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quais não se deseja permitir a circulação de veículos, conforme ilustrado na Figura 243 a seguir. Exemplo de Aplicação: Interrupção de acostamentos em pista simples, nas aproximações de ponte estreita. Manual de Sinalização Rodoviária 251 MT/DNIT/IPR Figura 243 – Marcas de áreas de pavimento não utilizável (MAN) A Tabela 25, a seguir, ilustra os comprimentos mínimos de transição recomendáveis para as MAN, em função da velocidade. Tabela 25 – Comprimentos mínimos de transição recomendáveis VELOCIDADE REGULAMENTADA NA RODOVIA v (km/h) TRANSIÇÃO NO ACOSTAMENTO ta (m) V < 60 30 60 ≤ V < 80 40 V ≥ 80 50 Exemplo de Aplicação: Canteiro central fictício, conforme ilustrado na Figura 244 a seguir: Figura 244 – Canteiro central fictício Manual de Sinalização Rodoviária 252 MT/DNIT/IPR 3.5.3. Marca de transição de largura de pista (MTL) É a marca utilizada para orientar o fluxo de veículos, em casos de aumento ou diminuição do número de faixas de rolamento, conforme Figura 245 a seguir: Figura 245 – Marca de transição de largura de pista (MTL) Exemplo de aplicação: final de faixa adicional, com deslocamento do fluxo da esquerda para a direita, conforme Figura 246 a seguir: Figura 246 – Alternância no número de faixas de trânsito destinadas a cada sentido de circulação Método para calcular o comprimento do trecho de transição l = ½ x v x d Onde: l = comprimento do trecho de transição (m) v = velocidade regulamentada no trecho (km/h) d = variação na largura da pista Manual de Sinalização Rodoviária 253 MT/DNIT/IPR Comprimentos dos trechos de transição diferentes dos obtidos pelo método apresentado cabem ser justificados em projeto específico. 3.5.4. Outras marcas de canalização O Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (CONTRAN, 2007) apresenta ainda 3 (três) outros tipos de marcas de canalização, são eles: Marca de aproximação de obstáculos permanentes (MAO); Marca de acostamento pavimentado e de canteiro central fictício (MAC); Marca de interseção em rotatória (MIR). 3.6. MARCAS DE DELIMITAÇÃO E CONTROLE DE ESTACIONAMENTO E DE PARADA São as marcas que delimitam e controlam o estacionamento e a parada de veículos e podem acompanhar a sinalização vertical de regulamentação. 3.6.1. Marca delimitadora de parada de veículos específicos (MVE) A MVE delimita a área da pista destinada à operação exclusiva de parada. Deve ser acompanhada do sinal de regulamentação correspondente, exceto nos pontos de parada de transporte coletivo, para o embarque e desembarque dos passageiros. A MVE é uma linha contínua, tem a cor amarela, largura mínima de 10 cm e é a marca delimitadora de parada de veículos específicos mais comumente encontrada nas rodovias. Idealmente, a parada de ônibus deve ser localizada fora da pista de rolamento, além do acostamento, e jamais deve ser aplicada na faixa de rolamento. Quando a parada de ônibus for localizada no acostamento, deve vir acompanhada de marcas de área não trafegável, conforme a Figura 247, a seguir. Manual de Sinalização Rodoviária 254 MT/DNIT/IPR Figura 247 – Modelo de MVE em acostamento de rodovias 3.6.2. Outras marcas delimitadoras O Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (CONTRAN, 2007) prevê ainda as seguintes marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada: Marca delimitadora de estacionamento regulamentado (MER); Linha de indicação de proibição de estacionamento e/ou parada (LPP). 3.7. INSCRIÇÕES NO PAVIMENTO As inscrições no pavimento se apresentam como setas, símbolos ou legendas, aplicados sobre as faixas ou sobre a pista de rolamento, com o objetivo de advertir, orientar e complementar a regulamentação do tráfego, ampliando a percepção do condutor quanto às condições de operação da via e permitindo tomar a decisão adequada na condução do veículo. 3.7.1. Setas direcionais As setas direcionais são sempre aplicadas na cor branca e podem ser classificadas de acordo com as suas funções e características, em duas categorias distintas: − Setas indicativas de posicionamento na pista para execução de movimentos (PEM); − Seta indicativa de mudança obrigatória de faixa (MOF). 3.7.1.1. Setas indicativas de posicionamento na pista para execução de movimentos (PEM) As setas PEM são empregadas nas aproximações de interseções e retornos, com a finalidade de orientar o motorista quanto ao seu posicionamento para a realização dos movimentos de conversão e retorno, ou para a manutenção da trajetória. Borda de pista Borda de pista Manual de Sinalização Rodoviária 255 MT/DNIT/IPR Portanto, poderão ser Setas de Conversão à Direita (ou à Esquerda), Retorno à Direita (ou à Esquerda), Siga em Frente, e Siga em Frente ou à Direita (ou à Esquerda), com dimensões conforme as Figuras 248 a 250 a seguir: Figura 248 – Setas “vire à direita” e “vire à esquerda” Manual de Sinalização Rodoviária 256 MT/DNIT/IPR Figura 249 – Setas “siga em frente ou vire à direita” e “siga em frente ou vire à esquerda” Manual de Sinalização Rodoviária 257 MT/DNIT/IPR Figura 250 – Setas “retorno à direita” e “retorno à esquerda” Deve haver uma seta para cada faixa de rolamento, disposta segundo o sentido do fluxo ao qual é dirigida sua mensagem e aplicada no centro da faixa, formando-se, assim, fileiras de tantas setas, paralelas, quantas forem às faixas de rolamento. Idealmente, recomenda-se implantar uma sequência Manual de Sinalização Rodoviária 258 MT/DNIT/IPR de 3 (três) setas para cada faixa. No entanto, admite-se, em função de restrições de espaço físico, por exemplo, o emprego de sequências com apenas duas setas. O espaçamento entre as fileiras e o comprimento das setas recomendado varia conforme a velocidade, de acordo com a Tabela 26, a seguir: Tabela 26 – Dimensões das setas e espaçamentos recomendáveis entre as fileiras VELOCIDADE REGULAMENTADA v (km/h) DISTÂNCIA (m) COMPRIMENTO DA SETA (m) d = d1 d2 v< 60 30 45 5,00 60 ≤ v ≤ 80 40 60 7,50 v> 80 50 75 7,50 d = distância entre a primeira fileira e o ponto de saída da faixa de trânsito (início da linha simples contínua da aproximação): d1 = distância entre a primeira e a segunda fileira d2 = distância entre a segunda e a terceira fileira Figura 251 – Exemplos de uso de setas PEM Manual de Sinalização Rodoviária 259 MT/DNIT/IPR 3.7.1.2. Seta indicativa de mudança obrigatória de faixa (MOF) A seta indicativa de mudança obrigatória de faixa é utilizada sempre que houver uma redução na largura da pista. Ela é aplicada nas faixas de trânsito a serem suprimidas, indicando o movimento a ser efetuado em direção às faixas remanescentes, tendo em vista o término de faixa a ocorrer adiante. As setas indicativas de mudança obrigatória de faixa devem ser estabelecidas em função da velocidade regulamentada na via, com dimensões de acordo com a Figura 252, a seguir: Figura 252 - Seta de mudança obrigatória de faixa (MOF) Quando se tratar de supressão de faixa do tráfego direto e não apenas de término de faixa de aceleração, como por exemplo, nas passagens de pista dupla para pista simples, as Setas Indicativas de Mudança Obrigatória de Faixa devem ser pintadas num total de 3 (três), tal como na Figura 253 a seguir. A seta do meio deve acompanhar o sinal de advertência relativo ao estreitamento da pista: A-21b – estreitamento de pista à esquerda ou A-21c – estreitamento de pista à direita. Manual de Sinalização Rodoviária 260 MT/DNIT/IPR Figura 253 – Exemplo