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prova i- microbiologia Morfologia bacteriana Dimensões, formas, arranjos e estruturas Formas básicas Cocos esféricas Bacilos bastonetes/cilíndricas Espiralado sou helicoidais vibrião, espirilos, espiroqueta Arranjos característicos dos cocos Duplas: diplococo Cadeia: estreptococos Grupos de 4: tetracocos Grupos de 8: sarcinas Cacho de uva: estafilococos Arranjos de bacilos Dupla: diplobacilos Cadeia: estreptobacilos Arranjo das bactérias espiralado Células isoladas Diferenças no comprimento, número e amplitude dos espirais Bastonetes curtos com espirais cerradas Longos com uma série de encurvações Bactérias curtas com espiras incompletas: vibriões Estrutura da célula bacteriana Estruturas externas a parede celular Glicocálice (cápsula) Flagelos Filamentos axiais Fímbrias ou pili Parede celular Estruturas internas a parede celular Membrana plasmática Citoplasma Nucleóide e plasmídeo Cromossomo Ribossomo Endosporos Parede celular Estrutura complexa e semi-rígida Funções: Dar forma a célula Proteger a célula de condições adversas Evitar a ruptura das células bacterianas Servir como ponto de ancoragem para flagelos Contribuir para a capacidade de causar doença Sítio de ação de vários ATB Composição química Peptideoglicano ou mureína rede de dissacarídeos e polipeptídeos Dissacarídeos: N-acetiglicosamina (NAG) e avido N-acetilmurâmico (NAM) Christian Gram: coloração de Gram G+ e G- Parede celular G+ Peptideoglicano (muitas camadas) 50% peso Polissacarideos: ácidos teicóicos (ácidos lipoteicóico e ácido teicóico), estão ligados ao peptideoglicano ou à membrana plasmática coram-se facilmente com violeta genciana Parede celular G- Peptideoglicano (uma ou poucas camadas), são mais complexas Membrana externa: lipoproteína + lipopolissacarídeos (LPS) + fosfolipideos + porinas Espações periplasmaticos: peptideoglicano e enzimas e proteínas de transporte. Não contém ácidos teicóicos Função da membrana externa Evasão das defesas do hospedeiro Barreira para certos ATB, enzimas digestivas, detergentes, metais pesados, sais biliares e certos corantes Passagem de nucleotídeos, dissacarídeos, peptídeos, aminoácidos, vitaminas B12 e Fe Fixação de vírus e substâncias nocivas Evitar perda de enzimas periplasmáticas Paredes celulares atípicas Sem parede celular Mycoplasma Arquebactéria sem peptideoglicano (pseudomureína) Dano à parede celular Dragas antimicrobianas síntese da parede celular Lisozima hidrolisa ligações entre açúcares Estruturas internas à parede celular Membrana plasmática Composição química Fosfolipideos Proteínas Estrutura Muito fina Camada dupla de fosfolipideos (40%) Proteínas periféricas e integrais (60%) Modelo do mosaico fluido: movimento das moléculas de fosfolipideos e proteínas Sítio de ação de antimicrobianos álcoois, amônia quaternária, polimixinas Funções Transporte de soluto: "proteínas de transporte de membrana" Transporte ativo: contra um gradiente de concentração e envolve gasto de energia Transporte passivo: a favor de um gradiente, sem gasto de energia Barreira altamente seletiva, impedindo a passagem de moléculas e íons, possibilitando a concentração de metabólitos específicos dentro da célula Excreção de substâncias inúteis para a célula Digestão de nutrientes e produção de energia Biossíntese: ocorre a síntese varias enzimas e de outras macromolécula componentes da estrutura externa a célula Secreção de enzimas hidrolíticas que vão romper as macromolécula do meio Componentes citoplasmáticos Citoplasma É uma solução aquosa limitada pela membrana plasmática Imersos no citoplasma existem partículas insolúveis, algumas essenciais (ribossomo) e outras encontradas apenas um m um grupo de bactérias, nos quais exercem funções especializadas (grânulos e vacúolo gasosos) Ribossomo São responsáveis pela síntese proteica Compostos de RNA (60%) e proteína (40%) Em procariotos são compostos de duas subunidade 30S e 50S Grânulos São visualizados utilizando-se colorações especiais e microscópio óptico Função: armazenar substâncias de reserva e subunidade de macromolécula para compor outras estruturas celulares Vacúolos gasosos São encontrados no citoplasma de organismos que vivem flutuando em lagos ou mares. Área nuclear Nucleóide procarioto ou DNA bacteriano Não apresenta núcleo delimitado por membrana nuclear Consiste em um cromossomo único e circular Cromossomo Estrutura interna das células que fisicamente carrega a informação hereditária de uma geração para outra Formado de DNA + proteínas Contém todas as informações necessárias à sobrevivência e a autoduplicação da célula Plasmídeos São moléculas de DNA de dupla fita circular, que existem no citoplasma bacteriano, menores que o cromossomo Estes genes não determinam características essenciais, mas conferem vantagens seletivas às células que os possuem São capazes de se autoduplicarem independentemente da replicação cromossômica e podem existir em número variável Esporos (endosporos) São estruturas formadas por algumas bactérias G+, especialmente do gênero Clostridium e Baccilus Ocorre quando a bactéria é privada de água ou nutrientes essenciais É uma resposta a uma situação desagradável do meio ambiente São altamente resistentes aos agentes químicos e físicos Mecanismos de resistência Forma vegetativa é morta com temperatura em torno de 70 graus C Endosporos podem sobreviver horas em água fervente Resistência ao calor está associada ao grau de desidratação do esporo também tornam mais resistentes a substancias químicas. Estruturas externas à parede celular Cápsula (glicocálice) É um polímero viscoso e gelatinoso que está externamente à parede celular, se a substância é organizado e está firmemente aderida à parede celular capsula Forma uma camada de cobertura ou envelope ao redor da célula Composta por polissacarideos e/ou polipeptídeos ou ambos Se a substância não é organizada e está fracamente aderida à parede celular camada viscosa Funções Reservatório de água e nutrientes Servem como proteção contra a dessecação do meio e podem ser fonte de nutrientes Aumento da resistência microbiana a desinfetantes Aumento da capacidade invasiva de bactérias patogênicas. As bactérias encapsuladas são resistentes a ação do país fagócito Aderência: as cápsulas possuem receptores específicos que servem como locais de aderência com outras superfícies biofilmes Flagelos São filamentos finos, com forma helicoidal Órgão de locomoção Se estendem a partir da membrana plasmática e atravessam a parede celular Composição Filamento helicoidal: longa região mais externa, composta por flaglina Alça ou gancho: levemente larga, loca, onde esta aderido o filamento Corpo basal: ancora o flagelo à parede celular e a membrana plasmática Arranjos de flagelos Monotríquio: um único flagelo polar Anfitríquio: um único flagelo em cada extremidade da célula Lototríquio: dois ou mais flagelos em um polo da célula Peritríquio: flagelos distribuídos por toda a célula Filamento axial Semelhante a um flagelo Localizado no espaço periplasmático, entre as membrana internas e externas das espiroquetas Locomoção através de contração e distensão Constituído por um conjunto de fibrilas, ao redor do qual a bactéria se enrola formando um espiral Fímbrias ou pili Apêndices filamentosos proteicos, muito pequenos, numerosos, vistos no ME Não estão relacionados com a motilidade Funções: Fímbria F ou sexual: porta de entrada de material genético durante a conjugação bacteriana Sítio receptor de bacteriofagos Fímbrias receptoras: auxilia na fixação e colonização de membranas mucosas Métodos empregados na observação de bactérias Microscópio: ferramenta mais importante na observação de bactérias. Microscópio óptico Microscópio de campo escuro Microscópio fluorescente Microscópio de contraste de fase Microscópio eletrônico Colorações Esfregaço: filme delgado dematerial contendo o microrganismo, é espalhado na superfície da lâmina. Fixação: mata os microrganismos e os fixa na lâmina. Coloração: corar os microrganismos com um corante que enfatiza certas estruturas. Coloração simples Objetivo primário é destacar todo o microrganismo, para que a forma celular e as estruturas básicas fiquem visíveis Exemplos em corantes simples: azul de metileno, carbolfuccina, violeta de genciana e safranina. Colorações diferenciais Reagem de modo distinto com tipos diferentes de bactérias, podem ser usados para diferenciá-las. Mais usados: coloração de Gram e Álcool-ácido resistente. Coloração de gram Desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista Hans Christian Gram Procedimento de coloração mais útil, pois classifica as bactérias em dois grandes grupos: Gram- positivas e Gram- negativas. Regra geral: reação duvidosa G+ Culturas velhas G+ se tornam G- devido à ação de enzimas autolíticas na parede celular. Técnica mais consistente quando usada bactérias jovens, em crescimento. Diferenças na parede celular de G+ e G- G+: tem uma camada mais espessa de peptideoglicana, que deixa mais resistente ao dano mecânico. G-: tem mais lipídeos na parede celular. O tratamento com álcool/éter acetona extrai os lipídeos, resultando numa permeabilidade aumentada (sai o azul violeta e retém a fuccina). Coloração de resistência ao álcool-acido (BAAR)/ Ziehl Neelsen Utilizado especialmente para bactérias do gênero Mycobacterium. A parede celular do Mycobacterium contém lipídeos e ácidos micólicos que dificulta a coloração mas retém a fuccina mesmo após exposição ao álcool-acido. Procedimento é mecanismo: A fuccina fenicada de Ziehl é aplicada a um esfregaço fixado, aquecer a lâmina levemente por vários minutos resfriar a lamina e lavar. Descorar com álcool-acido, remove o corante fuccina das bactérias que não são álcool-ácidos resistentes. Os microrganismos álcool-ácidos resistentes retém a cor vermelha, pois a fuccina é mais solúvel nas ceras da parede celular que no álcool-acido. Em bactérias não álcool-acidas resistentes, cujas paredes celulares não possuem os componentes céreos, a fuccina é rapidamente removida durante a descoloração, deixando as células incolores. O esfregaço é corado com um contracorante azul de metileno ou verde malaquita. As células não álcool-acido resistentes ficam de cor azul/verde após a aplicação do contracorante. Colorações especiais Os corantes especiais são usados para corar e isolar partes específicas dos microrganismos, como os endosporos e os flagelos, e para revelar a presença de cápsula. Coloração negativa para cápsula Suspensão bacteriana é misturada com tinta nanquim ou nigrosina, para fornecer um fundo escuro e corar as bactérias com uma coloração simples safranina. Devido à sua composição química, as cápsulas não aceitam a maioria dos corantes biológicos como a safranina e, assim, aparecem como halos circundando cada célula bacteriana corada. O uso de tinta nanquim ilustra a técnica de coloração negativa, os corantes negativos não penetram a cápsula e, portanto, fornecem um contraste entre a cápsula é o meio escuro circundante. Coloração para endosporos Os endosporos não podem ser corados pelos métodos comuns, pois os corantes não penetram na parede do endosporos. Técnica mais comumente usada Schaeffer-Fulton. O verde malaquita, coloração primária, é aplicado a um esfregaço fixado pelo calor e aquecido em vapor por cerca de 5 minutos. O calor auxilia a coloração a penetrar na parede do endosporo. A preparação é lavada com água por 30 seg, para remover o verde malaquita de todas as partes da célula, exceto dos endosporos. A safranina, um contracorante, é aplicado ao esfregaço para corar as proporções da célula que não o endosporos. Os endosporos aparecem em verde dentro de células vermelhas ou rosadas. Coloração dos flagelos Flagelos são estruturas pequenas para serem vistas ao microscópio óptico sem coloração. Técnica utiliza um mordente (iodo) e o corante fuccina (carbofuccina) para aumentar os diâmetros dos flagelos até que eles se tornem visíveis no microscópio óptico. Utilizado o número e arranjo de flagelos como auxílio diagnóstico. Características culturais Exigências nutritivas Fonte de energia Fototróficos: energia do sol Quimiotróficos: oxidação de compostos químicos. Fonte de carbono Autotróficos: dióxido de carbono Heterotróficos: compostos orgânicos. Fonte de energia X Fonte de carbono Fotoautotróficos Fotoheterotróficos Quimioautotróficos Quimioheterotróficos Fonte de nitrogênio Nitrogênio atmosférico, compostos nitrogenados, natureza Fonte de enxofre, fósforo, minerais e vitaminas Natureza ou adicionados no meio de cultura Água Todos os nutrientes devem ser dissolvidos em água para poderem ser absorvidos. Condições físicas Temperatura Psicrófilas: crescem em baixas temperaturas, inferior a 0 graus C. Ponto ótimo entre 15 e 20 graus C. Mesófilas: em torno de 37 graus C. Ponto primo entre 25 e 45 graus C. Termófilas: crescem em altas temperaturas, entre 45 e 60 graus C. Ponto ótimo entre 50 e 60 graus C. pH: 6,5- 7,5. Exigência atmosférica Aeróbica obrigatória: crescem em presença de oxigênio. Anaeróbica obrigatória: crescem na ausência de oxigênio. Anaeróbica facultativa: crescem na presença ou ausência de oxigênio. Microaerófilas: aeróbicas obrigatórias, mas crescem em baixas tensões de oxigênio. Meios bacteriológicos Principais componentes dos meios de culturas Extratos de carne: carboidratos, compostos orgânicos de N2, vitaminas e sais. Peptona: promovem o crescimento, principal fonte de nitrogênio, algumas vitaminas e carboidratos. Ágar: solidificante. Extrato de levedura: fonte de vitamina B, compostos orgânicos de N2 e C. Tipos de meios de cultura Meios quimicamente definidos: composição química conhecida. Meios complexos: composição variada, extrato de levedura, carne ou de plantas, peptonas. Meios e metodologia para crescimento de anaeróbios: meios redutores (Tioglicolato de sódio) e Jarra de Gaspak. Meio seletivo: adição de certas substâncias químicas ao ágar nutritivo que previne o crescimento de um grupo de bactérias sem agir sobre outras. Meio diferencial: incorporação de certos reagentes ou substâncias químicas no meio resulta num tipo de crescimento ou modificação, que permite distiguir os tipos de bactérias. Meio de enriquecimento: utilizado para o isolamento de bactérias presentes em pequeno número junto com outras que estão em grande quantidade; contém todos os nutrientes necessários para o crescimento e multiplicação da bactéria; pode ser considerado um meio seletivo. Forma de apresentação dos meios de cultura Meios sólidos: batata Meios solidificados: contém ágar Meios semi-sólidos: 0,5% ágar Meios líquidos: caldo nutritivo, leite Culturas puras e características culturais Culturas: quando as bactérias crescem em meios de laboratórios Culturas puras: formadas por uma população derivada de uma única célula original Culturas mistas: mais de um tipo d população bacteriana no mesmo meio de cultura Métodos de conservação de uma cultura pura Transferência periódica para meios novos: meio, temperatura é tempo Conservação de culturas sob camada de óleo mineral Liofilização: conservação pela dessecação rápida em estado de congelamento. É a mais eficaz, as culturas permanecem inalteradas por mais de 20 anos. Estocagem em baixa temperatura: nitrogênio líquido. As células são congeladas com um agente protetor (glicerol) Características culturais: cor, odor, e quantidade de crescimento Colônia em placa de ágar Tamanho: varia de dimensões, muito pequenas (puntiformes) até colônias muito grande. Bordas: circular ou irregular Elevação: achatadas (muito finas) ou elevadas (espessas) Pigmentação: coradas (pigmentadas) ou não Detalhe óptico: opacas, translúcidas ou opalescentes Crescimento em caldo nutritivo Quantidade do crescimento: escasso, moderado, abundanteDistribuição do crescimento: uniformemente distribuído (turvo), confinado à superfície (película) ou acumulado (granuloso ou viscoso) Odor: pútrido, aromático (ou de frutas), desprezível. Reprodução e crescimento bacteriano Reprodução bacteriana Reprodução assexuada: não envolve a união de núcleos, células sexuais (gametas) ou órgãos sexuais. Fissão binária transversa ou divisão binária Forma de reprodução da maioria dos procariontes unicelulares As células dividem-se individualmente em duas células-filhas do tamanho aproximadamente igual. Envolve três processos: 1. Alongamento da célula Aumento no tamanho da célula, crescimento da parede celular A biossíntese da superfície da nova célula ocorre em pontos específicos Cocos: material da parede celular é inserido em um ponto específico da célula parental. Bacilos: a parede celular é adicionada ao redor da região cilíndrica. 2. Replicação do DNA Uma molécula de DNA "mãe" de dupla fita é convertida em duas moléculas "filhas" idênticas. Bactérias tem múltiplas replicações ocorrendo simultaneamente, o que determina um crescimento celular mais rápido. 3. Divisão celular O DNA e os componentes citoplasmáticos são separados pela síntese de um septo. O septo consiste da invaginação da membrana citoplasmáticos e peptídeoglicanos da parede celular (e membrana externa em bactérias Gram-negativas). A divisão celular ocorre na zona entre os dois nucleotídeos. As células filhas podem separar-se completamente, mas em algumas espécies elas permanecem acopladas para formar pares característicos, arranjos ou cadeias. Outros tipos de reprodução bacteriana Brotamento: formando uma pequena região que inicia um crescimento (broto) que atinge o tamanho aproximado da célula parental e se separa. Fragmentação: em bactérias que produzem um crescimento filamentoso, ocorre a fragmentação dos filamentos em células pequenas cocóides ou em forma de bastão, cada uma da origem a um novo crescimento. Formação de exósporos: algumas bactérias produzem cadeias de esporos externos, chamados conídeos, desenvolvendo septos nas terminações das hifas. Cada conídeo pode desenvolver-se em um novo organismo. Crescimento bacteriano Aumento do tamanho ou massa, usualmente mede o número de células Aumento da taxa de crescimento e o número final de células: concentração de algum nutriente essencial, a temperatura e a concentração de oxigênio (aeróbicas) estiverem acima do nível mínimo. Frases do crescimento bacteriano Curva de crescimento Demonstra o crescimento das células durante um período de tempo É obtida quando se realiza uma contagem da população em intervalos de tempo após um inóculo de um pequeno número de bactérias em meio líquido. Quatro fases de crescimento 1. Fase Lag Os números de células sofrem pequenas variações Ocorre pouca ou ausência de divisão celular Pode-se estender por uma hora até vários dias Células em fase de latência Intensa atividade metabólica, principalmente síntese de DNA e enzimas 2. Fase Log Fase de crescimento exponencial Aumento do logarítmico Reprodução extremamente ativa onde o tempo de geração atinge um valor constante Período de maior atividade metabólica da célula Fase em que os microrganismos são particularmente sensíveis às mudanças ambientais. 3. Fase estacionária Período de equilíbrio Velocidade de crescimento diminui População se torna estável (número de morte celular= número de células novas) Decréscimo da atividade metabólica da célula Fatores que induzem a diminuição do crescimento exponencial 4. Fase de morte celular Fase de declínio Número de células mortas excede o de células novas O número de células continua diminuindo até existem uma fração ínfima do original População desaparece totalmente Como medir o crescimento bacteriano: Concentração celular: medidas diretas Contagem de células viáveis Método mais empregado Cada célula produz uma colônia visível Densidade celular: medidas indiretas Dificuldade de se realizar um número grande de medidas de peso seco (centrifugação) É necessárias grandes quantidades de células Métodos para a medida do crescimento bacteriano Determinam o número de células Analisam a massa total da população (diretamente proporcional ao número de células) A quantificação de uma população é geralmente realizada considerando o número de células em mililitro (meio liquido) ou grama (meio sólido) Métodos diretos 1. Contagem em placa Técnica mais utilizada Vantagem: células viáveis são quantificadas Desvantagem: tempo 24 horas para colônias visíveis em placa Princípios: cada colônia é originada do crescimento e da multiplicação de uma bactéria; I inóculo original é sempre homogêneo; e não existe agregação das células 1.1 diluição seriada Garantir que o número de colônias na placa permaneça na faixa desejada O inoculo é diluído em uma série de tubos de diluição As amostras dos tubos são transferidas para meio de cultura sólido, ocorrerá o crescimento das colônias e a contagem O número de colônias será utilizado na determinação da quantidade de bactérias presentes na amostra original 1.2 método pour plate e espelhamento em placa 2. Filtração Utilizado quando o número de bactérias é muito pequeno Permite que a bactéria seja concentrada sobre uma superfície de uma membrana de filtro de poros muito pequenos após a passagem de um volume de 100mL de água Filtro é transferido para uma placa de Petri contendo um suporte embebido em meio líquido permitindo o desenvolvimento das colônias sobre a membrana do filtro 3. Método do número mais provável (NMP) Técnica estatística Utilizado para em certos microrganismos que não são capazes de crescer em meio sólido NMP fornece uma estimativa do número de bactérias 4. Contagem direta ao microscópio Vantagens: não há necessidade de períodos de incubação da cultura Desvantagens: necessário um grande número de células para permitir uma contagem satisfatória; são quantificaras células vivas e mortas Métodos indiretos 1. Medidas fitoelétricas Espectofotômetro ou colorímetro Células bacterianas em suspensão absorvem e dispersam a luz que passa através delas Culturas com mais de 10 -10 células por milímetro aparece turva à observação visual Quando menos luz é transmitida, maior é a quantidade de bactérias na amostra 2. Atividade metabólica Considera que a quantidade de um certo produto metabólico (avido ou CO2), pode ser uma relação direta do número de células bacterianas presentes 3. Determinação de nitrogênio As proteínas são os principais constituintes do material celular, nitrogênio faz parte das características das proteínas Peso seco da bactéria (14% nitrogênio) 4. Escala de Mac Farland Série de tubos contendo sulfato de bario em concentrações crescentes para a determinação do número de bactérias em meio líquido Comparação a olho nu, entre o tubo da cultura e o tubo da escala que mais se aproxima em turvação pode dar uma ideia aproximada do número de células bacterianas por mililitro Fatores que afetam o crescimento bacteriano Temperatura Fator ambiental mais importante que afeta o crescimento e a sobrevivência dos microrganismos Temperaturas muito baixas: taxas metabólicas são lentas Temperaturas elevadas aumentam as reações enzimáticas Temperatura ótima de crescimento: permite um crescimento rápido num menor espaço de tempo Classificação de acordo com temperatura de crescimento Bactérias psicrófilas: crescem em baixas temperaturas, até inferior a 0 graus C. Ponto ótimo de crescimento entre 15-20 graus. Bactérias mesófilas: temperatura ótima de crescimento entre 25-40 graus. Principais causadoras de doenças semelhante à temperatura corporal Bactérias termófilas: crescem em altas temperaturas, entre 45 e 60 graus, muitas com temperatura ótima de crescimento entre 50-60 graus. A partir desta temperatura pode ocorrer destruição por desnatação das proteínas. pH Maioria das bactérias cresce melhor dentro devariações pequenas de pH, sempre perto da neutralidade Poucas se desenvolvem nos limites externos de pH Variação mínima e máxima para a maioria das bactérias estão entre 4 e 9 Acidófilas: apresentam alto grau de tolerância à acidez Alcalinidade: inibe o crescimento bacteriano Pressão osmótica A água dentro da célula pode ser removida por elevações na pressão osmótica Em solução hipertônica a maioria dos microrganismos entram em plasmólise (perda da água por osmose) Halófilas: necessitam altas concentrações de sais para seu crescimento Exigência atmosférica Os principais gases que afetam o crescimento bacteriano são o oxigênio e o gás carbônico Bactérias aeróbicas obrigatórias: só crescem na presença de oxigênio livre. Todos os fungos filamentosos é somente poucas bactérias Bactérias anaeróbicas obrigatórias: só crescem na ausência total do oxigênio. Bactéria anaerobicas facultativas: crescem na presença ou ausência de oxigênio. Todas as leveduras é um grande número de bactérias Bactérias microaerófilas: são aeróbicas obrigatórias, mas não crescem com o nível de oxigênio contido no ar, mas sim em baixas tensões de oxigênio (20%) Fonte de energia Quimiotroficos:organismos que utilizam compostos químicos para obter energia Fototróficos: organismos que dependem da energia radiante (luz) Combinação destes termos com aqueles relacionados às principais fontes de carbono, pôde-se agrupá-los em: Quimioautotróficos: aqueles organismos que utilizam substância química (inorgânicos) como fonte de energia e dióxido de carbono como principal fonte de carbono. Quimioheterotróficos: aqueles organismos que utilizam substância química (orgânicos) como fonte de energia e compostos orgânicos como principal fonte de carbono Fotoautotróficos: aqueles organismos que utilizam luz como fonte de energia e dióxido de carbono como principal fonte de energia Fotoheterotróficos: aqueles organismos que utilizam luz como fonte de energia e compostos orgânicos como principal fonte de carbono. Metabolismo bacteriano Metabolismo: é a soma de todas as reações químicas celulares. Reações químicas: liberam ou requerem energia/ balanceamento de energia/ ATP. Metabolismo bacteriano: soma dos processos anabólicos e catabólicos (geram energia). Obtenção de energia Fonte de energia: luz solar e oxidação química. Oxidação de substâncias com alto valor energético: açúcares, proteínas, peptídeos e gorduras. Metabolismo aeróbico Oxidação de carboidratos: glicose, faz parte de vários dissacarídeo (sacarose, lactose) e muitos polissacarideos (amido e celulose). Oxidação total da glicose glicólise é ciclo de Krebs energia na forma de ATP. Oxidação de proteínas, peptídeos e aminoácidos: as proteínas são convertidas em aminoácidos que são transportados para o interior da célula. Os aminoácidos podem ser sintetizados diretamente pela célula como unidade para síntese de suas proteínas. Quando não existem mais carboidratos disponíveis no meio, os aminoácidos serão utilizados como fonte de energia. Oxidação de lipídeos: são altamente energéticos, poucos utilizados pelas bactérias pelo seu caráter hidrofóbico. torna pouco disponível no aquático, onde obrigatoriamente vivem algumas bactérias. a degradação do lipídeo restringe-se a determinados habitats Staphylococcus sp. Metabolismo anaeróbico Fermentação: é a oxidação que fornece energia, na qual o oxidante é um composto orgânico. Ex: glicose. Não há envolvimento da cadeia respiratória. A oxidação do substrato inicial é incompleta e os produtos finais da fermentação excretados no meio são moléculas orgânicas parcialmente oxidadas podem ser utilizados como substrato oxidável por outros microrganismos. 1.1 Fermentação de carboidratos: Açúcares. Compostos resultantes (lactato, etanol) caracterizam cada tipo de fermentação e podem ser usados na identificação de microrganismos. Vários produtos na identificação são utilizados na indústria Fermentação lática: obtenção de queijos, iogurtes, porque ocorre frequentemente em lactobacilos. Fermentação alcoólica: produção de vinho e cerveja e na panificação. 1.2 Fermentação de aminoácidos: Algumas bactérias são incapazes de utilizar açúcares como substrato, mas conseguem viver anaerobicamente fermentando aminoácidos. Realizada por bactérias do gênero Clostridium. Fermentação: Baixo rendimento energético baixa velocidade ce crescimento pelos microrganismos. Respiração anaeróbica Aproveitamento de energia contida no substrato. Várias bactérias são capazes de realizar, algumas são facultativas. Rendimento energético: maior do que a fermentação, mas é menor que a da respiração aeróbica. CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO Conceitos: Esterilização: é a destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos, por agentes químicos ou físicos. Desinfecção: é a destruição de patógenos vegetativos (não formadores de endósporos) → desinfetantes. Anti-sepsia: é a destruição de patógenos vegetativos em tecidos vivos → anti-séptico. Assepsia: é uma condição em que microrganismos prejudiciais estão ausentes. Assepsia é a exclusão de microrganismos patogênicos e potencialmente patogênicos para evitar a infecção. Degerminação: remoção dos microrganismos de uma área limitada, como o local em torno de uma injeção na pele. Sanitização: tratamento destinado a reduzir as contagens microbianas nos utensílios alimentares até níveis seguros de saúde pública. Agentes da esterilização Fervura Calor úmido Autoclave Pasteurização Físicos Calor seco Flambagem Fornos Filtração Radiação Radiação ionizante Radiação não-ionizante Químicos Gases tóxicos Óxido de etileno Esterilização Agentes físicos: Calor úmido: destrói os microrganismos por quebrar ligações químicas envolvidas na manutenção da conformação espacial de proteínas, causando coagulação (desnaturação de proteínas). Fervura: temperatura de 100 graus C, mata as formas vegetativas, imersão por 10 a 20 min em água fervente, pode prejudicar instrumentos cortantes, endósporos e alguns vírus não são destruídos rapidamente e são considerados por alguns autores como método de desinfecção. Autoclave: vapor sob pressão em temperaturas de 121 a 123 graus C, possuem poder de penetração superior ao calor seco, é o método preferencial de esterilização, utilizado para esterilizar materiais que não sofram oxidação como: líquido, algodão, luvas, gases, meios de cultura e instrumentos e o vapor deve entrar em contato e penetrar em todos os materiais a serem esterilizados. Pasteurização: desnaturação das proteínas, temperaturas de esterilização têm efeitos adversos em muitos ambientes, utiliza o aquecimento lento a baixas temperaturas por um longo tempo, inativa quase todos os vírus patogênicos e elimina as células vegetativas de microrganismos patogênicos ou não e é mais considerada como um método de desinfecção. Calor seco: desidratação e oxidação das proteínas, menos poder de penetração, é o processo mais demorado e requer temperaturas mais altas do que a esterilização pelo calor úmido. Flambagem: incineração ou exposição direta da chama, esterilizar a alça ou fio de metal, incineração (esterilizar e eliminar papel, copos, sacos, bandagens contaminadas, carcaças), cuidados (gotículas e aerossóis). Fornos (Pasteur): método mais utilizado, esterilizar os instrumentos que sofram algum dano pelo vapor sob pressão, recomendado 160-180 graus C por tempo não inferior a 2 horas, um maior período de tempo e temperatura mais alta são necessárias, pois o calor na água é mais prontamente transferido a um corpo frio do que o calor no ar. Filtração: é a passagem de um liquido ou gás através de um material semelhante a tela, com poros pequenos o suficiente para reter os microrganismo; esterilização de gases e líquidos tais como soros, soluções de enzimas e vitaminas, meios de cultura, soluções antibióticas que nãopodem ser submetidos ao calor e remove os microrganismos sem matá-los. Radiação: a radiação tem vários efeitos sobre as células, dependendo de seu comprimento de onda, intensidade e duração. Radiação ionizante: raios gama, raios X ou feixes de elétrons de alta energia → comprimento de onde mais curto, transporta muito mais energia; esta radiação é usada na esterilização de produtos farmacêuticos e materiais descartáveis dentários e médicos, como seringas plásticas, luvas cirúrgicas, materiais de suturas e cateteres; destruição do DNA por raios gama e feixes de elétrons de alta energia. Radiação não-ionizante: possui um comprimento de onda maior que o da radiação ionizante → luz ultravioleta; danifica o DNA das células expostas, produzindo ligações entre timinas adjacentes nas cadeias de DNA; este dímero de timina inibem a replicação correta do DNA durante a reprodução da célula; utilizada para controlar microrganismos no ar; lesão do DNA pela luz UV com lâmpada UV. Agentes químicos: Gases tóxicos: são substancias químicas que esterilizam em uma câmara fechada (similar a uma autoclave); um gás aceitável para este método é o óxido de etileno. Oxido de etileno: Sua atividade depende da desnaturação das proteínas; Empregado na esterilização de materiais que são sensíveis ao calor úmido ou seco; Mata todos os microrganismos e endósporos; Requer um período prolongado de exposição de 4 a 18 horas; Vantagens: altamente penetrante; Desvantagens: requer um equipamento adequado, pode se explosivo sob certas condições, alto custo, altamente irritante para pele e mucosa e são carcinógenos suspeitos. Outras formas de controle do crescimento: Pressão osmótica: Uso de altas concentrações de açúcares e sais para conservar o alimento; Altas concentrações destas substancias criam um ambiente hipertônico que ocasiona a saída da água da célula microbiana → ressecamento; Água sai da célula, a membrana plasmática se retrai para longe da parede celular → plasmólise; Usada na conservação dos alimentos. Agentes químicos Proporcionam uma desintegração dos lipídeos da membrana celular e lesões irreversíveis na célula, através do mecanismo de oxidação e desnaturação; Antimicrobianos: atuam na síntese protéica, em nível de parede celular e interferem no metabolismo bacteriano; Desinfetantes: rompem as células, não interferem no metabolismo. Coleta e remessa de material para exames laboratoriais Exames bacteriológicos Serve para determinar o agente causador da doença, o tratamento (qual antibiótico) e a utilização de vacinas autógenas. Fatores que afetam um diagnóstico preciso Selecionar corretamente uma amostra tanto na qualidade quanto na quantidade. Falsos negativos Antibioticoterapia previa Má conservação da amostra Erros na coleta dos materiais Requisitos necessários para uma boa coleta Condição da amostra Boas condições de assepsia. Matérias realmente representativos da doença. As amostras devem ser coletas das bordas das lesões, incluindo tecido macroscopicamente normal. Coletar na fase aguda da doença. Animais vivos ou necropsiados. Evitar coletar material de animais que tenham sido recentemente medicados. Recipientes estéreis. Quantidade da amostra Swabs 20 a 50 ml de fluidos 30 a 100 g de tecido/órgão Embalagem Individualizada Frasco estéril Hermeticamente fechado Sacos plásticos Seringas Conservação da amostra Rápido processamento da amostra Dessecação, oxidação, aquecimento, atividade enzimática. Refrigeração em trânsito Swab com meio de transporte Envio de material Acondicionamento Caixa isotérmica Tampa vedada com fita adesiva Identificação Informações identificando o material ou criação onde se origina a amostra Histórico completo Transportadora (nome, telefone, endereço) Problemas no envio de material Materiais para exames microbiológicos fixados em formol Vísceras em putrefação Remessa de vísceras não relacionado com os locais de atividade ou multiplicação dos agentes infecciosos que se deseja detectar. Materiais encaminhados para exame bacteriológico Pulmão, coração, traqueia, fígado, baço, rins e intestino Coleta de leite Assepsia rigorosa Desprezar os primeiros jatos Amostra de todos os quartos Coletar antes do tratamento com Atbs Coleta de água Torneiras com instalações de água corrente Poços artesanais a semi-artesanais Poços Reservatórios Exames micológico Diagnóstico micológico Microscopia Cultivo Identificação Coleta no laboratório Critérios como evitar Identificada Conservada Recipiente estéril Raspado de pele Procedimento Assepsia (álcool 70) Com o uso de um bisturi raspar a pele até a sua escoriação é pequeno sangramento Colher amostras de várias regiões com lesões Recolher as amostras entre duas lâminas (vedar) Remeter em temperatura ambiente Colheita de material: 72 horas após a interrupção de qualquer tratamento. Envio de no máximo 48 horas. Exame virológicos Coleta do material Durante o curso da doença Condições de assepsia (viabilizar isolamento) Material de animais vivos ou recentemente mortos/necropsiados. Remessa do material Não congelar sim refrigerar Swabs em meios de transporte com Atbs Identificação e histórico. COLORAÇÃO DE GRAM Finalidade: serve para dividirmos as bactérias em dois grandes grupos: Grampositivo e Gram-negativo. Sendo o início de uma seqüência para chegarmos a um diagnóstico definitivo. Técnica: - Fazer o esfregaço, secar fixando pelo calor - Corar com violeta genciana (30 a 60 segundos) - Lavar com água corrente - Corar com lugol (60 segundos) - Lavar com água corrente - Descorar com éter acetona ou álcool - Lavar com água corrente - Corar com fuccina básica (30 segundos) - Lavar, secar e examinar em imersão Mecanismo de coloração: o corante violeta de genciana e o lugol (iodo) se combinam em cada bactéria formando um complexo cristal violeta-iodo (CVI) dentro da célula. Quando as bactérias Gram-negativas são tratadas com éter acetona/ álcool, o lipídeo (lipopolissacarídeo) da membrana externa é dissolvido e removido. Isto rompe a membrana externa e aumenta a sua permeabilidade, assim o complexo corante pode ser removido, descorando a bactéria Gram-negativa. Sendo tingida com o corante fuccina tornado as bactérias Gram-negativas coradas de rosa. Em Gram-positivas, o etanol/ éter acetona faz com que os poros na peptídeoglicana se contraiam e o complexo corante CVI permanece no interior da célula. Resultado: - Gram-positivas: coram de roxo (todos os cocos, exceto gênero Neisseria). - Gram-negativas: coram de rosa/vermelho (todos os bacilos, exceto gênero Clostridium, Arcanobacterium e Baccilus).
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