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Direito Civil (1) LINDB

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DIREITO CIVIL (1)
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)
	
1 NOTA INTRODUTÓRIA
A LINDB é uma norma federal equiparada a uma norma de natureza ordinária, cuja estrutura (19 artigos) é dividida entre dois grandes temas: teoria geral da norma e direito internacional privado. 
Observação: é também conhecida por Código de Normas; Normas de Sobredireito ou Lex Legum, porque regula as normas tanto de direito interno como internacional.
O Decreto-lei n. 4.657/42 teve a sua terminologia alterada para Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro – LICC, Lei Federal nº 12.376/10, que se adequa a efetiva natureza da LINDB, pois os seus dispositivos são aplicáveis a todo o ordenamento jurídico e não apenas ao Código Civil. 
a) Estrutura: teoria geral da norma e direito internacional
	Vigência Normativa
	Arts. 1º e 2º
	Obrigatoriedade geral e abstrata das normas ou do ordenamento jurídico
	Art. 3º
	Integração normativa ou colmatação de lacunas
	Art. 4º
	Interpretação das normas ou função social das normas
	Art. 5º
	Aplicação das normas no tempo ou direito intertemporal
	Art. 6º
	Aplicação da lei no espaço, direito espacial ou direito internacional
	Arts. 7º a 19
b) Natureza: norma ordinária
c) Finalidade: disciplinar a teoria geral da norma e o direito internacional. 
2 VIGÊNCIA NORMATIVA
A vigência é a coercitibilidade da norma, é a possibilidade de a norma exercer efeitos concretos no mundo jurídico. A norma pode existir e não viger. Exemplo: NCPC durante o período de vacatio legis. 
A promulgação é o ato político-constitucional que atesta a existência e validade na norma. Contudo, essa somente passa a produzir os seus efeitos (vigência) com a publicação e o transcurso da vacatio legis.
2.1 Vacatio Legis
O processo legislativo tem início com a elaboração da norma (projeto de lei); após os devidos trâmites, a lei é promulgada (ato de reconhecimento e existência de uma lei), mas ainda não vige; 
Depois publicada (ato de comunicação à sociedade da existência da lei), a vigência depende do transcurso da vacatio legis (período intermediário entre a publicação e a vigência). 
Art. 1.º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País (Princípio da Vigência Sincrônica) 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada.
§ 1.º Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada.
No direito interno, a lei pode entrar em vigor após 45 dias contados da sua publicação - quando aplicada no estrangeiro o período é de 03 meses -; pode possuir aplicabilidade imediata; ou ainda a vacatio legis pode ser definida na própria lei (discricionariedade do legislador).
2.2 Princípio da Vigência Sincrônica ou Simultânea da Norma
A norma entra em vigor simultaneamente em todo o território brasileiro (Carlos Roberto Gonçalves).
Em sistema anterior à LINDB (1942), adotava-se a vigência não sincrônica da norma (Lei 3.071/16). Isso deveu-se a dificuldade de comunicação dentro do país, por conta das limitações tecnológicas da época. Primeiro a lei passava a vigorar na capital e progressivamente se estendia aos municípios mais remotos. 
 Correções ao Texto de Lei
§ 3.º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação (Interrupção do prazo).
§ 4.º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
O tema correção ao texto de lei divide-se em correção ao texto em vacatio legis e após a vacatio legis. Durante a vacatio legis provoca o surgimento de um novo prazo de contagem para a mesma lei. Após a vacatio legis a alteração deve ser realizada por uma nova lei.
Observação: exemplos recentes em que houve auto declaração da norma a respeito da vacatio legis: (1) Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n. 13.146/15) – previsão de entrada em vigor após decorridos 180 dias da publicação – importância: altera a teoria das capacidades. (2) Lei da Mediação (13.140/15), também 180 dias – importância: admite a mediação inclusive na administração pública, suspendendo o curso da prescrição. (3) Lei da Arbitragem (13.119), 60 dias. (4) NCPC, 01 ano.
	
2.4 Forma de Contagem de Prazo de Vigência
Segundo a LC 95/98:
Art. 8º, §1º A contagem do prazo para a entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.
Existem três situações diferentes de contagem de prazo: LINDB (inclui o primeiro dia da publicação e o último dia do prazo de vacatio, entrando em vigor no dia seguinte a esse), CC (art. 132) e NCPC (art. 219).
Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento. §1º Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.
Diferenças: 
a. o CC exclui o primeiro dia, enquanto a LINDB inclui na contagem;
b. na LINDB pouco importa se o termo final é sábado, domingo ou feriado, a lei entrará em vigor no dia subsequente à consumação do prazo. Já no CC, nesses casos, prorroga-se para o primeiro dia útil. 
Semelhanças: 
a. em ambos os prazos são corridos, ao contrário do NCPC, que conta apenas dias úteis.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
b. os prazos do CC e da LINDB são materiais.
Observação: o STJ publicou o informativo 550, no qual tratou do tema da prescrição e decadência para fins de ajuizamento da demanda. Caso: litigante possuía uma demanda cujo prazo prescricional teria o seu termo no recesso judiciário. O STJ entendeu que é possível ajuizar a ação após o recesso forense. Portanto, o STJ entende, ao contrário da lei, que o prazo prescricional e decadencial são prorrogados.
Contagem da vacatio legis: data da publicação + prazo = data do início da vigência. 
2.5 Princípio da Continuidade da Norma
Art. 2º da LINDB
Art. 2.º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
§ 1.º A lei posterior revoga a anterior quando (1) expressamente o declare, (2) quando seja com ela incompatível (3) ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
2.6 Leis Temporárias VS Leis não-Temporárias
As primeiras são revogadas automaticamente com o advento do seu termo. Exemplo: Leis Orçamentárias; leis de incentivos fiscais. Já as últimas, não podem ser revogadas pela simples passagem do tempo, mas somente com o advento de uma nova lei. Exemplo: CC/16 revogado pelo CC/02.
Surge em razão disso, o princípio da supremacia da lei, que significa que uma lei somente pode ser revogada por outra lei. Inexistência do desuetudo (revogação da lei por costume).
	
2.7 Revogação da Norma
Pelo princípio da continuidade da norma, enquanto não sobrevier nova lei, a norma continua a vigorar. 
Espécies: 
a) Quanto ao alcance – pode ser total (absoluta = ab-rogação); 
ou parcial (relativa = derrogação). Ex. Estatuto da Pessoa com Deficiência em relação ao CC. 
b) Quanto à forma: tácita ou
expressa (LC 95/98, art. 9º);
Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.
A LINDB recomenda ao legislador que expressamente revogue as normas. 
Já a revogação tácita é regida pelo art. 2º, §1º, da LINDB.
§ 1.º A lei posterior revoga a anterior quando (1) expressamente o declare, (2) quando seja com ela incompatível (3) ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
Quando há antinomia jurídica, aplica-se os seguintes critérios de resolução: hierárquico (lex superioris); cronológico (lex novalis); especialidade (lex especialis).A CRFB estabelece no art. 5º que todos são iguais perante a lei, assim como em outros dispositivos espalhados em seu texto. Antes da CRFB/88 a organização familiar era hierarquizada pela figura do pater familias. A antinomia foi resolvida pela hierarquia, já que a CRFB é lex superioris. Do mesmo modo a lei mais nova revoga a lei mais velha, porque supõe-se que aquela seja melhor, salvo nos casos de norma especial.
§ 2.º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
Lei especial prevalece sobre lei geral.
2.8 Repristinação VS Efeito Repristinatório
§ 3.º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
O fato de a lei revogadora ter sido revogada não faz a aquela primeira revogada voltar a viger.
A repristinação é tratada na LINDB e é a própria lei que deve estabelecê-la, pois não ocorre de modo automático. Já o efeito repristinatório (repristinação oblíqua ou indireta) é um tema de controle de constitucionalidade em direito constitucional, sendo realizado pela jurisdição constitucional (STF) e não pela lei ou LINDB.
Exemplo: se uma lei A é revogada por uma lei B, que submetida à análise de constitucionalidade pelo STF é declarada inconstitucional, essa declaração possui efeitos, em regra, ex tunc, que, por sua vez, implicam no efeito repristinatório. A lei A tem a sua vigência restaurada.
O STF já definiu (Informativo 289/2002) que a concessão de medida cautelar em autos de ação direta de inconstitucionalidade torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.
3 PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA NORMA
Art. 3.º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Exceções: (1) art. 139, III, do CC, (2) art. 65, II do CP e (3) art. 8º da Lei de Contravenções Penais.
(1) Defeito de Negócio Jurídico - se o negócio jurídico foi celebrado por erro de direito, é hipótese de nulidade relativa (art. 171, II do CC – é anulável o negócio jurídico quando celebrado com erro). Outra exceção é a do casamento putativo art. 1.561 do CC. Ex. Esposa bígama; erro de direito.
(2) São circunstâncias que sempre atenuam a pena: o desconhecimento da lei;
(3) Deixa-se de aplicar a pena no caso de ignorância ou de errada compreensão da lei. 
4 DOGMA DO NON LIQUET
Art. 140 do NCPC
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
O juiz não se exime de decidir. Esse dogma decorre da democracia e da universalidade da jurisdição. Se a ninguém é permitido fazer justiça com as próprias mãos, o juiz, investido na função de dizer o direito, deve decidir.
Diante dessa imposição, deve surgir para o magistrado um sistema de integração que permita a ele preferir decisões mesmo quando a lei for omissa ou lacunosa.
Sistema de Integração da Norma (ou Colmatação de Noberto Bobbio)
Art. 4º da LINDB
Art. 4.º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito
A regra é que o juiz decida com base na lei. 
Observação: ele pode decidir com equidade? A princípio não é critério de decisão. No caso de lacunas ou omissões, deve-se lembrar que o sistema é completo. Na falta da lei (exceção) a solução dá-se pelo sistema da integração formado pela analogia, costumes e princípios gerais de direito. 
a) Analogia: 
Ubi eadem ratio, ibi eadem dispositio. Recurso de integração normativa que deve ser utilizada na falta da lei. Casos semelhantes devem ter decisões semelhantes. Onde há a mesma razão (ubi idem ratio) aplica-se o mesmo direito (ibi idem ius), guardadas as devidas proporções.
A analogia pode ser legis – caso em que o juiz utiliza apenas um artigo de lei para resolver um outro problema. Ex.: indignidade/deserdação;
Ou juris – caso em que o magistrado se utilizará de um sistema jurídico para resolver o problema jurídico. Ex.: dissolução de união estável/separação judicial.
Observação: Direito Penal e Direito Tributário. A analogia aplica-se apenas para beneficiar (analogia bonam partem) o acusado e o contribuinte.
Não havendo possibilidade de aplicação da analogia utiliza-se o segundo recurso de integração, os costumes.
b) Costumes: 
Dividem-se em praeter legem, secundum legem e contra legem. Os dois últimos não são utilizados como recursos de integração. O primeiro porque aplica-se o próprio costume previsto na lei e o último porque é ilegal, contraria a lei. O único aplicável é o praeter legem, que está ao lado da lei.
A prova dos costumes. Art. 14 da LINDB c/c art. 376 do NCPC
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.
Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.
c) Princípios Gerais do Direito:
Observação:
Art. 140. Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
A admissibilidade excepcional do uso da equidade. A equidade judicial como método integrativo excepcional (CLT art. 8º e 140, p.u. do CPC). A equidade legal (CRFB 194, p.u. inciso V e CC, art. 413 e 944, p.u.)
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
Art. 140. Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Art. 194. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: V - eqüidade na forma de participação no custeio;
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Art. 944. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.
5 APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO 
No Brasil prevalece a regra da irretroatividade da norma. A norma tem eficácia geral, imediata e, em regra, ex nunc. 
A norma não retroage por conta da segurança jurídica e proteção das garantias fundamentais do direito adquirido, coisa julgada e ato jurídico perfeito e acabado. Esses fundamentos alinhados ao art. 6º da LINDB embasam a regra supramencionada.
Art. 6.º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Essa regra possui exceções, como é o caso de abolitio criminis. Exemplo: adultério. Essa retroatividade, contudo, é limitada aos seguintes institutos:
§ 1.º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
§ 2.º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3.º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
Exemplo de retroatividade jurisprudencial é a Súmula n. 205 do STJ:
S. 205 STJ. A Lei 8.009/90 aplica-se a penhora realizada antes de sua vigência.
Ao analisar o problema do bem de família da Lei n. 8.009/90, o STJ entendeu que pela relevância social dessa norma ela deve retroativa para cancelar as penhoras feitas anteriormente a sua vigência (Teoria da Retroatividade Motivada).
O princípio da retroatividade motivada ou justificada refere-seà possibilidade de retroatividade das normas de ordem pública atinentes à função social da propriedade e dos contratos.
Isso se deve ao quanto disposto na primeira parte do art. 2.035 do CC e o seu parágrafo único:
Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045 (CC/16 e Código Comercial 556/50) [...]
Parágrafo único. [mas] Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
5.1 Ultratividade normativa: 
Existem leis que foram revogadas, mas que continuam regendo com eficácia casos jurídicos concretos. Exemplo: Súmula 112 do STF:
S. 112 STF. O impôsto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.
Tempus regit actum. 
5.2 Princípio da territorialidade moderada ou mitigada: 
Art. 7º da LINDB.
Art. 7.º A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Importante: Princípio do Prélévement – estabelece que pode ser feita distinção entre o brasileiro e o estrangeiro com o objetivo de ser aplicada a lei mais benéfica ao brasileiro. Exemplo: Art. 5º, XXXI da CRFB c/c art. 10, §1º da LINDB.
Art. 5º, XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
Art. 10, § 1.º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

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