso, td: é o tempo necessário para a resposta ao degrau alcançar a metade de seu valor final pela primeira vez, isto é, 0,5y( ). Tempo de pico, tp: é o tempo necessário para a resposta ao degrau alcançar seu primeiro pico de sobressinal, que somente acontece em sistemas subamortecidos (0 < ζ < 1). É definido por: . 1 2 dn pt 56 Características das respostas transitórias Sobressinal máximo, Mp: é definido como o máximo valor de pico da resposta menos o valor final – em valor percentual do seu valor final, ou seja: %.100 )( )()( (%) y yty M p p Para sistemas de 2ª ordem subamortecidos, tem-se: %.100(%)ou 22 11 eMeM pp 57 Características das respostas transitórias Observação: caso Mp(%) seja conhecido, pode- se manipular a equação anterior e encontrar ζ. Assim: . ]100/(%)[ln ]100/(%)ln[ 22 p p M M 58 Características das respostas transitórias Tempo de acomodação, ts: é o tempo necessário para as oscilações amortecidas transitórias atingirem e permanecerem em torno do valor final (regime estacionário) dentro de uma faixa (usualmente especificada em porcentagem do valor final (y( )) de ± 2% ou ± 5% ). Para casos específicos pode-se também utilizar a especificação da faixa de ± 1%. 59 Características das respostas transitórias Para sistemas de 2ª ordem subamortecidos, a resposta transitória ao degrau é representada pela seguinte figura: Constante de tempo das curvas 60 Características das respostas transitórias Para um critério de 2%, pode-se calcular o tempo de assentamento como: . 44 4 dn st . 33 3 dn st 61 Para um critério de 5%, tem-se: Para um critério de 1%, tem-se: . 6,46,4 6,4 dn st Características das respostas transitórias Tempo de subida, tr: para sistemas com amortecimento crítico (ou sistemas superamortecidos), o tempo de subida normalmente é definido como o tempo necessário para a resposta ao degrau ir de 10% a 90% do seu valor final. * É difícil estabelecer uma equação para o cálculo de tr, porém, algumas equações podem aproximar bem este valor para uma determinada faixa de ζ. 62 Características das respostas transitórias Para sistemas subamortecidos defini-se tr como o primeiro instante em que a resposta a degrau alcança 100% do seu valor final. Tem-se então (OGATA): Na equação acima, θ pode ser obtido, conforme a figura: . 1 2 dn rt 63 Características das respostas transitórias Outra aproximação exata para calcular o tempo de subida para valores de 0,3 < ζ < 0,8 pode ser obtida com (DORF, BISHOP): . 6,016,2 n rt 64 Características das respostas transitórias Relação de amortecimento T em p o d e su b id a × F re q u ên ci a n at u ra l 3,0 2,8 2,6 2,4 2,2 2,0 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 1,104 1,203 1,321 1,463 1,638 1,854 2,126 2,467 2,883 Tempo de subida normalizado Coeficiente de amortecimento Uma terceira forma ainda pode ser usada, conforme mostra a figura a seguir, onde o tempo de subida está normalizado em função da fração de amortecimento para uma resposta subamortecida de 2ª ordem (NISE). 65 Características das respostas transitórias E por fim, se for considerada a curva com ζ = 0,5 como uma média, o tempo de subida a partir de y = 0,1 a y = 0,9 é de aproximadamente ωntr = 1,8. Assim, pode-se dizer que (Franklin, Powell e Emami-Naeini): . 8,1 n rt 66 * Essa relação pode ser melhorada se incluído o efeito de amortecimento. Características das respostas transitórias Pode-se relacionar as grandezas até aqui estudadas à localização dos polos que geram estas características,utilizando um gráfico que contenha os polos de um sistema de 2ª ordem subamortecido. dn st 444 dn pt 21 67 plano s Características das respostas transitórias Nas equações acima, ωd é a parte imaginária do polo (frequência de oscilação amortecida) e σd é a magnitude da parte real do polo e é a frequência exponencial amortecida. 68 Características das respostas transitórias Na figura a seguir, estão representadas as linhas de valores constantes para tempo de pico, tp, tempo de assentamento, ts, e ultrapassagem percentual, Mp(%). Note que ts2 < ts1, tp2 < tp1 e Mp1(%) < Mp2(%). plano s Mp1(%) Mp2(%) tp2 tp1 ts2 ts1 69 a. com parte real constante; b. com parte imaginária constante; c. com relação de amortecimento constante. Características das respostas transitórias Respostas ao degrau de sistemas de segunda ordem subamortecidos à medida que os polos se movem: plano s plano s plano s Movimentação do polo Movimentação do polo Movimentação do polo A mesma envoltória A mesma frequência A mesma ultrapassagem 70 Resposta ao Degrau de Sistemas de Segunda Ordem Subamortecidos quando os polos se movem com parte real constante • Quando os polos se movem na direção vertical, a frequência aumenta, porém a envoltória permanece a mesma; • O tempo de assentamento é praticamente o mesmo para todas os sinais; • Quando o sobre valor aumenta, o tempo de subida diminui. Resposta ao Degrau de Sistemas de Segunda Ordem Subamortecidos quando os polos se movem com parte imaginária constante • Nesse caso, a frequência é constante ao longo de variação da faixa real; • Quando os polos são movidos da esquerda para a direita, a resposta de amortece rapidamente, enquanto a frequência permanece a mesma; • O tempo de pico permanece o mesmo, visto que a parte imaginária permanece inalterada. Resposta ao Degrau de Sistemas de Segunda Ordem Subamortecidos quando os polos se movem com fração de amortecimento constante • Neste caso, o sobre valor percentual permanece o mesmo; • Todas as respostas se parecem, exceto no que diz respeito as suas velocidades. Quando mais afastados da origem, mais rápida será a resposta. Características das respostas transitórias Exercício: Encontre a região admissível no plano s para os polos da função de transferência de um sistema, se as exigências para a resposta transitória do sistema são tr ≤ 0,6 s, Mp ≤ 10 % e ts ≤ 3 s. 74
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